quarta-feira, 8 de julho de 2009

Bolsas de NY divergem no fechamento; Dow sobe 0,18%

por Agência ESTADO
08 de Julho de 2009 19:02

Os índices do mercado de ações norte-americano encerraram o dia em direções divergentes, após passarem grande parte da sessão em baixa, com investidores ensaiando uma retomada nas compras após o declínio acentuado registrado ao longo das últimas sessões.

"Nossos operadores estão dizendo que o mercado está suficientemente vendido para atrair algumas ofertas", disse David Klaskin, chefe de investimentos da Oak Ridge Investments. "Para onde vamos daqui para a frente dependerá de como serão os resultados do segundo trimestre e os prognósticos."

O Dow Jones subiu 14,81 pontos, ou 0,18%, para 8.178,41 pontos, após passar grande parte do dia em território negativo. A Alcoa, componente do índice e que também operou em baixa durante a maior parte da sessão, fechou em alta de 0,53%. A companhia divulgou seu balanço após o fechamento do mercado.

Entre os demais índices, o S&P 500 recuou 1,47 ponto, ou -0,17%, para 879,56 pontos. O Nasdaq ganhou 1 ponto, ou -0,06%, para 1.747,17 pontos.

A seguradora American International Group (AIG) caiu 4,7% após a Standard & Poor's Equity Research diminuir o grau de recomendação das ações da companhia para "vender", de "manter", afirmando que ainda vê fundamentos fracos e um grau elevado de risco de execução. Ontem os papéis da seguradora caíram 15% diante da notícia que a empresa perdeu um processo para seu ex-executivo-chefe, Hank Greenberg,

O Google subiu 1,5% após a companhia anunciar que pretende lançar um sistema operacional para computadores, ameaçando a hegemonia da Microsoft no segmento. As ações da Microsoft avançaram 0,13%. A NYSE Euronext perdeu 2,8% após a companhia afirmar que seu website foi alvo de um ataque cibernético. As autoridades investigam se há ligação entre os ataques às redes de computadores da Coreia do Sul e dos EUA. As informações são da Dow Jones.

Petrobras puxa baixa de 0,5% da Bolsa, mas NY suaviza

por Agência ESTADO
08 de Julho de 2009 18:01

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) até tentou hoje interromper a sequência de perdas dos últimos dias. Num início volátil, o índice Bovespa (Ibovespa) subiu até se aproximar dos 50 mil pontos, mas a fraqueza das bolsas externas, a queda de preço de matérias-primas (commodities) e a posição defensiva dos investidores por causa do feriado paulista, amanhã, levaram o índice a virar e fechar, pelo quinto pregão consecutivo, em baixa. O comportamento negativo das ações da Petrobras foi hoje o principal responsável pela dianteira da Bovespa em relação às perdas do Dow Jones na Bolsa de Nova York. No final da sessão, entretanto, o Dow Jones virou e fez o mercado doméstico melhorar. As ações da Vale, hoje, ajustaram-se ao tombo da véspera, mas o segmento siderúrgico também foi destaque negativo.

O Ibovespa terminou a sessão em baixa de 0,56%, aos 49.177,55 pontos, menor pontuação desde os 49.007,21 pontos do dia 15 de maio passado. Na mínima do dia, registrou 48.456 pontos (-2,02%) e, na máxima, os 49.846 pontos (+0,79%). Nestes cinco pregões em baixa, caiu 4,59% e, no mês de julho acumula perda de 4,44%. No ano, a Bovespa registra ganho de 30,97%.

Com o feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, amanhã no Estado de São Paulo, não haverá pregão na Bovespa. Com isso, muitos investidores preferiram não passar a sessão posicionados, o que ajudou a engordar o giro financeiro hoje. O volume totalizou R$ 5,032 bilhões. Os dados são preliminares.

Petrobras substituiu hoje Vale no comando das ordens de vendas. O noticiário relacionado à estatal e ao setor de petróleo, no geral, foi pesado e as commodities também não deram trégua, em meio às dúvidas sobre a recuperação da economia global. A ação ordinária (ON) da estatal terminou em baixa de 1,41% e a preferencial (PN) caiu 0,82%.

Os papéis repercutiram hoje a notícia, veiculada ontem à noite, de que a Hess perfurou um poço seco no pré-sal de Santos. Também consideraram a decisão da 69ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, que condenou a Petrobras a pagar multa de R$ 30 milhões ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) pela contratação de trabalhadores terceirizados em atividades técnicas da empresa. Mas o que teve maior peso foi o desempenho do petróleo, que desabou no exterior.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato do petróleo com vencimento em agosto caiu 4,43%, para US$ 60,14 o barril, após os dados mostrarem aumento dos estoques de derivados nos EUA. Segundo o Departamento de Energia do país, apenas os estoques de petróleo caíram, 2,9 milhões de barris na semana encerrada em 3 de julho, mais do que os 2,3 milhões esperados. Os estoques de gasolina aumentaram 1,9 milhão de barris, ante expectativa de aumento de 900 mil barris; e os de destilados cresceram 3,7 milhões de barris, ante estimativa de aumento de 1,9 milhão de barris.

A mineradora Vale, que ontem despencou 5%, serviu de contraponto ao Ibovespa ao subir, na contramão do desempenho dos preços de metais. Segundo o consultor de investimentos de um grande banco doméstico, a principal explicação para a alta destes papéis hoje foi um ajuste ao tombo da véspera. "Os investidores não gostaram da captação anunciada pela empresa, que já tinha um bom volume de recursos em caixa", comentou. Os papéis da Vale também foram a primeira opção dos investidores quando o Dow Jones começou a melhorar, na hora final do pregão. Os papéis, que já subiam, ampliaram a alta para 2,10% (ações ON) e para 1,51% (ações PNA).

Nos EUA, as bolsas terminaram bem melhor do que trabalharam o dia todo. O Dow Jones virou no final e subiu 0,18%, aos 8.178,41 pontos, S&P recuou 0,17%, aos 879,56 pontos, e Nasdaq avançou 0,06%, aos 1.747,17 pontos.

Parte da fraqueza ao longo da sessão nos EUA pode ser atribuída ao relatório do FMI revendo para baixo a projeção para o PIB global de 2009. O Fundo rebaixou de -1,3% para -1,4% sua estimativa para o desempenho da economia neste ano. Em 2010, por outro lado, o órgão elevou de +1,9% para +2,5% a sua previsão. Para o PIB do Brasil, o FMI manteve sua projeção em queda de 1,3%, mesma magnitude da divulgação anterior, mas elevou a projeção para 2010, de 2,2% para 2,5%, em relação à divulgação do documento publicado em abril.

IBOV...após 07/07...suportes e resistências


A forte queda de 2,30% no Ibovespa, com volume acima da média, capitaneada principalmente por VALE e siderúrgicas, provavelmente com estrangeiros na ponta da venda, mostra que o Ibovespa continua ainda fortemente atrelado ao desempenho de DJI e que a tese de descolamento deva ser no mínimo, revista. O Ibovespa continua se movimentando em direção ao fundo do canal de baixa, atualmente nos 48 mil pontos. Reversão desta tendência, somente com fechamento acima dos 50.200 pontos.

Suportes imediatos na Banda de Bollinger de 20 períodos, nos 49 mil pontos e nos fundos anteriores em 48.800 e 48.280 pontos. Resistências imediatas em 49.250 pontos, nos 49.550 pontos da LTA anterior; em 49.760 pontos, na MME de 55 períodos e em 50.200 pontos, topo recente.

DJI...após 07/07...suportes e resistências


A forte queda de 1,94% no dia de ontem, após uma sinalização de recuperação no dia anterior, mostrou que o mercado resolveu testar novamente o suporte dos 8.230 pontos. A perda desse antigo "fundo triplo" e o fechamento em 8.163 pontos está sinalizando que muito provavelmente DJI deva buscar no curto prazo, o fundo do canal de baixa, atualmente em 7.940 pontos. Reversão desta tendência, apenas com fechamento superior ao topo recente dos 8.320 pontos.

Suportes imediatos em 8.145, 8.115, 8.020 e 7.940 pontos.
Resistências imediatas em 8.200, 8.260 e 8.320 pontos.