terça-feira, 2 de setembro de 2008

IBOV...após 02/09...forte volatilidade, com indefinição de tendência...


O Ibovespa abriu em 55.161 pontos e seguiu em queda até encontrar suporte em 54.500 pontos, na primeira meia-hora de pregão. A partir daí, reagiu até encontrar resistência na máxima em 55.412 pontos. O processo de realização desencadeado por DJI repercutiu no Ibovespa que refluiu até encontrar suporte na mínima em 54.207 pontos, quase ao final do pregão. Reagiu na última hora para finalizar em 54.404 pontos ( -1,37%).

Análise:O Ibovespa, capitaneado por Vale, Petro e siderúrgicas, seguiu o mercado futuro do petróleo e das principais commodities, em forte baixa. Tentou se apoiar em DJI, mas também não conseguir manter a reação (com a realização dos mercados americanos). O Ibovespa se encontra também em movimento lateral, mas com tendência de queda, com fraco volume de negócios e na expectativa da reunião do Copom, no início da próxima semana.

Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam tendência de queda, enquanto no gráfico de "30 minutos" surgem divergências, com o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizando alta. Essa indefinição com predominância ainda da tendência de queda, poderá ser removida pela sinalização dos mercados futuros, antes da abertura do pregão.

Abaixo de 54.200 suportes em: 54 mil, 53.800, 53.400 e 52.200 pontos.
Acima de 55.400 pontos resistências em: 55.600, 56.850, 57 mil e 57.300 pontos.

DJI...após 02/09...forte volatilidade, sem definição de tendência...


DJI abriu em 11.545 pontos e com os índices futuros em alta, provocado pela forte queda dos contratos futuros do petróleo e de commodities, subiu até atingir a máxima em 11.790 pontos (+2,14%), ainda na primeira meia-hora de pregão. Daí, como que refletindo melhor se a queda brutal do petróleo e das commodities não seria mais um fator confirmador da recessão, e menos resultante dos pequenos estragos produzidos pelo furacão Gustav, refluiu novamente, em novo processo de realização, só finalizando quando encontrou suporte na mínima em 11.472 (-0,62%) praticamente no final do pregão. Para o fechamento, reduziu parte das perdas para finalizar em 11.517 pontos (-0,23%).

Análise: Escessiva volatilidade em um mercado que perdeu suas referências. Num dia, petróleo em alta, ações das companhias aéreas e bancos (com anúncio de falências) em queda de dois dígitos. Noutro, petróleo em queda, aéreas em alta de dois dígitos e financeiras em alta novamente. Para quem gosta de operar com "micos", DJI está um "prato cheio". Daí o por quê da saída do capital especulativo (americano) do Ibovespa. Está muito mais interessante especular por lá!

DJI continua ainda em movimento lateral, numa formação do tipo "triângulo simétrico" pela convergência entre as LT's. Deverá continuar nesse movimento até as próximidades da reunião do FED, daqui duas semanas, quando provavelmente, deverá romper para um dos extremos.

Acima de 11.800 poderá buscar novamente o patamar dos 11.900 pontos, que caso seja rompido, fará DJI retomar o "sub-canal" de alta anterior com objetivos nos 12 mil pontos.

Abaixo de 11.500 poderá buscar novamente suportes nos 11.380 e 11.290 pontos. A perda de suporte nos 11.220 pontos, poderá levar DJI a retomar o canal de baixa anterior, com objetivo em 11 mil pontos.

Os principais indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" se mantém contraditórios, justificando a volatilidade da abertura de DJI (com alta de mais de 2%) e o fechamento (em queda de quase meio por cento).

Bolsa de NY fecha em baixa com temor sobre economia

por Renato Martins da Agência Estado
02.09.2008 18h25

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, revertendo a direção tomada pela manhã, na volta do fim de semana prolongado nos EUA. As Bolsas de Nova York abriram em alta em reação à queda dos preços do petróleo, depois de o furacão Gustav ter passado pela região produtora do Golfo do México sem causar grandes danos. À tarde, porém, o alívio deu lugar à preocupação com o fato de a queda dos preços do petróleo estar refletindo queda na demanda, em mais um sinal de desaceleração da economia global. No fim de semana, o ministro das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, havia dito ao jornal The Guardian que a atual desaceleração econômica poderá ser a pior desde a 2ª Guerra Mundial.
As ações dos setores de petróleo estavam entre as que mais caíram (ExxonMobil perdeu 3,36% e Chevron recuou 3,51%), assim como as ligadas a outras matérias-primas (as da Alcoa, do setor de alumínio, caíram 5,20%; as da Peabody Energy, da área de carvão, perderam 11,96%). As das companhias aéreas tiveram altas fortes (AMR disparou 11,33% e UAL avançou 11,70%), assim como as da General Motors (+6,50%). No setor financeiro, as ações do Bank of America subiram 4,78%, após elevação de recomendação pelo Goldman Sachs; as do Lehman Brothers subiram 0,25%, depois de o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul reverter sua posição anterior e dizer que estuda comprar uma participação em uma das unidades da instituição. As da Freddie Mac subiram 12,86%, depois de a agência leiloar mais títulos no mercado.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,23%, em 11.516,92 pontos. O Nasdaq encerrou com perda de 0,77%, em 2.349,24 pontos. O S&P-500 caiu 0,41%, para 1.277,58 pontos. O NYSE Composite recuou 1,02%, para 8.296,97 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa cai 1,37% afetada por queda de petróleo e metais

por Claudia Violante da Agência Estado
02.09.2008 17h36

O enfraquecimento do furacão Gustav fez as cotações do petróleo derreterem, carregando consigo as matérias-primas (commodities) metálicas. Esse movimento caiu como uma bomba sobre a Bovespa, diante da queda de suas principais ações: Petrobras e Vale. A baixa só não foi maior porque o setor bancário operou em alta, dando algum suporte ao principal índice do mercado doméstico.
Assim, no segundo pregão de setembro, e pela terceira sessão seguida, a Bolsa paulista recuou. O Ibovespa, principal índice, perdeu hoje 1,37% e fechou aos 54.404,4 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 54.207 pontos (-1,73%) e a máxima de 55.412 pontos (+0,45%). No mês, acumula baixa de 2,29%. O volume financeiro totalizou R$ 4,202 bilhões, mais que o dobro do registrado ontem, mas ainda abaixo da já fraca média de agosto, de R$ 4,811 bilhões (menor do ano)
Os investidores norte-americanos voltaram hoje do feriado do Dia do Trabalho dispostos a devolver todo o prêmio que embutiram nos preços do petróleo antes que o Gustav atingisse as instalações no Golfo do México. Como os estragos foram menores do que acreditavam que seriam, a correção foi forte. O contrato futuro com entrega do petróleo em outubro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York recuou 4,98%, aos US$ 109,71 por barril, na menor cotação desde 8 de abril.
A queda do petróleo e o fortalecimento do dólar ante o euro também tiveram impacto negativo sobre as commodities metálicas, que recuaram. Aqui, Petrobras ON perdeu 2,39%, Petrobras PN recuou 3,22%, Vale ON cedeu 2,31% e Vale PNA registrou baixa de 1,63%. As siderúrgicas também operaram em queda, mas as ações dos bancos, que acompanharam os papéis do setor nos EUA e ainda reagiram ao anúncio de que a Visanet fará uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), deram alguma trégua ao Ibovespa ao fecharem no terreno positivo.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou o dia em baixa de 0,23%, o S&P perdeu 0,41% e o Nasdaq recuou 0,77%. Os papéis de bancos subiram e limitaram as perdas, entre eles o do Lehman Brothers, depois que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul confirmou que está em negociações para um investimento na instituição.
Já os indicadores econômicos divulgados hoje nos EUA não alteraram o rumo dos negócios. Entre os dados foi conhecido o índice ISM de atividade no setor de manufatura, que caiu para 49,9 em agosto, abaixo do patamar de 50 (que sugere contração da atividade), mas ficou levemente acima dos 49,5 previstos pelos economistas. Já os gastos com construção cederam 0,6% em julho, um pouco acima da retração de 0,5% esperada pelos economistas. Para amanhã, o comportamento das commodities continuará ofuscando os eventos de agenda.