segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Bolsa de NY fecha em queda com Citigroup e Alcoa

por Agência ESTADO
12 de Janeiro de 2009 20:04

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte. Os investidores reagiram com preocupação aos informes de que o Citigroup poderá vender participação majoritária na corretora Smith Barney para o Morgan Stanley e mostraram preocupação com o informe de resultados da Alcoa no quarto trimestre, que seria divulgado depois do fechamento. As novas quedas dos preços do petróleo e de outras matérias-primas também reforçaram as preocupações quanto à situação da economia.
O índice Dow Jones fechou em queda de 125,13 pontos, ou 1,46%, em 8.474,05 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 32,80 pontos, ou 2,09%, em 1.538,79 pontos. O S&P-500 caiu 20,09 pontos, ou 2,26%, para 870,26 pontos. O NYSE Composite caiu 151,34 pontos, ou 2,65%, para 5.551,03 pontos.
Referindo-se à possibilidade de venda da Smith Barney pelo Citigroup, um operador sugeriu que isso pode ser uma medida de desespero. "Isso é chamado de regar as ervas daninhas e arrancar as flores. A Smith Barney é um grande ativo, uma fazedora de dinheiro que não requer capital. Para eles fazerem isso no ponto mais baixo do ciclo..." As ações do Citigroup caíram 17,04% e as do Morgan Stanley, que haviam operado em alta no começo do pregão, fecharam em queda de 1,42%. As ações do Bank of America caíram 12,01%; segundo a CNBC, a combinação entre Smith Barney e a unidade de corretagem do Morgan Stanley, caso ocorra, formaria uma empresa maior do que aquela que está sendo formada depois da aquisição do Merrill Lynch pelo Bank of America.
As ações da Alcoa, que divulgaria resultados depois do fechamento, caíram 6,94%, após rebaixamento de recomendação pelo Deutsche Bank. A nova queda dos preços do petróleo e dos metais fez caírem ações como as da siderúrgica US Steel (-12,89%) e as de indústrias de máquinas agrícolas e industriais, como Deere (-9,63%) e Caterpillar (-4,65%).
As ações das companhias de seguro de vida também sofreram quedas fortes, depois de a autoridade reguladora do setor negar um pedido de aceleração em repasses de recursos federais (Hartford Financial despencou 18,61%, Genworth perdeu 12,50% e Prudential Financial caiu 12,96%). As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha em baixa de 5,24% após ganhos recentes

por Agência ESTADO
12 de Janeiro de 2009 18:33

A desvalorização das matérias-primas e a cautela do investidor com o início da safra de balanços nos Estados Unidos levaram a Bovespa a uma forte correção de baixa neste início de semana. O tombo acima de 5% foi puxado principalmente pelas ações de Petrobras, Vale e siderúrgicas, justamente os papéis que impulsionaram os ganhos nos primeiros seis pregões de 2009.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, terminou a sessão em baixa de 5,24%, o maior recuo porcentual desde 21 de novembro passado (quando cedeu 6,45%) e pela primeira vez abaixo de 40 mil pontos em 2009, aos 39.403,47 pontos, comportamento que reduziu os ganhos no mês para 4,94%. O índice atingiu a mínima do dia de 39.345 pontos (-5,38%) e a máxima de 41.585 pontos (estabilidade). O giro financeiro totalizou R$ 3,431 bilhões.
Os temores sobre a retração da demanda de petróleo em razão da crise financeira e a resolução do impasse entre Rússia e Ucrânia sobre o gás fizeram a cotação do óleo despencar abaixo de US$ 40. Isso levou os investidores a embolsarem os ganhos dos últimos dias em Petrobras. As ações ON caíram 7,31% e as PN, 6,50%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato futuro para entrega do petróleo em fevereiro terminou em baixa de 7,94%, a US$ 37,59 por barril.
Vale também esteve entre as maiores quedas do pregão, com a baixa dos metais no exterior. As siderúrgicas também estão entre os papéis mais castigados no pregão doméstico. Vale ON cedeu 7,97%, Vale PNA caiu 7,26%, Gerdau PN despencou 8,8%, Metalúrgica Gerdau PN perdeu 8,09%, Usiminas PNA recuou 4,10% e CSN ON declinou 7,01%. A Gerdau McSteel vai dispensar temporariamente 46 funcionários horistas em sua usina em Monroe, no Estado norte-americano de Michigan, a partir do dia 16, por causa da persistente crise no setor automotivo, informou o site aberto Monroenews.com.
Em outra frente do noticiário, a mineradora anglo-australiana Rio Tinto anunciou que vai adiar a expansão de sua mina de ferro em Corumbá (MS), na qual tinha previsto investir 3,07 bilhões de dólares australianos (cerca de US$ 2,11 bilhões), por causa das fracas condições do mercado.
Na avaliação do superintendente de renda variável da Banif Corretora, Raffi Dokuzian, o tombo de hoje da Bovespa foi apenas uma correção, depois dos ganhos acumulados no início de janeiro. "A posse de Obama (Barack Obama) nos Estados Unidos no próximo dia 20 e a reunião do Copom (dia 21) estão na mira dos investidores. E eles devem antecipar o otimismo".
Nos Estados Unidos, depois de um relatório do mercado do trabalho ruim na sexta-feira, os investidores começaram uma nova semana à espera dos balanços corporativos, cuja safra começa hoje com a Alcoa. Os investidores estão apreensivos com o que deve sair, já que as empresas devem apresentar o tamanho do baque sentido com a crise. Às 18h17 (de Brasília), o índice acionário Dow Jones recuava 1,74%, o S&P, de 2,59%, e o Nasdaq, 2,34%.
No Brasil, Bradesco PN fechou em baixa de 3,65%. Hoje, a instituição anunciou que Luiz Carlos Trabuco Cappi foi indicado para assumir a presidência-executiva do banco no lugar de Márcio Cypriano.

Economia global só sairá da recessão em 2010, concluem bancos centrais

por Assis Moreira de Valor Online
12/01/2009 10:37

BASILÉIA - A desaceleração da economia é agora global e significativa e continuará ao longo deste ano. As economias emergentes também estão perdendo força, ao contrário da situação observada até o primeiro semestre do ano passado. Conclusão: somente em 2010 é que começará realmente a superação da recessão econômica global.

Esse é o cenário desenhado pelos principais banqueiros centrais do planeta, em encontro nesta manhã no Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basiléia, na Suíça. O retrato foi resumido há pouco pelo presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet.

As autoridades monetárias se comprometeram a adotar "todas as medidas apropriadas" para reverter a recessão que, insistiram, desta vez não poupa mais os emergentes, mesmo se estes continuarem com expansão positiva do PIB. Os países industrializados registrarão clara contração.

Certos banqueiros centrais disseram que a situação piorou agora com o desmoronamento das economias emergentes da Asia. Existe temor de aterrissagem forçada na economia da China.

Diante do cenário traçado, é possível notar que o pessimismo dominou as reuniões do BIS, ainda mais se for considerado que até recentemente a expectativa generalizada era de que a recuperação econômica pudesse ocorrer a partir do segundo semestre deste ano.

Inflação nos EUA e varejo no Brasil são destaques da semana

por Eduardo Campos de Valor Online
12/01/2009 08:08

SÃO PAULO - Os eventos do mercado externo são o destaque da agenda de indicadores desta semana. Nos Estados Unidos, atenção para as vendas no varejo, produção industrial e os índices de preços no atacado e no varejo. Na Europa, foco na decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). E, por aqui, o dado mais relevante é o desempenho do comércio varejista em novembro.
Hoje, atenção para a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de janeiro e para o comportamento das expectativas de inflação e de crescimento que devem aparecer no boletim Focus, do Banco Central. Também está prevista a divulgação do resultado semanal da balança comercial.

Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta a pesquisa industrial mensal de novembro. No exterior, atenção para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, Ben Bernanke.

A quarta-feira concentra os preços de importação e as vendas no varejo dos EUA. Por aqui, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta os indicadores industriais, com destaque para o nível de utilização da capacidade instalada. E o Banco Central volta à cena com fluxo cambial parcial.

Na quinta, a atenção para a decisão do BCE, que deve anunciar nova redução no custo do dinheiro, atualmente fixado em 2,5%. No mercado norte-americano é apresentado o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês).

A semana acaba com os dados sobre o comércio varejista no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) e a produção industrial nos EUA.

IBOV...após 09/01...perspectivas para a 2a semana de janeiro


O gráfico semanal mostra a recuperação do Ibovespa nas últimas duas semanas, fazendo com que os principais indicadores sinalizem a continuidade da alta. A retomada dos 41 mil pontos e a possibilidade imediata de recuperar os 42 mil pontos, mantém espectativas de continuidade da tendência de alta, nesta semana, com objetivos em 43.500 e 45.300 pontos. A perda do suporte nos 40 mil pontos, no entanto, poderá reverter a atual tendência.

Os suportes semanais imediatos estão em 41.300, 40.000, 38.500 e 37.000 pontos.

As resistências imediatas estão em 42.300, 43.500, 43.750, 44.500 e 45.300 pontos.

DJI...após 09/01...tendências para a 2a semana de janeiro...


A confirmação da perda do suporte nos 8.600 pontos, deverá levar DJI a testar os 8.500 pontos na LTA de curto prazo, traçada a partir de 05/12/2008. Respeitado esse fundo, é muito provável que DJI retome novamente, movimento ascendente rumo ao topo do canal, nos 9 mil pontos. A perda dessa LTA, no entanto, poderá indicar novo objetivo de queda, nos 8.300/8.100 pontos.

As resistências imediatas se encontram em 8.600, 8.770, 8.900, 9.050 e 9.160 pontos.

Os suportes imediatos estão em 8.550, 8.500, 8.370 e 8.300 pontos.

Commodities...perspectivas para a segunda semana de janeiro


Fonte: Bloomberg

Situação em 02/01

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 931.94 24.27 893.48 934.28 891.73
S&P GSCI 359.02 9.98 338.35 359.58 335.03
RJ/CRB Commodity 233.92 4.38 229.03 233.93 228.00
Rogers Intl 2654.55 60.89 2520.88 2663.34 2510.38


Situação em 09/01


INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 932.22 13.26 921.70 932.63 912.68
S&P GSCI 349.61 2.29 354.24 368.29 342.36
RJ/CRB Commodity 229.91 1.16 229.30 230.18 227.98
Rogers Intl 2612.61 21.69 2625.89 2625.90 2564.48

Variação semanal 09/01 a 02/01

INDICE Fechamento (09/01) Fechamento(02/01) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 932.22 931.94 +0,30%
S&P GSCI 349.61 359.02 -2,62%
RJ/CRB Commodity 229.91 233.92-1,71%
Rogers Intl2612.61 2654.55 -1,58%

Análise:

O mercado de commodities na primeira semana útil do ano, esboçou que iria dar continuidade à forte alta da semana anterior (+11,1%) no início da semana, porém com os indicadores econômicos confirmando a recessão na economia americana refluiu na segunda metade da semana, fazendo com que os principais índices, retrocedessem em média - 1,40% nessa primeira semana de 2009. Mesmo assim, os preços das commodities continuam defasados em cerca de 1/3 se comparados aos preços praticados no início do ano anterior e estão valendo apenas a metade dos preços praticados quando da máxima ocorrida em julho do ano passado. Portanto, mesmo com o prenúncio da recessão econômica, existem perspectivas de continuidade na recuperação dos preços. A melhora do humor dos mercados, pelo menos até a posse de Barack Obama, em 20 de janeiro, poderá manter a tendência de alta nesses preços.