sexta-feira, 24 de outubro de 2008

DJI...após 24/10...pode acionar "circuit breaker" novamente...


DJI abriu em 8.683 pontos e com os índices futuros em queda, refluiu rapidamente até a mínima do dia em 8.190 pontos ( -5.76%), praticamente em "circuit braker". A partir daí, iniciou um processo lento de recuperação até encontrar resistência nos 8.500 pontos (- 2,02%), parecendo esboçar reação para zerar as perdas do dia. A reação contrária da pressão vendedora, foi de tal monta, que DJI refluiu até encontrar suporte em 8.235 pontos ( -5,25%), praticamente devolvendo todo ganho da fase ascendente, da primeira estapa do pregão. A partir daí novamente retomou reação positiva conseguindo recuperar a resistência em 8.564 pontos, quando com a piora dos indicadores futuros, retomou sua tendência de queda, fechando em 8.379 pontos ( -3,59%).

Análise: Em dia de muita volatilidade DJI mostrou objetivamente que perdeu a referência fundamentalista e se movimentou orientado pela análise gráfica. Repetindo o ocorrido na sessão anterior, operou de forma a manter como pivô o suporte nos 8.400pontos, e objetivos de alta na resistência nos 8.570 pontos para depois refluir zerando novamente no pivô. O "candle" formado no gráfico diário se apresenta com figura intermediária entre um "martelo cheio" e um "marubozu cheio", sinalizando uma probabilidade maior da tendência de queda. Todos indicadores do gráfico diário estão sinalizando a continuidade da queda. Os índices futuros antes da abertura dos pregões, deverão sinalizar com maior clareza, a tendência principal da abertura.

Resistências em 8.480, 8.670 e 8.870 pontos.
Suportes em 8.290, 8.100, 7940, 7830 e 7.700 pontos.

Ibovespa cai 6,91% e acumula perda de 50% no ano

por agência ESTADO
24 de Outubro de 2008 18:51

A Bovespa voltou a ser fortemente afetada hoje pela significativa deterioração dos mercados financeiros globais, em meio a uma nova onda de apreensão com o rumo da economia mundial. Diante do forte processo de desmonte de posições ao redor do mundo, as ações brasileiras não escaparam das vendas. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 6,91%, aos 31.481,55 pontos - o menor patamar desde o fechamento do dia 25 de novembro de 2005 (31.357,55). Durante o dia, oscilou da mínima de 30.788 pontos (-8,96%) à máxima de 33.809 pontos (-0,03%). O volume financeiro totalizou R$ 4,472 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumulou uma perda de 13,50%. No mês, a queda alcança 36,45% e, no ano, 50,72%.
No aniversário de 79 anos da Quinta-feira Negra que marcou o início da fissura que engoliria Wall Street em 1929, os mercados internacionais tiveram um dia de perdas. Na Ásia, todas as bolsas regionais fecharam no território negativo. A de Tóquio caiu 9,6%, para o seu menor nível desde abril de 2003. Na Europa, a Bolsa de Londres caiu 5%, refletindo a notícia de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu 0,5% no terceiro trimestre - a primeira contração desde a registrada no segundo trimestre de 1992.
Em Wall Street, pela primeira vez em pelo menos cinco anos, os índices futuros de ações tiveram suas operações interrompidas após atingirem o limite diário de queda. A paralisação ocorreu logo cedo, por volta das 8 horas (de Brasília), com o Nasdaq em baixa de 6,76% e o S&P-500 em queda de 6,56%. O Dow Jones futuro foi congelado em queda de 6,3%. No fechamento do dia, no mercado à vista, o Dow Jones registrou queda de 3,59%, o S&P-500 caiu 3,45% e o Nasdaq cedeu 3,23%. Informação do Wall Street Journal de que o Departamento do Tesouro está considerando comprar participações acionárias nas companhias de seguro ajudou a reduzir as perdas.

Petrobras

Ainda do exterior, pesou sobre as ações da Petrobras a queda superior a 5% nos preços do petróleo, apesar do anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que cortará a produção do óleo em 1,5 milhão de barris por dia. Petrobras PN recuou 10,13% e Petrobras ON perdeu 10,19%.

Unibanco

Mas a ação que concentrou as atenções do mercado hoje foi a Unit do Unibanco. O papel liderou as quedas do Ibovespa em parte do dia. O banco antecipou hoje a apresentação do seu resultado no terceiro trimestre do ano, em que registrou lucro líquido recorrente de R$ 704 milhões no período (não auditado), um aumento de 5,6% sobre igual intervalo de 2007. De acordo com a assessoria de imprensa do Unibanco, a antecipação foi necessária porque nos últimos dias a instituição financeira estava com dificuldades em esclarecer as dúvidas do mercado por estar em período de silêncio (obrigatório antes do balanço). O Unibanco ainda divulgou dados sobre suas operações com derivativos indexados à variação cambial.
Em resposta à queda da ação, o Conselho de Administração do Unibanco dobrou o limite de Units que podem ser adquiridas no âmbito do programa de recompra de ações aprovado em 13 de fevereiro deste ano. O programa passa a ser de até 40 milhões de Units. No fechamento, a ação registrou queda de 8,70%, após cair 22,43% na mínima do dia.
Ainda entre as ações do setor listadas no Ibovespa, Itaú PN caiu 10,67%, Bradesco PN recuou 7,36% e Banco do Brasil caiu 2,60%.

Vale

O clima adverso no ambiente acionário global ofuscou os resultados recorde apresentados ontem, após o fechamento do mercado, pela Vale. O lucro líquido da mineradora foi de R$ 12,433 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 166,9% sobre o mesmo período do ano passado. Isso amortizou, mas não impediu a queda das ações: Vale PNA perdeu 5,36% e Vale ON caiu 4,91%. "Foi como dar um anel da Tiffany's para a esposa e ela dizer que não gostou", comparou um profissional da área de renda variável.
No encerramento do dia, lideraram as perdas do índice, composto por 66 papéis: Aracruz PNB (-13,73%), Lojas Americanas PN (-13,71%) e ALL Unit (-13,67%). E apenas quatro ações registraram valorização: Telesp PN (+5,63%), Sabesp ON (+3,27%), Brasil Telecom PN (+1,65%) e Telemar Norte Leste PNA (+0,54%).

Dow Jones cai 3,6%, ao menor nível desde abril de 2003

por Agência ESTADO
24 de Outubro de 2008 19:29

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, com o índice Dow Jones chegando ao fim do dia no nível mais baixo desde 25 de abril de 2003. O S&P-500 fechou no nível mais baixo desde 11 de abril de 2003 e o Nasdaq no nível mais baixo desde 23 de maio de 2003. O Dow Jones caiu em 15 das últimas 19 semanas e acumula uma queda de 23% em outubro; se ele encerrar outubro com essa queda, vai igualar a sangria do crash de outubro de 1987 e superar as perdas do crash de outubro de 1929. Mais de US$ 10 trilhões em valor de capitalização do mercado desapareceram até agora neste mês, o que representa um terço da perda total já ocorrida neste ano.
O índice Dow Jones fechou hoje em queda de 312,30 pontos, ou 3,59%, em 8.378,95 pontos. A mínima foi em 8.187,48 pontos e a máxima em 8.683,21 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 51,88 pontos, ou 3,23%, em 1.552,03 pontos, com mínima em 1.493,79 pontos e máxima em 1.584,27 pontos. O S&P-500 caiu 31,34 pontos, ou 3,45%, para fechar em 876,77 pontos, com mínima em 852,85 pontos e máxima em 896,30 pontos. O NYSE Composite caiu 244,39 pontos, ou 4,31%, para 5.427,54 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 5,35%, o Nasdaq, uma perda de 9,31% e o S&P-500, uma baixa de 6,78%.
Nesta sexta, as Bolsas dos EUA acompanharam os mercados de ações de todo o mundo ao refletir o temor crescente de uma recessão global; pela manhã, foi anunciado que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido encolheu 0,5% no terceiro trimestre, na primeira contração desde 1992 (ano do colapso da libra no mercado de câmbio). A Bolsa de Moscou suspendeu os negócios até pelo menos terça-feira, depois de as ações russas chegarem a cair 14%. "Os indicadores macro estão sugerindo que a economia está muito pior do que o mercado vinha esperando", disse um corretor.
Para Jeffrey Pavlik, gerente do fundo de hedge Pavlik Capital Management, "o que está provocando isso é o dinheiro emprestado em posições em ações e derivativos. Quando essas posições vão contra você, você tem que colocar mais colateral, ou terá que vender esses instrumentos. Estamos vendo oscilações que ninguém pode prever. Sentar aqui e dizer que o S&P-500 oscilaria 5% por dia, não há ninguém no planeta que diria isso, mesmo seis meses atrás". O índice de volatilidade VIX, da Chicago Board Options Exchange (CBoE), fechou no nível recorde de 79,13, em alta de 16,71%, depois de ter estabelecido a máxima recorde de 89,53.
Todas as 30 componentes do Dow Jones fecharam em queda, com destaque para Bank of America (-8,39%) e Citigroup (-7,40%). As ações da Microsoft caíram 1,61%, em reação a seu informe de resultados. No setor financeiro, as ações do banco regional PNC Financial Services subiram 3,52%, depois de a instituição anunciar que vai comprar a National City Corp. por US$ 5,6 bilhões, sendo US$ 5,2 bilhões em recursos obtidos junto ao Tesouro dos EUA; as ações da National City caíram 24,73%. As informações são da Dow Jones.