quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bolsa de NY sobe com ações de farmacêuticas e energia

por Agência ESTADO
19 de Agosto de 2009 19:52

Pelo segundo dia consecutivo, o declínio acentuado nas bolsas chinesas pesou sobre o mercado de ações dos EUA. No entanto, os investidores deixaram o mau humor de lado após o governo norte-americano divulgar que os estoques de petróleo do país encolheram mais de 8 milhões de barris na semana passada. O dado gerou apetite por papéis do setor de energia.

O Dow Jones subiu 61,22 pontos, ou 0,66%, para 9.279,16 pontos, puxado pelo avanço de componentes como ExxonMobil (+2,3%) e Chevron (+1,8%). A farmacêutica Merck, que também faz parte do índice, fechou em alta de 2,5% após um juiz aprovar a manutenção da patente do medicamento Singulair, produzido pela companhia.

O S&P 500 subiu 6,79 pontos, ou 0,69%, para 996,46 pontos, registrando alta de 1,9% no segmento de energia e de 1,2% entre as empresas de saúde. O Nasdaq avançou 13,32 pontos, ou 0,68%, para 1.969,24 pontos.

Os ganhos foram limitados pelo declínio dos papéis do setor industrial. A fabricante de equipamentos agrícolas Deere caiu 2,9%, após divulgar que o lucro do terceiro trimestre fiscal diminuiu 27% devido a um declínio nas vendas. A Alcoa caiu 3,4% após o Goldman Sachs reduzir a recomendação de investimento na companhia para "neutra", de "comprar".

O setor financeiro teve um desempenho misto. A gerente de investimentos Eaton Vance divulgou um lucro 37% menor no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado e recuou 5,8%. Já a seguradora American International Group (AIG) avançou 8,5% após o novo executivo-chefe, Robert Benmosche, decidir que não venderá a unidade de consultoria da empresa. As informações são da Dow Jones.

Petrobras ajuda Ibovespa a fechar em alta de 0,73%

por Agência ESTADO
19 de Agosto de 2009 17:34

Num dia sem divulgação de indicadores de peso ao redor do globo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de sobe-e-desce, principalmente pela manhã, quando oscilou ora reagindo aos ventos da China, ora aos dados de estoque de petróleo nos EUA. O principal índice de referência da Bolsa brasileira, o Ibovespa, acabou firmando-se em alta no período da tarde, acompanhando as Bolsas norte-americanas. As ações da Petrobras e de bancos contribuíram para a alta, mas Vale e siderúrgicas caíram e restringiram o avanço.

O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,73%, aos 56.156,28 pontos. Na mínima do dia, registrou 54.918 pontos (-1,49%) e, na máxima, os 56.212 pontos (+0,83%). No mês, acumula elevação de 2,54% e, no ano, de 49,55%. O giro financeiro totalizou R$ 4,737 bilhões. Os dados são preliminares.

Um dos fios condutores do mercado hoje foi o tombo das Bolsas chinesas, com a volta dos temores de que o governo chinês provoque um aperto no crédito. "Como a China está mostrando melhora mais rápida do que o resto do mundo, começou a discussão sobre como será a política de saída, pelo governo, de seu programa de incentivos", comentou o economista da Um Investimentos Hersz Ferman.

Mesmo sem fato novo, os investidores, naquele mercado, venderam papéis e imputaram uma perda de 4,3% ao índice Xangai Composto, desempenho que acabou gerando um efeito dominó sobre as demais bolsas da região. O desempenho das bolsas asiáticas acabou se refletindo na abertura das Bolsas norte-americanas que, no entanto, viraram para cima ainda pela manhã, influenciadas pelos dados dos estoques de petróleo e derivados. O Departamento de Energia dos EUA informou uma surpreendente queda dos estoques de petróleo na semana encerrada em 14 de agosto, de 8,397 milhões, ante a previsão de aumento de 1,5 milhão de barris.

O impacto nas cotações - e ações - foi instantâneo: o contrato futuro de petróleo com vencimento em setembro fechou em alta de 4,67%, a US$ 72,42 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e as ações do setor de energia subiram em Wall Street. O Dow Jones acabou o dia em elevação de 0,66%, aos 9.279,16 pontos, o S&P 500 avançou 0,69%, aos 996,46 pontos, e o Nasdaq terminou com ganho de 0,68%, aos 1.969,24 pontos.

No Brasil, as ações da Petrobras ajudaram a segurar o Ibovespa no azul, já que subiram seguindo o comportamento do petróleo. Petrobras ON (ação ordinária) valorizou 1,29% e Petrobras PN (ação preferencial) ganhou 1,49%.

As ações da mineradora Vale, por outro lado, sentiram o baque da China e caíram, assim como as ações de siderúrgicas. Vale ON cedeu 0,05% e Vale PNA recuou 0,16%; Gerdau PN caiu 0,09%, Metalúrgica Gerdau PN, exceção, subiu 0,37%, Usiminas PNA caiu 0,87% e CSN ON, -0,81%.

As ações ordinárias (ON) da Eletrobrás lideraram as maiores perdas do Ibovespa, com baixa de 3,30%, e as preferenciais da classe B (PNB) foram a terceira maior baixa, com queda de 2,20%. A estatal anunciou ontem à noite um prejuízo de R$ 1,98 bilhão no primeiro semestre de 2009, ante lucro de R$ 984,4 milhões no mesmo período de 2008. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não cogita a possibilidade de retirar a Eletrobrás do cálculo do superávit primário das contas do setor público, a exemplo do que fez com a Petrobras.