sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dow Jones tem sua pior semana desde outubro

por Agência ESTADO
20 de Fevereiro de 2009 19:20

O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda, com o índice Dow Jones acumulando na semana a maior perda desde a semana até 10 de outubro do ano passado. Caso tivesse fechado na mínima do dia, o Dow Jones teria chegado ao fim do pregão no nível de fechamento mais baixo desde 27 de outubro de 1997. Das 30 componentes do Dow Jones, cinco ações fecharam a preços inferiores a US$ 10, jogando por terra a noção tradicional de que as blue chips (ações de primeira linha) norte-americanas seriam um investimento seguro.
O índice Dow Jones fechou em queda de 100,28 pontos, ou 1,34%, em 7.365,67 pontos. A mínima foi em 7.249,47 pontos e a máxima em 7.469,47 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 1,59 ponto, ou 0,11%, em 1.441,23 pontos. O S&P-500 caiu 8,89 pontos, ou 1,14%, para fechar em 770,05 pontos. O NYSE Composite caiu 76,65 pontos, ou 1,57%, para 4.804,51 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 6,17%, o Nasdaq, uma baixa de 6,07% e o S&P-50, uma perda de 6,87%.
A preocupação com a solvência dos grandes bancos e o temor de que eles venham a ser estatizados voltaram a dominar o mercado; as ações dos bancos subiram acima das mínimas na última hora do pregão, depois de a Casa Branca dizer que não pretende estatizar bancos. Ao longo de todo o dia, porém, participantes do mercado venderam ações e migraram para outros ativos, como os títulos do Tesouro e o ouro (cujo preço superou os US$ 1.000 por onça-troy).
"É basicamente impossível dizer onde será o fundo do poço para as ações dos bancos. E, com a incapacidade do mercado de atribuir qualquer valor para os bancos, o cenário continua a ser dominado pelos informes sobre perdas e erosão de capital, o que alimenta as vendas a descoberto", comentou o estrategista Craig Peckham, da Jefferies.
As ações do Citigroup fecharam em queda de 22,31%, depois de terem chegado a cair 36%; as do Bank of America, que chegaram a cair 35,6%, recuperaram boa parte dessa perda e fecharam em baixa de 3,56%. As ações das mineradoras subiram, em reação à alta do ouro (AngloGold ganhou 6,36% e Newmont Mining, 7,21%). Várias ações reagiram à divulgação de informes de resultados, entre elas a desenvolvedora de software Intuit (+12,79%), a indústria de medicamentos genéricos Mylan Labs (+8,99%), a rede de lojas de móveis e decorações Lowe's (-6,60%), a refinadora de petróleo Tesoro (-12,78%) e a rede de lojas de roupas JC Penney (+1,21%). As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em queda de 2,5% e acumula baixa no mês

por Agência ESTADO
20 de Fevereiro de 2009 18:33

A Bovespa voltou hoje ao patamar do início do mês, puxada pelo tombo das ações de Vale, siderúrgicas e bancos. Os temores de que os bancos norte-americanos poderiam ser estatizados levaram a ordens de vendas em Wall Street, que diminuíram no final da tarde com a negativa da Casa Branca sobre o assunto.
O Ibovespa, principal índice, fechou em baixa de 2,56%, aos 38.714,64 pontos, o menor nível desde 2 de fevereiro (38.666,44 pontos). Com o resultado de hoje, apagou os ganhos em fevereiro e passou a acumular perda de 1,49% no mês. Na semana, recuou 7,10%. Em 2009, entretanto, a Bolsa ainda acumula elevação, de 3,10%. O índice atingiu a mínima de 38.103 pontos (-4,10%) e a máxima de 39.725 pontos (-0,01%). O giro financeiro totalizou R$ 3,995 bilhões.
O principal destaque do mercado doméstico nesta sexta-feira foi Vale. As ações derreteram mais de 8% no pior momento do pregão, com a reação negativa dos investidores ao balanço apresentado na noite de ontem. Pelo padrão brasileiro, a mineradora registrou aumento de 136,8% no lucro de outubro a dezembro de 2008, mas, pelos padrões norte-americanos (US Gaap), houve queda de 46,9%.
A Vale teve lucro líquido de US$ 1,367 bilhão em US Gaap no quarto trimestre de 2008, ante US$ 2,573 bilhões um ano antes. Tal desempenho também foi inferior a algumas estimativas, como a do Credit Suisse (o resultado foi 31% menor do que sua previsão) e do UBS, que classificou o resultado como "desapontador".
Além do balanço, também pressionou o setor a queda de quase 30% no lucro líquido da mineradora Anglo American em 2008. A empresa também anunciou o corte do pagamento de dividendos e a demissão de 19 mil funcionários para enfrentar a desaceleração global. Os metais também recuaram hoje.
Vale ON terminou em baixa de 7,97% e PNA, de 6,68%. Gerdau PN recuou 6,32%, Metalúrgica Gerdau PN, 6,79%, Usiminas PNA, 2,74% e CSN ON, 1,58%.
No geral, a Bovespa seguiu as bolsas internacionais, que recuaram. O Dow Jones perdeu 1,34%, o S&P recuou 1,14% e o Nasdaq fechou em baixa de 0,11%. Mais cedo, as perdas eram maiores, mas houve melhora no final do pregão com os comentários da Casa Branca de que deseja ver os bancos em mãos privadas. Ao longo da sessão, os rumores de que os bancos poderiam ser estatizados patrocinaram pesadas vendas dos papéis do setor, influenciando os índices.
De volta ao Brasil, Petrobras ON recuou 2,17% e PN, 1,98%. O petróleo terminou em baixa de 1,37% na Bolsa Mercantil de Nova York, com o contrato para março cotado a US$ 38,94 por barril. No setor financeiro, Bradesco PN recuou 4,16%, Itaú PN, 2,90%, Unibanco Unit, 3,27%. Banco do Brasil ON subiu 1,11%.
Redecard foi destaque de baixa, com a notícia de que o Citigroup pretende se desfazer de sua participação na empresa. As ações recuaram 7,53%. JBS ON subiu 3,8%. A empresa desistiu de compra da norte-americana National Beef, anunciada em março do ano passado. Por causa do carnaval, a Bovespa só volta a funcionar na próxima quarta-feira.

IBOV...após 19/02...suportes e resistências


O Ibovespa iniciou em alta, sintonizado com os mercados futuros americanos, até a máxima em 40.433 pontos. Acompanhando parcialmente a queda de DJI, iniciou processo de refluxo, indo buscar a mínima em 39.630 pontos, para reagir posteriormente até fechar em 39.730 pontos ( +0,14%). A figura do "candle" diário se assemelha a um "martelo invertido" sinalizando tendência de queda. A máxima nos 40.433 pontos coincidindo com a máxima do pregão anterior (40.434 pontos), produziu um "topo duplo", sinalizando que a perda da mínima nos 39.210 pontos, poderá levar o Ibovespa a buscar suporte nos 37.990 pontos.

Suportes imediatos em 39.210, 39.040, 38.800, 38.100 e 38.000 pontos.
Resistências imediatas em 39.740, 40.000, 40.100 e 40.430 pontos.

DJI...após 19/02...suportes e resistências


DJI abriu em alta, indo até a máxima em 7.614, depois refluiu até a mínima em 7.448 e finalizou em 7.466 pontos (-1,19%), formando um candle tipo "piercing cheio". A mínima abaixo da mínima anterior e a máxima concidindo praticamente com a alta do pregão anterior, produziu novo "topo duplo", sinalizando forte possibilidade de queda, caso esta mínima nos 7.450 pontos, não seja respeitada . Objetivos de queda nos 7.300/7.280 pontos.

Suportes imediatos em 7.440, 7.320 e 7.280 pontos.
Resistências imediatas em 7.500, 7.560, 7.615 e 7.700 pontos.