terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Apetite por risco cresce e Bolsa de NY fecha em alta

por Agência ESTADO
06 de Janeiro de 2009 20:13

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, com o índice S&P-500 chegando ao fim do dia no nível mais alto desde 5 de novembro. Operadores disseram que o apetite dos investidores por risco aumentou, apesar de uma nova fornada de indicadores econômicos fracos (o índice de atividade no setor de serviços dos gerentes de compras, as encomendas à indústria e as vendas pendentes de imóveis em novembro). A ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) realizada em dezembro, divulgada à tarde, disse que a economia dos EUA deverá sofrer contração em 2009 e que a taxa de desemprego deverá continuar a subir, enquanto a inflação está caindo para "níveis desconfortavelmente baixos".
O índice Dow Jones fechou em alta de 62,21 pontos, ou 0,69%, em 9.015,10 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 24,35 pontos, ou 1,50%, em 1.652,38 pontos. O S&P-500 subiu 7,25 pontos, ou 0,78%, para fechar em 934,70 pontos. O NYSE Composite subiu 60,41 pontos, ou 1,02%, para 5.968,84 pontos.
Aparentemente, porém, os investidores preferiram focalizar os informes de que o plano de estímulo à economia do presidente eleito, Barack Obama, deverá totalizar US$ 775 bilhões. Entre as componentes do índice Dow Jones, as três ações que mais subiram foram Hewlett-Packard (+8,20%), General Motors (+6,20%) e American Express (+5,61%), consideradas de maior risco do que as demais, porque a receita dessas empresas depende da disposição dos consumidores para gastar; as da Disney, com perfil semelhante, avançaram 3,75%.
Entre as ações que mais subiram estavam as do setor de tecnologia, como Ciena (+18,64%), Cisco Systems (+3,97%), IBM (+2,78%) e Intel (+3,09%); as da Apple recuaram 1,65%. No setor financeiro, as ações do Citigroup subiram 5,37%, as do Bank of America avançaram 2,15% e as do Morgan Stanley tiveram um ganho de 11,12%. As ações da Dow Chemical subiram 6,57%, depois de a empresa anunciar que tomará "medidas legais" contra o governo do Kuwait, que abandonou um projeto de joint venture (associação) no setor petroquímico. As da Alcoa, que depois do fechamento anunciaria um pacote de demissões, subiram 2,19%. As da Monsanto, que divulga resultados financeiros do trimestre setembro/novembro nesta quarta-feira, caíram 1,24%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha em alta pela sexta sessão consecutiva

por Agência ESTADO
06 de Janeiro de 2009 18:33

A Vale roubou novamente a cena e empurrou a Bovespa para mais um pregão de ganhos, o sexto consecutivo. O ingresso de investidores estrangeiros no papel e a alta das matérias-primas no exterior sustentaram as compras. Petrobras e siderúrgicas - com destaque para o desempenho da CSN - também garantiram valorização bem maior à bolsa doméstica do que as verificadas nos índices em Wall Street.
O Ibovespa, principal índice doméstico, fechou em elevação de 1,91%, aos 42.312,28 pontos, maior pontuação desde 3 de outubro de 2008. Na mínima, a bolsa operou com estabilidade, aos 41.520 pontos e, na máxima, atingiu 42.363 pontos (alta de 2,03%). Nos três pregões de janeiro, os ganhos acumulados atingem 12,68%. Nos seis pregões consecutivos de alta, foram 16,02%.
O giro financeiro totalizou R$ 4,283 bilhões, com ingresso de estrangeiros. Eles entraram em alguns poucos papéis, principalmente Vale, CSN e também Petrobras. Vale ON subiu 2,77%; a PNA, 3,39%; CSN ON, 5,90%; Petrobras ON, 1,64%; e a PN, 1,39%.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo fechou em US$ 48,58 o barril, com queda de 0,47%, depois de oscilar o dia todo entre altas e baixas. Os metais básicos avançaram em Londres, com os investidores os comprando antes da recomposição do fundo de índice de commodities (matérias-primas) Dow Jones-AIG; os metais preciosos também subiram, depois que o dólar devolveu parte dos ganhos obtidos durante o dia no exterior.
Fausto Gouveia, economista da Infra Asset, não mostra muito entusiasmo com a alta vista nos últimos pregões. Segundo ele, o fluxo externo está ajudando e o clima está mais otimista - hoje, ajudado pela reabertura de emissão externa pelo Tesouro brasileiro. "Mas os investidores ainda não estão montando posições de longo prazo. Eles estão com o dedo no gatilho e deve haver realização de lucros, que pode ser brusca", afirmou.
Segundo ele, há muitos números da economia real a serem conhecidos, referentes ao último trimestre do ano passado, bem como os balanços das empresas, o que justifica a manutenção da cautela.
Hoje, além da recuperação das commodities, também beneficiou a bolsa brasileira o anúncio do Tesouro sobre a abertura de emissão de Global 2019 nos mercados dos EUA, Europa e, eventualmente, na Ásia. Isso significa que o Brasil encontrou uma oportunidade e deixou a porta aberta para as empresas também buscarem o mercado externo para se financiar, o que favoreceu as ações no mercado doméstico.
Em Wall Street, as bolsas subiam às 18h17 (de Brasília): o índice Dow Jones, 1,08%; o S&P, 1,14%; e o Nasdaq, 1,83%. Os ganhos diminuíram um pouco após a divulgação da ata da última reunião do banco central dos EUA, mas recuperaram-se em seguida. O documento explicitou as razões para o BC americano ter mudado a política monetária e cortado o juro para um intervalo de zero a 0,25% ao ano. Pelo texto, entre outras coisas, a instituição viu o PIB do país em queda este ano, com aumento significativo do desemprego até 2010.
Mais cedo, os índices acionários norte-americanos titubearam com os indicadores ruins divulgados hoje. As encomendas à indústria caíram 4,6% em novembro, o dobro do esperado. As vendas pendentes de moradias registraram queda de 4% também em novembro, ante estimativa de 1%. O ISM de serviços mostrou recuperação, superando as expectativas, indo para 40,6, de 37,3, quando o previsto era 36,8.

INDG09...após 05/01...ainda em tendência de alta


O INDG09 está construindo um sub-canal de alta, que pode melhor se visualizado no gráfico de 30 minutos, com suporte imediato, na base do canal em 41.750 e topo em 43.100 pontos.

Os objetivos de queda imediatos estão em 41.750, 41.400, 40.650, 40.400 e 39.900 pontos.

As resistências imediatas estão em 42.500, 43.100, 43.600 e 44.100 pontos.

IBOV...após 05/12...suportes e resistências


A manutenção dos 41 mil pontos, poderá levar o Ibovespa aos objetivos de alta em 43 mil e 45 mil pontos. A sequência de altas deixou os principais indicadores bastante esticados o que possibilita alguma realização intraday. As perspectivas de fortes altas nas commodities metálicas poderão levar Vale e Petro a buscar novos topos, o que impulsionará fortemente o Ibovespa. A perda do suporte nos 39.850 pontos poderá sinalizar uma realização mais forte, com objetivos imediatos nos 37/38 mil pontos.

Os suportes imediatos estão em 41.000, 40.500, 39.850, 38.250 e 38.000 pontos.

As resistências imediatas estão em 41.570, 41.800, 42.000, 42.300, 42.900 e 43.500 pontos.

DJI...após 05/01...suportes e resistências


DJI está tentando se manter na parte superior do sub-canal de alta, entre os 9 mil e os 9.500 pontos. Por enquanto, tem oscilado entre os 8.800/9 mil pontos, não se afastando desse objetivo. Os pesados indicadores econômicos, que poderão afetar o humor do mercado, como taxa de desemprego, estoques de petróleo e outros níveis de atividade econômica poderão ser contrabalançados com o otimismo do plano de geração de renda e empregos de Obama.

As resistências imediatas se encontram em 8.980, 9.060, 9.180 e 9.230 pontos.

Os suportes imediatos estão em 8.900, 8.880, 8.800, 8.760 e 8.690 pontos.