sexta-feira, 6 de março de 2009

Dow Jones e S&P-500 fecham em alta com ações da GE

por Agência ESTADO
06 de Março de 2009 19:28

A volta dos investidores no finalzinho da sessão em busca de pechinchas - como as ações da General Electric -, permitiu que o Dow Jones e o S&P-500 se recuperassem das mínimas em 12 anos para fechar em alta. Antes da arrancada final, os índices renovaram as mínimas em 12 anos pressionados pelo fraco relatório do mercado de mão de obra e mais preocupações sobre o setor bancário.
O índice Dow Jones subiu 32,50 pontos, ou 0,49%, e fechou em 6.626,94 pontos. O Nasdaq recuou 5,74 pontos, ou 0,44%, e fechou em 1.293,85 pontos. O S&P-500 avançou 0,83 ponto, ou 0,12%, e fechou em 683,38 pontos, enquanto o NYSE Composite subiu 16,88 pontos, ou 0,40%, e fechou em 4.284,48. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 6,17%; o Nasdaq, uma desvalorização de 6,10%; e o S&P-500, um declínio de 7,03%.
A GE é um dos três ícones da economia americana cujos preços das ações alcançaram mínimas históricas esta semana. As ações da GE subiram 6,01% e fecharam a US$ 7,06, mas acumularam na semana uma perda de 17%, gerada pelas preocupações de que sua unidade de crédito ao consumidor possa levar a companhia a perder a nota (rating) AAA.
As ações da General Motors caíram 22,04%, para US$ 1,45, com um declínio acumulado de 36% na semana. A montadora disse que ainda tem como objetivo reestruturar seus negócios sem recorrer a uma concordata. O Wall Street Journal informou que a GM estaria cogitando uma opção de concordata "programada".
As ações do Citigroup subiram 0,98% e fecharam a US$ 1,03, com uma perda de 31% na semana. Na quinta-feira, as ações chegaram a oscilar abaixo de US$ 1,00, refletindo a opção dos investidores de se afastarem de um banco que já recebeu três socorros sucessivos do governo federal.
A American Express tornou-se o sexto componente do Dow Jones a ver suas ações operarem abaixo de US$ 10. Os papéis atingiram US$ 9,71 na mínima do dia, antes de se recuperarem para fecharem em US$ 10,26, com uma queda de 0,68%. Antes da American Express, a General Motors caiu abaixo de US$ 10 em julho de 2008; a American International Group (AIG), em setembro; a Alcoa, em outubro; o Citigroup, em novembro; o Bank of America, em janeiro deste ano, e a General Electric, no mês passado. Desse grupo, até agora apenas a AIG foi removida do índice.
Entre as notícias do dia, o Departamento do Trabalho informou que a economia americana perdeu 651 mil empregos em fevereiro e os dados dos dois meses anteriores foram revisados para números muito piores do que se esperava. A taxa de desemprego subiu para 8,1%, nível mais alto desde dezembro de 1983. Alguns economistas acham que a taxa pode alcançar 10% até o final do ano. As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha em baixa de 0,71%, na contramão de NY

por Agência ESTADO
06 de Março de 2009 18:43

A Bovespa abriu em alta e foi alimentada pelo resultado do relatório do mercado de trabalho norte-americano em linha com as previsões. Mas o otimismo logo foi trocado pelo choque de realidade - já que os números mostram um quadro bem ruim. Os índices norte-americanos viraram e operaram em queda até pouco antes do fechamento, quando o Dow Jones e o S&P 500 buscaram recuperação e acabaram por fechar em alta. A Bovespa acompanhou a volatilidade de Wall Street, mas não conseguiu fechar no azul.
O Ibovespa fechou em queda de 0,71%, aos 37.105,09 pontos. Na mínima, atingiu os 36.476 pontos (-2,39%) e, na máxima, os 38.309 pontos (+2,51%). No mês, acumula perdas de 2,82% e, no ano, de 1,18%. O giro financeiro totalizou R$ 3,756 bilhões.
Dow Jones fechou em alta de 0,49%, S&P avançou 0,12% e Nasdaq caiu 0,44%. Mas a fotografia final do pregão nem de longe mostra o dia no mercado, muito volátil e predominantemente negativo. O relatório do mercado de trabalho foi o principal condutor dos negócios - e não um dos bons: em fevereiro, foram fechadas 651 mil vagas de trabalho nos EUA, em linha com as previsões, mas os números dos dois últimos meses foram revistos para pior: dezembro para -681 mil empregos, o maior corte desde outubro de 1949, e janeiro para -655 mil vagas.
Apenas nos últimos quatro meses, 2,6 milhões de pessoas perderam seus empregos, número que sobe para 4,4 milhões se contabilizados os fechamentos de postos de trabalho desde que a recessão começou, em dezembro de 2007. A taxa de desemprego dos EUA subiu de 7,6% em janeiro para 8,1% em fevereiro (os analistas previam 8%), atingindo o nível mais elevado desde dezembro de 1983. Alguns economistas acreditam que a taxa possa atingir 10% até o final do ano.
O relatório do mercado de trabalho atravessou o Atlântico e também pressionou o fechamento em baixa das bolsas europeias, puxadas por perdas em bancos e seguradoras. Londres foi a exceção ao subir 0,02%. A Bolsa de Paris recuou 1,37% e a de Frankfurt fechou em queda de 0,79%.
No Brasil, as ações da Petrobras, que operaram em alta numa parte do dia, ajudam a explicar a resistência da Bovespa durante a sessão. Mas também servem para justificar a queda no final. Os papéis inverteram para baixo e ampliaram as perdas nas duas últimas horas, na contramão do petróleo, que subiu 4,38%, aos US$ 45,52 o barril.
Petrobras ON recuou 1,84% e PN, 1,27%. A estatal divulga ainda hoje seu balanço do quarto trimestre do ano passado. Hoje, a estatal anunciou que bateu novo recorde de produção na quarta-feira, 4 de março, com 2,012 milhões de barris.
Houve ainda vendas de estrangeiros, que se desfizeram de ações no mercado doméstico, abatendo não só Petrobras como também Vale, que recuou em grande parte do dia. As ações da mineradora brasileira recuaram 2,63% a ON e 2,32% a PNA. Siderúrgicas acompanharam.