quinta-feira, 24 de julho de 2008

INDQ08...após 24/07...tendência de queda continua...


O INDQ08 (Índice Futuro do Ibovespa) série Q (vencimento em agosto/08) abriu em queda nos 59.500, indo rapidamente até os 59.000 pontos. A partir daí iniciou breve recuperação até a máxima em 59.970 pontos. Com DJI em queda recuou até 59.150 pontos, recuperando até 59.700. Logo depois das 12 horas, refluiu fortemente, em sintonia com DJI e em menos de meia hora veio buscar 58.350 pontos. Ainda esboçou alguma reação até nova resistência em 58.820 pontos. Não conseguindo romper essa resistência foi empurrado com violência (em mais de mil pontos, em cerca de meia hora) para a mínima do dia em 57.650 pontos. Fechou em seguida, às 17 horas (pregão normal) em 57.700 pontos (queda de 3,56%). No after ainda realizou mais, indo buscar 57.150 pontos, na nova mínima e fechando em 57.250 pontos, prenunciando a continuidade da queda no próximo pregão.

Análise: A forte queda e o fechamento praticamente na mínima do dia, fez com que todos indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" sinalizassem a continuidade da queda. O triângulo de baixa formado projeta objetivos de suportes em 56.650 (curto prazo) e de 55.300 pontos.

Abaixo de 57.000, suportes em 56.650, 56.400, 56.050 e 55.300 pontos.
Acima de 57.650, resistências em 58.150, 58.550, 58.820 e 59.300 pontos.

Bolsa de NY fecha em queda forte com indicador e Ford

por Renato Martins da Agência Estado
24.07.2008 18h40

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com as ações dos setores financeiro, automotivo e de consumo devolvendo os ganhos dos últimos dias. O mercado reagiu a indicadores fracos de emprego e de vendas de imóveis e ao informe de resultados da montadora Ford.
As ações do setor financeiro sofreram quedas fortes, depois de o executivo-chefe da Pacific Investment Management Co. (Pimco), Bill Gross, dizer que a queda dos preços dos imóveis residenciais nos EUA levará as baixas contábeis das instituições financeiras a cerca de US$ 1 trilhão; ele também disse que um total de US$ 5 trilhões em créditos hipotecários estão agora "nas categorias de ativos de risco". As ações do banco Washington Mutual caíram 13,33%; outros destaques no setor foram Wachovia (-11,10%), Lehman Brothers (-12,23%), Citigroup (-9,75%), JPMorgan Chase (-6,72%), AIG (-8,87%), American Express (-7,45%) e Bank of America (-8,37%).
As ações das agências de crédito hipotecário também caíram, apesar de a Câmara ter aprovado o projeto de lei que amplia a ajuda governamental para essas instituições: Fannie Mae desabou 19,87% e Freddie Mac perdeu 18,43%.
As ações das construtoras de casas sofreram quedas fortes, em reação ao indicador de vendas de imóveis residenciais usados, da Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR), que ficou abaixo das previsões (Lennar -18,24%, Centex -16,39%), KB Homes -15,40%, DR Horton -13,81%, Hovnanian -8,71%, Ryland -19,13%).
As ações da Ford caíram 15,26%, depois de a montadora anunciar o maior prejuízo trimestral de sua história; as da GM perderam 11,08%. "Eu tive quatro caminhonetes F-150 na última década. Quando o preço do combustível aqui no Texas subiu ao céu, acho que eu estava pagando US$ 100 para encher o tanque. Olhei em volta, para toda aquela gente dirigindo carros subcompactos com grandes sorrisos em suas caras. E foi um dia muito feliz quando vendi minha caminhonete com uma perda significativa", disse o empreiteiro de construção Eric Smith, que recentemente comprou uma perua Subaru.
O índice Dow Jones fechou em queda de 2,43%, em 11.349,28 pontos. O Nasdaq encerrou com perda de 1,97%, em 2.280,11 pontos. O S&P-500 caiu 2,31%, para 1.252,54 pontos. O NYSE Composite perdeu 2,46%, para fechar em 8.369,91 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bovespa cai 3,34% para menor nível desde 23 de janeiro

por Claudia Violante da Agência Estado
24.07.2008 17h47

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou mais de 3% hoje, empurrada pelas ordens de vendas de estrangeiros, concentradas em ações da Vale, da Petrobras e de siderurgia. A queda foi tão firme que, no final do pregão, os níveis de preços atingiram pontos em que foram disparadas ordens de "stop loss" (prevenção de prejuízo) e as perdas se agravaram. Com isso, a Bolsa brasileira - que operou o dia todo colada em Nova York - terminou no menor nível desde 23 de janeiro deste ano (54.234,8 pontos).
O índice Bovespa registrou baixa de 3,34%, aos 57.434,4 pontos. Oscilou entre a mínima de 57.334 pontos (-3,51%) e a máxima de 59.641 pontos (+0,37%). No mês, as perdas acumuladas atingem 11,66% e, no ano, são de 10,10%. O volume financeiro negociado hoje na Bovespa totalizou R$ 6,997 bilhões (preliminar).
O pregão doméstico acompanhou o declínio das principais bolsas internacionais, com os sinais de desaceleração econômica ficando mais evidentes na Europa e nos Estados Unidos. As ações da Vale e da Petrobras já vinham sofrendo com a fuga de estrangeiros, que continuam a se desfazer de papéis brasileiros para honrar perdas em outros mercados de ações ou apenas para se proteger da volatilidade dos negócios nas últimas semanas.
O ímpeto de vendas destes investidores hoje sequer deu chance para a alta do petróleo repercutir sobre Petrobras. As ações ordinárias (ON) da estatal derreteram 4,86% e as preferenciais (PN), - 4,43%. Vale ON despencou 4,67% e PNA, -5,05%. Usiminas PNA liderou as perdas do Ibovespa ao cair 6,71%. Gerdau PN tombou 6,12% e CSN ON, -5,11%.
Na Europa, as bolsas caíram depois que o Reino Unido anunciou que as vendas no varejo registraram em junho a maior queda mensal desde o início do acompanhamento do indicador em 1986, e também depois que, na Alemanha, o Instituto Ifo informou que o índice de sentimento empresarial caiu pelo quarto mês consecutivo para o menor patamar desde setembro de 2005. Na Bolsa de Londres, o índice FT-100 caiu 1,61%; em Paris, o índice CAC-40 recuou 1,38%; em Frankfurt, o índice Xetra-Dax caiu 1,46%.
Nos Estados Unidos, as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA caíram muito mais do que o dobro do previsto - 2,6% ante 0,8% estimado, e os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram em 34 mil, ante previsão de elevação de 14 mil. Os balanços de empresas também não agradaram, com destaque para a Ford, que registrou baixa contábil de US$ 7,4 bilhões no segundo trimestre e anunciou prejuízo líquido de US$ 8,67 bilhões.
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York terminou em baixa de 2,43%, aos 11.349,3 pontos, o S&P recuou 2,31% e o Nasdaq, -1,97%. O preço do petróleo, que nos últimos dias também vinha ajudando os índices de ações a subirem, hoje subiu 0,84% no contrato com vencimento em setembro, para terminar o dia a US$ 125,49 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).