domingo, 28 de setembro de 2008

DJI...indefinição e volatilidade para o final do mês e início de outubro...


Análise:
DJI fechou a 4a.semana de setembro em queda, nos 11.143 pontos, oscilando entre a máxima nos 11.400 pontos e a mínima nos 10.870 pontos. O fechamento semanal em queda, precedido de forte volatilidade decorrente principalmente das informações contraditórias entre governo e partido republicano (governista), quando depois de anunciado o acordo sobre o pacote de salvamento do sistema financeiro americano no último final de semana e depois desmentido, no início dessa semana por senadores conservadores do partido do governo, contrários à concessão de dinheiro público para comprar créditos podres de instituições semi-falidas.
Essa "limpeza contábil" poderá tornar extremamente interessante a aquisição dessas instituições e trará bons lucros aos bancos e financeiras que arretamaram e/ou virão a arrematar a parte rentável dessas instituições (algumas delas adquiridas por valor inferior a 90 % do valor de mercado de um ano atrás).
Nesse final de semana, foi veiculada novamente a informação de que o acordo já estaria aprovado, faltando apenas costurar detalhes que atendessem às exigências de controle dos 700 bilhões de dólares que serão dispendidos e uma eventual possibilidade de dispositivos que possam assegurar aos contribuintes americanos eventual retorno positivo dessa operação.
Porém, o que ainda não ficou claro ao mercado é a forma como serão viabilizados (com a urgência proclamada por Bush sob pena da derrocada (?) dos mercados nesta próxima segunda) os recursos públicos para essa operação: viriam de cortes de investimentos em outros setores e/ou aumentos de impostos e/ou redução da despesa pública e/ou novos empréstimos? - Como ficará o aumento da dívida pública? - Como poderá ficar o rating do tesouro americano (existiria a possibilidade de rebaixamento em função do aumento desse endividamento)?
São dúvidas que vem gerando desconfiança em vários segmentos do mercado acerca da eficácia de tal plano na economia real, cada vez mais debilitada, evidenciada pelo constante aumento do desemprego, pela redução da atividade industrial, por resultados divulgados abaixo das expectativas, e principalmente pela crise de confiança que se abateu sobre o investidor americano.
É possível que o mercado possa responder positivamente às iniciativas de salvamento dessa parte mais afetada do setor financeiro. Porém, resta saber por quanto tempo esse otimismo poderá ainda perdurar: horas, dias, semanas?
A sensação que se tem é que o "tamanho do buraco" pode ser muito maior do que os 700 bilhões e que o fundo do poço possa estar ainda muito longe de ser alcançado.

Análise gráfica:

O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo cheio" que pode ser traduzido como um possível final de tendência de queda e a eventual reversão para alta. Por outro lado, os principais indicadores desse mesmo gráfico semanal continuam a sinalizar tendência de queda, embora esses mesmos indicadores no gráfico diário já sinalizem a reversão para alta.
Assim, ainda temos uma provável indefinição de tendência, com relativa volatilidade, pelo menos até a metade da semana, em que algumas das principais dúvidas do plano estejam esclarecidas.
Prevalecendo a tendência de alta, as resistências semanais deverão se manifestar principalmente nas LTB's recentemente formadas, em 11.330, 11.450, 11.500, 11.700 e 11.800 pontos.
Prevalecendo a tendência de queda, os suportes semanais deverão se encontrar em 11.060, 10.650, 10.560 e 10.400 pontos.

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