segunda-feira, 19 de maio de 2008

Dow Jones avança, mas Nasdaq recua com tecnologia

por Renato Martins da Agência Estado
19.05.2008 18h27

O mercado americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones em alta e o Nasdaq em queda, pressionado pela baixa de algumas ações de tecnologia. O S&P-500 teve uma leve alta, mas isso foi suficiente para que ele se elevasse acima da média dos últimos 200 dias pela primeira vez neste ano.
Entre as componentes do Dow Jones, o destaque positivo foi Alcoa, com alta de 3,34%, em reação à alta dos preços dos metais. As ações do setor de petróleo também subiram, em reação à nova elevação dos preços do produto: ExxonMobil ganhou 1,82% e Chevron subiu 1,81%. No setor de comércio varejista, as ações da Lowe's caíram 2,57%, em reação a seu informe de resultados; as da Wal Mart recuaram 1,12%.
No setor de tecnologia, as ações da Amazon.com subiram 7,62%, em reação a uma recomendação dos analistas do Goldman Sachs. As da indústria de equipamentos de armazenagem de dados SanDisk caíram 7,46%, depois de a empresa fazer um alerta de queda nas vendas. As ações da Microsoft caíram 1,77%, em reação ao informe de que a empresa está retomando seu esforço para comprar o Yahoo! (cujas ações subiram 0,07%) para concorrer com o Google (-0,44%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,32%, em 13.028,16 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 0,50%, em 2.516,09 pontos. O S&P-500 subiu 0,09%, para 1.426,63 pontos. O NYSE Composite recuou 0,002%, para 9.602,78 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa avança 0,92% e bate 3º recorde seguido

por Claudia Violante da Agência Estado
19.05.2008 17h28

A Bovespa não conseguiu sustentar os ganhos registrados até o início da tarde, quando rompeu os 73 mil pontos e se aproximou dos 74 mil. Mas a realização de lucros que se seguiu ao vencimento de opções sobre ações foi insuficiente para permitir um fechamento negativo. O que significa que a Bolsa doméstica registrou mais um recorde de fechamento, o nono de 2008 e o terceiro consecutivo.
O Ibovespa, principal índice, fechou no patamar inédito de 73 mil pontos: com a alta de 0,92%, para 73.438,8 pontos, substituiu o recorde de sexta-feira (72.766,9 pontos). A alta de hoje elevou o resultado acumulado em maio para 8,21%. No ano, a bolsa já subiu 14,95%. O índice também bateu nova pontuação máxima histórica (recorde intraday, registrado durante o pregão), aos 73.794 pontos (+1,41%). Na mínima do dia, caiu 0,43%, aos 72.458 pontos. O volume financeiro foi de R$ 11,702 bilhões. Do total, R$ 4,007 bilhões referem-se ao vencimento de opções sobre ações, sendo R$ 3,989 bilhões em opções de compra e R$ 17,586 milhões em opções de venda.
Vale ON pesou sobre o índice por causa dos ganhos acumulados na semana passada (ao redor de 8%) e também pela queda dos metais básicos no exterior. A ação recuou 0,82%. Vale PNA, no entanto, subiu 0,14%. Petrobras, além de ter registrado ganhos mais modestos na semana passada (ao redor de 5%), teve um empurrão do petróleo, que, assim como o Ibovespa, bateu mais um recorde. Petrobras ON subiu 3,09% e Petrobras PN, na terceira maior alta do Ibovespa, avançou 3,84%.
O petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York subiu 0,6%, para US$ 127,05 por barril. O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, disse hoje que o cartel não tomará nenhuma decisão sobre níveis de produção de petróleo antes de encontro marcado para setembro, em Viena. Os EUA têm pedido que a Opep eleve a produção para conter os altos preços dos combustíveis.
Passado o vencimento de opções sobre ações, a Bovespa deve trabalhar mais colada às bolsas americanas nos próximos dias, comportamento já visto hoje no período da tarde. O índice Dow Jones fechou em +0,32% e o S&P subiu 0,09%. O dado de indicadores antecedentes dos Estados Unidos de abril ajudou a dar suporte às bolsas nova-iorquinas ao subir 0,1%, ante previsão de queda de 0,1%. Por outro lado, o petróleo em elevação fez os ganhos diminuírem. O índice Nasdaq caiu 0,50%, influenciado pela queda de Microsoft e Yahoo!. No final de semana, a empresa fundada por Bill Gates anunciou que pretende negociar uma parceria com a Yahoo!, depois que sua tentativa de compra do site de buscas falhou.

Estudo sugere recuperação apenas parcial em Wall Street


E.S. Browning, The Wall Street Journal

VALOR ONLINE
19/05/2008

Será que ela chegou para ficar ou é apenas uma bonança efêmera? É isso que os investidores querem saber sobre a alta recente das bolsas americanas.
Depois de um início de ano pedregoso, a Média Industrial Dow Jones subiu quase 11% desde 10 de março. Ela só está em queda de 8,3% em relação ao recorde de outubro passado, muito mais forte do que muita gente esperava.
Pessoas como Eric Bjorgen, da Leuthold Group, uma firma de administração de recursos e de análise com sede em Minneapolis, se perguntam se a alta é algo em que podem investir no médio prazo ou apenas um espasmo do mercado pessimista que logo vai se dissipar.
Para descobrir isso, Bjorgen analisou o processo de recuperação de dez ações. Ele queria saber quais os tipos de papéis que geralmente se valorizam quando o mercado enfrenta problemas sérios, e se são essas as ações atualmente em alta. Ele descobriu algumas anomalias. Durante os últimos 60 anos, as ações que lideravam a recuperação dos mercados eram geralmente ligadas ao consumidor final: hotéis, resorts, navios de cruzeiro, grandes varejistas, bancos e construção de residências. Os investidores apostavam numa retomada do consumo.
Desta vez, apenas alguns poucos integrantes desse segmento estão no cerne da alta, como as empresas de crédito pessoal, lojas de móveis e decoração e varejistas online. Estão puxando a recuperação mais e mais empresas da indústria pesada, que geralmente demoram para se valorizar durante a ascensão do mercado, especialmente as ligadas a carvão, aço, fertilizantes, petróleo e gases industriais.
Bjorgen diz temer que os investidores estejam enxergando as coisas de modo invertido. Eles estão mostrando confiança em áreas que subiram no fim do último período de alta, por causa da força da economia mundial. Não estão mostrando confiança nas ações ligadas a consumo final que geralmente lideram os períodos de recuperação prolongada, já que o consumo representa a grande maioria da atividade econômica nos Estados Unidos.

"Esse tipo de coisa sugere que este não é um mercado em alta e sim um avanço de um mercado em queda", diz Bjorgen.

Ele alerta que ainda é cedo demais para tirar conclusões definitivas. O mercado se recuperou por apenas dois meses e estudos sobre episódios de alta ocorridos no passado analisaram os ganhos em períodos mais longos. Mas, enquanto espera por sinais mais definitivos, a Leuthold Group mantém seus investimentos em estado neutro, com cerca de 50% em ações e o resto em títulos e dinheiro vivo.
Um número crescente de investidores está ficando mais otimista, o que ajuda a explicar a força recente das bolsas. As pessoas que mantinham seu dinheiro fora do jogo começaram novamente a entrar em campo, apreensivos com a possibilidade de ficar para trás em meio a uma alta. Surgiu uma visão mais ampla de que embora muitas oscilações ainda vão ocorrer, os índices mais amplos não cairão muito mais do que o nível mais baixo alcançado em 10 de março.
A esperança de dias melhores também vem se espalhando entre os economistas, encorajados pelos dados que indicam que as vendas do varejo não foram tão ruins quanto o esperado, assim como o crescimento e o desemprego, que vêm sugerindo que a economia pode estar evitando a recessão.

Mas também há quem duvide e eles se focam na mesma área que Bjorgen: o consumo.

A visão mais disseminada, segundo o economista Zach Pandl, da Lehman Brothers, é que o pacote de estímulo econômico do governo americano (com seus cheques de no mínimo US$ 600 por pessoa) deve manter a economia fora da recessão durante tempo suficiente para que as medidas tomadas pelo Fed, o banco central do país, para aumentar a liquidez façam efeito e, por sua vez, permitam uma recuperação econômica no longo prazo. A Lehman, contudo, prevê que a economia voltará a retrair-se no fim do ano, quando o consumidor americano finalmente perder o fôlego.
Até agora, o consumo tem se mostrado mais resistente do que o esperado e Pandl aponta que nos últimos anos as previsões apocalípticas para o consumidor americano sempre se mostraram erradas. Mesmo assim, ele ressalta dados do Fed que sugerem que as pessoas estão sustentando os gastos com mais dívidas do cartão de crédito, já que novas hipotecas e créditos garantidos por imóveis se tornaram difíceis de conseguir. Ele acredita que haja um limite até quando as pessoas poderão evitar o dia de acertar as contas. "No fim das contas, você só pode se endividar (com o cartão de crédito) até um determinado ponto", diz ele.
E, mais preocupante ainda, há os dados das execuções judiciais de hipotecas que já estão em andamento e da inadimplência dos tomadores, que mostram que haverá 1,5 milhão de execuções judiciais nos EUA este ano, ante 200 mil num ano normal, diz. O desemprego ainda está em 5%, bem abaixo nível a que a Lehman calcula que chegará, 6,3%, à medida que as empresas concretizam planos de cortar custos. Isso é um presságio de nuvens negras para o consumidor americano no segundo semestre.
Pandl e seus colegas da Lehman também acreditam que as dificuldades enfrentadas pelos americanos levarão a economia a um segundo declínio, com uma recuperação regada aos cheques do pacote federal durante o meio do ano e um retorno do desaquecimento mais para o fim e até 2009.
O Goldman Sachs também teme um segundo declínio, por muitas das mesmas razões. Enquanto o Goldman acha que a economia pode escapar da recessão durante o retorno do desaquecimento, teme que as bolsas sofram. "Há vários riscos para o mercado acionário no fim do ano", como a economia em desaquecimento, otimismo demais quanto aos resultados das empresas e crescimento do desemprego, diz Andrew Tilton, o economista da Goldman.
Essa incerteza é um dos motivos pelos quais o mercado acionário tem estado vacilante nas últimas semanas, em alta num dia e em queda no outro. Alguns analistas também apontam que o período de maio a setembro é historicamente fraco para o desempenho das bolsas, especialmente durante anos em que há campanha presidencial nos EUA - mais uma razão para ficar apreensivo.

VALE 4...após 16/05...cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém...


ANÁLISE GRÁFICA: Vale 5 em seu canal de alta, com os principais indicadores do gráfico diário sinalizando alta, estão operando "muito esticados", podendo reverter...em dia de vencimento de opções, cautela e canja de galinha, não fazem mal a ninguém!...

Resistências prováveis em 58,70, 58,90 e 61,00
Suportes em 68,00, 57,70, 57,40, 57,00 e 56,40 (fechando o "gap")

PETR4...após 16/05...indicadores muito esticados...pode realizar!...


ANÁLISE GRÁFICA: Em seu canal de alta, Petr4 está com seus principais indicadores do gráfico diário "muito esticados", inclusive negociando na Banda superior de Bollinger, como pode ser observado. Pode realizar!...

Resistências prováveis em: 48,20, 48,60 e 49,00
Suportes em 47,60, 47,30, 47,00 e 46,40