quinta-feira, 28 de maio de 2009

Wall Street ajuda e Ibovespa recupera os 53 mil pontos

por Agência ESTADO
28 de Maio de 2009 17:52

Hoje foi para valer. Finalmente a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) parou de ensaiar e rompeu o patamar de 53 mil pontos no fechamento, o que não acontecia desde setembro do ano passado, que marcou o início da pior fase da crise financeira internacional. O fluxo de recursos de investidores estrangeiros, o aumento do preço do petróleo no mercado internacional e os ganhos em Wall Street garantiram o bom desempenho do índice Bovespa (Ibovespa) desta quinta-feira.
O Ibovespa terminou a sessão com valorização de 2,41%, na máxima pontuação do dia, de 53.040,74 pontos, maior nível desde os 53.055,38 pontos de 19 de setembro do ano passado. Na mínima do dia, tocou os 51.795 pontos (+0,01%). No mês, o Ibovespa acumula ganho de 12,16% e, no ano, de 41,25%. O giro financeiro foi um pouco mais tímido em relação à véspera, somando R$ 4,868 bilhões (preliminar).
"O que mudou hoje em relação a ontem foi o comportamento das Bolsas norte-americanas, que não atrapalharam no final", comentou o economista da Legan Asset Fausto Gouveia, ao comparar o pregão desta quinta-feira ao da véspera, em que na hora final o Ibovespa devolveu todo o ganho que o levou aos 53 mil pontos durante a sessão e fechou com pequena baixa. "As commodities subiram, e Nova York não atrapalhou. Os indicadores que estão saindo nos Estados Unidos estão bem melhores e, aqui, a inflação está controlada, indicando mais queda dos juros", comentou.
Parte da alta do Ibovespa hoje pode ser atribuída ao desempenho do preço de matérias-primas (commodities) no mercado externo e, dentre elas, ao petróleo, que fechou no maior patamar do ano. O contrato com vencimento em julho negociado em Nova York avançou 2,57%, para US$ 65,08 o barril, empurrado pelos dados de estoques semanais nos EUA. O Departamento de Energia informou que os estoques de petróleo recuaram 5,413 milhões de barris na semana encerrada em 22 de maio, muito mais do que a queda de 500 mil barris estimada pelo mercado.
O desempenho do petróleo fez com que as ações da Petrobras subissem 2,38% a ON e 2,70% a PN. Já Vale teve um empurrão dos metais e subiu 2,46% na ON e 1,67% na PNA.
O setor siderúrgico continuou na ponta positiva do índice, com as ações da Gerdau ainda em destaque, como ontem. Gerdau PN avançou 5,26%, Metalúrgica Gerdau PN, 5,15%, Usiminas PNA, 3,68%, e CSN ON, 3,98%.
O segundo ponto a favorecer a Bolsa brasileira hoje foi a leva de indicadores norte-americanos. Foram positivos os dados de encomendas de bens duráveis e os pedidos de auxílio-desemprego. No entanto, não foi bem digerido o dado de vendas de imóveis residenciais novos - na contramão do número da véspera, de imóveis usados. Mesmo ruim, o dado acabou diluído no movimento favorável do dia.

Bolsa de NY fecha em alta; bancos e petroleiras lideram

por Agência ESTADO
28 de Maio de 2009 18:10

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em alta, revertendo a direção de ontem, quando as Bolsas haviam caído em reação à alta dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA. O dia foi rico em indicadores econômicos importantes, entre eles o de encomendas de bens duráveis em abril, as vendas de imóveis residenciais novos em abril e o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada.
A alta foi liderada pelas ações dos bancos, com a redução da preocupação dos participantes do mercado com o crescimento recente da oferta de títulos novos do governo, e pelas do setor de petróleo, em reação à nova alta dos preços do produto. "O volume de dinheiro sendo investido está crescendo, e não caindo, e isso se vê de modo amplo nas commodities. O pacote de estímulo da China, por exemplo, está se traduzindo diretamente nas altas dos preços do cobre", observou Larry Smith, da Third Wave Global Investors.

No setor financeiro, as ações da American Express subiram 3,40%, as do Bank of America avançaram 3,57% e as do JPMorgan Chase fecharam em alta de 5,74%; as do Citigroup recuaram 0,81%. No setor de petróleo, os destaques foram ExxonMobil (+1,36%), Chevron (+1,92%) e Schlumberger (+5,51%). As ações da General Motors, cada vez mais perto de pedir concordata, sofreram fortes oscilações, chegando a subir 23,48% e fechando em queda de 2,61%.

O índice Dow Jones fechou em alta de 103,78 pontos (1,25%), em 8.403,80 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 20,71 pontos (1,20%), em 1.751,79 pontos. O S&P-500 subiu 13,77 pontos (1,54%), para fechar em 906,83 pontos. As informações são da Dow Jones.