domingo, 28 de setembro de 2008

IBOV...após 26/09...indefinição de tendêndia, para o final de mês e início de outubro...


O Ibovespa fechou essa 4a. semana de setembro, em queda, formando no gráfico semanal um "candle" semelhante a um "martelo cheio" sinalizando a predominância da força vendedora, depois de se manter em alta, até o início do pregão da última sexta-feira. Como previsto, foi mais uma semana de intensa volatilidade, oscilando entre a máxima no início da semana, nos 53.400 pontos e a mínima, na terça, em 49.300 pontos, com o fechamento, nesta sexta, nos 50.800 pontos.

O indicadores do gráfico semanal se mantém indefinidos e as próximas resistências desse gráfico se encontram nas LTB's recentes, nos 52.200, 52.700, 53.500 e 55.400 pontos. Os principais suportes do gráfico semanal estão posicionados em 49.000, 48.000, 45.400, 43.200 pontos e 41.500 pontos.

Análise: Esse final de mês e o início da 1a. semana de outubro deverá ser ainda de muita volatilidade, face aos desdobramentos esperados da votação do "pacote de salvamento" do setor financeiro, pelo congresso americano. O Ibovespa deverá estar bastante atrelado a esses desdobramentos e ao desempenho de DJI. É possível que ocorra ainda a continuidade da realização nesse início da semana, enquanto não estiver definido completamente o texto que deverá ser aprovado no congresso e as possíveis emendas.

A manutenção do suporte nos 49 mil pontos, poderá manter expectativas de uma possível recuperação para se tentar romper as resistências nos 52 mil, 53.500 e 55.400 pontos. A perda desse suporte, porém, poderá levar o Ibovespa aos 48 mil pontos novamente, e na perda desse suporte, aos 45 mil pontos e testar o suporte projetado nos 43 mil pontos.

Futuros de Commodities em 26/09 e projeções para o final de setembro e início de outubro



Fonte: Bloomberg

Situação em 26/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1352.87 -16.26 1362.34 1363.34 1344.77
S&P GSCI 657.02 -8.40 653.72 657.96 647.97
RJ/CRB Commodity 364.57 -4.45 369.04 369.21 362.37
Rogers Intl 4427.33 -62.43 4462.96 4465.26 4390.55
Brookshire Intl 484.62 -6.92 486.75 486.86 481.05

Situação em 19/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 31.71 1314.48 1340.62 1313.99
S&P GSCI 640.45 22.86 622.43 643.25 618.80
RJ/CRB Commodity 359.58 8.56 351.05 360.02 350.50
Rogers Intl 4354.96 128.88 4263.75 4362.35 4258.60
Brookshire Intl 476.74 13.04 466.21 477.63 465.88

Variação semanal 19/09 a 26/09

INDICE Fechamento (19/09) Fechamento(26/09) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 1352.87 + 1,16%
S&P GSCI 640.45 657.02 + 2,58%
RJ/CRB Commodity 359.58 364.57 +1,38%
Rogers Intl 4354.96 4427.33 +1,66%
Brookshire Intl 476.74 484.62 +1,65%

Análise:

Comparando em base semanal (fechamento 19/09 x fechamento 26/09), podemos observar uma boa recuperação nos preços de commodities, próximo a 2% em média, nos principais índices, depois de 3 semanas seguidas em queda.

Como previam os indicadores gráficos, ocorreu a reversão de tendência, nessa última semana. Porém o topo dessa alta ocorreu na última quarta feira, refluindo depois no final da semana, devolvendo quase a metade do acumulado na primeira metade da semana. Analisando o gráfico semanal, ocorreu a formação de um "candle" tipo "martelo invertido vazado", mostrando a recuperação da força compradora, porém com uma reação negativa no final de semana indicando a possibilidade de nova reversão para queda. Em função dos possíveis desdobramentos do pacote econômico americano de ajuda ao setor financeiro, podemos esperar alguma volatilidade nesse mercado, que se apresenta agora com indefinição de tendência.

DJI...indefinição e volatilidade para o final do mês e início de outubro...


Análise:
DJI fechou a 4a.semana de setembro em queda, nos 11.143 pontos, oscilando entre a máxima nos 11.400 pontos e a mínima nos 10.870 pontos. O fechamento semanal em queda, precedido de forte volatilidade decorrente principalmente das informações contraditórias entre governo e partido republicano (governista), quando depois de anunciado o acordo sobre o pacote de salvamento do sistema financeiro americano no último final de semana e depois desmentido, no início dessa semana por senadores conservadores do partido do governo, contrários à concessão de dinheiro público para comprar créditos podres de instituições semi-falidas.
Essa "limpeza contábil" poderá tornar extremamente interessante a aquisição dessas instituições e trará bons lucros aos bancos e financeiras que arretamaram e/ou virão a arrematar a parte rentável dessas instituições (algumas delas adquiridas por valor inferior a 90 % do valor de mercado de um ano atrás).
Nesse final de semana, foi veiculada novamente a informação de que o acordo já estaria aprovado, faltando apenas costurar detalhes que atendessem às exigências de controle dos 700 bilhões de dólares que serão dispendidos e uma eventual possibilidade de dispositivos que possam assegurar aos contribuintes americanos eventual retorno positivo dessa operação.
Porém, o que ainda não ficou claro ao mercado é a forma como serão viabilizados (com a urgência proclamada por Bush sob pena da derrocada (?) dos mercados nesta próxima segunda) os recursos públicos para essa operação: viriam de cortes de investimentos em outros setores e/ou aumentos de impostos e/ou redução da despesa pública e/ou novos empréstimos? - Como ficará o aumento da dívida pública? - Como poderá ficar o rating do tesouro americano (existiria a possibilidade de rebaixamento em função do aumento desse endividamento)?
São dúvidas que vem gerando desconfiança em vários segmentos do mercado acerca da eficácia de tal plano na economia real, cada vez mais debilitada, evidenciada pelo constante aumento do desemprego, pela redução da atividade industrial, por resultados divulgados abaixo das expectativas, e principalmente pela crise de confiança que se abateu sobre o investidor americano.
É possível que o mercado possa responder positivamente às iniciativas de salvamento dessa parte mais afetada do setor financeiro. Porém, resta saber por quanto tempo esse otimismo poderá ainda perdurar: horas, dias, semanas?
A sensação que se tem é que o "tamanho do buraco" pode ser muito maior do que os 700 bilhões e que o fundo do poço possa estar ainda muito longe de ser alcançado.

Análise gráfica:

O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo cheio" que pode ser traduzido como um possível final de tendência de queda e a eventual reversão para alta. Por outro lado, os principais indicadores desse mesmo gráfico semanal continuam a sinalizar tendência de queda, embora esses mesmos indicadores no gráfico diário já sinalizem a reversão para alta.
Assim, ainda temos uma provável indefinição de tendência, com relativa volatilidade, pelo menos até a metade da semana, em que algumas das principais dúvidas do plano estejam esclarecidas.
Prevalecendo a tendência de alta, as resistências semanais deverão se manifestar principalmente nas LTB's recentemente formadas, em 11.330, 11.450, 11.500, 11.700 e 11.800 pontos.
Prevalecendo a tendência de queda, os suportes semanais deverão se encontrar em 11.060, 10.650, 10.560 e 10.400 pontos.