sexta-feira, 8 de maio de 2009

Bolsa de NY fecha em alta com otimismo sobre economia

por Agência ESTADO
08 de Maio de 2009 18:31

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, com os índices Dow Jones e S&P-500 passando a acumular ganhos em oito das últimas nove semanas; o Nasdaq agora acumula nove semanas consecutivas de altas. Operadores atribuíram a alta ao sentimento de que a recessão nos EUA está perto de terminar, apesar da redução de mais de meio milhão no número de postos de trabalho nos EUA em abril. A revelação, no fim da tarde de quinta-feira, de que dez bancos norte-americanos precisarão elevar seu capital em US$ 74,6 bilhões num prazo de seis meses não abalou o otimismo dos investidores. A alta de hoje foi liderada pelas ações dos bancos.
"O fator mais relevante, aqui, é que há uma recuperação em andamento, o que basicamente supera quaisquer outros problemas. Se estivéssemos para ter mais dois trimestres com contrações de 6% no PIB, não haveria maneira de os bancos lidarem com isso. Como não teremos isso, eles estão bem. O sistema está alavancado dos dois lados. Por isso, parece que teremos qualquer coisa, menos estabilidade", comentou Lorenzo DiMattia, gerente do fundo de hedge Sibilla Global Fund.
As ações dos bancos estavam entre as que mais subiram, tanto as daqueles que não precisarão levantar capital, como JPMorgan Chase (+10,50%), American Express (+9,36%), Goldman Sachs (+4,38%), Fifth Third Bancorp +58,81%), como aqueles que terão de fazer isso (Citigroup +5,51%, Bank of America +4,89%, Wells Fargo +12,80%); os ADRs de bancos estrangeiros também subiram, entre eles Deutsche Bank (+9,87%) e Mitsubishi UFJ (+10,86%).
O sentimento otimista quanto à economia beneficiou ações como General Electric (+4,08%), Boeing (+5,28%) e Caterpillar (+4,54%). No setor de tecnologia, as ações da Intel caíram 3,04% e as da IBM recuaram 1,07%. As ações da agência semigovernamental de crédito hipotecário caíram 2,27%, depois de ela anunciar que teve um prejuízo líquido de US$ 23,2 bilhões no primeiro trimestre e que precisará de mais US$ 19 bilhões em recursos do governo. As da seguradora AIG, que havia divulgar resultados ontem depois do fechamento, subiram 3,08%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 164,80 pontos (1,96%), em 8.574,65 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 22,76 pontos (1,33%), em 1.739,00 pontos. O S&P-500 subiu 21,84 pontos (2,41%), para fechar em 929,23 pontos. Na semana, o Dow acumulou uma alta de 4,41%, o Nasdaq, um ganho de 1,15% e o S&P-500, um avanço de 5,89%. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa acumula ganho de 38,51% em nove semanas

por Agência ESTADO
08 de Maio de 2009 18:04

O relatório do mercado de trabalho norte-americano não comprometeu e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou hoje sua nona semana de elevação, período no qual os ganhos superam o desempenho acumulado de 2009. As ações de Petrobras e de BM&FBovespa conduziram o avanço, mas a garantia para a valorização veio de Wall Street, onde as Bolsas também fecharam no azul.
O índice Bovespa (Ibovespa) encerrou a sexta-feira na máxima pontuação do dia, em alta de 2,67%, aos 51.395,99 pontos. Nesta semana (e no mês), acumulou ganho de 8,68%, e nas nove semanas em que subiu até agora a valorização atinge 38,51%. Em 2009, o índice acumula elevação de 36,87%. Na pontuação mínima do dia, o Ibovespa atingiu 50.051 pontos (-0,01%). O giro financeiro totalizou R$ 4,984 bilhões (dado preliminar).
A volta ao terreno positivo depois de uma breve realização de lucros ontem foi garantida pelo dado 'menos pior' do que as previsões do relatório de abril sobre vagas de trabalho nos Estados Unidos, o que deu continuidade ao fluxo de entrada de investidores estrangeiros no Brasil.
Um relatório do Citigroup também pode entrar na conta da Bolsa hoje. Os estrategistas de ações para América Latina da instituição elevaram a recomendação para o mercado de ações brasileiro de "neutra" para "overweight" (acima da média) em sua carteira regional, colocando-o como "top pick" entre os mercados latino-americanos. O Citigroup elevou também a meta para o índice Bovespa de 55.000 pontos para 60.000 pontos no final do ano.
Nos EUA, em abril, foram fechadas 539 mil vagas de trabalho, número inferior aos 610 mil cortes esperados e o menor desde o corte de 380 mil empregos registrado em outubro do ano passado. A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 8,9% no mês passado, mas ficou em linha com a estimativa.
E se os dados de emprego agradaram, o resultado dos testes de estresse dos bancos americanos conhecido ontem após o fechamento do mercado também não atrapalhou, uma vez que a leitura também foi de que os números foram melhores do que as previsões.
Mesmo que os testes mostraram a necessidade de 10 de 19 bancos levantar US$ 75 bilhões em capital, foram as instituições financeiras que garantiram a alta das Bolsas americanas hoje. O Dow Jones terminou em +1,96%, aos 8.574,65 pontos, o S&P com +2,41%, aos 929,23 pontos, e o Nasdaq com +1,33%, a 1.739,00 pontos. Bank of America avançou 4,89%, Citigroup, 5,51%, JPMorgan, 10,50%, e American Express, 9,36%.
No Brasil, os bancos avançaram, mas os ganhos foram modestos em relação a seus pares. Bradesco PN teve a maior variação do segmento (+2,76%), seguido por BB ON (+1,65%) e Itaú Unibanco PN (+1,17%).
Os destaques ficaram com BM&FBovespa e Petrobras, embora, à tarde, Vale e siderúrgicas tenham ampliado os ganhos vistos mais cedo. Com a volta dos estrangeiros e, consequentemente, maior volume negociado na Bolsa, é natural que as ações da instituição também avancem. Hoje, BM&FBovespa ON foi a segunda maior alta do Ibovespa, ao subir 7,79%, a R$ 10,10. Em maio, já acumula 14,26% de alta. A empresa divulga seu balanço trimestral na próxima terça-feira.
Petrobras acompanhou a alta firme do petróleo no exterior. O contrato da commodity para junho terminou em elevação de 3,39%, a US$ 58,63. Uma das justificativas para a alta é a expectativa dos investidores de que a retomada da economia já tenha começado e que isso significará maior demanda pelo produto. Petrobras ON subiu 3,48% e PN, 3,19%.
Em dia de queda dos metais básicos, Vale conseguiu subir, embora operadores tenham citado que o balanço do primeiro trimestre ainda pesa um pouco sobre as ações. A ON avançou 1,43% e a PNA, 2,09%.
No setor siderúrgico, CSN ON avançou 3,49%, Usiminas PNA, 3,12%, Gerdau PN, 2,85%, e Metalúrgica Gerdau PN, 3,18%. O UBS Pactual rebaixou de "compra" para "neutra" a recomendação para os papéis da Gerdau, na esteira da divulgação dos resultados da companhia no primeiro trimestre de 2009, mas elevou de R$ 18,50 para R$ 21,00 por ação o preço-alvo, com o objetivo de refletir o valor atribuído à companhia no longo prazo.