sexta-feira, 28 de novembro de 2008

NY fecha em alta, mas acumula perdas no mês e no ano

por Agência ESTADO
28 de Novembro de 2008 17:37

Em uma sessão esvaziada, dividida entre o feriado do Dia de Ação de Graças ontem nos Estados Unidos e o fim de semana, as Bolsas de Nova York encontraram espaço para subir e encerraram o pregão de hoje em alta, seguindo o movimento de recuperação apresentado ao longo desta semana. No mês de novembro, porém, os índices norte-americanos de ações registraram perdas, elevando a queda acumulada em 2008.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,17% hoje e acumulou ganhos de 9,73% na semana. Em novembro, porém, as chegaram a 5,32% e, no ano, 33,44%. O Nasdaq 100 subiu 0,23% hoje. Na semana, o índice avançou 10,92%, mas, no mês, perdeu 10,77%. Em 2008, o índice da Bolsa eletrônica acumula baixa de 42,10%. O S&P 500 terminou o dia com alta de 0,96% e encerrou a melhor semana para o índice desde outubro de 1974, tendo registrado um ganho de 12,03% após acumular cinco pregões consecutivos de altas - o que não acontecia desde julho de 2004. No ano, porém, o S&P registra queda de 38,96%.
Entre as ações, a alta foi liderada pelos papéis do banco Citigroup e da montadora General Motors (GM), duas das que mais haviam caído recentemente.
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 23 ações fecharam em alta. As do Citigroup subiram 17,59%, acumulando alta de 100% na semana, ainda em reação ao pacote de ajuda anunciado esta semana pelo governo. As da GM avançaram 8,94%, em reação a informes sobre cortes de gastos. O mercado está na expectativa de que as montadoras apresentem nos próximos dias um "plano de viabilidade" que abriria caminho para que o Congresso dos Estados Unidos aprove um pacote de socorro financeiro para o setor automotivo. As ações da Ford avançaram 25,12%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em alta hoje, mas cai pelo 6º mês seguido

por Agência ESTADO
28 de Novembro de 2008 18:44

Entusiasmada principalmente pelo 'efeito Barack Obama' nesta última semana de novembro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou bem perto de apagar as perdas do mês, garantindo a interrupção de um ciclo de baixa iniciado em junho deste ano. Porém, como as Bolsas de Nova York fecharam o pregão de hoje mais cedo, ainda nas comemorações do feriado do Dia de Ação de Graças ontem, o mercado doméstico de ações perdeu fôlego nas últimos duas horas de negócios e, pelo sexto mês seguido, registrou perdas no mês.
Ao fim da sessão, o índice Bovespa terminou o dia com elevação de 1,06%, a 36.595,87 pontos, reduzindo as perdas de novembro a -1,77%. Na melhor semana deste mês, a Bolsa doméstica subiu consideráveis 17,1%. Hoje, o índice tocou a mínima de 35.944 pontos (-0,74%) e a máxima de 37.217 pontos (+2,77%). O giro financeiro foi fraco e totalizou R$ 3,135 bilhões.
A última semana de novembro foi marcada por uma sucessão de pacotes ao redor do mundo: Estados Unidos, Reino Unido, União Européia (UE), Espanha, Itália; dentre os quais os investidores olharam principalmente para os US$ 800 bilhões que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) injetará na maior economia do planeta. Desses, US$ 600 bilhões vão para o setor hipotecário, justamente onde a crise começou. "Um dos passos para terminar a crise é justamente acabar com o que a gerou", destacou o gestor-gerente da Infinity Asset, George Sanders, sobre esta ajuda.
Além disso, o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, confirmou que Timothy Geithner, atual presidente da distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), será o próximo secretário do Tesouro. Lawrence Summers, que foi secretário do Tesouro no governo do presidente Bill Clinton, será o presidente do Conselho Econômico Nacional; Christina Romer, professora de Economia da Universidade da Califórnia em Berkeley, será a presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.
Além disso, Obama, anunciou que o ex-presidente do Fed Paul Volcker irá chefiar o novo Conselho Consultivo para Recuperação Econômica, encarregado de ajudar o país a sair da recessão e de estabilizar os mercados financeiros. "

Ações

Hoje, a Bovespa conseguiu subir graças, principalmente, aos ganhos firmes das ações de primeira linha (blue chips) Vale e Petrobras, embora as siderúrgicas e os bancos também tenham tido desempenho de alta considerável.
Esta valorização dos ativos foi garantida também pelas Bolsas norte-americanas, que terminaram em alta hoje, na esteira das recentes informações de que a "Sexta-feira Negra", dia em que, tradicionalmente, começa o pico da temporada de compras natalinas nos EUA, enfim, não está sendo assim tão fraca quanto se imaginava. Pelo menos, algumas varejistas já estão comemorando os resultados melhores do que as previsões, caso da Macy's. "Eu esperava um início mais fraco do que o do ano passado, mas, até agora, este não está sendo o caso", afirmou o executivo-chefe da rede, Terry Lundgren.
No mercado doméstico, as ações da Petrobras subiram 0,55% tanto as ações ordinárias (ON) quanto as preferenciais (PN). No mês, os papéis caíram, respectivamente, 16,99% e 13,94%. Vale ON fechou em alta de 1,77%, com queda de 3,03% no mês, e as PNA recuaram 1,28% hoje; no mês, as perdas foram de 3,50%.

Capital externo volta, mas nada de festa

por Valor Econômico
28/11/2008

A alta do Ibovespa antes do feriado de Ação de Graças fechar Wall Street contou com a presença de um protagonista que nos últimos meses tinha assumido o papel de coadjuvante no mercado brasileiro: o investidor estrangeiro. Pelos últimos dados oficiais, na segunda-feira, quando o índice subiu 9,4%, entraram no pregão R$ 362,453 milhões, o que reduziu o saldo negativo do mês a R$ 1,815 bilhão. Na terça e na quarta-feiras, o capital externo seguiu lançando ordens de compras aqui e ali e há quem estime que o fluxo total tenha ficado próximo dos R$ 500 milhões nesta semana. Não é nada para soltar fogos, mas se esses dados se confirmarem novembro apresentará saídas líquidas na casa do R$ 1,6 bilhão, o melhor resultado mensal desde maio, quando ingressaram na Bovespa R$ 532,6 milhões. De lá para cá, a participação do capital externo no pregão caiu de 35,2% para 33,5%. No ano, a conta mostra ainda um imenso rombo, de R$ 24,849 bilhões até o dia 24, condição difícil de reverter mesmo que vingue a tese do rali de fim de ano. Não há ninguém muito convicto disso

IGP-M pede corte da Selic. 'Vendido' festeja

por Luiz Sérgio Guimarães de Valor Econômico
28/11/2008

A abrupta e vigorosa desaceleração do IGP-M deu razão e força à ala do mercado que defende um corte imediato da taxa Selic. O indicador acusou alta de 0,38% em novembro, ante 0,98% em outubro e estimativa Focus de 0,67%. Ninguém esperava um índice tão baixo. Derrubado pelas commodities agrícolas e pela descompressão dos preços industriais, o IGP-M mostrou que ninguém precisa temer os efeitos da desvalorização cambial sobre a inflação. O Copom estaria liberado para, sem medo de repiques inflacionários, voltar a reduzir a Selic e, com isso, tornar viável a meta governamental de crescimento do PIB em 2009, de 4%. "Nos preços dos produtos agrícolas, a descompressão das cotações de boa parte das commodities sobrepôs-se à desvalorização cambial recente", diz estudo da LCA. Já o conjunto dos produtos industriais, a despeito do alívio constatado em novembro, ainda carrega, segundo a consultoria, os efeitos das fortes elevações das cotações de importantes commodities registradas no primeiro semestre do ano. A evolução mais modesta da atividade econômica, associada ao atual desafogo de boa parte das commodities, poderá contudo "mitigar futuros repasses". Do piso do ano (R$ 1,5590, no fechamento do dia 1º de agosto) até ontem (R$ 2,2810), o dólar valorizou-se 46,3%. Os informes inflacionários tranqüilizadores confirmam a visão dos "vendidos em taxa" no mercado futuro de juros da BM&F. São eles os investidores estrangeiros (R$ 113 bilhões em posição vendida em CDI futuro) e os fundos nacionais (R$ 35,13 bilhões). Os fundos de capital externo adotam aqui a mesma posição assumida globalmente: para combater os efeitos recessivos da crise financeira, os bancos centrais precisam cortar os juros. Não consideram o Brasil um país "diferente" dos demais, um caso sui generis. É por isso que a aposta líquida é de uma redução do juro básico já na próxima reunião do Copom, dia 10 de dezembro. Os "comprados em taxa" discordam. São eles os bancos, com caixa comprado em DI futuro no valor de R$ 111,81 bilhões. Eles argumentam que os impactos nocivos da crise sobre a inflação ainda não chegaram plenamente ao consumidor. Mesmo o IGP-M muito baixo divulgado ontem seria uma prova de que as decisões de política monetária devem ser pautadas pela cautela. Afinal, a parte minoritária do IGP-M composta pelos preços ao consumidor apresentou aceleração de 0,25% em outubro para 0,52% em novembro.

Tóquio sobe 1,7%, impulsionada por plano da China

por Agência ESTADO
28 de Novembro de 2008 07:30

A Bolsa de Tóquio fechou em alta graças ao otimismo gerado em parte pelos planos da China para investir pesadamente em infra-estrutura básica, que puxou para cima as ações de empresas ligadas às matérias-primas, como as "trading houses". O índice Nikkei 225 ganhou 138,88 pontos, ou 1,7%, e fechou aos 8.512,27 pontos. Na semana, o índice acumula alta de 7,6%, mas ainda registra ligeira desvalorização no acumulado do mês.

INDZ08...após 27/11...suportes e resistências...


Suportes imediatos: 36.200, 35.600, 34.700 e 34.100 pontos.
Resistências imediatas: 36.750, 37.000, 37.300, 38.000 e 38.300 pontos.