segunda-feira, 13 de julho de 2009

Bolsas de NY fecham nas máximas com setor financeiro

por Agência ESTADO
13 de Julho de 2009 18:49

Os principais índices de ações do mercado norte-americano fecharam nas máximas do dia, com o Goldman Sachs liderando um amplo avanço do setor financeiro. O Dow Jones registrou a maior alta do mês, com todas as suas 30 componentes registrando ganhos. Alguns investidores parecem estar cheios de esperança com relação à temporada de balanços do segundo trimestre. Hank Smith, executivo-chefe de investimentos da Haverford Investments, disse que espera que "os lucros venham melhores que as expectativas", tanto no setor financeiro quanto em outros setores.

As ações da General Electric subiram 6,31%, com a melhora do sentimento antes do anúncio do balanço do conglomerado industrial, esperado para sexta-feira. Ainda no setor industrial, destaque para Boeing (+1,99%), 3M (+1,17%), Coca-Cola (+1,53%) e Caterpillar (+4,16%).

As ações do Goldman Sachs subiram 5,34% para US$ 149,44, impulsionados pela avaliação positiva dada pela influente analista financeira Meredith Whitney, que prevê que o banco de investimentos vai anunciar um lucro acima do esperado pelo mercado nesta terça-feira. Outras ações financeiras seguiram os ganhos do Goldman: Bank of America (+9,34%), Citigroup (+7,34%) e JPMorgan Chase (+7,33%).

Outros analistas também influenciaram os movimentos das ações do setor bancário. O analista do Barclays Capital Jason Goldberg rebaixou suas estimativas para um número de bancos nesta segunda-feira, mas ele também disse que o segundo trimestre vai mostrar uma continuação de várias tendências positivas vistas no primeiro trimestre, incluindo um ambiente mais forte de mercados de capital e um sólido pano de fundo de refinanciamento de hipotecas.

No setor de consumo, as ações da Kraft Foods fecharam em alta de 3,07% depois que o BMO Capital elevou sua recomendação para o papel. As ações da Best Buy subiram 4,12%; a Oppenheimer elevou sua recomendação para a companhia de varejo.

O índice Dow Jones subiu 185,16 pontos (2,27%) e fechou com 8.331,68 pontos. O Nasdaq avançou 37,18 pontos (2,12%) e fechou com 1.793,21 pontos. O S&P-500 subiu 21,92 pontos (2,49%) e fechou com 901,05 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa ignora alta em Nova York e recua 0,07%

por Agência ESTADO
13 de Julho de 2009 17:39


A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não se deixou entusiasmar pelo bom desempenho das Bolsas norte-americanas neste início de semana. Numa sessão marcada pela volatilidade, oscilou entre altas e baixas, influenciada pelo desempenho frágil das blue chips Vale e Petrobras. As ações de siderúrgicas também não ajudaram, mas os papéis do setor financeiro foram destaque de ganhos e ajudaram a equilibrar o desempenho do índice Bovespa (Ibovespa). Os papéis dos bancos acompanharam o comportamento de seus pares em Wall Street, favorecidos pela elevação da recomendação das ações do Goldman Sachs e pela expectativa de balanços não tão fracos na safra do segundo trimestre.

O Ibovespa terminou em baixa de 0,07%, aos 49.186,93 pontos. Na mínima, registrou 48.262 pontos (-1,95%) e, na máxima, os 49.644 pontos (+0,86%). No mês, acumula perda de 4,43% e, no ano, ganho de 30,99%. O giro financeiro somou R$ 4,877 bilhões. Os dados são preliminares.

O preço do petróleo, em queda, pesou nas ações da Petrobras, que passaram boa parte do dia em baixa e, nos momentos de recuperação, não conseguiram se afastar muito da estabilidade. No final, Petrobras ON terminou em baixa de 0,19% e Petrobrás PN subiu 0,40%. Vale lembrar que, amanhã, deve ser instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a estatal e, por enquanto, apesar do ruído político, o assunto ainda não está fazendo preço nos papéis, segundo os profissionais do mercado. "A queda do petróleo é que fez a cabeça dos investidores hoje, pesando sobre as ações", comentou o economista da WinTrade José Góes. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato do petróleo com vencimento em agosto recuou 0,33%, para US$ 59,69 o barril.

Segundo ele, o desempenho tímido do Ibovespa hoje refletiu uma realização de lucros que pode ter se espelhado na queda dos mercados asiáticos. "As bolsas emergentes andaram demais e hoje a Bovespa ficou atrás de Wall Street", comentou, ao sugerir que os investidores podem estar promovendo uma troca de ativos em suas carteiras. "A Bovespa já está num patamar justo de preços e, por isso, não há tanto otimismo assim", avaliou.

Hoje, os investidores em Nova York se entusiasmaram com a recomendação de compra para o Goldman Sachs pela analista Meredith Whitney. Embora essas recomendações sejam algo comum no mercado, essa foi relevante por causa da reputação de quem a fez: Meredith foi a mesma que previu, em 2008, forte queda dos bancos, contrariando ampla gama de opiniões otimistas. Com seu aval, as ações do Goldman acabaram subindo, também à espera do balanço trimestral que será divulgado amanhã.

O Dow Jones terminou o dia em alta de 2,27%, aos 8.331,68 pontos, o S&P 500 avançou 2,49%, aos 901,05 pontos, e o Nasdaq terminou em 2,12%, em 1.793,21 pontos. O setor financeiro foi destaque de elevação.

No Brasil, além de Petrobras, Vale também titubeou. Além da queda de preço de alguns metais nas bolsas de commodities, também pesou sobre as ações a greve dos funcionários da subsidiária da empresa no Canadá, a Vale Inco. Vale ON terminou estável e Vale PNA subiu 0,71%. As siderúrgicas recuaram em bloco, lideradas por Usiminas. Os papéis PNA desta empresa caíram 5,53%, e os ON, -5,19%, segunda e terceira maiores quedas do Ibovespa, depois que o relatório de um banco estrangeiro indicou que o balanço da empresa no segundo trimestre deve ser mais fraco. Gerdau PN perdeu 1,79%, Metalúrgica Gerdau PN, -2,36%, e CSN ON, -0,79%.

No setor financeiro, Bradesco PN subiu 1,27%, Itaú Unibanco ON, +0,79%, Nossa Caixa ON, +0,14%, enquanto Banco do Brasil ON e Itaú Unibanco PN terminaram estáveis. As ações da Redecard ON e VisaNet ON subiram, respectivamente, 3,53% e 2,86%. Os papéis foram beneficiados pela avaliação de que a regulamentação do setor de cartões de crédito vai acontecer, mas não deve ser drástica. Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a equipe econômica deve apresentar uma proposta ao presidente Lula até o início de outubro.