segunda-feira, 15 de setembro de 2008

DJI...após 15/09...fortíssima queda, levou pra baixo dos 11 mil pontos...


DJI abriu na máxima em 11.429 pontos e impulsionada pelo péssimo humor dos mercados futuros em grande queda, na primeira meia-hora de pregão veio buscar suporte nos 11.085 pontos. Tentou breve reação, a partir desse suporte, conseguindo atingir resistência nos 11.260 pontos, abaixo da mínima do pregão anterior em 11.280 pontos. Daí, refluiu novamente até os 11.085 pontos, mas não conseguiu manter esse suporte, pois na última hora de pregão veio atingir a mínima em 10.917 pontos (-4,42%), no leilão de fechamento do pregão.

Análise: DJI concretizou o triângulo de queda, que vinha ensaiando há várias semanas. A queda superior a 4,4 % foi recorde nesses últimos anos, só perdendo para aquela do atentado de 11 de setembro. Ao retornar abaixo dos 11 mil pontos, provavelmente deverá estabelecer novo patamar de negociações, em torno desse valor. Se recuperar os 11.085 pontos, seu próximo objetivo de alta será a retomada do patamar dos 11.300 pontos e provavelmente dos 11.400 pontos. Em caso de continuidade da queda, o próximo objetivo projetado será os 10.910 pontos, de onde se espera alguma reação. A perda desse suporte levará DJI a testar novos objetivos de queda, primeiramente no fundo anterior, nos 10.830 pontos e posteriormente, nos 10.730 pontos. O "candle" do gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicador da predominância da pressão vendedora. Os principais indicadores do gráfico diário e o de "30 minutos" sinalizam a continuidade da queda. Os mercados futuros antes da abertura poderão confirmar (ou não) a continuidade dessa tendência.

Resistências acima de 11.085 pontos: 11.280 pontos, 11.380 pontos e 11.420 pontos.

Suportes abaixo de 11.910 pontos: 11.830, 11.730 e 11.620 pontos.

IBOV...após 15/09...queda histórica pode ter continuidade...


O Ibovespa abriu na máxima em 52.835 pontos e empurrada pelos mercados futuros em forte queda, já na primeira meia-hora de pregão veio até a mínima em 49 mil pontos. A partir daí, tentou reação até encontrar resistência nos 50.770 pontos. A persistência do péssimo humor externo fez com que o Ibov sintonizado com DJI, refluísse na última hora de pregão, até a mínima em 48.406 pontos (-7,6%), próximo ao fechamento em 48.416 pontos (-7,59%).

Análise: Em sintonia com o mau humor da crise do setor financeiro americano, com a anunciada quebra do Lehman e o socorro de última hora ao Merryl (comprado pelo Bank of America) e estampado pela forte queda nos índices futuros, já na abertura, o Ibovespa sucumbiu à avalanche de ordens de venda, vindo a finalizar o pregão com uma das maiores quedas de sua história recente. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando o forte predomínio da pressão vendedora. Os principais indicadores do gráfico diário e o de "30 minutos" sinalizam tendência de queda. A sinalização dos índices futuros, antes da abertura do pregão, poderá confirmar essa tendência.

Resistências imediatas em 48.950, 50.770, 52.000 e 52.600 pontos.

Suportes imediatos em 47.750, 47.600, 47.150, 46.100, 45.300 e 45 mil pontos.

Bovespa tem a maior queda desde 11/09/2001

por Claudia Violante da Agência Estado
15.09.2008 18h32

São Paulo - O temor de um risco sistêmico com o pedido de concordata do banco de investimentos Lehman Brothers nos Estados Unidos e a venda do Merrill Lynch para o Bank of America, além dos problemas enfrentados pela seguradora americana AIG, promoveram uma fuga do risco nos mercados globais. As bolsas desabaram pelo mundo, significando para a Bovespa o maior tombo porcentual em mais de sete anos. Apenas uma ação do índice Bovespa (Ibovespa) fechou em alta hoje, e as vendas decorreram, além da fuga dos estrangeiros, do tombo do preço das matérias-primas (commodities) com os investidores à procura de títulos do Tesouro americano (Treasuries) e ativos menos arriscados.
O Ibovespa despencou 7,59%, a maior queda desde 11 de setembro de 2001, quando havia recuado 9,17%. Em pontos, o Ibovespa retornou aos 48 mil pontos, para 48.416,33 pontos. Na máxima do dia, registrada na abertura, o índice operou praticamente estável, aos 52.386 pontos (-0,01%) e, na mínima, tocou os 48.409 pontos (-7,60%). No mês, a Bolsa acumula perdas de 13,05% e, no ano, de 24,21%. O giro financeiro somou R$ 6,57 bilhões, dos quais R$ 1,167 bilhão são do vencimento de opções sobre ações.
Antes da abertura do pregão regular, ainda no pré-mercado, o índice futuro já antecipava o que seria o dia de hoje. O Ibovespa registrou queda de 6% na primeira hora do pregão, mínima que foi renovada à tarde, com o aprofundamento das perdas em Wall Street, que terminaram na mínima pontuação do dia. O Dow Jones recuou 4,42%, aos 10.917,51 pontos, o S&P teve baixa de 4,71%, aos 1.192,69 pontos, o Nasdaq fechou em queda de 3,60%, aos 2.179,91 pontos. As perdas foram ampliadas no final da sessão com a queda livre do setor financeiro e fraqueza das ações de energia. "A crise financeira se tornou 'sistêmica'", disse Richard Bernstein, estrategista-chefe de investimentos do Merrill Lynch.
Os investidores se refugiariam nos títulos do Tesouro dos EUA. O T-Note de 2 anos foi o mais procurado e o rendimento oferecido pelo papel caiu 21,19% hoje. Esse recuo é explicado também porque os investidores passaram a precificar um corte na taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) amanhã, com 66% de chances, de 2% para 1,75% ao ano. Esta seria mais uma medida para o governo norte-americano tentar dissipar a crise, além do pacote para prover mais liquidez aos mercados anunciado ontem.
Embora tenha ampliado sua linha de financiamento, o mercado acordou sem humor algum por que o Federal Reserve não ajudou a salvar o Lehman Brothers, repetindo o que havia feito com o banco de investimentos Bear Stearns, em março. Assim, o quarto maior banco de investimentos norte-americano ficou à deriva e teve que pedir concordata. O terceiro maior banco, o Merrill Lynch, acabou se livrando de ser o próximo da fila ao ser vendido para o Bank of America (BofA), que não quis perder a viagem e arrematou a instituição. O BofA era um dos cotados a levar o Lehman, assim como o Barclays, mas ambos declinaram quando souberam que o Fed não injetaria dinheiro para a compra.
Além dos bancos, o setor financeiro americano também teve uma seguradora como protagonista dos problemas. A AIG está tentando conseguir dinheiro para sua operação e já obteve autorização do Fed de Nova York para o acesso a US$ 20 bilhões em capital de suas subsidiárias para cobrir suas necessidades operacionais. Uma reunião entre a empresa, o Fed de Nova York, o Tesouro dos EUA e autoridades reguladoras do setor de serviços acontecia esta tarde, ainda sem desfecho.
Para amanhã, o dia deve ser de mais turbulência, segundo analistas, com a abertura do mercado japonês (hoje foi feriado naquele país). Segundo o Wall Street Journal, diversos bancos japoneses estão entre os principais credores bancários do Lehman Brothers. "O tombo foi muito grande para passar em um dia. Vai ter muito fundinho quebrando. Os efeitos ainda serão longos", resumiu o gestor-gerente da Infinity Asset, George Sanders.
Apenas uma ação do Ibovespa fechou em alta hoje: Comgás PN (+0,51%).

ADRs brasileiros negociados em NY também despencam

por Carolina Ruhman da Agência Estado
15.09.2008 18h10

Os ADRs (recibos de ações) de empresas brasileiras negociados na Bolsa de Nova York espelharam o movimento de forte queda das bolsas aqui e em Wall Street e os papéis fecharam em forte queda.
Os ADRs de bancos sentiram o impacto das notícias de que o Lehman Brothers pediu concordata e o Merrill Lynch foi comprado pelo Bank of America. Os papéis do Bradesco fecharam em queda de 10,26%, em US$ 15,22; os do Itaú perderam 8,96% e fecharam em US$ 15,85; e os do Unibanco encerraram o pregão com baixa de 9,2%, em US$ 98,54.
O maior tombo do dia ficou por conta dos ADRs da Vale PN, que fecharam com baixa de 12,81%, em US$ 18,52. Todos os papéis fecharam no vermelho hoje. As perdas mais expressivas - superiores a dois dígitos - foram registradas pela Brasil Telecom (queda de 11,1% para US$ 48,06), Gafisa (-10,21% para US$ 23,56%), Gerdau (-10,27% para US$ 12,93), Petrobras ON (-11,71% para US$ 40,35), Petrobras PN (-11,86% para US$ 32,85), Vale ON (-11,25% para US$ 21,53) e CSN (-10,33% para US$ 25,53).
A TAM, que chegou a operar no positivo, encerrou o pregão com a queda mais modesta: de 1,99%, em US$ 21,21.
O índice composto de ADRs do Bank of New York fechou em queda de 5,74% (8,32 pontos), aos 136,67 pontos, enquanto o subíndice para a América Latina recuou 8,93% (31,09 pontos), para 317,12 pontos.

Dow Jones tem maior queda desde os ataques terroristas

por Suzi Katzumata da Agência Estado
15.09.2008 18h45

O mercado de ações norte-americano sofreu uma queda dramática para novas mínimas do "bear market" (mercado com tendência de baixa), com o índice Dow Jones fechando abaixo dos 11 mil pontos, em 10.917,51 pontos, ao registrar a maior queda em pontos (504,48 pontos) desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e a maior queda porcentual (-4,42%) desde julho de 2002. A liquidação no mercado foi alimentada pelas notícias de pedido de concordata do banco de investimentos Lehman Brothers Holdings e urgência da gigante do setor de seguros American International Group Inc (AIG) de levantar capital para conter a deterioração de seu valor de mercado. Além disso, o banco Merrill Lynch concordou em ser vendido ao Bank of American por US$ 50 bilhões.
O fechamento desta segunda-feira do índice Dow Jones também é o menor nível desde julho de 2006. O S&P-500 fechou abaixo de 1.200 pontos pela primeira vez desde outubro de 2005, em 1.192,69 pontos, com a maior queda porcentual (-4,71%) desde 17 de setembro de 2001, na primeira sessão após os ataques de 11 de setembro. Em pontos, o S&P-500 caiu 59,01. O Nasdaq caiu 81,36 pontos (-3,60%) e fechou com 2.179,91 pontos - nível de fechamento mais baixo desde 17 de março deste ano.
As ações aceleraram a queda na última hora de sessão, sugerindo que o impulso negativo poderá continuar amanhã através dos mercados globais, primeiro na Ásia e, na seqüência na Europa. Em um ciclo vicioso, os temores sobre as posições de capital das empresas está pesando sobre as ações e o declínio do valor dos ativos está tornando mais difícil essas companhias de levantarem capital.

Risco sistêmico

"Isto não tem precedentes", disse Anthony Conroy, chefe de transações com ações do BNY ConvergEx. "A Wall Street que conhecemos se foi e o grau de mudança e o ritmo com que está mudando" é inacreditável, acrescentou. Para Richard Bernstein, estrategista-chefe de investimentos do Merrill Lynch, a crise financeira se tornou "sistêmica". "Para a economia, significa que ficou mais difícil tomar empréstimos. É o aperto no crédito. O que se achava que seria crédito bom não é, portanto, o custo dos empréstimos subiu dramaticamente", acrescentou.
Mais cedo, o economista do Commerzbank em Londres, Peter Dixon, já havia levantado a questão do risco sistêmico nos mercados financeiros. "Os problemas hoje não estão focados em companhias individuais, mas são sistêmicos, e apesar de provavelmente não ser o momento de dizer qualquer coisa concreta sobre o futuro no longo prazo, existe um senso hoje de que o cenário financeiro mudou de maneira irrevogável", disse Dixon.
As ações da seguradora AIG despencaram 60,79%, para US$ 4,76, com os investidores preocupados de que sua exposição aos contratos derivativos lastreados em hipotecas o tornem na próxima peça do dominó a cair na crise de crédito. O governo federal dos EUA pediu ao JPMorgan Chase e ao Goldman Sachs que formem um consórcio para oferecer um crédito de US$ 70 bilhões a US$ 75 bilhões para o AIG.
As ações do Lehman Brothers despencaram 94,25% para US$ 0,21, com o aparente fim das operações do banco de 158 anos que foi obrigado a pedir concordata após o fracasso das negociações para um resgate de última hora no final de semana.

Efeito dominó

"Não há dúvidas que estamos tendo um efeito dominó", disse Art Cashin, chefe de operações no pregão da Bolsa de Nova York do banco suíço UBS. "Este é provavelmente o motivo porque o Fed (banco central americano) estava tão interessado em um casamento forçado para o Merrill Lynch. Eles provavelmente eram o próximo alvo" para os que apostam na baixa do mercado, acrescentou.
Mas um dominó pulou fora da fila, as ações do Merrill Lynch subiram 0,06% e fecharam a US$ 17,06. Mais cedo, as ações do Merrill chegaram a subir 33% em reação ao anúncio do acordo com o Bank of America. Por outro lado, as ações do Bank of America caíram 21,31%, para US$ 21,31. Também fecharam em baixa acentuada: Citigroup -15,14%, JPMorgan -10,13%, American Express -8,91% e Goldman Sachs -12,13%.
Fora do setor financeiro, as ações do setor de energia também caíram, refletindo a queda dos preços do petróleo para abaixo de US$ 100,00 por barril, pela primeira vez desde março. Segundo participantes do mercado de energia, a turbulência nos mercados financeiros reforçou os temores de deterioração da demanda por petróleo. As ações da ExxonMobil caíram 4,28% e as da Chevron fecharam em baixa de 4,93%. Dos 30 componentes do índice Dow Jones, apenas Coca-Cola fechou em alta, de 0,46%. As informações são da Dow Jones.