segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Bolsa de NY fecha em queda com financeiras e teles

por Agência ESTADO
05 de Janeiro de 2009 19:59

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, depois de o índice Dow Jones ter fechado, na sexta-feira, acima dos 9.000 pontos pela primeira vez em dois meses. Embora o indicador de investimentos no setor de construção tenha saído melhor do que se previa e o presidente eleito, Barack Obama, tenha anunciado um plano de cortes de impostos de US$ 300 bilhões, prevaleceu a preocupação dos investidores quanto à perspectiva dos lucros das empresas num ambiente de recessão. Lorenzo di Mattia, gerente do fundo de hedge Sibilla Global Fund, disse que "Obama fez muitas promessas e por isso as pessoas ficaram bastante excitadas e esperam muito. Independentemente de quão bom presidente ele vai ser, as coisas demoram, e a situação é realmente muito difícil".
O índice Dow Jones fechou em queda de 81,80 pontos, ou 0,91%, em 8.952,89 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 4,18 pontos, ou 0,26%, em 1.628,03 pontos. O S&P-500 caiu 4,35 pontos, ou 0,47%, para 927,45 pontos. O NYSE Composite recuou 7,23 pontos, ou 0,12%, para 5.908,50 pontos.
As ações do setor financeiro estavam entre as que mais caíram, depois de um analista do Deutsche Bank rebaixar suas previsões de resultado para Citigroup (-0,84%), Bank of America (-2,44%), JPMorgan Chase (-6,70%) e Wells Fargo (-6,47%). As da Synovus Financial perderam 12,56%, depois de a instituição elevar novamente sua previsão para perdas, o que já havia feito na semana passada. No setor de telecomunicações, as ações da Verizon caíram 6,24% e as da AT&T recuaram 3,37%, depois de a Sanford Bernstein rebaixar sua previsão para a receita das empresas do setor. As ações das montadoras operaram em queda pela manhã, mas recuperaram-se à tarde, depois dos informes de vendas de dezembro (General Motors subiu 1,64% e Ford, 4,88%). No setor de tecnologia, as ações da Apple subiram 4,22%, depois de o presidente-executivo da empresa, Steve Jobs, dizer que sua perda de peso decorre de "desequilíbrio hormonal", mas que o tratamento não impedirá que ele continue no cargo. As informações são da Dow Jones.

Com Vale, Bovespa encerra o pregão em alta de 3,17%

por Agência ESTADO
05 de Janeiro de 2009 18:36


Vale, Petrobras e siderúrgicas garantiram à Bovespa seu segundo pregão consecutivo de alta, acumulando nos dois primeiros pregões de 2009 ganhos superiores a 10%. Tal desempenho fez com que a Bolsa registrasse a maior pontuação desde 14 de outubro de 2008, acima dos 41 mil pontos.
O Ibovespa, principal índice, fechou o pregão com alta de 3,17%, aos 41.518,66 pontos. Na mínima, atingiu 39.526 pontos (-1,79%) e, na máxima, 41.889 pontos (+4,09%). Em dois pregões neste ano, a Bolsa já acumula alta de 10,57%. O volume financeiro hoje somou R$ 4,248 bilhões, com o ingresso de recursos estrangeiros.
Segundo um operador, favoreceu o setor de mineração e siderurgia a notícia de que o governo da China irá permitir o chamado "toll trading" de cobre, alumínio e níquel a partir de 1º de fevereiro, que se refere à importação da matéria-prima para processamento e posterior exportação como produto de valor agregado. Essa operação se qualifica para tratamento tributário preferencial, como isenção de tarifa alfandegária e imposto sobre valor agregado. Esta informação sinaliza aumento da demanda, puxando as vendas das empresas domésticas desse setor.
A volta gradual dos investidores estrangeiros também justificou os ganhos das blue chips (ações de primeira linha) e siderúrgicas hoje. O petróleo fechou em alta de 5,33%, aos US$ 48,81 por barril. O representante do Irã na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Ali Khatibi, declarou hoje que os países membros do cartel devem realizar uma reunião extraordinária no Kuwait em fevereiro.
Vale ON ganhou 5,44%; Vale PNA, 6,87%; Petrobras PN, 2,28%; Petrobras ON, 2,21%; Gerdau PN, 5,46%; Metalúrgica Gerdau PN, 6,21%; Usiminas PNA, 6,58%; CSN ON, 8,92%. A CSN anunciou hoje a demissão de 300 pessoas em Volta Redonda (RJ).
As bolsas em Wall Street operaram em queda, com alguns breves momentos no azul. Os investidores, lá, realizaram lucros depois da alta acumulada na última semana. Eles também trabalharam atentos aos números de vendas das montadoras em dezembro, já que o dia foi de agenda fraca. Às 18h25 (de Brasília), o índice nova-iorquino Dow Jones recuava 1,39%; o S&P-500, 0,93%; e o Nasdaq, 0,80%.
Para os próximos dias, crescem em importância os dados a serem conhecidos, com destaque, nesta semana, para o relatório do mercado de trabalho de dezembro nos EUA - programado para sexta-feira. Os investidores se contentam com esses resultados enquanto Barack Obama não toma posse na presidência norte-americana, e enquanto não sabem mais detalhes do pacote de estímulo econômico que ele promete para seu início de mandato. Segundo o Wall Street Journal, Obama e os congressistas democratas estão elaborando um plano para oferecer cerca de US$ 300 bilhões em cortes de impostos para pessoas físicas e empresas. Com outras medidas, o pacote deve somar entre US$ 775 bilhões e US$ 1 trilhão.

DJI...após 02/01...semana de indicadores pesados x otimimismo com plano de Obama


No primeiro pregão do ano, ainda com volume reduzido, DJI conseguiu fechar acima dos 9 mil pontos, sinalizando a possibilidade de se manter na parte superior do sub-canal de alta, entre os 9 mil e os 9.500 pontos. Alguns dos principais indicadores se encontram relativamente sobrecomprados, sinalizando alguma possibilidade de realização no curto prazo. Realização mais forte que leve a perda dos 8.600 pontos, poderá sinalizar reversão do atual quadro. A semana está repleta de divulgação de pesados indicadores econômicos, como taxa de desemprego, estoques de petróleo e outros níveis de atividade econômica que sinalizarão a intensidade da recessão em curso, versus o otimismo do detalhamento do plano de geração de renda e empregos gestado pela equipe econômica de Obama, que ainda corre o risco de rejeição pelos senadores republicanos.

As resistências imediatas se encontram em 9.100, 9.140 e 9.280 pontos.

Os suportes imediatos estão em 8.990, 8.830, 8.740, 8.640 e 8.520 pontos.

IBOV...após 02/01..sequência de altas sinaliza possibilidade de rompimento dos 41 mil pontos...


O fechamento acima dos 40 mil pontos ocorrido no pregão de sexta, com alta superior a 7%, sinaliza que o Ibovespa poderá testar os 41 mil pontos, cujo rompimento levará aos objetivos em 43 mil e 45 mil pontos. Por outro lado, os principais indicadores se encontram bastante esticados sinalizando perspectivas de alguma realização intraday. A perda do suporte nos 39 mil pontos poderá sinalizar uma realização mais forte, com objetivos imediatos nos 36/37 mil pontos

Os suportes imediatos estão em 39.250, 38.200, 38 mil, 37.250 e 36.400 pontos.

As resistências imediatas estão em 40.250, 40.450, 40.900, 41.130 e 42.100 pontos.