quarta-feira, 25 de março de 2009

NY fecha em alta com recuperação de ações financeiras

por Agência ESTADO
25 de Março de 2009 18:52

O mercado de ações norte-americano fechou em alta modesta, graças a uma recuperação nos minutos finais dos papéis financeiros, tais como JPMorgan, e de construtoras, como a Toll Brothers, em meio a sinais adicionais de estabilização do mercado de moradia.
No meio da sessão, as ações foram para o território negativo depois da fraca demanda em um leilão de T-Notes de 5 anos e da fracassada venda de 1,75 bilhão de libras esterlinas em bônus de 40 anos, a 4,25%, pelo Tesouro britânico. A proporção ofertas feitas/ofertas aceitas (bid-to-cover), um indicador de demanda, do leilão de gilts ficou em apenas 0,93, bem abaixo de 2,03 do leilão anterior, realizado em 4 de fevereiro. Esta foi a primeira vez que um leilão convencional de gilts fracassa desde 1995. A fraca demanda nesses dois leilões sugere que os investidores estão recusando aqueles títulos de dívida soberana.
Os leilões de bônus governamentais sugere um custo dos esforços de estímulo econômico. O temor é uma "incapacidade dos governos de controlar as taxas de juro, que é a próxima consequência involuntária da forte emissão de moeda e está vindo mais cedo do que o esperado", disse Lorenzo Di Mattia, gerente de fundo hedge da Sibilla Global Fund. "Isso significa que as pessoas não compram bônus governamentais. Como resultado, eles têm de fazer isto a taxas mais altas", acrescentou.
Mas no final da sessão, as ações financeiras recuperaram o vigor e lideraram a virada do mercado, com destaque para a alta de 8,41%. As ações do Bank of America avançaram 6,65% e Well Fargo fechou em alta de 5,94%. As ações do Citigroup caíram 1,99%, mas fecharam bem acima das mínimas do dia.
As ações da líder do setor de construção de casas, a Toll Brothers, fecharam em alta de 3,18% impulsionadas pela inesperada alta de 4,7% nas vendas de imóveis novos em fevereiro, contra uma estimativa de queda de 2,9% dos analistas.
O índice Dow Jones subiu 89,84 pontos (1,17%) e fechou em 7.749,81 pontos. O S&P-500 avançou 7,76 pontos (0,96%) e fechou em 813,88 pontos. O Nasdaq subiu 12,43 pontos (0,82%) e fechou em 1.528,95 pontos. As informações são da Dow Jones.

Siderúrgicas ajudam a garantir alta de 0,78% ao Ibovespa

por Agência ESTADO
25 de Março de 2009 17:51

O setor da construção civil e de imóveis foi o destaque da sessão nesta quarta-feira, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e nas Bolsas americanas. Nos Estados Unidos, o dado de vendas de imóveis novos apresentou surpreendente alta em fevereiro, dando gás às compras de ações. No Brasil, o governo federal anunciou finalmente o pacote da habitação, impulsionando sobretudo setores correlacionados à construção civil, como siderúrgicas, já que os papéis das construtoras, na maioria, trocaram a euforia inicial por ceticismo.
O índice Bovespa (Ibovespa) terminou o pregão em alta de 0,78%, aos 41.799,30 pontos. Na mínima, atingiu os 41.114 pontos (-0,87%) e, na máxima, os 42.623 pontos (+2,77%). No mês, acumula ganho de 9,47% e, no ano, de 11,32%. O giro financeiro totalizou R$ 4,693 bilhões hoje.
Nos EUA, o índice Dow Jones terminou com variação positiva de 1,17%, aos 7.749,81 pontos. O S&P avançou 0,95%, aos 813,88 pontos, e o Nasdaq, 0,82%, a 1.528,95 pontos. O que acabou garantindo os ganhos no final, depois de uma breve realização de lucros no meio da tarde, foram as mesmas razões que puxaram a alta na abertura: dois índices que surpreenderam positivamente.
As encomendas de bens duráveis nos EUA subiram 3,4% em fevereiro em comparação a janeiro (ante queda de 2% prevista). E as vendas de imóveis novos avançaram 4,7% em fevereiro ante janeiro, a primeira alta em 7 meses e contradizendo previsão de baixa de 2,9%.
No Brasil, a construção civil também foi o destaque da sessão, com o anúncio do plano habitacional "Minha casa, minha vida", com o objetivo de construir 1 milhão de moradias para famílias com renda de até 10 salários mínimos. Serão disponibilizados R$ 34 bilhões, dos quais R$ 16 bilhões terão subsídios da União e R$ 10 bilhões, subsídios dos recursos do FGTS.
As empresas do setor da construção civil reagiram, de cara, favoravelmente ao anúncio, embora já tenham se movimentado em torno disso nos últimos meses. Mas, no final, acabaram trocando as ordens de compras pelo ceticismo em relação ao programa, o que levou a maioria dos papéis do setor a cair.
Gafisa ON recuou 1,60%, Rossi Residencial ON, 1,94% e Cyrela ON, 0,12%. Fora do índice, MRV ON ganhou 1,06%, Klabin Segall PN perdeu 0,35%, PDG Realty ON caiu 1,05%, Rodobens ON subiu 1,33%, Tenda ON fechou em alta de 0,56% e Tecnisa ON teve queda de 3,85%. Conforme analistas ouvidos pela Agência Estado, o pacote da habitação vai beneficiar principalmente as empresas cujo foco de produção já se encaixa na fatia de renda de três a dez salários mínimos, entre elas Tenda, Rodobens Negócios Imobiliários, MRV Engenharia e PDG Realty.
As ações das siderúrgicas foram mais beneficiadas pelas notícias da construção, em especial Gerdau, que vende aços longos para esse setor. Além do pacote doméstico, também as vendas de imóveis nos EUA levaram às ordens de compras das ações. Gerdau PN acabou em alta de 5,11%, Metalúrgica Gerdau, de 4,35%, Usiminas PNA, de 2,96%, e CSN ON, de 0,78%.
As blue chips exibiram fechamento morno. Vale ON subiu apenas 0,28% e Vale PNA, 0,91%. Em relatório de hoje, a área de pesquisa do banco americano Morgan Stanley disse que sua previsão para este ano é a de queda de 30% nos preços do minério de ferro, cujas negociações devem se estender até maio ou junho. Os preços dos metais não tiveram fechamento uniforme hoje no mercado internacional.
Petrobras ON avançou 0,47% e Petrobras PN, 0,26%. O presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, voltou a falar sobre ajuste de preços dos combustíveis no mercado interno. Ele esclareceu declarações da véspera dizendo que elas não significam que a empresa não vai reduzir o preço da gasolina, mas apenas que é preciso haver estabilidade nos preços internacionais para promover tal reajuste. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em maio recuou 2,24%, a US$ 52,77 o barril.

DJI...após 24/03...suportes e resistências


Após os forte ganhos de 6% na segunda, com o detalhamento do pacote econômico de "remoção" dos "ativos tóxicos" dos balanços dos bancos, DJI devolveu 1,5% desses ganhos, por realização de lucros. Os dois últimos "candles" do gráfico diário deram formação a um possível "harami de baixa", sinalizando a reversão de tendência, que poderá será confirmada com novo fechamento em baixa, nesta quarta. Por outro lado, DJI estava operando em cima da parte superior das "bandas de bollinger", o que sugere dificuldades na retomada da alta, nesse patamar.

Suportes imediatos em 7.630, 7.550, 7.500, 6.670 e 7.460 pontos.
Resistências imediatas em 7.690, 7.770, 7.820 e 7.870 pontos.

IBOV...após 24/03...suportes e resistências


Após a forte euforia dos mercados com a possibilidade de "remoção" dos ativos podres dos balanços do sistema financeiro americano, na segunda-feira, com o Ibovespa em alta de 6%; nesta terça, o mercado realizou com queda de 2,27%, devolvendo parte desses ganhos. Os "candles" dos últimos dois pregões, do gráfico diário deram formação a um "harami de baixa", que poderá se confirmado, com a continuidade da realização iniciada no pregão de ontem. Os indicadores do gráfico diário continuam fortemente "sobrecomprados", sinalizando a possibilidade da continuidade dessa tendência de queda.

Suportes imediatos em 40.900, 40.660, 40.434 e 40.070 pontos.
Resistências imediatas em 41.500, 41.840, 42.450 e 42.950 pontos.