quinta-feira, 19 de março de 2009

Bolsa de NY fecha em baixa com fraqueza dos bancos

19 de Março de 2009 18:55

por Suzi Katzumata de Agência ESTADO

Nova York - O mercado de ações norte-americano fechou em baixa nesta quinta-feira, com os bancos - como o Citigroup - devolvendo parte dos ganhos da semana, enquanto os operadores digerem os últimos lances do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). As ações também esbarraram nos preços mais altos do petróleo e do ouro, um dólar mais fraco e mais leituras negativas sobre a economia.
O índice Dow Jones caiu 85,78 pontos, ou 1,15%, e fechou em 7.400,80 pontos. O Nasdaq recuou 7,74 pontos, ou 0,52%, e fechou em 1.483,48 pontos. O S&P-500 caiu 10,31 pontos, ou 1,30%, e fechou em 784,04 pontos, enquanto o NYSE Composite recuou 38,08 pontos, ou 0,77%, e fechou em 4.937,22 pontos.
A alta dos preços do petróleo, inspirada pelo mais recente movimento do Fed, deu impulso às ações de companhias de perfuração, como Devon Energy, mas prejudicou empresas de transportes, como a AMR .
Essas reações díspares ilustram a corda bamba na qual o Fed está caminhando. Os esforços da autoridade monetária para tentar estimular o crescimento econômico através do aumento da quantidade de dinheiro em circulação podem levar a um aumento repentino dos preços, que teria o efeito oposto.
As ações caíram porque "energia, alimentos e outras commodities (produtos básicos) ficaram mais caras para as empresas que as usam em sua produção", disse Frank Beck, executivo-chefe de investimento da Capital Financial Group em Austin, Texas. "Isso, combinado com os recentes ganhos, deu aos investidores de curto prazo uma coceira no dedo do gatilho", disse.
As ações do Citigroup caíram 15,58% para US$ 2,60, depois de atingir a máxima de US$ 3,89 durante a sessão - mais que o triplo de sua mínima histórica registrada há menos de duas semanas. As ações da seguradora AIG subiram 17%, enquanto o Congresso aprovava leis para permitir a taxação dos bônus recebidos pelos executivos em até 90%. O valor das ações da AIG mais do que triplicou em menos de uma semana.
Entre as ações afetadas pela alta do petróleo para acima de US$ 51,00 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York, as ações da companhia de exploração e produção Devon Energy subiram 3,12%, enquanto as da gigante Chevron fecharam em alta de 0,81%. Por outro lado, as ações da AMR caíram 10,20%.
O nível recorde de trabalhadores americanos que continuam a receber o auxílio-desemprego e alguns balanços corporativos serviu para relembrar aos participantes do mercado a extensão da desaceleração econômica. As informações são da Dow Jones.

Bolsa ganha quase 5% em três pregões seguidos de alta

por Agência ESTADO
19 de Março de 2009 17:38

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou mais um pregão de alta hoje, ainda em reação ao anúncio de ontem do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Mas hoje os ganhos não foram influenciados pelos índices acionários nos EUA, que engataram uma realização de lucros. Foram os efeitos das medidas sobre os preços das matérias-primas (commodities) que levaram os papéis desse segmento a subirem e garantirem a terceira alta seguida ao índice Bovespa (Ibovespa).
O Ibovespa avançou 0,78%, aos 40.453,43 pontos. Em três dias seguidos de alta, acumulou ganhos de 4,78%. No mês, a elevação do Ibovespa atinge 5,95% e, no ano, 7,73%. Durante a sessão, o índice atingiu a mínima de 40.146 pontos (+0,01%) e a máxima de 41.137 pontos (+2,48%). O giro financeiro totalizou R$ 4,737 bilhões. Os dados são preliminares.
Duas justificativas explicam essa puxada nos preços das commodities hoje em razão do anúncio do Fed: ao anunciar a compra de até US$ 300 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries), o banco central americano está mexendo na curva longa de juros e barateando as taxas. Isso atrai os consumidores de volta ao mercado, reaquecendo a economia e, consequentemente, elevando a demanda por matérias-primas; em segundo lugar, para comprar os títulos, o Fed precisa emitir dinheiro, o que eleva o risco de inflação e deprecia o dólar, fatores altistas para commodities. Há que se lembrar ainda que o anúncio do Fed pegou o mercado de commodities fechado ontem e uma reação só ocorreu hoje - e para cima.
Essa elevação das commodities trouxe de volta investidores estrangeiros para o mercado doméstico de ações, concentrado em papéis dessa natureza. A mineradora Vale, que ontem ainda titubeou por causa das notícias da Ásia, hoje exibiu recuperação em suas ações. As siderúrgicas novamente avançaram. Vale ON fechou em alta de 2,12% e PNA, de 1,26%. Usiminas, que ontem foi a que menos avançou dentre os papéis do setor, esteve hoje à frente, com ganhos de 6,38% na ação PNA, a maior alta do Ibovespa, e de 6,08% na ON, a segunda maior valorização. Gerdau PN, +0,35%, Metalúrgica Gerdau PN, +0,13%, e CSN ON, +1,64%.
Petrobras seguiu a disparada do petróleo e também teve um fechamento firme, acima de 3%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato de petróleo com vencimento em abril avançou 7,21%, para US$ 51,61 o barril, acima do importante suporte de US$ 50. Petrobras ON subiu 3,77% na Bolsa brasileira e Petrobras PN, 3,36%.
A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada hoje pela manhã, sinalizou que os cortes na taxa básica de juros (Selic) devem continuar, o que é positivo para a Bolsa por atrair investidores interessados em rentabilidade maior do que a paga na renda fixa e também porque beneficia as contas das empresas, melhorando os números dos balanços.
Mas juro menor impacta as receitas dos bancos e esse segmento caiu, também por causa da realização dos papéis do setor em Wall Street. O índice Dow Jones terminou em baixa de 1,15%, aos 7.400,48 pontos, o S&P 500 perdeu 1,30%, aos 784,04 pontos, e o Nasdaq, 0,52%, a 1.483,48 pontos.

INDJ09...após 18/03...suportes e resistências


Desta vez a forte recuperação intraday, no final do pregão fez com que o INDJ09 rompesse a resistência nos 40.450 pontos, indo formar novo topo nos 40.900 pontos, neutralizando a tendência baixista sinalizada no pregão anterior. Finalizou em tendência de alta, nos 40.600 pontos, após respeitar o suporte nos 40.200 pontos. Como os principais indicadores se encontram em região de "sobrecompra" é possível alguma realização intraday, no início do pregão para "afrouxar" esses osciladores, bastante "esticados". A perda dos 40.200 pontos poderá levar o índice a testar a linha de suporte nos 39.400 pontos, cuja perda poderá levá-lo a testar suporte em 38.850/38.650 pontos. Rompimento do topo nos 40.900 pontos poderá lever o índice a testar resistência nos 41.600 pontos.