quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Bolsa de NY fecha em baixa com temor sobre montadora

por AGÊNCIA ESTADO
04 de Dezembro de 2008 20:03

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, depois de dois dias consecutivos de altas. A queda refletiu o temor dos investidores quanto aos indicadores do nível de emprego nos EUA em novembro e a incerteza quando ao destino da indústria automotiva norte-americana. "O informe de hoje sobre os pedidos de auxílio-desemprego saiu melhor do que as pessoas previam, mas todo mundo está ansioso por ver o que o que os importantes dados do desemprego poderão mostrar amanhã", disse Randy Frederick, diretor de operações com ações e derivativos da Charles Schwab.
O índice Dow Jones fechou em queda de 215,45 pontos, ou 2,51%, em 8.376,24 pontos. A mínima foi em 8.259,40 pontos e a máxima em 8.631,99 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 46,82 pontos, ou 3,14%, em 1.445,56 pontos, com mínima em 1.426,41 pontos e máxima em 1.500,95 pontos. O S&P-500 caiu 25,52 pontos, ou 2,93%, para fechar em 845,22 pontos. O NYSE Composite caiu 173,29 pontos, ou 3,21%, para 5.232,26 pontos.
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 25 fecharam em queda. O destaque negativo foi General Motors, com baixa de 16,12%. Os executivos-chefes da GM, da Ford e da Chrysler depuseram a um comitê do Senado dos EUA sobre os planos de viabilidade que apresentaram na tentativa de convencer o Congresso e o governo a aprovarem um novo plano de ajuda financeira. O CEO da GM, Rick Wagoner, disse que sua empresa precisa de US$ 4 bilhões neste mês e mais US$ 4 bilhões em janeiro, para poder continuar a operar. As reações dos congressistas, porém, não deram indicação de que estejam dispostos a aprovar um novo plano de ajuda e a incerteza sobre a perspectiva das montadoras persiste; as ações da Ford recuaram 6,67%.
No setor de energia, as ações da ExxonMobil caíram 3,37% e as da Chevron recuaram 3,99%, depois de analistas do Merrill Lynch dizerem que o preço do petróleo poderá cair a US$ 25 por barril. As da Alcoa caíram 13,24%, em reação à nova queda dos preços dos metais. Outros destaques foram AT&T (-3,13%, depois de a empresa anunciar 12 mil demissões) e DuPont (+0,34%, após o anúncio de 2,500 demissões).
As ações do setor de comércio varejista reagiram aos informes de vendas de novembro (Wal-Mart subiu 1,34%, Target caiu 1,28% e Nordstrom avançou 10,18%). As do setor de tecnologia caíram devido ao temor de queda nas vendas (Intel perdeu 6,52%, Hewlett-Packard recuou 4,11% e Microsoft cedeu 3,82%). No setor financeiro, as ações do Bank of America caíram 4,72%, as do Citigroup recuaram 5,37% e as do JPMorgan Chase subiram 2,74%. As informações são da Dow Jones

Bovespa fecha em baixa de 0,48% com NY e Petrobras

por Agência ESTADO
04 de Dezembro de 2008 18:37

Em mais um pregão de muita volatilidade, a Bovespa terminou com ligeira baixa. O sinal virou no finalzinho, depois de o azul ter predominado na maior parte do pregão. A piora dos índices acionários norte-americanos a pouco mais de uma hora do fechamento levou as ações da Petrobras e da Vale a ampliar as perdas.
O Ibovespa, principal índice acionário doméstico, fechou na mínima pontuação do dia, aos 35.127,77 pontos, em baixa de 0,48%. Na máxima, atingiu 35.944 pontos (+1,83%). No mês, acumula perdas de 4,01% e, no ano, de 45,01%. O giro foi o menor do mês ao somar R$ 2,626 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, as bolsas operaram predominantemente em queda hoje. Às 18h20 (de Brasília), o Dow Jones caía 2,91%, o S&P, 3,39% e o Nasdaq, 3,29%. As montadoras pressionavam para baixo, com a notícia, do The Wall Street Journal, de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve rejeitar os pedidos para fazer empréstimos diretamente a estas empresas, deixando a questão nas mãos do Congresso e do governo Bush. Os executivos das montadoras pediram novamente hoje aos parlamentares uma ajuda financeira.
Os investidores também trabalharam na defensiva ao relatório do mercado de trabalho de novembro, a ser conhecido amanhã. As estimativas não são nada boas: -350 mil vagas, dando ainda mais peso aos indicadores que mostram fragilidade na maior economia do planeta. Para agravar os piores presságios, várias empresas vêm anunciando cortes de vagas. Só hoje foram Dupont (2,5 mil, além de 4 mil terceirizados), AT&T (12 mil) e Credit Suisse (5,3 mil internos e 1,2 mil terceirizados).
Para compensar, o dado de pedidos de auxílio-desemprego veio melhor do que o esperado: mostrou queda de 21 mil na semana passada, ante previsão de alta de 11 mil pedidos. Já as encomendas à indústria também foram ruins (-5,1% em outubro, o maior declínio em oito anos) e alguns varejistas apresentaram números fracos.
No Brasil, com os últimos indicadores sinalizando enfraquecimento da atividade - hoje saíram dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e da Confederação Nacional da Indústria -, os analistas já começam a pressionar por um corte na taxa de juros, mas não acreditam que isso vai acontecer na próxima semana. Assim, ele seria empurrado para 2009, quando acredita-se que o PIB brasileiro vai sentir, no primeiro trimestre, os efeitos mais fortes da crise financeira.
As principais ações domésticas fecharam nas mínimas, num dia de noticiário forte em relação a elas. Petrobras ON recuou 4,60% e PN, 3,68%. A estatal anunciou hoje a captação de um total de US$ 700 milhões no exterior de novembro até hoje, além de outros US$ 200 milhões com o Bradesco em 3 de dezembro.
Vale ON perdeu 3,14% e PNA, 2,23%. Por causa das condições atuais do mercado global de níquel, a empresa vai paralisar por tempo indeterminado a mina de Copper Cliff South (CC South), localizada em Sudbury, província de Ontário, Canadá, a partir de janeiro de 2009 e postergar investimentos na região. O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que não descarta novas demissões no curto prazo - ontem a mineradora informou que já demitiu 1,3 mil funcionários no Brasil e no exterior.

Dólar...após 03/12...tendência de forte alta...


Após atingir o topo recente em 0,4529 (R$ 2,21) o real retomou sua tendência de queda perante o dollar americano, rompendo a casa dos 0,4037 (R$ 2,48) novamente, formando uma configuração típica de "Ombro-Cabeça-Ombro". A confirmação do rompimento da "linha de pescoço" nos R$ 2,48 pode levar o real ao seu objetivo de queda em 0,3545 (R$ 2,82).

IBOV...após 03/12...indefinição em um "triângulo simétrico"...



O Ibovespa abriu em 35.001 pontos, e enquanto aguardava a abertura dos mercados americanos foi perdendo forças até encontrar suporte na mínima em 33.798 pontos (-3,43%). A partir daí, em sintonia com DJI, conseguiu retomar os 35 mil pontos até encontrar sua máxima em 35.476 pontos (+ 1,36%). A partir daí, acompanhando o refluxo intraday de DJI, finalizou em 35.297 pontos ( +0,85%).
O Ibovespa está realizando movimentos de "vai-e-vem", formando um "triângulo simétrico" que está se afunilando e provavelmente deverá romper com força para cima ou para baixo. Para que a ruptura não ocorra para baixo é fundamental que mantenha suporte em torno dos 34.200 pontos. Para que a ruptura ocorra para cima é necessário manter o suporte em 34.950 pontos e romper a resistência em 36.500 pontos. A coincidência de figuras no gráfico, com os pregões de quinze dias atrás, seria mera coincidência?

Suportes imediatos: 34.950, 34.200 e 33.900 pontos.
Resistências imediatas: 35.320, 35.700, 36.300, 36.500, 36.950 e 37.200 pontos.

DJI....forte volatilidade, para tentar retomar os 8.700 pontos...


DJI abriu em 8.409 pontos, e na primeira meia-hora veio buscar sua mínima em 8.234 pontos. A partir daí, iniciou movimento de recuperação até retomar os 8.500 pontos, até encontrar resistência em 8.555 pontos. Refluiu novamente até encontrar suporte nos 8.300 pontos, para reiniciar seu movimento ascendente até a máxima quase ao final do pregão em 8.623 pontos (+2,42%), finalizando em seguida em 8.592 (+2,05%)pontos. Mantendo-se a cima dos 8.555 pontos, DJI poderá acumular forças para buscar os 8.690 e 8.870 pontos. Abaixo dos 8.500 pontos, poderá retornar ao suporte em 8.350 pontos e na perda deste suporte, ao fundo do canal em 8 mil pontos.

Suportes imediatos: 8.555, 8.400, 8.350, 8.170 e 8.145 pontos.
Resistências imediatas: 8.620, 8.690, 8.870 e 8.965 pontos.