quinta-feira, 30 de abril de 2009

Bolsas de NY fecham quase estáveis, apesar da Chrysler

por Agência ESTADO
30 de Abril de 2009 19:08


Relatórios sobre resultados trimestrais e sobre emprego nos EUA ajudaram a alimentar um rali das ações de materiais e consumo, porém um recuo nos papéis do setor de energia pressionaram as bolsas norte-americanas. Além disso, boa parte da queda verificada durante a tarde teve início após o anúncio de concordata da Chrysler.
O índice Dow Jones declinou 17,61 pontos, ou 0,22%, e fechou em 8.168,12 pontos. Mesmo com a queda de hoje, o Dow Jones terminou o mês de abril com ganho de 8,59%, a maior alta mensal em pontos desde maio de 2007. Somando o desempenho de março, o índice teve seu maior ganho em dois meses, em termos porcentuais, desde novembro de 2002.
O S&P-500 perdeu 0,83 ponto, ou 0,10%, e fechou em 872,81 pontos, mas registrou alta de 10,83% em abril. O Nasdaq, por outro lado, ganhou 5,36 pontos, ou 0,31%, e fechou em 1.717,30 pontos, encerrando o mês com avanço de 14,35%. Ambos os índices tiveram o maior ganho mensal em pontos desde novembro de 2001. O NYSE Composite caiu 2,78 pontos, ou 0,05%, e fechou em 5.513,36 pontos.
Em uma sessão volátil, na qual o setor de consumo liderou um rali que levou o Dow Jones a subir mais de 100 pontos pela manhã, o pedido de concordata da Chrysler gerou desânimo à tarde. Embora o movimento já fosse esperado, operadores observaram que o fato é um lembrete de que companhias economicamente sensíveis permanecem enfraquecidas.
O tom das operações de hoje, e de boa parte das últimas semanas, continuou girando em torno da onda de anúncios de balanços do primeiro trimestre. Apesar de poucos relatórios terem mostrado crescimento corporativo, os investidores estão cada vez mais otimistas com o que as companhias têm feito para enfrentar a recessão.
Um dos maiores ganhadores do dia, Dow Chemical subiu 18%, depois de informar um pequeno, mas inesperado, lucro no primeiro trimestre. Pressionada pelo balanço trimestral ruim, Motorola caiu 7,2%. International Paper informou hoje que seu lucro líquido cresceu 89% no primeiro trimestre deste ano e terminou a sessão com alta de 16%.
Entre outras empresas que divulgaram balanço hoje, ExxonMobil foi uma das ações do setor de energia mais vendidas, perdendo 2,6%. Procter&Gamble recuou 1,94%. Metlife, maior seguradora de vida dos EUA, fechou em leve alta de 0,24%, antes de anunciar que saiu de lucro para prejuízo de US$ 548 milhões no primeiro trimestre deste ano.
No setor financeiro, embora a maior parte dos papéis tenha fechado em baixa, Bank of America ganhou 2,9%, um dia depois de os acionistas votarem pela troca do chairman da instituição. As informações são da Dow Jones.

Bovespa tem 8 semanas de alta e ganha 15,5% em abril

por Agência ESTADO
30 de Abril de 2009 17:57

Abril foi um mês mais do que favorável à Bovespa. Nem mesmo o risco iminente de um alerta de pandemia pela Organização Mundial da Saúde por causa da gripe suína abateu o ânimo dos investidores em comprar ações. A Bovespa terminou com a maior alta mensal dos últimos anos e fechou oito semanas seguidas no azul. Hoje, voltou a pisar nos 48 mil pontos e ainda pela manhã, com a ajuda dos investidores estrangeiros e, claro, do clima favorável no exterior.
A Bovespa terminou a quinta-feira em alta de 0,13%, aos 47.289,53 pontos. Na mínima do dia, atingiu os 47.235 pontos (+0,02%) e, na máxima, os 48.126 pontos (+1,90%). Em todo o mês de abril, a Bolsa acumulou elevação de 15,55%, a mesma registrada em fevereiro de 2005 e a maior desde então. Também foi o segundo mês seguido no azul. Na semana, subiu 1,10% e, em 2009, acumula elevação de 25,94%. O giro financeiro totalizou R$ 5,409 bilhões.
A volta dos investidores estrangeiros foi fundamental para garantir tal desempenho às bolsas, e o retorno foi pautado na certeza de que a economia doméstica está mais bem preparada para passar por esta crise. Ao desavisado, o comportamento tão robusto para a Bovespa pode parecer que a desaceleração econômica mundial ficou para trás, mas não é bem assim. Tanto que muitos analistas avaliam que a Bovespa estaria "cara" e que uma realização de lucros não está descartada. Segundo alguns, a recuperação deste mês foi uma correção rápida ao tombo registrado no pior momento da crise, quando caiu abaixo dos 30 mil pontos.
O empurrãozinho dado pelo banco central dos EUA ontem quando, ao anunciar sua decisão de política monetária, sinalizou que a economia norte-americana dá sinais de estabilidade, encontrou terra adubada hoje nos bons indicadores conhecidos nos EUA - e já não é de hoje que muitos índices têm surpreendido favoravelmente, assim como tem ocorrido com os balanços trimestrais. O indicador da atividade industrial de Chicago, por exemplo, sinalizou que a atual recessão nos EUA deverá terminar em dezembro. O dado subiu de 31,4 em março, o menor nível desde julho de 1980, para 40,1 em abril. Além disso, caiu o número semanal de novos pedidos de auxílio-desemprego.
Dos balanços, a companhia norte-americana Dow Chemical informou um inesperado lucro líquido de US$ 24 milhões no primeiro trimestre deste ano. Embora 97% menor que o registrado em igual período do ano passado, foi um resultado positivo, enquanto que os analistas esperavam prejuízo.
Apesar dos bons dados, as bolsas norte-americanas acabaram oscilando algumas baixas ao longo da sessão, usando o pedido de concordata da montadora Chrysler como justificativa. A montadora entrou hoje com o pedido, cujo objetivo é finalizar uma ampla reestruturação designada a salvar a montadora de uma liquidação. No fim do pregão, os principais índices nova-iorquinos estavam em direções divergentes, mas próximos da estabilidade.
No Brasil, a volta dos investidores estrangeiros tem ocorrido não apenas em blue chips (ações de primeira linha). "Ações de terceira linha têm entrado nas carteiras. Ou seja, os investidores têm se comprometido com ativos não tão líquidos, sinal de que têm olhado a bolsa no longo prazo", comentou um operador de mesa de renda variável. Segundo ele, é bem possível a Bovespa ganhar os 50 mil pontos em breve, mas ele também é um dos adeptos de que uma boa realização deve ocorrer para atrair mais compras.
A alta dos metais básicos no exterior favoreceu a recuperação dos papéis da Vale, que aumentaram 3,06% na ON e 1,26% na PN, fechando abril com ganhos, respectivamente, de 18,11% e 15,94%. Siderúrgicas acompanharam: Gerdau PN subiu hoje 2,61%; Metalúrgica Gerdau PN, 1,18%; Usiminas PNA, 1,10%; e CSN ON, 1,69%.
O preço do petróleo subiu na Bolsa Mercantil de Nova York. Apesar disso, as ações da Petrobras fecharam no sentido oposto, em meio a um cenário pesado para a empresa. Um dos destaques é a possibilidade de o governo anunciar amanhã a criação de uma nova estatal para explorar o pré-sal, justamente o filé mignon da empresa. Também não pegou bem a notícia, apurada pelas repórteres do Grupo Estado Christiane Samarco e Tânia Monteiro, de que a empresa Petrobras está "pronta para fazer a redução do preço" da gasolina e do óleo diesel.
No final da tarde, a ministra Dilma Rousseff anunciou que os elementos para o novo marco regulatório estão quase prontos, e o ministro Edison Lobão acrescentou que as regras devem sair ainda no primeiro semestre. Petrobras ON caiu 0,19% e PN, 0,67%. No mês, acumularam alta de 5,08% e 4,66%, respectivamente.

IBOV...após 29/04...suportes e resistências


Impulsionado pelos mercados futuros em forte alta, o Ibovespa abriu na mínima nos 45.825 pontos, vindo a buscar resistência na máxima nos 47.410 pontos (+3,47%). Daí em sintonia com DJI, refluiu na última hora de pregão para fechar em 47.227 pontos (+3,07%).O "candle" formado no gráfico diário do Ibovespa, tendo encontrado resistência no topo do canal de alta, se assemelha a um "martelo invertido", que pode estar sugerindo alguma correção, antes da continuidade do movimento de alta em busca dos objetivos nos 48 mil pontos.

Suportes imediatos em 47.180, 46.460, 46.160 e 45.500 pontos.
Resistências imediatas em 47.410, 47.650 e 48.050 pontos.

DJI...após 29/04...suportes e resistências


DJI abriu na mínima nos 8.018 pontos e com os mercados futuros em forte alta, iniciou forte recuperação até atingir a máxima em 8.257 pontos (+2,99%). Na última hora de pregão, refluiu para finalizar nos 8.186 pontos (+2,11%). O gráfico diário de DJI formou um "martelo invertido" sugerindo uma possibilidade de realização, após o pregão de forte alta. Alguns dos principais indicadores do gráfico diário como o estocástico ainda sinalizam a tendência de alta, mas DJI não conseguiu superar a resistência na linha de topos da "cunha" ascendente, em que está se movendo há várias semanas.

Suportes imediatos em 8.122, 8.075 e 8.010 pontos.
Resistências imediatas em 8.270 e 8.310 pontos.