quinta-feira, 12 de março de 2009

Dow Jones sobe 3,46%, sua terceira alta seguida

por Agência ESTADO
12 de Março de 2009 18:52

O mercado de ações norte-americano subiu forte e fechou em alta pela terceira sessão seguida, à medida que os investidores compravam ações de bancos e de outras empresas - como a General Electric - que haviam sido fortemente castigadas na liquidação que levou o Dow Jones à mínima em 12 anos no início da semana. Os comentários do executivo-chefe do Bank of America, Ken Lewis, ajudaram a dar impulso ao mercado.
O índice Dow Jones subiu 239,66 pontos, ou 3,46%, e fechou em 7.170,06 pontos, marcado seu primeiro avanço de três dias seguidos desde final de janeiro. O índice também acumula um ganho de 9,5% nas últimas três sessões e fechou acima dos 7 mil pontos pela primeira vez no mês.
Os observadores do mercado celebraram os recentes ganhos, mas seguem cautelosos com relação à sustentabilidade da tendência devido às contínuas incertezas sobre a economia e os mercados de créditos. Analistas caracterizaram o movimento como uma continuação da recuperação, construída sobre a alta de terça-feira, orientada por ordens baseadas em gráficos, ou seja, técnicas.
"No curto prazo isso é encorajador, mas já vimos isto antes", disse Ryan Detrick, analista técnico da Schaeffer's Investment Research. "Ainda estamos tão vendidos que estávamos prontos para algo como isto", acrescentou.
Uma queda menor do que o esperado nas vendas no varejo e o vigor nas ações do setor farmacêutico ajudaram a alimentar o movimento de alta de hoje. Os investidores também elevaram o preço da ação da GE, apesar do conglomerado industrial ter perdido a nota de crédito (rating) AAA em um rebaixamento da agência de classificação de risco Standard & Poor's. As ações da GE fecharam em alta de 12,72%.
Os investidores correram para as ações de bancos quando Lewis, do Bank of America, disse que a instituição não vai precisar de capital adicional do governo e que vai registrar um lucro em 2009. Ele também disse que os bancos têm níveis de capital "muito bons" e não estão em um "forma tão horrível" quanto alguns acreditam. Bank of America avançou 18,66%, Citigroup ganhou 8,44% e JPMorgan subiu 13,73% - os dois últimos também afirmaram nesta semana que foram lucrativos em janeiro e fevereiro.
No setor farmacêutico, a suíça Roche Holding disse que vai comprar os demais 44% de participação que ainda não possui na americana Genentech, por US$ 46,8 bilhões, encerrando uma batalha de quase 8 meses. As ações da Genentech fecharam em alta de 2%.
O Nasdaq avançou 54,46 pontos, ou 3,97%, e fechou em 1.426,10 pontos. O S&P-500 subiu 29,38 pontos, ou 4,07%, e fechou em 750,74 pontos, enquanto o NYSE Composite avançou 179,61 pontos, ou 3,99%, e fechou em 4.684,99 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha em alta de 0,89%, ajudada por Nova York

por Agência ESTADO
12 de Março de 2009 17:42

As notícias vindas da China atrapalharam um pouco o desempenho do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que ficou distante da disparada vista hoje nas bolsas norte-americanas. Isso porque os dados de produção industrial e as informações sobre negociação dos preços do minério de ferro abateram as ações da Vale. Mas as compras mais intensas em Wall Street no período da tarde tiveram efeito multiplicador no mercado doméstico e levaram o Ibovespa a fechar perto de 1%, com a inversão para cima dos papéis de siderúrgicas.
O Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,89%, aos 39.151,86 pontos. Na mínima, atingiu os 38.286 pontos (-1,34%) e, na máxima, os 39.304 pontos (+1,29%). No mês, a bolsa acumula alta de 2,54% e, no ano, de 4,27%. O giro financeiro totalizou R$ 4,153 bilhões.
A Bovespa trabalhou em baixa uma boa parte do dia, na contramão de Wall Street, mas as bolsas lá mostraram vigor e carregaram junto a Bovespa para cima no final. Os bancos, as ações da General Electric e da General Motors foram os responsáveis por boa parte dos ganhos em Nova York, embora a alta tenha sido generalizada.
Os investidores ainda estão entusiasmados com as declarações dadas pelo executivo-chefe do Citigroup, na terça-feira, sobre os resultados favoráveis da instituição neste início de ano. E o noticiário hoje também foi favorável ao setor bancário: o Bank of America avisou que não deve precisar de mais recursos do governo dos Estados Unidos no futuro e deverá fechar 2009 com lucro, antes de impostos e provisões, perto de US$ 50 bilhões. As previsões também foram feitas pelo executivo-chefe da instituição, Ken Lewis.
Ainda ajudou a sustentar o patamar de compras à tarde a declaração do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, de que o governo divulgará publicamente, dentro de duas semanas, "propostas concretas relativamente detalhadas" sobre como planeja revisar a regulação do sistema financeiro. Pela terceira sessão seguida, o índice Dow Jones terminou em alta, de 3,46%.
Apesar da forte recuperação em Nova York, a Bovespa seguiu sem acompanhar em boa parte do dia, por causa principalmente dos papéis de Vale e siderúrgicas. A fraca produção industrial da China - que revela menor compra de matérias-primas - foi uma das principais razões para tal desempenho. Os metais básicos caíram na esteira desse indicador, que mostrou elevação de 3,8% no primeiro bimestre, bem abaixo dos 6,1% esperados.
A notícia de que as siderúrgicas chinesas estariam exigindo um corte de 50% nos preços do minério de ferro em relação ao ano passado também deprimiu os metais e as ações da Vale, duplamente atingida. A informação foi dada pelo presidente da siderúrgica chinesa Shougang Corp., Zhu Jimin, comentando as negociações com Vale, Rio Tinto e BHP Billiton. Vale ON caiu 1,74% e Vale PNA perdeu 1,38%.
Algumas siderúrgicas viraram para cima na reta final da sessão e ajudaram a consolidar a alta do índice: Gerdau PN subiu 1,26% e CSN ON ganhou 1,22%. A outra blue chip doméstica, Petrobras, teve um bom desempenho, incentivada pela disparada do petróleo no mercado internacional, pela compra por investidores estrangeiros e também pelo vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira. Petrobras ON subiu 2,30% e Petrobras PN, 1,25%. O petróleo fechou em alta de 11,10% em Nova York, às vésperas de nova reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), no domingo.
Apesar de Nova York ter tirado a Bovespa do vermelho, os investidores estão um pouco mais cautelosos com o mercado acionário doméstico, em razão do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre do ano passado. O tombo visto na economia uma hora vai aparecer nos balanços e isso motivaria um ajuste. Além do mais, ao contrário do que o governo vinha dizendo, de que o pior da crise teria se concentrado no final do ano passado, os dados, principalmente da indústria, mostram que não é bem assim.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo, divulgou uma consulta empresarial realizada entre os dias 4 e 11 de março, portanto antes da apresentação do PIB, na qual detectou que 79% das empresas industriais acreditam que os efeitos da crise internacional sobre a economia brasileira se tornaram mais intensos no primeiro trimestre de 2009, quando comparado a dezembro de 2008.
Vale também registrar que, segundo dados do IBGE, o emprego industrial caiu 1,3% em janeiro de 2009 ante dezembro de 2008, no quarto resultado negativo consecutivo apurado pelo instituto nessa base de comparação. Na indústria paulista, segundo a Fiesp, a queda aconteceu em fevereiro pelo quinto mês consecutivo. Foram fechadas no mês passado 43 mil vagas, queda de 2,09% ante janeiro, com ajuste sazonal, e de 1,80%, sem ajuste sazonal. O resultado é o pior para um mês de fevereiro desde 2006.

IBOV...após 11/03...suportes e resistências


O Gráfico diário do Ibovespa formou um "doji" de aparente indefinição após uma forte evolução em alta. É bem possível que esse "doji" se revele como um "doji evening star" sinalizador de reversão de tendência. Assim, o topo anterior do movimento de alta estaria nos 39.310 pontos, na parte superior do "sub-canal de alta" em construção. Confirmando-se essa reversão de tendência é possível que tenhamos movimento de queda, pelo menos até os 37.500/37 mil pontos, de onde o Ibovespa poderá reverter. Retomada imediata de alta, somente com fechamentos acima do topo anterior em 39.310 pontos. A confirmação da reversão para queda deverá ser produzida por um "pivô de queda" sinalizado por uma mínima intraday a ser buscada, abaixo do fundo anterior, nos 38.238 pontos.

Suportes em 38.620, 38.320, 38.120, 37.830, 37.750 e 37.550 pontos.
Resistências em 38.900, 39.200, 39.450 e 39.720 pontos.

DJI...após 11/03...suportes e resistências


O gráfico diário de DJI formou um "candle" de aparente indecisão, pelo fechamento praticamente coincidente com a abertura. Porém, a posição em que esse "candle" se formou, parece ter produzido um "doji evening star" sinalizador de reversão de tendência, após a sequência de altas. DJI parece estar tentando construir um "sub-canal de alta" cuja confirmação deverá ocorrer após fechamento acima do topo recente nos 7014 pontos. Fechamento abaixo dos 6.700 pontos, pode invalidar essa possibilidade.

Suportes imediatos em 6.840, 6.770, 6.700 e 6.520 pontos.
Resistências imediatas em 6.840, 6.970, 7.020 e 7.130 pontos.