segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Bolsa de NY fecha estável antes do pacote de Geithner

09 de Fevereiro de 2009 20:01


O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices muito próximos dos níveis da sexta-feira. O adiamento do anúncio do plano de ajuda ao setor financeiro para esta terça-feira fez o mercado operar sem direção. "Tem havido literalmente um vazamento de informações a cada dia, já faz um mês, sobre como o plano do Departamento do Tesouro vai ficar, e o plano que aparece a cada dia é totalmente diferente do plano do dia anterior. O fato de o plano ficar mudando nos diz que os caras encarregados não têm respostas fáceis", comentou Stephen Stanley, do banco RBS (Royal Bank of Scotland).
O índice Dow Jones fechou em baixa de 9,72 pontos, ou 0,12%, em 8.270,87 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 0,15 ponto, ou 0,01%, em 1.591,56 pontos. O S&P-500 subiu 1,29 ponto, ou 0,15%, para 869,89 pontos. O NYSE Composite subiu 4,60 pontos, ou 0,08%, para 5.479,88 pontos.
As ações do setor financeiro subiram, em reação ao informe de resultados do britânico Barclays - cujos ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) avançaram 11,13%. As do Bank of America avançaram 12,40%, ainda recuperando terreno depois das quedas fortes das últimas semanas. As da operadora de Bolsas NYSE Euronext caíram 5,20%, depois da divulgação de seu informe de resultados. As ações da General Electric subiram 13,87%; analistas disseram que a unidade financeira do grupo deverá ser beneficiada pelo plano de socorro ao setor financeiro, enquanto as unidades industriais do conglomerado deverão obter alguns contratos do programa de estímulo à economia. As da Coca-Cola caíram 2,85%, depois de o grupo australiano Lion Nathan retirar sua oferta de US$ 4,9 bilhões pela Coca-Cola Amatil, maior engarrafadora da Austrália.

Títulos

Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) caíram, com correspondente alta nos juros, que subiram aos níveis mais altos desde o fim de novembro do ano passado. Assim como havia acontecido na semana passada, os preços dos Treasuries caíram devido ao posicionamento dos investidores para a grande oferta de títulos novos prevista para os próximos dias. O Tesouro leiloa US$ 32 bilhões em T-notes de 3 anos nesta terça-feira, US$ 21 bilhões em T-notes de 10 anos na quarta e US$ 14 bilhões em T-bonds de 30 anos na quinta. Alemanha, Áustria e Holanda também vão emitir dívida nesta semana.
"Temos uma competição global e é por isso que temos juros em níveis tão altos, apesar dos números fracos do nível de emprego e do fato de estarmos em recessão", comentou Gary Pollack, da unidade de private wealth do Deutsche Bank. Para Piet Lammens, do KBC Group, "a grande questão no momento é a oferta. Uma vez que isso esteja fora do caminho, espero que os preços subam, por causa da perspectiva fraca da economia".
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,676% ao ano, de 3,690% ao ano na sexta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 3,009%, de 2,986% na sexta-feira; o juro das T-notes de 2 anos estava em 1,019%, de 0,995% na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em baixa de 1,53%

por Agência ESTADO
09 de Fevereiro de 2009 18:34


A Bovespa interrompeu hoje uma sequência de quatro sessões em alta, aproveitando o dia de agenda vazia e à espera da votação do pacote de ajuda ao sistema financeiro pelo Senado dos EUA, para amanhã. As vendas foram mais fortes nas ações da Vale, justamente as que mais subiram nas últimas semanas, enquanto Petrobras segurou um pouco a queda do Ibovespa, principal índice.
O Ibovespa terminou o dia com variação negativa de 1,53%, aos 42.100,12 pontos. Atingiu a mínima de 41.977 pontos (-1,82%) e a máxima de 43.441 pontos (+1,60%). No mês, acumula ganho de 6,21% e, no ano, de 12,12%. O giro financeiro totalizou R$ 4,254 bilhões.

No final de semana, o Senado dos Estados Unidos, enfim, parece ter chegado a um acordo para votar o pacote de ajuda ao sistema financeiro, o que levou o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a adiar para amanhã a exposição do plano de recuperação financeira para o país que deve trazer, entre outros rumores do mercado, a criação do "banco ruim".
O foco desta segunda-feira, assim, passou da seara econômica para a política, com o presidente dos EUA, Barack Obama, mais uma vez reforçando a necessidade de se aprovar a ajuda, de modo a não "aprofundar o desastre" para a economia americana. "Não podemos mais nos dar ao luxo de esperar", disse Obama.
O Senado acertou um valor de US$ 827 bilhões, incluindo US$ 47 bilhões de incentivos fiscais já aprovados para vendas de automóveis e imóveis. Uma vez aprovado o plano, as diferenças entre aquele que já passou na Câmara dos Representantes no final do mês passado e o do Senado serão resolvidas em uma conferência de líderes das duas Casas, e uma decisão final pode sair até o final desta semana.
À espera dos pacotes, as bolsas norte-americanas operaram sem rumo, ora em alta, ora em queda. Às 18h18 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,33%, o S&P recuava 0,09% e o Nasdaq cedia 0,26%.
No Brasil, os momentos de alta da sessão foram garantidos pela sustentação de Vale no azul. À tarde, no entanto, as ações viraram para baixo e levaram junto o Ibovespa, que só não aprofundou mais a realização de lucros por causa da procura por papéis da Petrobras.
As ações da estatal do petróleo avançaram impulsionadas por compras de estrangeiros, pela alta do petróleo em grande parte do dia no mercado externo e também em razão de um movimento com vistas aos vencimentos de opções sobre ações (dia 16) e de opções sobre índice (18). Segundo um operador, diante da 'puxada' da Vale nas últimas sessões, muitos investidores abandonaram os papéis à tarde e partiram para Petrobras, mais defasada.
No final da sessão, o petróleo acabou perdendo o fôlego e recuou 1,52%, a US$ 39,56 o barril, na Bolsa Mercantil de Nova York. Com isso, a alta das ações da Petrobras perdeu o fôlego: a ON subiu 1,23% e a PN, 1,07%.
Com a realização de lucros, Vale fechou na contramão dos metais básicos. As ações ON recuaram 2,97% e as PNA, 2,96%.

IBOV...após 06/02...suportes e resistências


O Ibovespa deu sequência à trajetoria de alta, finalizando em 42.756 pontos (+4,07%). A confirmação da ruptura dos 42.530 pontos poderá levar o Ibovespa aos objetivos de alta nos 45 mil pontos. A eventual perda desse suporte nos 42.500 pontos poderá levar o Ibovespa novamente aos 40/41 mil pontos. O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo" de alta, antecipando a tendência altista com a expectativa da aprovação do pacote econômico americano. O gráfico diário delinea um canal de alta, com objetivos nos 44.900 pontos. Os principais osciladores do gráfico diário confirmam a tendência altista, mas a sequência dos vários pregões em alta deixou alguns indicadores esticados, sinalizando a possibilidade de alguma realização intraday.

Os suportes imediatos estão em 42.500, 42.400 e 41.900 pontos.

As resistências imediatas estão em 43.300, 43.750 e 44.900 pontos.

DJI...após 06/02...suportes e resistências


DJI recuperou com disposição o patamar dos 8.200 pontos, até alcançar a máxima nos 8.312 pontos, mas sem conseguir manter-se nesse patamar. Refluiu para finalizar nos 8.280 pontos (+2,70%) apostando na aprovação do pacote financeiro de Obama pelo Senado Americano. A retomada dos 8.300/8.370 pontos poferá levar DJI novamente aos 8.400/8.500 pontos. Tudo dependerá da velocidade com que os congressistas americanos aprovem esse pacote. A perda dos 8 mil pontos, sinalizará a reversão desta atual tendência primária de alta.

Suportes imediatos em 8.260, 8.160, 8.050 e 7.950 pontos.
Resistências imediatas em 8.300, 8.370, 8.400 e 8.520 pontos.