terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bolsa de Nova York tem a maior alta desde julho de 2002

por Renato Martins da Agência Estado
30.09.2008 18h46

O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, com os principais índices recuperando cerca de dois terços das perdas de ontem. No caso dos índices Dow Jones e S&P-500, a alta de hoje foi a maior desde 26 de julho de 2002, tanto em pontos como em termos porcentuais. Em pontos, a alta do Dow foi a terceira maior de todos os tempos em um único dia. O avanço foi liderado pelas ações do setor financeiro, que subiram devido à esperança de que o Congresso dos EUA aprove um plano de socorro para o setor.
O movimento de alta acelerou-se à tarde, quando circularam informes de que a Securities and Exchange Comission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) estaria estudando a possibilidade de revogar a regra da marcação a mercado, que levou os bancos a registrarem em seus balanços bilhões de dólares em perdas, de modo a admitir o valor estimado dos títulos hipotecários em suas carteiras. Depois do fechamento do mercado, a SEC e o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB, na sigla em inglês) disseram que vão emitir novas normas sobre isso.
Também à tarde, a presidente da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), Sheila Bair, falou na possibilidade de elevar temporariamente o teto de US$ 100 mil para depósitos beneficiados por seguro federal. Ela não especificou nenhum valor, mas o senador Barack Obama, candidato à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, propôs que o limite seja elevado para US$ 250 mil, proposta endossada por seu rival, o senador republicano John McCain. Outros congressistas observaram que a proposta de elevação do teto para depósitos com seguro contribuiria para a aprovação do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras, já que parte dos deputados do "baixo clero" dos dois partidos que votaram contra o pacote na segunda-feira argumentava que o plano só trazia medidas de ajuda para os bancos, e não para pessoas e empresas da "economia real" afetadas pela crise.
Das 30 componentes do Dow, 29 ações fecharam em alta (a exceção foi Caterpillar, com baixa de 0,48%). Os destaques foram Bank of America (+15,70%), Citigroup (+15,55%), JPMorgan Chase (+13,90%), General Motors (+11,05%) e General Electric (+10,39%). As ações do banco Wachovia, que haviam caído 81,60% ontem, subiram 90,22% hoje. As ações do setor de petróleo também subiram, em reação à recuperação dos preços do produto (ExxonMobil +4,86%, Chevron +6,43%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 485,21 pontos (4,68%), em 10.850,66 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 98,60 pontos (4,97%), em 2.082,33 pontos. O S&P-500 subiu 58,35 pontos (5,27%), para fechar em 1.164,74 pontos.
No mês de setembro, o Dow Jones acumulou uma queda de 6%, o Nasdaq, uma perda de 12,05% e o S&P-500, uma baixa de 9,21%. No terceiro trimestre, o Dow Jones caiu 4,40%, o Nasdaq recuou 9,19% e o S&P-500 perdeu 9%. Desde o começo de 2008, o Dow acumula uma queda de 18,20%, o Nasdaq, uma baixa de 21,49% e o S&P-500, uma baixa de 20,68%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa cai 11% e tem o pior mês desde abril de 2004

por Claudia Violante da Agência Estado
30.09.2008 17h52

O pânico que tomou contas dos negócios ontem foi substituído hoje por uma trégua, favorecida pela percepção de que, apesar de ter sido vetado ontem, o pacote de socorro ao sistema financeiro norte-americano vai acabar sendo aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos. Não o que foi à votação na segunda-feira, mas uma proposta que está sendo negociada entre governo e parlamentares. Com isso, os investidores patrocinaram uma correção técnica que levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a superar 7% de ganhos. A alta, no entanto, foi insuficiente para impedir que as perdas em setembro fossem as maiores desde abril de 2004.
O índice Bovespa terminou a sessão em alta de 7,63%, aos 49.541,27 pontos, na máxima pontuação do dia. Na mínima de hoje ficou estável, a 46.026 pontos. No mês, o Ibovespa acumulou baixa de 11,03%, a maior perda desde os 11,44% de abril de 2004. Foi o quarto mês consecutivo de baixa, o que significa dizer que a Bovespa acumula no ano até setembro uma retração de 22,45%. O giro financeiro totalizou hoje R$ 4,874 bilhões (dado preliminar).
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em alta de 4,68%, aos 10.850,66 pontos, o S&P 500 teve elevação de 5,27%, aos 1.164,74 pontos, e o Nasdaq subiu 4,97%, aos 2.082,33 pontos.
Logo cedo, depois de remoer a inesperada derrota no Congresso ontem, o presidente dos EUA, George W. Bush, fez um pronunciamento apelando para a aprovação de um novo socorro ao sistema financeiro. Segundo ele, o governo norte-americano não vai sossegar enquanto não aprovar alguma medida. "A rejeição da proposta na Câmara não encerrará a intenção do governo de lançar um plano de resgate", disse ele, defendendo a urgência da aprovação em razão de seus efeitos na economia.
Isso ajudou a reforçar a percepção de que alguma coisa, qualquer que seja ela, vai ser aprovada para ajudar a dissipar o nó que se formou no sistema financeiro. Por causa disso, os analistas também consideraram que a intervenção no banco franco-belga Dexia por três governos europeus foi acertada por ter sido rápida. Nuances da crise onde um dia uma notícia é negativa e em outro, a mesma informação pode ter conotação favorável. Ontem, por exemplo, o banco Bradford & Bingley foi estatizado pelo Reino Unido, o belgo-holandês Fortis precisou receber socorro dos governos da Bélgica, de Luxemburgo e da Holanda e o alemão Hypo Real foi resgatado por um consórcio de bancos. E nada disso foi visto com bons olhos. Mas, hoje, a ação dos governos da Bélgica, França e Luxemburgo ao injetar US$ 9,19 bilhões no Dexia foi considerada ágil e agradou.
Os analistas também passaram a considerar que os bancos centrais globais vão cortar suas taxas de juros para tentar injetar ânimo no sistema. E, se isso realmente acontecer, a demanda volta a crescer. Com isso, o petróleo subiu. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato com vencimento em novembro avançou 4,43%, para US$ 100,64 por barril.
No Brasil, Petrobras ON subiu 6,89% hoje, mas fechou o mês com perda de 1,03%. Petrobras PN avançou 7,18% hoje e subiu 0,57% em setembro, Vale ON valorizou 8,14% hoje, mas caiu 15,92% no mês, Vale PNA ganhou 7,95% hoje, mas cedeu 13,92% no mês. BM&FBovespa liderou os ganhos do Ibovespa ao subir 17,08% hoje, mas perdeu 31,67% em setembro. Os dados são preliminares.
Vale registrar que a Petrobras informou a Agência Nacional do Petróleo ter descoberto petróleo em pelo menos mais duas áreas, uma na Bahia e outra no Espírito Santo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dow Jones tem a maior queda em pontos de sua história

por Renato Martins da Agência Estado
29.09.2008 18h38

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com o índice Dow Jones registrando sua maior queda em pontos de todos os tempos e fechando no nível mais baixo desde 27 de outubro de 2005. O S&P-500 teve sua maior queda porcentual desde o "crash" de 26 de outubro de 1987. O Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 13 de maio de 2005, pouco depois de estourar a "bolha" das ações de tecnologia. O mercado reagiu à rejeição, pela Câmara dos EUA, do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras.
A rejeição, com 205 votos a favor e 228 contra, surpreendeu os participantes do mercado, que haviam acompanhado as negociações entre as lideranças partidárias durante o fim de semana e estavam otimistas quanto à aprovação. A presidência da Câmara chegou a manter a votação aberta por 40 minutos (depois de esgotados os 15 minutos regulamentares para votação) e alguns deputados, pressionados, chegaram a mudar seus votos, mas isso não afetou o resultado final. "É de estraçalhar os nervos. Acho que a maioria das pessoas previa que o projeto do Congresso seria aprovado", comentou Thomas Benfer, da BMO Capital Markets.
Scott Peterson, porta-voz da Bolsa de Nova York, observou que uma onda de ordens de venda no momento do fechamento causou uma demora de mais de 20 minutos, depois de soar o sino que marca o encerramento do pregão, para que todos os ajustes no Dow se processassem. "Havia desequilíbrios enormes no fechamento, maiores do que o mercado podia absorver", disse Peterson.
As ações do banco Wachovia, cuja aquisição pelo Citigroup havia sido anunciada no fim de semana, foram suspensas e só passaram a ser negociadas depois das 15h30 (de Brasília); elas fecharam em queda de 81,60%; as do Citigroup, por sua vez, recuaram 11,91%. As do banco regional National City Corp., objeto de rumores sobre sua saúde financeira, perderam 63,34%. Outros destaques negativos no setor financeiro foram Fifth Third Bancorp (-43,63%) e Bank of New York Mellon (-18,77%). Além de Citigroup, as outras componentes do Dow que tiveram quedas maiores do que 10% foram JPMorgan Chase (-15,01%), Intel (-10,05%), General Motors (-12,81%), Chevron (-10,87%), Bank of America (-17,58%) e American Express (-17,60%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 777,68 pontos (-6,98%), em 10.365,45 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 11.139,94 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 199,61 pontos (-9,14%), em 1.983,73 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 2.152,69 pontos. O S&P-500 caiu 106,59 pontos (-8,79%), para fechar em 1.106,42 pontos (mínima do dia).

Títulos

Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) dispararam, com queda forte nos juros. Os investidores buscaram a suposta segurança dos Treasuries em reação à rejeição do pacote de socorro às instituições financeiras pela Câmara. "Se essa lei não for aprovada, as conseqüências serão graves para o mercado financeiro e para a economia. O crédito vai ficar ainda mais apertado, o que vai levar a demissões e falências em massa. O Congresso deveria saber quão sérios são os problemas que estamos enfrentando neste momento", comentou o estrategista Josh Stiles, da IdeaGlobal. Outro participante do mercado disse acreditar que o mercado de títulos de curto prazo deverá "congelar" nesta terça-feira.
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,160% ao ano, de 4,357% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,628%, de 3,851% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 1,720%, de 2,132% na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

Bovespa cai 9,36%, maior queda desde janeiro de 1999

por Claudia Violante da Agência Estado
29.09.2008 17h40

Os líderes partidários norte-americanos trabalharam o final de semana todo em torno de um consenso sobre o pacote bilionário de socorro do governo dos EUA ao sistema financeiro. Conseguiram o consenso, mas a votação hoje à tarde na Câmara dos Deputados do país jogou o esforço no lixo ao não aprovar as medidas, promovendo uma faxina nos ativos financeiros. As bolsas despencaram pelo mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a suspender o pregão (acionou o mecanismo de "circuit breaker") ao cair mais de 10%, interrompendo suas negociações por 30 minutos. E não há quem preveja que o fundo do poço já chegou.
O índice Bovespa fechou em queda de 9,36%, na maior queda porcentual desde 14 de janeiro de 1999, quando havia despencado 9,97%. Perdeu 4.754,93 pontos durante o pregão, para fechar em 46.028,06 pontos. Oscilou entre a mínima de 43.766 pontos (-13,82%) e a máxima de 50.473 pontos (-0,08%). No mês, acumula perdas de 17,33% e, no ano, de 27,95%. O giro financeiro somou R$ 5,766 bilhões, considerado fraco perto do que se viu na sessão, uma vez que muitos investidores ainda estão na defensiva. As informações são preliminares.
Em Wall Street, os índices fecharam na pontuação mínima do dia. O Dow Jones perdeu 6,98%, aos 10.365,45 pontos, o S&P recuou 8,79%, para 1.106,42 pontos, e o Nasdaq tombou 9,14%, para 1.983,73 pontos. As informações são preliminares.
O pacote de ajuda bilionária ao sistema financeiro encontrou resistências no Congresso dos EUA ao longo da última semana, o que levou os parlamentares a passarem o final de semana para buscar o consenso. Ontem, ele veio, embora as críticas continuassem pipocando. Mas, apesar disso, ninguém previa que a Câmara rechaçaria o acordo visto que, ruim com ele, pior sem ele.
Os parlamentares ignoraram o apelo do presidente George W. Bush, do secretário do Tesouro, Henry Paulson, e do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e imputaram ao governo uma derrota por 228 votos contra e 205 a favor. Isso aconteceu apesar de os líderes da Câmara terem mantido a votação aberta além do limite de tempo de 15 minutos, com os defensores do plano incapazes de convencer um número suficiente de deputados de ambos os partidos a mudarem seus votos contrários. Depois da rejeição, Paulson avisou que vai consultar o presidente Bush, Bernanke e líderes do Congresso para saber como agir.
Antes da votação, os índices acionários já operavam com queda acentuada, puxada principalmente pelas ações de bancos, setor que teve uma avalanche de notícias ruins, todas de instituições em situação bastante frágil. Na Europa, o banco Bradford & Bingley será estatizado pelo Reino Unido, o belgo-holandês Fortis precisou receber socorro dos governos da Bélgica, de Luxemburgo e da Holanda e o alemão Hypo Real foi resgatado por um consórcio de bancos privados. Nos EUA, o Citigroup vai adquirir operações bancárias do Wachovia e o Morgan Stanley venderá uma fatia de 21% ao Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), maior banco japonês em capitalização de mercado.
Na Bovespa, houve fuga de capital de toda a natureza, de investidores estrangeiros e domésticos. Além da fuga dos investidores, também teve movimento de "stop loss" (ordens de prevenção de prejuízo), que, segundo ele, pode continuar amanhã, quando as pessoas físicas assistirem o noticiário do dia caótico de hoje. "Tenho certeza de que vão vender suas posições", previu.
No pior momento da sessão, as ações da Petrobras e da Vale, as blue chips do pregão, derreteram mais de 15%. Mas não foram as maiores perdas do Ibovespa, que ficaram com Rossi Residencial (-21,06%) e BM&FBovespa (-20,22%). Nenhuma ação do Ibovespa fechou em alta hoje. Para amanhã, o cenário pode se repetir, mas com menos vigor. Nas palavras de um profissional, o lado bom do cenário de hoje é que o governo dos EUA terá que fazer um novo plano, que pode ser melhor do que o que foi rejeitado hoje.

domingo, 28 de setembro de 2008

IBOV...após 26/09...indefinição de tendêndia, para o final de mês e início de outubro...


O Ibovespa fechou essa 4a. semana de setembro, em queda, formando no gráfico semanal um "candle" semelhante a um "martelo cheio" sinalizando a predominância da força vendedora, depois de se manter em alta, até o início do pregão da última sexta-feira. Como previsto, foi mais uma semana de intensa volatilidade, oscilando entre a máxima no início da semana, nos 53.400 pontos e a mínima, na terça, em 49.300 pontos, com o fechamento, nesta sexta, nos 50.800 pontos.

O indicadores do gráfico semanal se mantém indefinidos e as próximas resistências desse gráfico se encontram nas LTB's recentes, nos 52.200, 52.700, 53.500 e 55.400 pontos. Os principais suportes do gráfico semanal estão posicionados em 49.000, 48.000, 45.400, 43.200 pontos e 41.500 pontos.

Análise: Esse final de mês e o início da 1a. semana de outubro deverá ser ainda de muita volatilidade, face aos desdobramentos esperados da votação do "pacote de salvamento" do setor financeiro, pelo congresso americano. O Ibovespa deverá estar bastante atrelado a esses desdobramentos e ao desempenho de DJI. É possível que ocorra ainda a continuidade da realização nesse início da semana, enquanto não estiver definido completamente o texto que deverá ser aprovado no congresso e as possíveis emendas.

A manutenção do suporte nos 49 mil pontos, poderá manter expectativas de uma possível recuperação para se tentar romper as resistências nos 52 mil, 53.500 e 55.400 pontos. A perda desse suporte, porém, poderá levar o Ibovespa aos 48 mil pontos novamente, e na perda desse suporte, aos 45 mil pontos e testar o suporte projetado nos 43 mil pontos.

Futuros de Commodities em 26/09 e projeções para o final de setembro e início de outubro



Fonte: Bloomberg

Situação em 26/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1352.87 -16.26 1362.34 1363.34 1344.77
S&P GSCI 657.02 -8.40 653.72 657.96 647.97
RJ/CRB Commodity 364.57 -4.45 369.04 369.21 362.37
Rogers Intl 4427.33 -62.43 4462.96 4465.26 4390.55
Brookshire Intl 484.62 -6.92 486.75 486.86 481.05

Situação em 19/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 31.71 1314.48 1340.62 1313.99
S&P GSCI 640.45 22.86 622.43 643.25 618.80
RJ/CRB Commodity 359.58 8.56 351.05 360.02 350.50
Rogers Intl 4354.96 128.88 4263.75 4362.35 4258.60
Brookshire Intl 476.74 13.04 466.21 477.63 465.88

Variação semanal 19/09 a 26/09

INDICE Fechamento (19/09) Fechamento(26/09) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 1352.87 + 1,16%
S&P GSCI 640.45 657.02 + 2,58%
RJ/CRB Commodity 359.58 364.57 +1,38%
Rogers Intl 4354.96 4427.33 +1,66%
Brookshire Intl 476.74 484.62 +1,65%

Análise:

Comparando em base semanal (fechamento 19/09 x fechamento 26/09), podemos observar uma boa recuperação nos preços de commodities, próximo a 2% em média, nos principais índices, depois de 3 semanas seguidas em queda.

Como previam os indicadores gráficos, ocorreu a reversão de tendência, nessa última semana. Porém o topo dessa alta ocorreu na última quarta feira, refluindo depois no final da semana, devolvendo quase a metade do acumulado na primeira metade da semana. Analisando o gráfico semanal, ocorreu a formação de um "candle" tipo "martelo invertido vazado", mostrando a recuperação da força compradora, porém com uma reação negativa no final de semana indicando a possibilidade de nova reversão para queda. Em função dos possíveis desdobramentos do pacote econômico americano de ajuda ao setor financeiro, podemos esperar alguma volatilidade nesse mercado, que se apresenta agora com indefinição de tendência.

DJI...indefinição e volatilidade para o final do mês e início de outubro...


Análise:
DJI fechou a 4a.semana de setembro em queda, nos 11.143 pontos, oscilando entre a máxima nos 11.400 pontos e a mínima nos 10.870 pontos. O fechamento semanal em queda, precedido de forte volatilidade decorrente principalmente das informações contraditórias entre governo e partido republicano (governista), quando depois de anunciado o acordo sobre o pacote de salvamento do sistema financeiro americano no último final de semana e depois desmentido, no início dessa semana por senadores conservadores do partido do governo, contrários à concessão de dinheiro público para comprar créditos podres de instituições semi-falidas.
Essa "limpeza contábil" poderá tornar extremamente interessante a aquisição dessas instituições e trará bons lucros aos bancos e financeiras que arretamaram e/ou virão a arrematar a parte rentável dessas instituições (algumas delas adquiridas por valor inferior a 90 % do valor de mercado de um ano atrás).
Nesse final de semana, foi veiculada novamente a informação de que o acordo já estaria aprovado, faltando apenas costurar detalhes que atendessem às exigências de controle dos 700 bilhões de dólares que serão dispendidos e uma eventual possibilidade de dispositivos que possam assegurar aos contribuintes americanos eventual retorno positivo dessa operação.
Porém, o que ainda não ficou claro ao mercado é a forma como serão viabilizados (com a urgência proclamada por Bush sob pena da derrocada (?) dos mercados nesta próxima segunda) os recursos públicos para essa operação: viriam de cortes de investimentos em outros setores e/ou aumentos de impostos e/ou redução da despesa pública e/ou novos empréstimos? - Como ficará o aumento da dívida pública? - Como poderá ficar o rating do tesouro americano (existiria a possibilidade de rebaixamento em função do aumento desse endividamento)?
São dúvidas que vem gerando desconfiança em vários segmentos do mercado acerca da eficácia de tal plano na economia real, cada vez mais debilitada, evidenciada pelo constante aumento do desemprego, pela redução da atividade industrial, por resultados divulgados abaixo das expectativas, e principalmente pela crise de confiança que se abateu sobre o investidor americano.
É possível que o mercado possa responder positivamente às iniciativas de salvamento dessa parte mais afetada do setor financeiro. Porém, resta saber por quanto tempo esse otimismo poderá ainda perdurar: horas, dias, semanas?
A sensação que se tem é que o "tamanho do buraco" pode ser muito maior do que os 700 bilhões e que o fundo do poço possa estar ainda muito longe de ser alcançado.

Análise gráfica:

O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo cheio" que pode ser traduzido como um possível final de tendência de queda e a eventual reversão para alta. Por outro lado, os principais indicadores desse mesmo gráfico semanal continuam a sinalizar tendência de queda, embora esses mesmos indicadores no gráfico diário já sinalizem a reversão para alta.
Assim, ainda temos uma provável indefinição de tendência, com relativa volatilidade, pelo menos até a metade da semana, em que algumas das principais dúvidas do plano estejam esclarecidas.
Prevalecendo a tendência de alta, as resistências semanais deverão se manifestar principalmente nas LTB's recentemente formadas, em 11.330, 11.450, 11.500, 11.700 e 11.800 pontos.
Prevalecendo a tendência de queda, os suportes semanais deverão se encontrar em 11.060, 10.650, 10.560 e 10.400 pontos.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

NY melhora à espera de pacote, mas Bovespa cai 2,02%

por Claudia Violante da Agência Estado
26.09.2008 17h53

As negociações em torno de um consenso sobre o pacote de ajuda ao sistema financeiro norte-americano serviram de justificativa para a alta e a baixa das bolsas. E no mesmo dia. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a cair mais de 3,5% no pior momento do pregão hoje, diante do recuo dos republicanos ontem à noite, do que já seria um pré-acordo para votar o socorro bilionário. As Bolsas norte-americanas também trabalharam a maior parte da sessão em baixa. Mas a avaliação de que não passa desse final de semana a solução fez com que os índices nos EUA devolvessem a queda e, aqui, por tabela, a Bolsa melhorasse.
O índice Bovespa terminou o dia em baixa de 2,02%, aos 50.782,99 pontos. Oscilou entre a mínima de 49.902 pontos (-3,72%) e a máxima de 51.824 pontos (-0,01%). Na semana, teve perdas de 4,28%. No mês, a baixa acumulada atinge 8,79% e, no ano, 20,51%. O giro financeiro totalizou R$ 5,093 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, o Dow Jones terminou em alta de 1,10%, depois de uma sessão onde o sinal negativo predominou. Registrou 11.143,13 pontos no final. O S&P 500 subiu 0,34%, aos 1.213,27 pontos, e o Nasdaq caiu 0,15%, aos 2.183,34 pontos. Os dados são preliminares. O pessimismo com o não acordo ontem, visto no início dos negócios e até metade da tarde, foi trocado pelo otimismo de que o Congresso americano vai alcançar um consenso para socorrer o setor financeiro. Essa percepção ajudou a limitar as perdas do mercado ao longo do dia, apesar da maior falência bancária dos EUA, a do Washington Mutual.
A maior instituição de poupança dos EUA faliu ontem, mas, numa operação expressa, acabou nas mãos do banco JPMorgan Chase, que em março já tinha arrematado o banco de investimentos Bear Stearns. Ainda esta tarde, o jornal The New York Times informou que o Wachovia, que também enfrenta sérios problemas, estaria em conversações para se fundir ao Citigroup. Ou seja, aos poucos, as soluções vão se efetivando, o que reforçou a melhora da percepção dos investidores.
A expectativa é de que um acordo nos EUA seja aprovado até as 19 horas de domingo, antes da abertura dos mercados asiáticos. Se isso não ocorrer, não há quem preveja uma segunda-feira saudável aos negócios: pode-se esperar o pior, segundo especialistas. "Quase não importa que versão do plano será, na verdade, desde que estabeleça alguma estabilidade ", disse o estrategista da Cantor Fitzgerald Marc Pado.
Na Bovespa, além dos efeitos da crise externa, também pesou a notícia de que Sadia e Aracruz tiveram perdas com operações cambiais no mercado futuro. Sadia PN despencou 35,48% liderando as baixas do Ibovespa, e foi seguida por Aracruz PNB, 16,77%.
Ontem, após o fechamento do mercado, a Sadia informou perdas de R$ 760 milhões ao tentar liquidar antecipadamente operações financeiras no mercado de câmbio. Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Welson Teixeira Júnior, a exposição da Sadia ao mercado de câmbio extrapolou as metas da companhia. Desde junho, a exposição líquida da empresa passou de US$ 700 milhões para US$ 3,5 bilhões, e a meta era não ultrapassar US$ 1,7 bilhão. Depois do fechamento do pregão, a agência de classificação de risco de crédito Moody's rebaixou o rating da Sadia de Ba2 para Ba3.
No caso da Aracruz, a empresa também anunciou que seu volume de perda com câmbio futuro pode ter excedido limites, mas não informou o valor, que será apurado por uma empresa contratada especialmente para isso.
Em tempo: após o fechamento do mercado, a Petrobras anunciou a existência de cerca de 150 milhões de barris de óleo leve no bloco BM-S-40, localizado em águas rasas ao sul da Bacia de Santos. As ações preferenciais (PN) da estatal recuaram 2,36% e as ordinárias 1,72% durante o pregão regular.

Sem acordo sobre pacote nos EUA, exterior volta a cair

por Cynthia Decloedt da Agência Estado
26.09.2008 08h09

Os mercados no exterior voltam a ficar paralisados diante da expectativa sobre o arranjo que o governo dos Estados Unidos busca alcançar junto com o Congresso para evitar o "colapso" do sistema financeiro. Ao mesmo tempo, os bancos sucumbem e se debatem para conseguir algum dinheiro no mercado interbancário.

Ontem, as autoridades reguladoras do sistema bancário dos EUA, fecharam e venderam, rapidamente, a maior instituição de poupança do país, o Washington Mutual, para o JPMorgan por US$ 1,9 bilhão, configurando-se na maior falência bancária da história dos EUA. Na Europa, o banco belgo-holandês Fortis está tendo de explicar-se aos investidores sobre especulações sobre sua solvência, depois de suas ações amargarem perdas de mais 9% hoje. Ontem, tinham caído 20%.

Diante da incerteza sobre a aprovação rápida do plano de socorro dos bancos, as bolsas européias e os índices futuros de Nova York operam em baixa esta manhã. Às 8h05 (de Brasília), a Bolsa de Londres cedia 1,87%, Paris recuava 1,97% e Frankfurt tinha baixa de 2,01%. Em Wall Street, o índice futuro do Nasdaq 100 caía 1,49% enquanto o S&P 500 perdia 1,61%.

Um acordo sobre o plano de resgate do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, foi congelado ontem à noite, por conta da defesa de um plano concorrente dos republicanos. Hoje, as negociações devem continuar sem a presença desses parlamentares.

O descrédito das bolsas reflete-se na queda do dólar e do euro em relação ao iene, com investidores avessos ao risco comprando ienes para desmontar posições de carregamento (carry trade) nas moedas de maior rendimento. No mesmo horário, o dólar caía 0,43% para 105,34 ienes e o euro cedia 1,26% para 153,58 ienes. No mercado de petróleo, o contrato futuro do tipo WTI com vencimento em novembro caía 2,38% a US$ 105,45 o barril, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).

Para abastecer o interbancário, os maiores bancos centrais do mundo injetaram mais recursos nos mercados abertos. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anunciou que ampliou a linha de swap com os BCs mundiais em US$ 13 bilhões para US$ 290 bilhões, visando oferecer liquidez adicional em dólares para uma semana.

IBOV...após 25/09...indefinição, com tendência de queda


O Ibovespa abriu na mínima nos 49.848 pontos e impulsionado pelos índices futuros em forte alta, rompeu as resistências dos 50 mil e dos 51 mil pontos indo atingir a máxima em 51.866 pontos (+4,06%). Daí refluiu, em sintonia com DJI, até encontrar suporte em 51.230 pontos. Com a recuperação de DJI reagiu novamente até finalizar em em 51.828 pontos (+3,98%).

Análise: Na expectativa de um acordo favorável entre governo e congresso americano, na aprovação do pacote de socorro ao sistema financeiro, o Ibovespa se antecipou, em sintonia com DJI, para recuperar novamente o patamar dos 51 mil pontos. Porém, o fracasso das negociações, com nova proposta de securitização da dívida, (sem incluir os U$ 700 bi) por alguns representantes do partido do governo, endossada pelo próprio candidato Mc Cain, azedaram as negociações. Enquanto essa incerteza perdurar e a negociação não se concretizar de modo favorável ao plano de salvação do sistema financeiro, os mercados deverão "andar de lado", em tendência de queda. Os principais indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" ainda sinalizam pela continuidade da alta, porém, o estocástico do gráfico diário sinaliza queda. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, deverão indicar a tendência predominante do pregão.

Suportes imediatos em 51.230, 50.823, 50.600, 49.800 e 49.600 pontos.

Resistências imediatas em 51.900, 52.000 e 52.500 pontos.

DJI...após 25/09...ainda em tendência de queda


DJI abriu na mínima em 10.827 pontos e com os índices futuros em alta, gradualmente recuperou o patamar dos 11.000 pontos, até encontrar resistência nos 11.079 pontos(+2,34%). Daí, retornou novamente aos 11 mil pontos, de onde recuperou forças para atingir a máxima em 11.129 pontos. A partir daí, refluiu abaixo dos 11 mil pontos, nos 10.980 pontos, para no final do pregão reagir e fechar em 11.022 pontos ( +1,82%).

Análise: A iminência de ocorrer um acordo entre Democratas e Republicanos para aprovar o pacote governamental americano, de US$700 bi, fez com que DJI rompesse novamente o patamar dos 11 mil pontos. Porém, o desmentido do acordo, quase ao final do pregão trouxe DJI novamente abaixo dos 11 mil pontos, só recuperando esse patamar no leilão de fechamento dos negócios.

Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de alta. O impasse sobre o acordo surgiu com uma outra proposta do candidato republicano Mc Cain que subsitui o empréstimo por seguro, aliviando o bolso do contribuinte. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar qual a tendência predominante, para este pregão.

Suportes imediatos em 10.890, 10.750 e 10.600 pontos.

Resistências imediatas em 11.035, 11.050, 11.125, 11.144 e 11.370 pontos.

Conversas sobre crise nos EUA continuam na sexta-feira

por Richard Cowan e Thomas Ferraro de Reuters
25 de Setembro de 2008 23:45

WASHINGTON - As negociações no Congresso sobre um pacote de 700 bilhões de dólares para o setor financeiro continuarão na sexta-feira, mas não há sinais de que republicanos opositores ao plano participarão das conversas, disse o deputado democrata Barney Frank a jornalistas na quinta-feira.
Falando a jornalistas depois de um longo encontro com o secretário de Tesouro, Henry Paulson, e outros legisladores, Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes (a Câmara dos Deputados dos EUA), disse ainda que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, não levaria a plenário uma proposta partidária, o que significa que pelo menos alguns republicanos teriam que assinar qualquer proposta.
"Para os deputados republicanos, dar um passo é simplesmente assustador", disse Frank aos jornalistas, acrescentando esperar que o presidente George W. Bush e o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, os convença a comparecer.

Restante da agenda do investidor para o final da quarta semana de setembro

por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
19/09/08 20h35

SÃO PAULO - Dentro da agenda da quarta semana de setembro, os investidores estarão atentos, sobretudo, à estimativa definitiva do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano referente ao segundo trimestre.

No cenário nacional, a ênfase fica para o IPCA-15 (Índice de Preço ao Consumidor Amplo - 15) e para a Pesquisa Mensal do Emprego, ambos elaborados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Sexta-feira (26/9)

Brasil
Não serão apresentados índices relevantes no País.

EUA
9h30 - O Departamento de Comércio anuncia os dados finais do PIB e de seu deflator, ambos baseados no segundo trimestre.
11h00 - Para encerrar, a Universidade de Michigan divulga a versão revisada do Michigan Sentiment de setembro, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.

Segunda-feira (29/9)

Brasil
8h00 - A FGV divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de setembro, que é bastante utilizado pelo mercado, e mede a evolução geral de preços na economia.
8h30 - O Banco Central publica o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
10h00 - Além disso, a entidade apresenta a Nota de Política Monetária de agosto, que traz estimativas sobre a base monetária, os empréstimos de bancos privados e o total de empréstimos no mercado financeiro.
11h00 - O Ministério de Comércio Exterior anuncia a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA
9h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de agosto, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, respectivamente.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Bolsa de NY fecha em alta com esperança sobre pacote

por Renato Martins da Agência Estado
25.09.2008 18h21

As Bolsas americanas fecharam em alta, com a expectativa de um acordo no Congresso dos EUA em torno do pacote de socorro aos bancos puxando para cima as ações do setor financeiro. Os primeiros informes sobre o acordo levaram o índice Dow Jones a subir até 304 pontos, mas ele recuou da máxima à tarde, em reação a notícias de que o acordo é apenas preliminar.
As ações do setor financeiro estavam entre as que mais subiram (JPMorgan Chase +7,31%, Bank of America +3,93%, Citigroup +2,37%), refletindo a expectativa de aprovação rápida do pacote de socorro. Entre as exceções estavam Washington Mutual, com queda de 25,22%, devido à falta de novidades sobre possíveis compradores da instituição, e Capital One Financial, com baixa de 5,13%, depois de a empresa ter levantado US$ 686 milhões em capital com uma oferta de ações, colocadas a preço 6,6% abaixo do nível de fechamento de ontem.
Entre os destaques do pregão também estava General Electric; suas ações chegaram a cair 4,4%, depois de a empresa suspender seu programa de recompra de ações e anunciar que não aumentará seus dividendos em 2009 (pela primeira vez desde 1976); à tarde, porém, elas se recuperaram e fecharam em alta de 4,43%. "A GE é uma companhia diversificada e de base ampla. Ela tem a mão em muitas coisas diferentes. Se a GE está suspendendo a recompra de ações e coisas assim, ela deve estar vendo algo de fundamental sobre a economia", comentou Jeffrey Pavlik, presidente da gestora de fundos de hedge Pavlik Capital Management.
As ações do setor de petróleo subiram, em reação à alta dos preços do produto (ExxonMobil +3,38%, Chevron +2,63%). Os indicadores fracos divulgados pela manhã fez caírem ações como General Motors (-3,09%), Alcoa (-2,73%) e DuPont (-2,58%). As ações da Nike subiram 9,68%, em reação a seu informe de resultados.
O índice Dow Jones fechou em alta de 196,89 pontos (1,82%), em 11.022,06 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 30,89 pontos (1,43%), em 2.186,57 pontos. O S&P-500 subiu 23,31 pontos (1,97%), para 1.209,18 pontos. As informações são da Dow Jones

Bovespa sobe 3,98% com iminência de acordo nos EUA

por Claudia Violante da Agência Estado
25.09.2008 17h42

A iminência de um acordo no Congresso dos Estados Unidos para a aprovação do pacote de ajuda do governo ao sistema financeiro animou os investidores, que, por tabela, levaram as ações para cima. A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o movimento, também influenciada por notícias locais que favoreceram as três empresas com maior participação no seu principal índice, o Ibovespa: Petrobras, Vale e BM&FBovespa.
Na maior alta da semana, o Ibovespa fechou em alta de 3,98% hoje e voltou aos 51 mil pontos, para 51.828,46 pontos. Durante toda a sessão, o índice ficou no terreno positivo, entre a mínima de 49.848 pontos (+0,01%) e a máxima de 51.867 pontos (+4,06%). Apesar da alta, no mês ainda acumula perdas de 6,92% e, no ano, de -18,87%. O giro financeiro totalizou R$ 5,235 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, os principais índices acionários também operaram em alta o dia todo, reagindo às indicações de que os líderes parlamentares no Congresso alcançaram um acordo preliminar sobre o socorro de US$ 700 bilhões. O Dow Jones subiu 1,82%, aos 11.022,06 pontos, o S&P teve ganho de 1,97%, para 1.209,18 pontos, e o Nasdaq avançou 1,43%, para 2.186,57 pontos.
Durante à tarde, foi divulgado que os democratas e republicanos no Congresso americano chegaram a um acordo, embora não o que queria o governo dos EUA. Pela proposta, divulgada pelo Wall Street Journal, US$ 250 bilhões seriam liberados imediatamente e US$ 100 milhões poderiam ser agregados à esta quantia. Mas a última parcela poderia ser bloqueada caso o pacote não esteja a contento.
Os líderes, depois, desmentiram que um acordo já tenha sido efetivamente costurado, mas deixaram em aberto que isso pode ocorrer nas próximas horas. E isso agradou os investidores. Segundo um analista do mercado de renda variável em São Paulo, o discurso alarmista do presidente George W. Bush, ontem à noite, quando instou o cidadão a defender o pacote sob a ameaça de sentir na pele os efeitos de uma não-aprovação, deve ter sido o catalisador a apressar as conversas que duraram toda a quinta-feira em torno do socorro. Bush foi bastante pessimista e avisou: sem o pacote, a economia dos Estados Unidos deve entrar numa grande recessão, o que significa perda de empregos e redução no valor das aposentadorias por meio do impacto no mercado acionário.
A predisposição em prever que finalmente o acordo sairá, mesmo que ele possa não ser a solução dos problemas, fez com que as commodities subissem, garantindo o desempenho da Bovespa.
Três outras notícias ainda favoreceram os negócios: a Petrobras confirmou a descoberta de óleo leve e gás na área do pré-sal de Júpiter; a Vale confirmou a negociação para um novo reajuste de 11% com as siderúrgicas chinesas ainda este ano, e a BM&FBovespa com a recompra de até 3,5% das ações em circulação. Todas subiram forte. Petrobras PN avançou 4,52%, Petrobras ON subiu 4,58%, Vale PNA ganhou 4,89% e BM&FBovespa valorizou 5,76%.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Dow Jones volta a cair com temor sobre setor financeiro

por Renato Martins da Agência Estado
24.09.2008 18h08

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em queda modesta e o Nasdaq em leve alta. "O medo está mais forte do que há muito, muito tempo", comentou Craig Johnson, do JMP Group, referindo-se à crise do setor financeiro. O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, pode ter alimentado o temor dos investidores ao dizer que a demora do Congresso dos EUA em aprovar o pacote de socorro anunciado pelo governo no fim de semana poderá trazer "ameaças graves" ao sistema financeiro.
As ações do Goldman Sachs subiram 6,36%, depois de o grupo Berkshire Hathaway, do investidor Warren Buffett, anunciar que vai comprar US$ 5 bilhões em ações preferenciais do banco, com opção para comprar mais US$ 5 bilhões em ações ordinárias. Outras ações do setor financeiro caíram (Morgan Stanley -11,46%, Wachovia -6,44%, Washington Mutual -29,38%, Citigroup -5,15%). As da seguradora AIG caíram 33,8%, depois de a empresa dizer que deverá pagar juros de 8,5% ao ano pelo empréstimo emergencial de US$ 85 bilhões oferecido pelo governo. As ações ligadas a petróleo e commodities recuperaram parte do terreno perdido recentemente (Alcoa +0,12%, ExxonMobil +0,44%); o mesmo movimento entre as ações de tecnologia levou o Nasdaq a fechar em alta (Microsoft +1,10%, Intel +0,38%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 29 pontos (-0,27%), em 10.825,17 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 2,35 pontos (0,11%), em 2.155,68 pontos. O S&P-500 caiu 2,35 pontos (-0,20%), para 1.185,87 pontos.

Títulos
Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) subiram, com correspondente queda nos juros. Em meio à incerteza quanto ao pacote de socorro ao setor financeiro, os investidores buscaram "refúgio seguro" nos Treasuries. A demanda maior foi por títulos de prazos mais curtos.
Para Thomas Roth, chefe de operações com Treasuries da Dresdner Kleinwort Securities, "ainda há muitas incertezas sobre a aprovação rápida do pacote de socorro pelo Congresso. O medo está voltando ao sistema e as pessoas não querem nada senão Treasuries". O fato de os preços dos títulos de prazos mais longos terem subido menos foi atribuído às injeções de liquidez feitas ao longo do dia por vários bancos centrais. Ainda assim, as taxas de juro interbancárias subiram, tanto em Londres (Libor) como em Nova York (NYFR).
Depondo pelo segundo dia consecutivo em audiências no Congresso dos EUA, Bernanke exortou o Legislativo a agir rapidamente para combater as "ameaças graves" ao sistema financeiro norte-americano e advertiu que qualquer demora poderá levar a economia a ter um desempenho ainda mais fraco. As informações são da Dow Jones.

Petrobras garante alta de 0,50% da Bovespa

por Claudia Violante da Agência Estado
24.09.2008 17h42
Pouca coisa mudou de ontem para hoje, mas os investidores amanheceram com a disposição de não deixar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ter mais um dia de baixa. Isso não significa que eles voltaram com vigor às compras - o volume financeiro reduzido mostra que a manutenção das posições é a regra que está predominando neste momento de incertezas. Mas as apostas, principalmente em Petrobras, levaram o índice Bovespa a interromper dois pregões de quedas.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,50%, aos 49.842,99 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 49.598 pontos (+0,01%) e a máxima de 50.747 pontos (+2,33%). No mês, a Bolsa acumula perdas de 10,48% e, no ano, de -21,98%. O giro totalizou R$ 4,026 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, depois de muito sobe e desce, o índice Dow Jones recuou 0,27%, aos 10.825,17 pontos, o S&P recuou 0,20%, aos 1.185,87 pontos, e o Nasdaq subiu 0,11%, aos 2.155,68 pontos. Na Bolsa de Nova York, em meio ao debate para aprovação do pacote de socorro do governo norte-americano ao sistema financeiro, no Congresso dos EUA, os investidores se animaram pela manhã com a notícia de que o investidor Warren Buffett decidiu injetar US$ 5 bilhões no banco Goldman Sachs, com opção de um outro aporte de igual valor. Além disso, o banco anunciou que, separadamente, levantou mais US$ 5 bilhões em uma oferta pública de ações. As ações do Goldman subiram, mas o efeito não se espalhou pelo sistema financeiro, onde outras informações, negativas, pesaram sobre os negócios.
Uma delas foi a de que a seguradora AIG vai mesmo ter que acessar os US$ 85 bilhões que o governo dos EUA colocou à disposição da empresa, uma vez que não encontrou interessados em investir nela. Também a Washington Mutual, a maior instituição de poupança no país, fechou em baixa, depois que seu rating de contraparte foi rebaixado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, o que pode aproximar a instituição financeira de dificuldade semelhante à da AIG. Na semana passada, foi justamente à revisão em baixa do rating que degringolou as condições da empresa, forçando a seguradora a disponibilizar US$ 14,5 bilhões em garantias. Com o mercado de crédito fechado e seu caixa comprometido, o governo americano foi obrigado a socorrer a seguradora. Também não agradou o indicador de vendas de vendas de imóveis usados nos EUA em agosto, que caiu 2,2%, para 4,91 milhões de unidades.
Em meio às notícias ruins, não ajudou muito o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, no Congresso, que repetiu a fala de ontem no Senado. Os congressistas continuam reticentes em aprovar o pacote do jeito que está.
Segundo o Wall Street Journal, os líderes democratas do Congresso dos EUA estão considerando aprovar o pacote com restrições. Uma delas pode ser a exigência que os US$ 700 bilhões pedidos pela Casa Branca sejam liberados em partes e não de uma vez. Outra, seria aprovar rapidamente a liberação de um terço dos fundos e, o restante, a conta-gotas, futuramente. Além disso, os parlamentares podem colocar medidas de desempenho que teriam que ser atingidas para que o dinheiro fosse liberado.
Diante de tanto diz que me diz, hoje à noite (às 22 horas, de Brasília) o presidente dos EUA, George W. Bush, fará um pronunciamento em rede de televisão para reforçar a defesa da aprovação do pacote. Amanhã, assim, pode ser um dia melhor - ou não - para as ações.
Petrobras comandou as compras na Bolsa brasileira ao subir com força, a despeito da queda do petróleo na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). Petrobras ON (ordinárias) subiu 2,76% e PN (preferenciais), 3,73%. Vale também fechou em alta, mas mais tímida: 1,73% as ON e 1,88% as PNA (preferenciais da classe A). No setor bancário doméstico, as ações até reagiram positivamente mais cedo às medidas do Banco Central, mas esse comportamento não se manteve uniforme até o final do pregão. Bradesco PN subiu 0,65%, Itaú PN, -0,67%, Unibanco units, -2,18%, e BB ON, +0,32%.
O BC anunciou pela manhã o adiamento do cronograma de implementação de compulsórios sobre depósitos de leasing, e também triplicou de R$ 100 milhões para R$ 300 milhões o valor a ser deduzido pelas instituições financeiras do cálculo da exigibilidade adicional sobre os depósitos a prazo, à vista e da poupança.

IBOV...após 23/09...tendência de queda ainda persiste...


O Ibovespa abriu nos 51.536 pontos e rapidamente atingiu a máxima em 51.586 pontos. A partir daí, deu sequência movimento de realização iniciado no pregão anterior, até encontrar suporte na mínima em 49.288 pontos ( -4,37%). Com a recuperação de DJI reagiu até a resistência em 50.840 e depois refluiu para finalizar em 49.593 pontos ( -3,77%).

Análise: Como já vinham sinalizando os principais indicadores, o Ibovespa deu continuidade à realização iniciada no pregão anterior, perdendo o suporte dos 50 mil pontos, ao finalizar no patamar dos 49.500 pontos. Os principais indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" sinalizam a continuidade da queda. Enquanto persistir a desconfiança do mercado sobre o êxito do pacote de salvamento das intituições financeiras, é bastante provável que o Ibovespa se movimente lateralmente, porém em tendência de queda. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando a predominância da pressão vendedora que ocorreu durante o pregão. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar essa tendência predominante (ou não).

Suportes imediatos em 49.280, 47.740, 47.150, 47.100 e 46.720 pontos.

Resistências imediatas em 50.840, 51.500 e 52.160 pontos.

DJI...após 23/09...em cima do fibo de 38%, mas tendência de queda continua...


DJI abriu em 11.016 pontos e com os índices futuros ainda em alta, foi até a máxima em 11.173 pontos. A partir daí, deu continuidade ao movimento de realização iniciado anteriormente, vindo buscar suporte na mínima em 10.834 pontos, junto ao fibo de 38% da alta do final de semana (10.850 pontos). Reagiu até ficar em leve alta, em 11.062 pontos, para meia-hora depois, refluir e finalizar em 11.854 pontos ( -1,47%).

Análise: Como sinalizavam os indicadores, DJI continuou realizando, devolvendo parte das fortes altas acumuladas no final de semana anterior. Enquanto o mercado continuar desconfiando do pacote governamental americano, e os Democratas do Senado, contrários a conceder carta-branca para o FED comprar o que quizer e ao preço que convier, os mercados americanos irão se movimentar com muita volatilidade.

Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam continuidade da queda. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando o predomínio da pressão vendedora. Apesar dos dois pregões seguidos em queda, DJI conseguiu, por enquanto, fechamento acima do fibo de 38%, nos 10.850 pontos, da recente alta. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar (ou não) a tendência predominante, para este pregão.

Suportes imediatos em 10.650, 10.550, 10.480 e 10.280 pontos.

Resistências imediatas em 11.062, 11.200, 11.280 e 11.400 pontos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Dúvidas persistem e Wall Street volta a fechar em queda

por Renato Martins da Agência Estado
23.09.2008 18h31

As Bolsas americanas voltaram a fechar em queda, com o índice Dow Jones acumulando uma perda de mais de 460 pontos nos dois últimos dias, na maior queda em dois pregões consecutivos desde 2002; o Dow Jones fechou apenas 245 pontos acima da mínima de fechamento do ano, alcançada na quarta-feira passada; o S&P-500 ficou a apenas 32 pontos de sua mínima de fechamento do ano.
Assim como ontem, a queda hoje foi atribuída às incertezas que cercam o pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras anunciado no fim de semana nos Estados Unidos. Embora o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, tenham defendido a proposta em depoimento a um comitê do Senado, os integrantes do Congresso mostraram resistências, ao mesmo tempo que prosseguem as dúvidas sobre se o pacote contribuirá para a recuperação da economia. "As pessoas querem ouvir novidades concretas sobre o plano, parece que eles ainda têm algum trabalho pela frente. Isso nos traz mais incerteza, e uma coisa que Wall Street odeia é incerteza", comentou Joe Saluzzi, da Themis Trading.
Das 30 componentes do Dow Jones, 27 ações fecharam em queda (as exceções foram American Express +2,65%, Intel +0,70% e Microsoft +0,16%). Em meio às incertezas sobre a economia, as ações da General Motors caíram 7,43% e as da General Electric perderam 4,59%. As ações dos setores de metais, petróleo e outras commodities estavam entre as que mais caíram, em reação à retomada do movimento de queda dos preços das commodities (Alcoa -4,51%, ExxonMobil -1,51%, Chevron -2,14%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 161,52 pontos (-1,47%), em 10.854,17 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 25,64 pontos (-1,18%), em 2.153,34 pontos. O S&P-500 caiu 18,87 pontos (-1,56%), para 1.188,22 pontos.

Títulos

Os preços dos títulos de curto prazo do Tesouro dos EUA subiram, com correspondente baixa nos juros. Os preços dos Treasuries de 10 e de 30 anos caminharam na direção oposta. A alta dos preços das T-Notes de 2 e de 5 anos foi atribuída ao crescimento da preocupação dos investidores quanto ao pacote de socorro ao setor financeiro de US$ 700 bilhões anunciado no fim de semana. Embora Bernanke e Paulson tenham passado horas defendendo o pacote durante uma audiência no Senado, deputados e senadores do Partido Democrata, de oposição ao governo do presidente George W. Bush, disseram que o plano só será aprovado pelo Congresso com mudanças substanciais em relação ao que foi anunciado.
"Claramente, até agora o plano Paulson não fez muito para aliviar os temores quanto ao setor financeiro e aos mercados em geral. A aversão a risco que vimos na semana passada está voltando a nos assombrar novamente, e isso provavelmente vai continuar até o fim do trimestre", disse o estrategista Ira Jersey, do Credit Suisse. Para Glenn Holland, vice-presidente sênior da divisão de estratégia para renda fixa da Newedge USA, os participantes do mercado estão preocupados com "a total falta de clareza sobre como o pacote de socorro vai ficar".
Em Chicago, no fim da tarde, os contratos futuros de Fed Funds para novembro projetavam uma probabilidade de 58% de que o Fed reduza a taxa dos Fed Funds de 2% para 1,75% ao ano na reunião de 28 e 29 de outubro; ontem, essa projeção estava em 34%.
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,406% ao ano, de 4,395% ontem; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,822%, de 3,808% ontem; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 2,072%, de 2,097% ontem. As informações são da Dow Jones.

Bovespa recua 3,78% com commodities em queda

por Claudia Violante da Agência Estado
23.09.2008 17h50

Pelo segundo pregão consecutivo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou com perdas substanciais, ainda em decorrência das incertezas que cercam a aprovação do socorro bilionário anunciado pelo governo norte-americano ao sistema financeiro. A defesa do pacote feita hoje no Congresso dos EUA pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e pelo secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, não dizimou as dúvidas, embora tenha contribuído para uma recuperação do dólar no mercado global de moedas. Com isso, os preços das matérias-primas (commodities) acabaram caindo e serviram de peso extra de baixa à Bolsa brasileira, na qual têm grande influência.
O Ibovespa fechou em queda de 3,78% a 49.593 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 49.289 pontos (-4,37%) e a máxima de 51.856 pontos (+0,61%). No mês, o Ibovespa acumula perda de 10,93% e, no ano, de -22,37%. O volume de negócios totalizou R$ 5,35 bilhões.
Em Wall Street, o índice Dow Jones terminou em baixa de 1,47% a 10.854 pontos; o S&P recuou 1,56% a 1.188 pontos e o Nasdaq caiu 1,18% a 2.153 pontos. Os dados são preliminares. Na Europa, o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, recuou 1,98% e em Frankfurt o índice DAX terminou em queda de 0,64%. A Bolsa de Londres cedeu 1,91%.
As atenções de hoje estavam totalmente voltadas para os depoimentos de Bernanke e Paulson, no Congresso americano, onde eles se revezaram em pedir que os parlamentares aprovem rapidamente a ajuda de US$ 700 bilhões proposta no final de semana. Segundo Paulson, é preciso passar rapidamente o texto, sem atrasos com cláusulas que "não estão relacionadas ou que não tenham amplo apoio". Ele ainda pediu uma 'forte supervisão' para o plano do governo dos EUA, que é justamente um dos pontos defendidos pelos congressistas.
Apesar dos apelos, o efeito não foi exatamente o previsto, já que os analistas consideraram as declarações um pouco pessimistas, principalmente quando Bernanke instou os congressistas a aprovarem logo o pacote alegando que a economia dos EUA e seus mercados financeiros enfrentarão sérios riscos caso isso não ocorra. Para Bernanke, a ação é necessária para estabilizar os mercados, de modo a minimizar os efeitos sobre a economia.
Uma das críticas foi a analista Meredith Whitney, da gestora Oppenheimer & Co, para quem a turbulência está tão severa que seus efeitos negativos sobre a economia podem não ser enfraquecidos pelo plano de resgate. Ou seja, mesmo se passar no Congresso, o plano pode ter seus efeitos minimizados sobre a economia real.
Os indicadores econômicos já mostram que a situação é complicada fora de Wall Street. Hoje, foi divulgado que os preços das moradias nos EUA caíram 0,6% de junho a julho, 5,3% nos 12 meses encerrados em julho e também 5,3% desde que atingiram o pico, em abril de 2007. Em julho, o índice mensal atingiu o menor nível desde outubro de 2005.
Diante de tanta incerteza, o investidor fica de um lado para outro, à procura do ativo que lhe permitirá perder menos. Ontem, a tábua de salvação ficou com as commodities; hoje, com o dólar - principalmente com a leitura de alguns de que, no final das contas, bom ou ruim, o pacote deve mesmo ser aprovado nesta semana. A alta da moeda norte-americana levou os produtos básicos, que ontem subiram, a engatar o caminho de volta: metais, produtos agrícolas e petróleo fecharam em baixa.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato futuro de petróleo com vencimento em novembro terminou cotado a US$ 106,61 por barril, com recuo de 2,52%. Isso atingiu os papéis da Petrobras na Bovespa, que hoje perderam mais de 4%. As ações da mineradora Vale sofreram mais, ao seguir o comportamento das mineradoras na Europa e também o desconto que os investidores vêm fazendo na ação, diante da pressão da brasileira por um novo reajuste do minério que vende à China. Isso apesar dos sinais de retração mundial. As ações ordinárias (ON) da Vale caíram mais de 8% no pior momento da sessão, e fecharam não muito longe disso, a -7,33%. As ações preferenciais da classe A (PNA) da Vale cederam 5,81% na mínima e -5,44% no fechamento. Petrobras PN fechou em baixa de 4,73% a R$ 33,25 e Petrobras ON caiu 4,63% a R$ 40,99.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DJI...após 22/09...volatilidade e possibilidade de continuidade da queda...


DJI abriu na máxima em 11.395 pontos e com os índices futuros em forte queda, deu sequência ao movimento de realização iniciado no final do pregão anterior. Conseguiu por um bom tempo se manter no patamar dos 11.200 pontos, aguardando por esclarecimentos ou manifestações de apoio ao pacote econômico, que não vieram. Nas últimas horas de pregão, deu continuidade ao movimento de queda, movimentando-se em um "sub-canal" de baixa, até encontrar suporte na mínima em 10.993 pontos ( - 3,6%),para finalizar em 11.015 pontos ( - 3,27%).

Análise: Como já previam os indicadores fortemente "esticados", DJI realizou, após 2 pregões de forte alta, vindo encontrar suporte nos 11 mil pontos. Enquanto o mercado não "desembrulhar adequadamente" o pacote governamental americano, DJI deverá caminhar lateralmente, com volatilidade e provavelmente, em tendência de queda.
O Estocástico e o CCI/Ma cruzamento do gráfico diário ainda sinalizam tendência de alta, o que não ocorre no gráfico de 30 minutos. Por outro lado, o IFR e o oscilador de momentos sinalizam tendência baixista, nos dois gráficos.O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando a predominância da pressão vendedora. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar a tendência predominante, para este pregão.

Suportes imediatos em 10.950, 10.840 e 10.700 pontos.

Resistências imediatas em 11.040, 11.200, 11.410 e 11.483 pontos.

IBOV...após 22/09...volatilidade e possibilidade de continuidade da queda...



O Ibovespa abriu nos 53.055 pontos e com os índices futuros em alta, deu sequência ao movimento altista do pregão anterior, até encontrar resistência na máxima em 53.455 pontos ( +0,77%), ainda na primeira hora de pregão. Com a confirmação da abertura em queda de DJI, o Ibovespa ficou boa parte do pregão, oscilando ao redor dos 53 mil pontos, aguardando por uma possível recuperação de DJI, que não veio. Com a confirmação da deterioração dos mercados americanos, na última hora de pregão, o Ibovespa também realizou fortemente, refluindo até atingir a mínima em 51.530 pontos (- 2,87%) e finalizando em seguida, nos 51.540 pontos ( -2,85%).

Análise: Como já previam os indicadores fortemente "esticados", com a alta acumulada nos pregões anteriores, o Ibovespa realizou, sintonizado como DJI, vindo encontrar suporte nos 51.500 pontos. O Estocástico e o CCI/Ma cruzamento do gráfico diário ainda sinalizam tendência de alta, o que não ocorre no gráfico de 30 minutos. Por outro lado, o IFR e o oscilador de momentos sinalizam tendência baixista, nos dois gráficos. Enquanto o mercado não tiver maior segurança e melhor entendimento do pacote governamental americano, deverá caminhar lateralmente, com muita volatilidade e possivelmente, em tendência de queda. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando a predominância da pressão vendedora que ocorreu no final do pregão. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar a tendência predominante, para este pregão.

Suportes imediatos em 50.800, 50.340 (fibo de 62%), 49.800, 48.400 (fibo de 38%) e 47.400 pontos.

Resistências imediatas em 52.000, 52.600, 53.300 e 53.700 pontos.

Dúvida sobre pacote de socorro a bancos derruba NY

por Renato Martins da Agência Estado
22.09.2008 18h35

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com o índice Dow Jones devolvendo os ganhos da sexta-feira. Entre as ações que mais caíram estavam as que mais haviam subido na quinta-feira e na sexta da semana passada, em especial as do setor financeiro, devido às incertezas que cercam o pacote de socorro aos bancos anunciado durante o fim de semana.
Alguns operadores disseram que o movimento de queda pode ter sido exacerbado pela decisão da Securities and Exchange Comission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) de proibir as vendas a descoberto de centenas de ações. "Isso está acabando com muitos dos modelos dos fundos de hedge. Ao proibir as vendas a descoberto, você também os impede de comprar; por isso, o resultado não é necessariamente positivo. Para cada 100 ações que seriam vendidas a descoberto, há 100 que teriam sido compradas, e elas simplesmente não estão lá. Não é surpresa que o mercado esteja devolvendo", comentou um participante do mercado.
Das 30 componentes do Dow Jones, 28 ações fecharam em queda (as exceções foram Alcoa, com alta de 0,04%, e Microsoft, com ganho de 0,95%, depois de a empresa anunciar um programa de recompra de ações). Em seu dia de estréia como componentes do Dow (no lugar da seguradora AIG, agora sob intervenção federal), as ações da Kraft Foods caíram 5,38%. As do setor financeiro estavam entre as que mais caíram (JPMorgan Chase -13,28%, Bank of America -8,88%, American Express -7,70%, Citigroup -3,10%).
Uma das medidas anunciadas ontem foi a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de permitir que os bancos de investimento Goldman Sachs e Morgan Stanley se tornem companhias controladoras do setor bancário, passando a ter suas atividades supervisionadas mais de perto e a usufruir de algumas garantias; as ações do Goldman Sachs caíram 6,95% e as do Morgan Stanley, que deverá vender uma participação de até 20% para o Mitsubishi UFJ Financial Group, recuaram 0,44%. Embora Morgan Stanley e Goldman Sachs agora possam adquirir outros bancos, as ações de instituições que vêm sendo objeto de especulações sobre sua possível aquisição sofreram quedas fortes (Sovereign Bancorp -22,78%, Marshall & Isley -22,64%, Washington Mutual -21,65%).
No setor de tecnologia, as ações da Apple caíram 7% e as da Cisco Systems recuaram 4,86%, devido à percepção de que o pacote de socorro ao setor financeiro não terá impacto positivo no crescimento da economia; a mesma preocupação afetou ações industriais como DuPont (-5,52%), de produtos de consumo como Home Depot (-6,39%) e as das montadoras de veículos (GM -11,47%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 372,75 pontos (-3,27%), em 11.015,69 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 94,92 pontos (-4,17%), em 2.178,98 pontos. O S&P-500 caiu 47,99 pontos (-3,82%), para 1.207,09 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bovespa cai 2,86% com incerteza sobre plano dos EUA

por Claudia Violante da Agência Estado
22.09.2008 17h37

Depois da euforia da sexta-feira passada, o mercado brasileiro de ações voltou ao seu ramerrame, hoje focado sobre os desdobramentos do socorro que o governo norte-americano dará ao sistema financeiro. À espera dos detalhes do pacote de US$ 700 bilhões, encaminhado ao Congresso dos Estados Unidos no final de semana, os investidores adotaram a cautela. O temor de que os parlamentares possam dificultar a aprovação ou colocar medidas que encareçam a ajuda, por exemplo, levou muitos investidores a vender ativos e se refugiar em outros menos arriscados. As commodities, hoje, voltaram a desempenhar tal papel.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) até ensaiou uma elevação na abertura e em vários momentos do pregão ficou no azul. Mas não conseguiu manter o desempenho, já que Wall Street jogava contra. O índice Bovespa (Ibovespa) fechou em baixa de 2,86%, aos 51.540 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 51.530 pontos (-2,87%) e a máxima de 53.455 pontos (+0,75%). No mês, as perdas somam 7,43% e, no ano, -19,32%. O giro financeiro totalizou R$ 5,352 bilhões. Os dados são preliminares.
As ações da Petrobras fizeram contrapeso ao sinal negativo na maior parte do pregão, já que subiam puxadas pela disparada do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o vencimento do contrato de outubro da commodity terminou em US$ 120,92, alta de 15,66%. A forte queda no dólar também ajudou os preços da energia a subir.
Mas a alta do petróleo somou-se às preocupações com o pacote do governo norte-americano e levou as ações a fecharem com quedas superiores a 3% nos EUA. O plano de compra de créditos podres das instituições financeiras norte-americanas pode mexer com muitas carteiras, e, em meio às incertezas, os investidores tentam se reposicionar no mercado. Nas bolsas, as ações de instituições financeiras estiveram no centro das vendas hoje, enquanto as empresas de energia seguiram como o único setor a registrar ganhos.
Em linhas gerais, o governo dos EUA encaminhou ao Congresso um plano em que pede autorização para que o Tesouro americano possa recomprar hipotecas e dívidas podres até US$ 700 bilhões ao longo dos próximos dois anos. O documento ainda prevê o aumento do limite de endividamento do setor público de US$ 10,6 trilhões para US$ 11,3 trilhões. Mas o pacote pode ter dificuldades de passar no Congresso, onde os democratas querem acrescentar algumas cláusulas, como limites às compensações para os executivos e a permissão para que o governo tome ações de qualquer instituição financeira que aderir ao programa.
No Brasil, as ações preferenciais (PN) da Petrobras acabaram devolvendo no fechamento a alta registrada durante todo o pregão. Recuaram 0,23%, embora as ordinárias (ON) tenham subido 0,23%. Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou, por meio de sua assessoria, que governo vai permitir o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para capitalizar a Petrobras, como havia informado a Folha de S.Paulo no final de semana e depois confirmado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Segundo Mantega, em nenhum momento se cogitou a utilização do FGTS para capitalizar a Petrobras.
Apesar da alta do preço de metais nas bolsas de commodities internacionais, as ações da Vale e das siderúrgicas também fecharam em baixa na Bovespa, assim como o setor bancário.

IBOV...após 19/09...indicadores sobrecomprados sinalizam realização...


O Ibovespa abriu nos 48.423 pontos (na mínima do dia) e com os mercados futuros em alta, deu sequência ao movimento altista até encontrar resistência na máxima em 53.168 pontos ( + 9,80%). Daí, sintonizado ainda com DJI, refluiu para finalizar em 53.055 ( + 9,57%).

Análise: Dando sequência à alta iniciada no pregão anterior, o Ibovespa rompeu novamente os 50 mil pontos, até encontrar resistência no patamar dos 53 mil pontos, onde finalizou exatamente em cima da LTB secundária. Acima dessa máxima deverá encontrar forte resistência na LTB primária, próximo aos 54 mil pontos. Os indicadores do gráfico diário sinalizam tendência de alta, apesar de aparentemente sobrecomprados. O gráfico de 30 minutos, porém confirma a sobrecompra e uma reversão de tendência pode se iniciar ainda neste pregão. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" vazio, indicativo da forte predominância da pressão compradora. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar a tendência predominante.

Suportes imediatos em 52.950, 51.270, 51.000 e 48.050 pontos.

Resistências imediatas em 53.500, 53.990 e 56 mil pontos.

sábado, 20 de setembro de 2008

IBOV...após 19/09, promete uma quarta semana ainda de muita volatilidade...


O Ibovespa fechou essa última semana em alta, formando no gráfico semanal um "candle" semelhante a um "martelo" que sinaliza possibilidade de continuidade dessa alta na próxima semana. Como previsto, foi mais uma semana de intensa volatilidade, oscilando entre a máxima dessa última sexta, nos 53.170 pontos e a mínima, na quinta, em 45.300 pontos e o fechamento, próximo da máxima nos 53 mil pontos. A máxima semanal ocorreu exatamente em cima da LTB secundária recente. As próximas resistências do gráfico semanal se encontram nas LTB's iniciadas 4 semanas atrás, no mês de agosto, nos 53.600, 55.200 e 56.700 pontos. Os suportes do gráfico semanal se encontram em 52.300, 50.000 e 43.200 pontos.

Análise: Essa 4a. semana ainda será de muita volatilidade, em função dos desdobramentos da interpretação do mercado americano sobre o "pacote de salvamento" do setor financeiro. O Ibovespa deverá estar bastante atrelado a esses desdobramentos. É possível que ocorra alguma realização no início da semana, por conta de muitos indicadores que já se encontram bastante sobrecomprados, pela fortíssima alta entre a mínima de quinta e a máxima nesta sexta, superior a 17,3%.
A manutenção do suporte próximo aos 50 mil pontos (fibo de 62%) poderá dar impulso ao Ibovespa, para tentar romper as resistências nos 55 mil e 56 mil pontos. A perda desse suporte, porém, poderá levar o Ibovespa aos 48.300 pontos (fibo de 38%)novamente, e a perda desse suporte, até os 43 mil pontos.

DJI...após 19/09...quarta semana de setembro com muita volatilidade, ainda...


DJI fechou a semana em leve queda, oscilando entre a máxima nos 11.483 e a mínima nos 10.460 pontos. DJI conseguiu oscilar 9,8% nesse intervalo semanal, o equivalente a uma variação de 1020 pontos, em um intervalo de apenas 2 dias. O fechamento semanal em forte recuperação fez com que os principais indicadores sinalizassem a continuidade da alta, apesar de que alguns indicadores se encontrem "sobrecomprados".
O gráfico semanal se assemelha a um "doji" formado aparentemente, em um final de tendência de queda, sugerindo a possibilidade de reversão para alta, até o final da próxima semana. De qualquer modo, é possível que DJI ainda continue em movimento "zigzagueante" nesse canal construido agora, com intervalo de variação mais alongado (10.500 e 11.500 pontos). As resistências semanais nas LTB's semanais recentes em 11.410, 11.500 e 11.600 pontos. Os uportes semanais imediatos em 11.340, 11.170 e 11.040 pontos.

Como previsto na última análise semanal, a 3a. semana de setembro, foi uma semana de fortíssima volatidade. Grande queda na 1a. metade da semana e recuperação dessa queda nos dois últimos pregões da semana. Enquanto o mercado não digerir completamente o "pacote de salvamento" do sistema financeiro americano é bem possível que ocorra ainda muita volatilidade, em que pese a "proibição" de venda à descoberto de ações das empresas desse setor. Para o início da semana o destaque deverá ser o detalhamento do "pacote financeiro" de 700 bi de dólares e como o mercado avaliará a "socialização desse prejuízo", em uma segunda e terça sem grandes outros destaques da agenda financeira. Porém, a partir de quarta, tem o nível dos estoques de petróleo, as taxas de desemprego e o sentimento de mercado da Universidade de Michigan.

Futuros de Commodities em 19/09 e projeções para a quarta semana de setembro


Commodity Futures

Fonte: Bloomberg

Situação em 19/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 31.71 1314.48 1340.62 1313.99
S&P GSCI 640.45 22.86 622.43 643.25 618.80
RJ/CRB Commodity 359.58 8.56 351.05 360.02 350.50
Rogers Intl 4354.96 128.88 4263.75 4362.35 4258.60
Brookshire Intl 476.74 13.04 466.21 477.63 465.88


Situação em 12/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1352.69 21.99 1346.19 1361.76 1345.20
S&P GSCI 640.32 5.68 641.02 648.50 634.93
RJ/CRB Commodity 360.01 5.03 354.98 360.99 354.34
Rogers Intl 4384.10 55.08 4350.84 4428.99 4350.84
Brookshire Intl 481.62 7.49 478.90 483.37 477.50

Variação semanal 12/09 a 19/09

INDICE Fechamento (19/09) Fechamento(12/09) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 1352.69 -1,13%
S&P GSCI 640.45 640.32 estável
RJ/CRB Commodity 359.58 360.01 -0,12%
Rogers Intl 4354.96 4384.10 -0,66%
Brookshire Intl 476.74 481.62 -1,00%

Análise:

Comparando em base semanal (fechamento 19/09 x fechamento 12/09), podemos observar leve queda nos preços de commodities, abaixo de 1%, nos principais índices. Porém, em relação às últimas duas semanas, houve sensível redução na queda semanal de 7%, para 2% e agora queda inferior a 1%, em média. Podemos perceber uma sensível redução na velocidade de queda dos índices, o que pode estar querendo sinalizar que o mercado já realizou muito e que a reversão está muito perto de ocorrer.

Com a mínima sendo registrada na última quarta-feira, graficamente ocorreu a formação de um "candle" tipo "doji" nessa variação semanal média, ainda que "levemente cheio", mostrando ainda a tendência maior da força vendedora, mas a reação do final de semana pode estar indicando uma possibilidade de reversão. Os principais indicadores se encontram bem "sobrevendidos" o que também pode estar indicando a possibilidade de alguma reversão positiva, para essa quarta semana de setembro.

Tesouro dos EUA propõe pacote de US$700 bi para Wall Street

Portal EXAME - Reuters
20 de Setembro de 2008 11:49

WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos propôs neste sábado um pacote de socorro ao setor financeiro de 700 bilhões de dólares financiado por contribuintes e direcionado à compra de títulos podres vinculados a hipotecas. A proposta é um esforço urgente para acalmar os mercados financeiros e atacar a crise imobiliária do país.
Sob o programa, o Departamento do Tesouro dos EUA comprará, ou se comprometerá a comprar, "ativos vinculados a hipotecas de qualquer instituição financeira que tenha sua sede nos Estados Unidos", afirma a proposta legislativa encaminhada pelo governo, segundo cópia obtida pela Reuters.
O departamento poderá contratar gestores de ativos para lidar com os títulos, que poderão incluir hipotecas residenciais ou comerciais e instrumentos relacionados que foram originados ou emitidos em ou antes de 17 de setembro de 2008, afirma a proposta.
Membros do Congresso devem ser informados neste sábado sobre a proposta legislativa, que poder ser considerada pela Câmara dos Representantes e pelo Senado do país já na próxima semana.
O plano também pede por um aumento da capacidade de dívida do governo norte-americano para 11,315 trilhões de dólares. O limite atual de dívida é de 10,615 trilhões de dólares.
O governo está agindo agressivamente para absorver bilhões de dólares de títulos difíceis de vender vinculados a hipotecas e ativos relacionados que têm sufocado os mercados de capitais desde o estouro da histórica bolha do setor imobiliário norte-americano.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Bovespa sobe 9,57%, maior alta desde janeiro de 1999

por Claudia Violante da Agência Estado
19.09.2008 17h56

Uma série de medidas anunciadas nos Estados Unidos trouxe euforia aos mercados acionários mundiais, com os índices disputando ganhos nas mais diferentes praças. Não foi diferente no Brasil, onde a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou a maior elevação porcentual desde 15 de janeiro de 1999, quando houve uma forte desvalorização do real e o regime de câmbio passou a ser flutuante no País.
O índice Bovespa (Ibovespa) subiu 9,57% hoje e fechou a 53.055 pontos. Em 15 de janeiro de 1999, tinha avançado 33,40%, segundo informações da Bolsa. Durante o pregão desta sexta-feira, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 48.424 pontos (estabilidade) e a máxima de 53.168 pontos (+9,80%). Com os ganhos de hoje, a Bolsa brasileira acumulou elevação de 1,26% na semana e reduziu as perdas de setembro para -4,71%. No acumulado de 2008, o Ibovespa registra queda de 16,95%. O giro financeiro somou R$ 7,67 bilhões (dado preliminar).
Em linhas gerais, as medidas anunciadas hoje foram: o governo dos EUA planeja criar um fundo para comprar dívidas podres dos bancos de investimentos e outras instituições financeiras; a decisão da SEC (a comissão de valores mobiliários norte-americana) de proibir temporariamente as vendas a descoberto de posições de 799 companhias financeiras por um período de 10 dias - o Reino Unido e Austrália também proibiram a venda de ações a descoberto; o plano do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para recomprar obrigações de dívida relacionadas às agências hipotecárias Fannie Mae e a Freddie Mac de certas instituições financeiras. Há ainda outras medidas adicionais com objetivo de estancar a crise; e o programa do Departamento do Tesouro dos EUA para garantir ativos dos fundos mútuos do mercado monetário.
As medidas levaram os investidores a se aventurarem pelo mercado acionário, muitos dos quais para zerar perdas recentes enquanto outros se animaram a tomar um pouco de risco. Assim, as bolsas subiram bastante não só nos países desenvolvidos como também nos emergentes, e ativos como as commodities (matérias-primas) fecharam em alta. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato de petróleo com vencimento em outubro avançou 6,81%, a US$ 104,55 o barril.
Em Wall Street, o Dow Jones terminou em alta de 3,35%, aos 11.388,44 pontos, o S&P em alta de 4,02%, a 1.255,07 pontos, e o Nasdaq, em alta de 3,40%, aos 2.273,90 pontos. Mas os ganhos em Wall Street foram tímidos em comparação à irracionalidade que se viu na maioria das bolsas mundiais.
A Bolsa de Hong Kong, por exemplo, atingiu seu maior ganho em oito meses, com o índice Hang Seng disparando 9,6%, para 19.327,72 pontos. Na Rússia, as ordens de compras levaram as operações a serem interrompidas por uma hora na Russian Trading System (RTS), principal mercado acionário do país, depois que o índice havia subido 20%.
Na Europa, a Bolsa de Londres fechou com valorização de 8,84% - com alta de 431,3 pontos, a maior em 20 anos -, a Bolsa de Paris subiu 9,27% e a Bolsa de Frankfurt ganhou 5,56%. Como era de se esperar, as ações do setor financeiro assumiram a dianteira nas bolsas, porque foram as que mais apanharam nos últimos dias após as notícias de falência de instituições financeiras nos EUA.
Apesar da euforia de hoje, passado o final de semana e os ânimos mais calmos, há quem preveja uma realização de lucros nos ativos, principalmente porque ninguém ainda acredita que o fim da crise financeira global está à porta - talvez mais perto apenas.
Hoje, nenhuma ação do Ibovespa fechou em baixa. As ações preferenciais (PN) da Petrobras, as mais negociadas, fecharam em alta de 8,07% a R$ 34,80. As ações ordinárias da estatal ganharam 9,16% e fecharam a R$ 42,90. Vale PNA (ação preferencial da classe A), o segundo papel mais negociado na Bolsa, subiu 6,21% a R$ 36,75. A terceira ação mais negociada foi BM&FBovespa ON, que disparou 15,41% a R$ 9,06.

Pacote traz alívio e Bolsa de NY fecha em alta forte

por Renato Martins da Agência Estado
19.09.2008 18h45

O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte pelo segundo dia consecutivo, eliminando boa parte das perdas dos dias anteriores. Em dia de vencimento simultâneo de contratos futuros de ações e futuros e opções de índices, o volume negociado na Bolsa de Nova York foi o maior desde março. A semana começou com os colapsos do banco de investimentos Lehman Brothers e da seguradora AIG e com a aquisição do banco de investimentos Merrill Lynch pelo Bank of America e terminou com uma série de medidas coordenadas do Departamento do Tesouro dos EUA e do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para reduzir o estresse nos mercados.
"Deveríamos ter tirado a semana de folga e economizado muito ranger de dentes e muita aspirina, se pudéssemos encontrar um lugar sem telefone celular, sem computador, sem telefone, sem televisão e sem rádio", escreveu o analista Howard Silverblatt, da Standard & Poor's. Já o estrategista-chefe da The Hartford, Quincy Krosby, disse que "havia uma crise de confiança e o pânico estava se alastrando. Vamos ver como o plano será implementado. O diabo está nos detalhes, e se eles conseguirem criar alguma coisa, isso custará dinheiro".
A alta de hoje foi liderada pelas ações do setor financeiro, com destaque para AIG (+43,12%), Wachovia (+29,31%), Citigroup (+24,02%), Bank of America (+22,56%), Morgan Stanley (+20,67%) e Goldman Sachs (+20,19%). As ações da General Motors, que haviam sofrido quedas fortes nos últimos dias, subiram 14,74%. As do setor de petróleo tiveram altas expressivas, em reação à elevação dos preços do produto (ExxonMobil +2,39%, Chevron +5,94%). No setor de tecnologia, as ações da Oracle, que havia divulgado resultados ontem depois do fechamento, subiram 7,04%. Na próxima semana, o mercado estará atento aos informes de resultados das construtoras de casas Lennar e HB Fuller.
O índice Dow Jones fechou em alta de 368,75 pontos (3,35%), em 11.388,44 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 74,80 pontos (3,40%), em 2.273,90 pontos. O S&P-500 subiu 48,45 pontos (4,02%), para fechar em 1.254,96 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,29%, o Nasdaq, uma alta de 0,56% e o S&P-500, um ganho de 0,27%.

Títulos do Tesouro

Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA caíram, com correspondente alta nos juros. O mercado reagiu ao plano de socorro ao setor financeiro anunciado pelo governo americano. As medidas anunciadas melhoraram a confiança do investidor, reduziram o estresse no mercado de crédito para curto prazo e encorajaram os investidores a voltarem a ativos de maior risco, de ações a títulos de mercados emergentes, de bônus corporativos a títulos lastreados em hipotecas.
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,386% ao ano, de 4,160% ontem; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,796% ao ano, de 3,537% ontem; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 2,167%, de 1,780% ontem. As informações são da Dow Jones.

EUA banem temporariamente venda à descoberto de ações

EUA banem temporariamente venda à descoberto de ações
19 de Setembro de 2008 08:05

NOVA YORK (Reuters) - A venda à descoberto de 799 ações do setor financeiro deve ser suspensa nos Estados Unidos a partir desta sexta-feira, em cumprimento a uma determinação de urgência emitida pela Securities and Exchange Comission, a comissão de valores mobiliários norte-americana. A ação visa proteger investidores e o próprio mercado.

A medida, anunciada no início desta sexta-feira, será interrompida em 2 de outubro, mas pode ser estendida em 10 dias caso necessário.

O anúncio de medida semelhante na Grã-Bretanha no final da quinta-feira garantiu um avanço de 40 por cento nas ações de bancos no mercado londrino.

A Irlanda também anunciou a proibição da venda a descoberto, enquanto a Austrália informou que proibirá essas operações a partir de segunda-feira.

DJI...após 18/09...tendência de alta continua...


DJI abriu nos 10.609 pontos e com os índices futuros em alta, iniciou processo de recuperação até encontrar resistência nos 10.810 pontos. Daí refluiu fortemente até encontrar novo suporte na mínima, em 10.460 pontos (-1,4). Desse ponto reagiu com força até os 10750 pontos, retrocedeu até os 10600 pontos, de onde retomou forte alta até a máxima em 11074 pontos (+4,38%) e finalizar em seguida em 11020 pontos (+3,87%).

Análise: DJI operou com forte volatilidade, em função das notícias do mercado financeiro, mas nas últimas horas de pregão reagiu com força para finalizar novamente acima dos 11 mil pontos. O "candle" do gráfico diário é um "marubozu" vazio, mostrando a predominância dos vendedores. Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de alta. Os mercados futuros antes da abertura poderão confirmar (ou não) a continuidade dessa tendência.

Resistências imediatas acima de 11.074 pontos: 11.260 pontos, 11.450 pontos e 11.670 pontos.

Suportes imediatos abaixo de 10.600 pontos: 10.550, 10.460 e 10.120 pontos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bovespa fecha em alta de 5,48%

por Claudia Violante da Agência Estado
18.09.2008 18h22

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve dois comportamentos distintos durante o pregão desta quinta-feira: um registrado na primeira e na última hora do pregão e outro entre estes dois períodos. A ação coordenada pelos seis principais bancos centrais do mundo proporcionou uma arrancada às ações domésticas logo na abertura, mas o vigor não se sustentou, dando espaço para uma volatilidade elevada, acompanhando Wall Street. Mas as Bolsas norte-americanas dispararam no final da sessão, levando o índice Bovespa a fechar com a terceira maior alta porcentual de 2008.
O Ibovespa subiu 5,48%, variação que só perdeu para 24 de janeiro deste ano (alta de 5,95%) e 30 de abril (ganho de 6,33%). Fechou o dia hoje em 48.422 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 45.295 pontos (-1,34%) e a máxima de 49.002 pontos (+6,74%). As perdas em setembro foram reduzidas a -13,02% e as de 2008 a -24,20%. O volume financeiro foi expressivo e totalizou R$ 7,5 bilhões (preliminar).
Em Wall Street, os índices terminaram com ganhos de 3,86% (Dow Jones) e 4,78% (Nasdaq), puxados pelo segmento financeiro. Duas notícias causaram euforia nos negócios. Uma delas foi o suposto plano para a criação de um fundo do governo dos EUA para assumir as dívidas podres dos bancos e as iniciativas para limitar as vendas a descoberto dos papéis financeiros. Segundo a cadeia de notícias CNBC, o secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, está trabalhando na criação de uma facilidade do governo para assumir dívidas podres das instituições financeiras. A facilidade será semelhante à Resolution Trust Corporation, criada no fim dos anos 1980 para assumir os ativos das instituições de poupança que atravessavam forte crise, acrescentaram as fontes.
A outra notícia é de que o Calpers, fundo de pensão dos servidores públicos da Califórnia e o maior dos EUA, anunciou que a partir desta quinta-feira não irá mais emprestar ações do Goldman Sachs e do Morgan Stanley. O objetivo é coibir vendas a descoberto dos papéis, cuja reação ao anúncio foi imediata: de queda passaram a ganhos e reforçaram a participação do setor da reversão das bolsas.
Ontem, o fundo de pensão dos professores da Califórnia (Calstrs) já havia decidido interromper o empréstimo de ações do Goldman e do Morgan. Em seguida, o fundo enviou carta a outros 60 fundos de pensão, pedindo que eles fizessem o mesmo. A Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) divulgou novas regras para coibir a venda a descoberto de ações de todas as empresas negociadas em bolsa. As regras entraram em vigor nesta quinta-feira.
Além da notícia do Calpers, as bolsas ainda contaram hoje com a injeção de liquidez orquestrada pelos seis principais bancos centrais do globo (Fed, Banco da Inglaterra, Banco Central Europeu, Banco do Japão, Bancos da Suíça e do Canadá), ação que não minimizou os temores nas bolsas asiáticas e européias, que recuaram.
No Brasil, a recuperação da Bovespa ainda encontrou um terreno favorável, com os preços baratos depois do tombo de 6,74% de ontem e também após o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ter anunciado que a instituição vai promover leilões de venda de dólares conjugados com compra futura, com o objetivo de corrigir distorções de liquidez no mercado de câmbio. O dólar disparou hoje com a falta de vendedores e atingiu R$ 1,962 na máxima do dia, recuando no fechamento a R$ 1,93.
Com tudo isso, e ainda com a alta do petróleo no mercado externo - o contrato para outubro subiu 0,74%, para US$ 97,88 - as ações da Petrobras conduziram a guinada do Ibovespa. Petrobras ON avançou 7,06% e PN, 8,05%, esta com giro de R$ 1,291 bilhão. Vale ON teve alta de 7,28% e PNA, de 7,45%. Os ganhos também foram desta magnitude nos setores siderúrgico e bancário.