sexta-feira, 23 de abril de 2010

Afastando os temores de bolha, Austin vê o Brasil em fase de "reaquecimento"

por Equipe InfoMoney
23/04/10 19h50



SÃO PAULO - Nos últimos dias, os mercados têm emitido sinais cada vez mais evidentes de apreensão em relação à economia brasileira. As últimas projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional), Citi e Moody's Economy para o PIB (Produto Interno Bruto) do País deixam evidente que as preocupações com os riscos de superaquecimento econômico, reforçando os temores de uma formação de bolha.

Indo na contramão do consenso dos mercados, a Austin Rating não concorda com esse ponto de vista pessimista e, baseando-se na análise de indicadores da economia doméstica, afirmam que o cenário do Brasil - pelo menos para os próximos 12 meses - não é de superaquecimento, mas sim de "reaquecimento".

Para validar sua análise, a agência de classificação de risco selecionou 15 dados econômicos do Brasil, comparando os números vistos atualmente com aqueles registrados até meados de 2008 - antes do agravamento da crise subprime. No levantamento feito pela Austin, ficou constatado que, à exceção da produção industrial, todos os indicadores encontram-se abaixo da pontuação vista há dois anos, quando o País crescia de forma acentuada.

"Ou seja, o que os indicadores mostram é que o atual estágio da economia brasileira é de recuperação do nível perdido no período da crise mundial. Portanto, há relativo espaço para crescer sem riscos de um superaquecimento no médio prazo", afirma a equipe da agência. Contudo, eles ponderam que o governo precisa fazer a sua parte para que isso ocorra, mantendo o equilíbrio interno entre crescimento e inflação moderada.

Queda menor que europeus

As estimativas para a expansão da economia brasileira em 2010 são os principais fatores para levantar as suspeitas de superaquecimento. De acordo com o FMI, o PIB do País deverá crescer 5,5% em 2010 e 4,1% em 2011. Além disso, as medianas das projeções do último relatório Focus apontam expansões de 5,81% e 4,5% para o biênio 2010-2011.

Porém, a Austin Rating ressalta que a economia brasileira não registrou uma queda tão abrupta como muitos europeus. É o caso de Alemanha, Reino Unido e Espanha, que recuaram no ano passado 5%, 4,9% e 3,6%, respectivamente, enquanto que a economia brasileira caiu apenas 0,2%.

Os 15 indicadores

Além da produção industrial, os outros indicadores utilizados pela Austin foram: PIB total, consumo das famílias, investimentos, PIB indústria, PIB serviços, PIB agropecuária, exportação de bens e serviços, importação de bens e serviços, nível de utilização da capacidade instalada, índice de expectativa da indústria, índice de expectativa do consumidor, produção física industrial, total de vendas no varejo, vendas no varejo (veículos), vendas (materiais de construção).

Confira a agenda do investidor para a última semana de abril

por Equipe InfoMoney
23/04/10 18h12

SÃO PAULO - Dentro da agenda para a última semana de abril, as atenções se voltam para a divulgação da primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, bem como para a reunião do Federal Reserve, com a decisão acerca da taxa básica de juro do país.

No front doméstico, expectativa pela reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Os analistas aguardam pela elevação da taxa básica de juro doméstica em 50 pontos-base.

Segunda-feira (26/4)

Brasil

7h00 - A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apresenta o IPC referente à terceira quadrissemana de abril. O índice é baseado em uma pesquisa de preços feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 1 a 20 salários mínimos.

8h30 - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

11h00 - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA

Não serão revelados indicadores relevantes no país neste dia.

Terça-feira (27/4)

Brasil

8h00 - A FGV (Fundação Getulio Vargas) publica a Sondagem do Consumidor de abril. O indicador é compilado com base em uma amostra de mais de 200 domicílios em sete das principais capitais brasileiras.

Este será o primeiro dia da reunião do Copom, quando os membros do Comitê expõem suas opiniões sobre a conjuntura econômica nacional.

EUA

10h00 - A agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) publica o S&P/Case-Shiller Home Price de fevereiro. O indicador denota a trajetória dos preços das casas nos EUA por meio de uma média móvel trimestral.

11h00 - Sai o Consumer Confidence referente ao mês de abril, responsável por medir a confiança dos consumidores norte-americanos.

Destaque também para o primeiro dia da reunião do Fed, quando o colegiado se reúne para discutir as principais diretrizes econômicas do país.

Quarta-feira (28/4)

Brasil

18h00 - O Copom (Comitê de Política Monetária) define o rumo da taxa básica de juro doméstica.

EUA

11h30 - Confira o relatório de Estoques de Petróleo norte-americano, semanalmente organizado pela EIA (Energy Information Administration). O documento é considerado uma importante medida, já que os EUA são o maior consumidor do combustível.

15h15 - O Fed decidirá o novo patamar do juro básico norte-americano, atualmente em 0,00% a 0,25% ao ano.

Quinta-feira (29/4)

Brasil

8h00 - A FGV divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de abril, que é bastante utilizado pelo mercado, e retrata a evolução geral de preços na economia.

9h30 - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reporta a Pesquisa Mensal de Emprego referente ao mês de março, documento que descreve o mercado de trabalho no País.

10h30 - O Banco Central reporta a Nota de Política Monetária de março, que traz estimativas sobre a base monetária, os empréstimos de bancos privados e o total de empréstimos no mercado financeiro.

O Tesouro Nacional divulga os dados sobre a evolução da dívida líquida do governo durante o mês de março.

EUA

9h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.

Sexta-feira (30/4)

Brasil

8h00 - A FGV anuncia a Sondagem Industrial referente ao mês de abril, que reúne informações sobre a evolução da atividade da indústria nacional.

10h30 - O BC reporta a Nota de Política Fiscal do mês de março, que revelará os gastos públicos realizados durante o período.

EUA

9h30 - Será apresentado o Employment Cost Index referente ao primeiro trimestre, responsável por mensurar o custo da mão-de-obra. O indicador é muito utilizado pelo mercado como medida de inflação.

9h30 - O Departamento de Comércio revela a primeira prévia do PIB e de seu deflator, todos baseados no primeiro trimestre.

10h45 - Será apresentado o Chicago PMI referente ao mês de abril, que mede o nível de atividade industrial na região.

10h55 - A Universidade de Michigan publica a versão final do Michigan Sentiment de abril, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.

Japão

O Banco do Japão (BoJ) realiza reunião de política monetária, com definição da taxa básica de juro do país


Segunda-feira (3/5)

Brasil

8h00 - A FGV anuncia o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à quarta quadrissemana de abril. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.

8h30 - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente ao mês de abril, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA

9h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de março, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, assim como para o núcleo do PCE, medida de inflação mais acompanhada pelo Fed.

11h00 - O Departamento de Comércio publica o Construction Spending de março, que mede os gastos decorrentes da construção de imóveis.

11h00 - Sai o ISM Index referente ao mês de abril, responsável pela mensuração do nível de atividade industrial no país.

Ibovespa fecha com leve alta e defende os 69 mil pontos

por Beatriz Cutait de Valor Online

23/04/2010 18:14


SÃO PAULO - Depois de um pregão de grande oscilação, em que chegou a perder a linha dos 69 mil pontos, o Ibovespa conseguiu se firmar no terreno positivo ao fim do dia e marcar a terceira sessão seguida de ganhos.

Com mínima de 68.831 pontos e máxima de 69.709 pontos, o Ibovespa, subiu 0,18%, para 69.509 pontos, e girou R$ 5,258 bilhões, volume enfraquecido pelo feriado estadual no Rio de Janeiro.

"O índice registrou volatilidade em função da ausência de grandes notícias. Apesar das vendas de imóveis nos Estados Unidos e da expectativa de o FMI socorrer a Grécia, o mercado já esperava o anúncio", comentou o sócio-diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno.

Na semana, que contou apenas com quatro dias de operações, o índice avançou em três pregões e acumulou valorização de 0,13%. No mês, entretanto, o Ibovespa segue com baixa de 1,22% e no ano, com alta de 1,34%.

A Grécia solicitou a ativação do plano de resgate acertado entre líderes europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para tirá-lo da crise da dívida e foi um dos destaques da jornada.

Nos Estados Unidos, além de contar com a divulgação de balanços trimestrais de empresas como Amazon, Microsoft e Xerox, o mercado recebeu novos dados do setor imobiliários, que vieram melhores que o esperado.

As vendas de casas novas no país avançaram 26,9% em março, para uma taxa anualizada ajustada sazonalmente de 411 mil unidades. Em fevereiro, a marca apurada ficou em 324 mil residências. Na comparação com março de 2009, o indicador registrou ampliação de 23,8%.

Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,63%, aos 11.204,28 pontos , enquanto o S & P 500 avançou 0,71%, aos 1.217,28 pontos. Ambos atingiram a maior pontuação desde 19 de setembro de 2008. Já o Nasdaq teve alta de 0,44%, aos 2.530,15 pontos.

Pela oitava semana, o Dow Jones e o Nasdaq avançaram, em 1,68% e 1,97% respectivamente, enquanto o S & P 500 ganhou 2,11%.

No front corporativo, os papéis da Petrobras e Gerdau deram força para a alta do Ibovespa. As ações PN da estatal subiram 1,19%, a R$ 34, e giraram R$ 418,3 milhões.

A Petrobras informou hoje que aprovou o pagamento de dividendos e a da quarta e última parcela dos Juros sobre o Capital Próprio, que será efetuado em 30 de abril.

Os acionistas detentores de ações ordinárias ou preferenciais na data base de 22 de abril de 2010 terão direito a este pagamento, no valor de R$ 0,12 por ação de juros sobre capital próprio e R$ 0,13 por ação de dividendos. Estes valores com as devidas atualizações até a data de hoje representam R$ 0,1201 e R$ 0,1332 respectivamente.

As ações PN da Gerdau lideraram as altas do Ibovespa, ao se valorizarem em 2,56%, a R$ 30,46, enquanto os papéis PN da Gerdau Metalúrgica avançaram 2,16%, a R$ 36,88.

Ontem, a empresa revelou que estava avaliando a possibilidade de participar do consórcio vencedor do leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Segundo a siderúrgica, a decisão seria tomada somente depois de ter acesso às informações detalhadas do empreendimento.

Ainda entre os destaques positivos do índice estiveram as ações PN da Cemig, com ganhos de 2,33%, a R$ 31,09, e ON da Natura, com apreciação de 2,14%, a R$ 31,13.

No sentido oposto, os papéis PNA da Vale perderam 0,86%, a R$ 49,26, e movimentaram R$ 682,3 milhões.

Na semana, Petrobras PN avançou 3,19%, enquanto Vale PNA cedeu 2,59%.

"A correlação entre as duas empresas nunca foi tão grande. A tendência é fechar um pouco este spread no curto prazo e a Petrobras deve ter uma performance melhor", pontuou Zeno, da AZ Investimentos.

No pregão de hoje, os papéis Net PN tiveram a queda mais expressiva do Ibovespa, ao recuarem 1,92%, a R$ 20,87, seguidos pelas ações ON da Cyrela Realty, com baixa de 1,8%, a R$ 21,16, e ON da PDG Realty, com desvalorização de 1,57%, a R$ 15,64.

Puxadas por commodities e resultados, bolsas dos EUA fecham em alta

por Equipe InfoMoney
23/04/10 18h12


SÃO PAULO – Após registrarem volatilidade ao longo do pregão, os principais índices acionários norte-americanos terminaram esta sexta-feira (23) em alta, guiados por resultados corporativos. Petrolíferas e setor de saúde lideraram os ganhos. Indicadores econômicos também repercutiram.

O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, fechou em alta de 0,71% a 1.217 pontos, acumulando no ano forte alta de 9,16%. O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, encerrou o pregão em valorização de 0,63% atingindo 11.204 pontos e subindo 7,44% no ano, enquanto o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresentou alta de 0,44% chegando a 2.530 pontos e acumulando no ano forte alta de 11,50%.
% Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
S&P 500 +0,71 1.217 +4,24 +9,16
Dow Jones +0,63 11.204 +3,40 +7,44
Nasdaq +0,44 2.530 +5,48 +11,50

Com os ganhos desta sessão, os índices S&P 500, Nasdaq e Dow Jones terminaram a semana com variação positiva de 2,11%, 1,97%, 1,68%, respectivamente. Destaque ainda para o Dow Jones, que chegou à sua oitava semana consecutiva de alta – maior rali desde 2004.

Petróleo em alta
Na ponta positiva do índice composto pelas principais blue chips dos EUA, as ações de empresas ligadas ao petróleo foram impulsionadas pela alta nos preços das commoditties. Chevron (+1,81%) e Exxon Mobil (+0,99%) fecharam no azul.

Ainda no setor, os papéis da Schlumberger dispararam 6,6% na NYSE. Apesar de reportar uma queda no lucro de 28% no primeiro trimestre, a companhia projeta bons resultados para o resto do ano.

Destaques corporativos
Contudo, os maiores ganhos do Dow Jones foram das empresas do segmento de saúde. Após a Merck anunciar que as mudanças provocadas com a reforma do governo no setor não afetariam seu desempenho no futuro, suas ações subiram 5%, destaque de alta do índice. Os papéis da Pfizer fecharam com alta de 2,61%, terceira maior valorização dentre as ações listadas no Dow Jones.

Na pauta de resultados, Xerox e American Express trouxeram números acima do esperado, fazendo seus ativos subirem 8,33% e 2,74%, respectivamente. Na contramão, a Microsoft caiu 1,27% - maior queda do Dow Jones - enquanto a Amazon recuou 4,3%, refletindo desempenhos contábeis mal recebidos pelo mercado.

Agenda Econômica

O volume de pedidos e entregas de bens duráveis feitos à indústria norte-americana teve resultado abaixo do esperado pelo mercado durante março.

No entanto, o número de casas vendidas surpreendeu positivamente, com um total de 411 mil imóveis vendidos no mês passado. Com mais um indicador positivo no setor imobiliário, as construtoras norte-americanas também terminaram o dia entre as maiores altas.

Grécia aceita ajuda

No início do dia, o primeiro ministro grego, George Papandreou, pediu a ativação do pacote de € 45 bilhões prometidos pela União Europeia e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) há duas semanas, para amenizar o grave problema fiscal do país. Na véspera, a Eurostat aumentou a projeção para o déficit público grego e a Moody´s rebaixou o rating do país.

PETR4...após 22/04...suportes e resistências


INDM10...após 22/04...suportes e resistências



Resistências em 70.250, 70.540, 70.800, 70840 e 71200.

Suportes em 69.970, 69.870, 69.815.

IBOV...após 22/04...suportes e resistencias



Resistências em 69.500, 69.700. 70.000 e 70.180 pontos.

Suportes em 69.280, 69.130, 68.650 e 68.450 pontos.