segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dow Jones fecha em alta com ajuda da Amex e Merck

por Agência ESTADO
06 de Julho de 2009 18:44


O índice Dow Jones reverteu as perdas iniciais e fechou em modesta alta nesta segunda-feira, com a demanda por algumas blue chips - como American Express e Merck - temperando as preocupações com relação a duração da atual recessão. De acordo com Art Hogan, estrategista de mercado da Jefferies, existe muita incerteza no mercado, com os investidores inseguros se o próximo movimento será de alta de 10% ou baixa de 10%. "Agora estamos caminhando para o ciclo de balanços do segundo trimestre e isso pode ajudar a determinar para onde vamos", disse.

As ações da American Express subiram 6,09% e lideraram os ganhos entre as componentes do Dow Jones depois que a Stifel Nicolaus revisou sua recomendação "vender" para "manter", dizendo que a companhia é a emissora de cartão de crédito com menor exposição as novas regras federais para o setor.

A fabricante de medicamentos Merck subiu 3,26%, com os investidores optando por posições defensivas considerando a recente volatilidade do mercado e antes da temporada de balanços do segundo trimestre, que a Alcoa inaugura na quarta-feira. Outros nomes defensivos também tiveram um bom desempenho: Procter & Gamble +2,07% e Kraft Foods +1,85%.

Por outro lado, a Alcoa caiu 6,09% e liderou as perdas no Dow Jones. As ações da gigante fabricante de alumínio caíram em antecipação ao anúncio do balanço do segundo trimestre na quarta-feira, depois do fechamento do mercado. Além disso, o dia foi negativo para as commodities, que foram pressionadas pelo dólar mais forte.

Entre as notícias do dia, a PepsiCo anunciou um plano de investimento de US$ 1 bilhão na Rússia nos próximos três anos para expandir sua produção e rede de distribuição no país. As ações da companhia fecharam em alta de 1,38%.

O índice Dow Jones subiu 44,13 pontos (0,53%) e fechou com 8.324,87 pontos. O Nasdaq caiu 9,12 pontos (0,51%) e fechou com 1.787,40 pontos. O S&P-500 avançou 2,30 pontos (0,26%) e fechou com 898,72 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa melhora no final com NY, mas cai 0,61% no dia

por Claudia Violante de Agência ESTADO
06 de Julho de 2009 17:34

São Paulo - Numa semana fraca de indicadores, com um feriado doméstico para intercalar as operações e em meio à aversão a risco no mercado externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciou a semana em baixa. Realização de lucros, com a ajuda de investidores estrangeiros principalmente na venda das blue chips, ditou o rimo do pregão. Na hora final, entretanto, as perdas diminuíram um pouco, com a melhora das Bolsas norte-americanas.

O índice Bovespa (Ibovespa) terminou a segunda-feira em baixa de 0,61%, aos 50.622,47 pontos. Na mínima do dia, registrou 49.691 pontos (-2,44%) e, na máxima, os 50.932 pontos (-0,01%). No mês, acumula perda de 1,64% e, no ano, ganho de 34,81%. O giro financeiro não foi muito forte e totalizou R$ 3,942 bilhões. Os dados são preliminares.

Segundo um profissional de renda variável, muitos investidores podem ter aproveitado o sinal de baixa nas bolsas internacionais para antecipar o feriado estadual de 9 de julho em São Paulo (Revolução Constitucionalista de 1932), que fechará o mercado doméstico na próxima quinta-feira. "Além disso, a agenda esvaziada amplificou os números do 'payroll' (relatório de vagas de trabalho nos EUA) divulgados na semana passada", emendou, lembrando que o fechamento do número de vagas no mercado de trabalho norte-americano acima do esperado não foi apagado pelo índice ISM de atividade no setor de serviços divulgado hoje nos EUA.

O ISM informou que o índice de gerentes de compras sobre a atividade no setor de serviços dos EUA subiu para 47,0 em junho, de 44,0 em maio e previsão de economistas de 46,0. Embora ligeiramente melhor do que as projeções, o índice continua abaixo de 50, o que indica contração da atividade. Diante dessa constatação, tendo em mãos os números do payroll, e à espera da safra de balanços, que começa a dar frutos na quarta-feira, com a Alcoa, os investidores adoraram a cautela nesta segunda-feira.

Na hora final da sessão, a agência de classificação de risco de crédito Moody's informou que colocou em revisão para possível elevação os ratings Ba1 de dívida em moeda local e estrangeira do governo do Brasil. A notícia coincidiu com a ligeira melhora da Bovespa no final, mas que foi atribuída principalmente ao aumento dos ganhos em Nova York, já que a nota da agência de risco "já estaria no preço dos ativos".

Em Wall Street, o Dow Jones terminou com ligeira alta, mas a sessão foi bem 'morna', com giro menor em razão das férias de verão no Hemisfério Norte. No final, registrou alta de 0,53%, aos 8.324,87 pontos. O S&P também virou no final da sessão e registrou ganho de 0,26%, aos 898,72 pontos. Nasdaq terminou em baixa de 0,51%, aos 1.787,40 pontos.

No Brasil, Petrobras ON terminou em queda de 2,90% e Petrobras PN caiu 2,18%, influenciadas pelo tombo de 4,02% no preço do petróleo futuro com vencimento em agosto negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). O barril terminou cotado a US$ 64,05. A estatal confirmou à tarde que suspendeu a produção na área de Tupi, em razão de um problema de fabricação nos parafusos de fixação de um equipamento, cuja substituição pode levar de três a quatro meses.

As ações da mineradora Vale também seguiram o recuo dos preços dos metais e terminaram em baixa de 1,78% na ON e de 1,80% na PNA. O UBS Pactual divulgou hoje relatório no qual reduziu em 10% suas projeções para a produção de minério de ferro da Vale neste ano e rebaixou o preço-alvo das ações e ADRs da empresa.

A queda de Vale também se replicou no setor siderúrgico: Gerdau PN, -1,67%, Metalúrgica Gerdau PN, -2,33%, e CSN ON, -1,25%. Exceção, Usiminas PNA virou no final e subiu 0,64%.

Para os próximos dias, a tendência é de pregões 'laterais', sem muito fluxo estrangeiro e diante de agenda com poucos dados relevantes. Nesta semana, saem sobretudo índices de preços, como IGP-DI, amanhã, e o IPCA, na quarta. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também apresenta amanhã os indicadores industriais de maio.