sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ágora eleva projeções para ações da Petrobras

Com aumento na produção de petróleo, corretora prevê alta de 26% para papéis da companhia em 2008
Revista EXAME 23.05.2008

A corretora Ágora revisou para cima suas projeções para as ações da Petrobras neste ano. A instituição prevê um aumento de 6,6% na produção de petróleo em 2008, que chegaria a 1,91 milhão de barris por dia. Até 2013, a previsão é de crescimento anual médio de 6%. Com isso, as ações da companhia, na avaliação da Ágora, apresentam um potencial de valorização de 25,7% em 2008, podendo chegar ao final do ano cotadas a 66 reais.
“Consideramos que suas ações (da Petrobras) estão atrativas em função das perspectivas positivas de crescimento da produção de petróleo e gás natural para os próximos anos. Também destacamos o forte potencial de novas reservas de petróleo na camada pré-sal no Brasil. Estes dois fatores diferenciam a Petrobras das demais empresas do setor”, afirma a Ágora em relatório.
Os sucessivos recordes de preço do petróleo também contribuem para a valorização dos papéis. Há seis anos consecutivos o produto vem subindo no mercado internacional e, neste ano, estabeleceu um novo patamar de preço, devendo encerrar 2008 com um reajuste de 61%, segundo a Ágora. E, ao que tudo indica, a alta deve continuar. A combinação de aumento na demanda mundial com a baixa oferta do produto deve manter os preços elevados. De acordo com a Agência Internacional de Energia, a demanda global por petróleo crescerá 1,2% em 2008. Além disso, a contínua desvalorização do dólar propicia o aumento do preço do produto, “assim como o movimento especulativo dos fundos de investimentos e os constantes riscos geopolíticos”, destaca a corretora.
Nesta sexta-feira (23/5), os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam cotados a 50,51 reais, em queda de 3,71%. As ações ordinárias recuaram 3,77%, finalizado o dia a 59,95 reais. No ano, as ações preferenciais acumulam alta de 19,56%, enquanto as ordinárias sobem 19,30%. O Ibovespa, no período, registra valorização de 13,16%.

Índice Dow Jones tem pior semana desde fevereiro

por Renato Martins da Agência Estado
23.05.2008 18h22

O mercado americano de ações fechou em queda, em reação à nova alta dos preços do petróleo e ao indicador de vendas de imóveis residenciais usados em abril. Com a baixa de hoje, o índice Dow Jones acumulou na semana sua maior queda semanal desde 8 de fevereiro; o S&P-500, por sua vez, passou a acumular queda no mês de maio.
Das 30 componentes do Dow Jones, apenas três ações subiram: Boeing ganhou 0,09%, Hewlett-Packard registrou alta de 0,13% e Coca-Cola avançou 0,62%. As ações das montadoras estavam entre as que mais caíram. As da General Motors caíram 4,50%, depois de a empresa dizer que a recente greve dos trabalhadores da fornecedora de autopeças American Axle & Manufacturing vai obrigar a empresa a entregar 230 mil veículos a menos do que o programado durante o segundo trimestre, com um impacto estimado de US$ 1,8 bilhão no lucro. As da Ford recuaram 4,05% e acumulam queda de 15% na semana, depois de a empresa anunciar uma redução na produção de veículos que consomem muita gasolina, porque os consumidores estão passando a preferir os modelos mais econômicos.
As ações das companhias aéreas também sofreram quedas fortes, em reação à alta dos preços do petróleo: Continental despencou 8,1%, com queda de 27% na semana, e AMR perdeu 3,7%, com baixa de 31% na semana. No setor financeiro, as ações do Lehman Brothers caíram 6,21%, após rebaixamentos de recomendação por analistas; as do Goldman Sachs recuaram 2,57%. As ações da cervejaria Anheuser-Busch subiram 7,66%, depois de o Financial Times dizer que a Inbev poderá fazer uma oferta pela empresa. Entre as construtoras, as ações da DR Horton caíram 2,69%, em reação ao indicador de vendas de residências usadas.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,16%, em 12.479,63 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 0,81%, em 2.444,67 pontos. O S&P-500 caiu 1,32%, para 1.375,93 pontos. O NYSE Composite recuou 1,25%, para 9.315,78 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 3,91%, o Nasdaq, uma perda de 3,33%, e o S&P-500, uma baixa de 3,47%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em baixa de 1,17% e Petrobras PN cai 3,7%

por Paula Laier da Agência Estado
23.05.2008 17h38

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou em queda, pela segunda sessão consecutiva, alinhada às perdas das principais bolsas nos Estados Unidos. A repercussão negativa do nível recorde do petróleo, que chegou a R$ 135 em Nova York, pressionou os índices de ações em Wall Street, contaminando as operações no Brasil. A realização de lucros sobre as ações da Petrobras e da Vale corroborou o cenário de queda no pregão paulista. O setor bancário foi o destaque do noticiário corporativo, com a notícia de que o Banco do Brasil e o governo do Estado de São Paulo iniciaram negociação para a incorporação do banco Nossa Caixa pela instituição federal. As ações da Nossa Caixa dispararam enquanto as do BB caíram.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou o dia em baixa de 1,17%, aos 71.451,8 pontos, após oscilar da mínima de 70.774,2 pontos (-2,10%) à máxima de 72.295,2 pontos (estável). O volume financeiro somou R$ 5,8 bilhões - valor abaixo da média diária de maio (de R$ 7,2 bilhões até o dia 16) por causa da ausência de muitos participantes que emendaram o feriado nacional ontem com o fim de semana. O fechamento de Wall Street na segunda-feira, por feriado nos Estados Unidos, também reduziu a liquidez nos negócios hoje. Na semana, o índice paulista registra queda de 1,81%. No mês, acumula valorização de 5,28% e, no ano, de 11,84%.
Ontem, quando o mercado brasileiro fechou por feriado nacional, o petróleo atingiu a marca histórica de R$ 135,09 em Nova York, mas devolveu a alta e acabou a sessão em baixa, o que permitiu também que as bolsas americanas encerrassem a quinta-feira em alta. Hoje, contudo, a commodity voltou a subir, minando o humor em Wall Street. O barril encerrou com valorização de 1,05%, em US$ 132,19. Investidores usaram o argumento de que o petróleo fechou em baixa ontem para comprar petróleo hoje. Ninguém quer ser pego de surpresa no meio do feriado. Com tal cautela, aliada às preocupações sobre os reflexos das altas do petróleo na economia, em particular a inflação, o índice de ações Dow Jones caiu 1,16%, o S&P 500 perdeu 1,32% e o Nasdaq recuou 0,81%.

Petrobras

A pressão externa foi reforçada pelas quedas de Petrobras e Vale. Mesmo com a alta do petróleo, as ações da estatal recuaram por realização de lucros. Até a quarta-feira, esses papéis acumulavam na semana apreciação de 9,05% (PN) e 7,6% (ON), o que motivou vendas, levando a ação PN a cair 3,71% e a ON a recuar 3,77% na sessão de hoje. Na noite de quarta-feira, a Petrobras confirmou que foram encontrados indícios de petróleo na área da camada pré-sal no bloco BM-S-8, cujo prospecto vem sendo chamado de Bem-te-vi. O impacto da notícia, contudo, foi neutro, uma vez que já estava no preço dos papéis.

Vale

As ações da Vale também descolaram-se da trajetória ascendente dos preços dos metais no exterior e deram continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado na terça-feira. Os papéis PNA caíram 1,32% e os ON cederam 1,37%.

Nossa Caixa

Do noticiário corporativo, os investidores receberam com entusiasmo a informação sobre início de negociação entre o BB e o governo paulista para a incorporação da Nossa Caixa. As ações ON do banco paulista dispararam, encerrando o dia com elevação de 31,52% - a maior entre os papéis negociados no Ibovespa. No caso do BB, as ações ON caíram 2,81%. Itaú, Bradesco e Unibanco questionaram a operação, informando que também têm interesse na aquisição da Nossa Caixa e defendendo a realização de um leilão para escolher quem levaria o banco. As ações PN do Itaú caíram 0,33%, as PN do Bradesco cederam 0,08% e as Units do Unibanco recuaram 1,51%

Nova descoberta pode elevar Brasil a potência petrolífera

da BBC Brasil
23/05/2008 - 08h26

O jornal americano "The Wall Street Journal" diz em sua edição dexta sexta-feira que a nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos, anunciada na quarta-feira, "esquenta especulações" sobre a ascensão do Brasil ao grupo dos grandes exportadores globais e de que o país tem reservas suficientes para "aliviar a pressão sobre os crescentes preços do petróleo".
Segundo a reportagem, "a descoberta é a última em uma série de ações bem sucedidas da empresa, aumentando as esperanças de que o Brasil será a nova grande novidade em petróleo global".
"Com o preço do petróleo batendo novos recordes, grandes descobertas no Brasil iriam aumentar o otimismo da indústria energética de que o país poderia suprir petróleo suficiente para manter o ritmo da crescente demanda", diz o jornal.
"Nas negociações na quinta-feira, na Bolsa de Nova York, o preço do barril caiu US$ 2,36, ou 1,8%, para US$ 130,81 o barril, em parte diante da perspectiva de maior suprimento vindo do Brasil", afirma.
Segundo o jornal, as descobertas seriam especialmente bem-vindas nos Estados Unidos, garantindo uma nova fonte de petróleo em seu hemisfério.
"O foco de atenção é a Bacia de Santos, uma série de campos de petróleo potenciais enterrados sob milhas de águas ocêanicas, terra e uma teimosa camada de sal. A perfuração exploratória em diferentes campos produziu petróleo bastante similar, alimentando uma excitante nova teoria: de que a bacia pode ser um contínuo mega-depósito de petróleo."
O jornal afirma, no entanto, que apesar do otimismo, observadores dizem que há boas razões para ceticismo.
"A exploração e a extração de petróleo em águas super-profundas são uma empreitada cara e arriscada. O sal que fica sobre os potenciais campos soma desafios técnicos porque muda de lugar e é propenso a mudanças bruscas de pressão. E apesar dos avanços na tecnologia de imagens geológicas, é impossível saber a quantidade e a qualidade do petróleo escondido em um depósito até que ele comece a jorrar - um processo que leva anos."
Mas, segundo o WSJ, os investidores não estão esperando para apostar neste potencial.
"A fatia da Petrobras negociada publicamente aumentou tanto este ano que o valor de mercado da companhia ultrapassou o de empresas de nomes conhecidos, como a General Electric e a Microsoft", afirma o jornal.
Segundo a reportagem, só com as reservas já encontradas o Brasil, provavelmente, chegaria ao topo dos exportadores latino-americanos.
"Para um país que começa a abandonar seu passado como país em desenvolvimento volátil, tanta bonança pode ser bom ou ruim. O dinheiro do petróleo vai encher os cofres do governo, mas também pode deixar o Brasil tentado a adotar hábitos esbanjadores de outros grandes exportadores de petróleo", conclui o WSJ.

IBOV...após 21/05...correção forte, com tendência de queda próxima do fim...


O IBOVESPA abriu em queda nos 73.507 pontos, mas auxiliada pela abertura em forte alta de Petr4, rapidamente atingiu topo em 73.780 pontos, próximo do TH em 73.794 pontos. Com a abertura de DJI em queda e na esteira dos índices futuros também em queda, iniciou processo de realização, vindo até o suporte dos 73 mil pontos, onde ficou oscilando entre esse patamar e 13.330 pontos, até as 15 horas, no aguardo da leitura da ata do FED. Com a derrocada dos mercados americanos, refluiu fortemente até os 12.500 pontos, vindo a buscar a mínima em 72.150 pontos. A partir daí, com a reação de PETR4, provocada pelos novos recordes de preço do barril de petróleo (causa da derrocada de DJI), mesmo com a forte queda das demais "blue chips", retomou os 12.500 pontos, vindo a finalizar nos 72.294 pontos (queda de 1,66%).

Análise: A queda do Ibovespa só não foi maior por causa de Petr4 que não acompanhou as demais "blue chips", fechando em alta de 1%. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam tendência de queda, apesar do oscilador de momentos apresentar leve "divergência de alta". Analisando o gráfico de "30 minutos", observamos que o IFR está indefinido, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam queda, e o oscilador de momentos com "divergência baixista", porém em região de "sobrevenda". Esse conflito de sinalização indica certa indefinição de tendência, apontando para a possibilidade de que essa correção que se iniciou no pregão anterior, esteja se aproximando do fim.

Suportes em 72.250, 72.150, 71.500 e 70.750 pontos.
Resistências em 72.590, 73.300, 73.600 e 73.800 pontos.