quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ibovespa cai 8,48% em julho, segundo pior mês do ano

por Claudia Violante da Agência Estado
31.07.2008 17h30

Após duas sessões seguidas de elevação, quando acumulou alta de 5,5%, a Bovespa voltou a fechar em queda hoje, acompanhando o enfraquecimento das bolsas nova-iorquinas. Indicadores econômicos ruins nos Estados Unidos e declarações do ex-presidente do banco central americano Alan Greenspan levaram os investidores a novamente se desfazer de ações em países emergentes, entre eles o Brasil. Com isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, encerrou julho com a segunda maior baixa de 2008, de 8,48%, atrás apenas do desempenho de junho (-10,4%). Neste ano, a Bolsa subiu apenas em fevereiro (+6,7%), abril (+11,3%) e maio (+6,9%)
Hoje, o Ibovespa caiu 0,82%, aos 59.505,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 59.225 pontos (-1,29%) e a máxima de 60.023 pontos (+0,04%). Em 2008, a Bolsa acumula perdas de 6,86%. O volume financeiro somou neste pregão R$ 5,308 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou o dia em queda de 1,78%, o S&P teve baixa de 1,31% e o Nasdaq caiu 0,18%. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e de pedidos de auxílio-desemprego na última semana, ambos nos Estados Unidos, apagaram qualquer resquício da melhora exibida ontem após a divulgação de números mais fortes sobre o setor privado no mercado de trabalho.
A economia americana teve expansão de 1,9% no segundo trimestre, abaixo das previsões de 2,3% dos analistas. Não bastasse isso, o Departamento do Comércio dos EUA revisou em baixa o número do primeiro trimestre, de 1% para 0,9%, e também os resultados divulgados entre 2005 e 2007. Já o Departamento do Trabalho anunciou aumento de 44 mil no número de pedidos semanais de auxílio-desemprego, enquanto as previsões eram de que houvesse queda de 8 mil.
A Bovespa acompanhou o desempenho das bolsas nova-iorquinas, embora, no finalzinho da sessão, tenha tentado se descolar e subir. Por um breve momento, o Ibovespa conseguiu voltar à estabilidade, mas as declarações de Greenspan neutralizaram qualquer tentativa mais forte de recuperação.
Segundo ele, o vigor da economia americana é uma surpresa, visto que o fundo do poço para o preço dos imóveis não está visível e a chance de recessão nos EUA ainda esteja na casa de 50%. De acordo com o presidente do BC do país, muito provavelmente o governo vai estatizar as agências hipotecárias Freddie Mac e Fannie Mae.

Bolsa de NY fecha o dia em queda, mas sobe em julho

por Renato Martins da Agência Estado
31.07.2008 18h51

O mercado americano de ações fechou em queda, depois de dois dias consecutivos de altas fortes. Em julho, porém, o índice Dow Jones registrou elevação de 0,25%. O mercado reagiu hoje aos dados do Produto Interno Bruto dos EUA no segundo trimestre (acompanhados da revisão para baixo dos dados do primeiro trimestre) e ao número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada, que superou as previsões.
A queda acelerou-se na última hora do pregão, quando o ex-presidente do banco central americano Alan Greenspan disse que os EUA ainda estão à beira de uma recessão, que o "fundo do poço" para os preços dos imóveis residenciais ainda não está visível e que o governo deveria estatizar as agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac (que ele descreveu como "um acidente à espera de acontecer").
As ações da Fannie Mae caíram 5,81% e as da Freddie Mac recuaram 6,41%. Das 30 componentes do Dow Jones, 26 ações fecharam em queda (as exceções foram Coca-Cola, Home Depot, Johnson & Johnson e Wal-Mart, todas com alta inferior a 1%). As ações da ExxonMobil caíram 4,68%, em reação a seu informe de resultados; as da Disney, que havia divulgado resultados ontem, recuaram 4,17%. As ações do setor industrial caíram, em reação aos dados do PIB (Caterpillar perdeu 3,54%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,78%, em 11.378,02 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 0,18%, em 2.325,55 pontos. O S&P-500 caiu 1,31%, para 1.267,38 pontos. O NYSE Composite recuou 1,48%, para 8.438,64 pontos. No mês de julho, além o Dow Jones acumulou uma alta de 0,25%, no segundo mês de ganho em nove meses (o último mês positivo havia sido abril). O Nasdaq registrou um avanço de 1,42% (com quatro meses de altas nos últimos cinco meses) e o S&P-500, uma perda de 0,99% (sétimo mês de queda em nove meses). No ano de 2008, o Dow Jones acumula uma queda de 14,22%, o Nasdaq, uma baixa de 12,32% e o S&P-500, uma perda de 13,69%. As informações são da Dow Jones.

IBOV...após 30/07...no topo do canal de baixa...


O Ibovespa abriu em alta nos 58.069 pontos (mínima do dia) e deu sequência ao movimento de alta anterior recuperando o patamar dos 59.500 pontos, até a máxima em 59.515 pontos. A partir daí em sintonia com DJI, refluiu levemente até encontrar suporte nos 59.200 e nas últimas horas de pregão retomou sua trajetória de alta até atingir nova máxima, no fechamento do pregão em 59.997 (+3,37%) pontos.

Análise:Da mesma forma que DJI, o Ibovespa se encontra praticamente no topo do canal de baixa anterior. O rompimento da resistência em 60.200 pontos, poderá levar o IBOV a testar nova resistência em 61 mil pontos. Abaixo de 59.700 pontos poderá reverter essa tendência de alta, indo buscar novamente o fundo do canal, nos 55 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário continuam a sinalizar tendência de alta, e os indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam "sobrecompra" podendo realizar. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, poderão confirmar a principal tendência.

DJI...após 30/07...no topo do canal de baixa...


DJI abriu em 11.398 pontos (mínima do dia) e deu sequência à alta anterior até atingir a máxima em 11.565 pontos e, a partir daí iniciou um processo de retorno, dando a impressão de que poderia realizar, indo buscar suporte em 11.420 pontos. Nas últimas horas de pregão, retomou sua trajetória de alta até a máxima em 11.586 pontos, fechando em seguida em 11.584 pontos ( +1,63%).

Análise: DJI fechou praticamente em cima do topo de seu canal de baixa anterior. Rompendo a LTB, nos 11620 pontos e o topo anterior em 11.700 pontos, poderá novamente retomar o patamar dos 12 mil pontos. Abaixo de 11.570 pontos, poderá refluir no curto prazo, ao fundo do canal, nos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário, sinalizam tendência de alta, enquanto o oscilador de momentos apresenta "divergência de baixa". Os mercados futuros antes da abertura, poderão confirmar qual a principal tendência de abertura para o pregão.