quinta-feira, 4 de setembro de 2008

DJI...após 04/09...O-C-O formado poderá levar abaixo dos 11 mil...


DJI abriu na máxima nos 11.532 pontos e com os índices futuros em forte queda, deu sequência à realização iniciada no pregão anterior, perdendo todos os suportes do patamar de 11.400 pontos, depois os suportes dos 11.300 pontos e finalmente os suportes dos 11.200 pontos até atingir a mínima em 11.177 pontos (- 3,09%). A partir desse último suporte esboçou uma pequena recuperação para finalizar em 11.188 pontos ( -2,99%).

Análise: DJI parece ter concluído a configuração clássica de um O-C-O ("ombro-cabeça-ombro"), ao cruzar de cima para baixo, a "linha do pescoço" na mínima do fundo anterior em 11.291 pontos. Vindo abaixo dos 11.000 pontos, DJI poderá buscar os objetivos projetados em 10.715 pontos e 10.490 pontos. Se reagir a essa forte queda e recuperar os suportes perdidos nos patamares de 11.200 e 11.300 pontos, poderá retornar ao canal de congestão anterior, com maior amplitude para oscilar entre as extremidades dessas Linhas de Tendência.

Os principais indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" sinalizam queda, apesar de se mostrarem sobrevendidos, sugerindo possibilidade de reversão. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, mostrando a predominância da força vendedora, durante todo pregão. Pelos recentes comportamentos de DJI, mostrando força para não perder os suportes conquistados, é bem possível que o desempenho esperado seja de indefinição. A provável tendência de abertura estará sendo apontada pelos mercados futuros, antes da abertura do pregão.

Acima de 11.290 poderá recuperar o patamar dos 11.400 e 11.500 pontos, com resistência nos 11.550 pontos.

Abaixo de 11.290 poderá buscar novamente suportes nos 11.100, 10.910 e 11.830 pontos.

NY tem forte queda com temor sobre economia global

por Renato Martins da Agência Estado
04.09.2008 18h35

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, refletindo o crescimento das preocupações quando à perspectiva das economias dos EUA e global. Foi o quarto dia consecutivo de queda. O índice Dow Jones teve sua quarta maior queda em pontos deste ano (e a terceira maior em termos porcentuais). Este foi o 51º pregão de 2008 no qual o Dow fechou com quedas de três dígitos, no pior desempenho desde 2002, quando o índice teve quedas de pelo menos 100 pontos em 67 ocasiões. O S&P-500 teve a maior queda desde 6 de junho.
"É iminente um derretimento econômico e do mercado de ações", escreveu o analista Albert Edwards, do banco francês Société Générale, ao revisar os lucros das empresas no segundo trimestre. Durante boa parte do ano, os preços das commodities se comportaram como se a China e outros mercados emergentes fossem capazes de contrabalançar a crise nos EUA; o sentimento, agora, é de que a desaceleração econômica está se espalhando para todo o mundo. A queda dos preços do petróleo, antes vista com alívio, por causa dos temores de inflação, agora é vista com apreensão, pois pode indicar uma redução na demanda global. Já a alta do dólar passou a ser vista como um fator negativo para as empresas industriais, cuja receita depende em grande parte das exportações.
Das 30 componentes do Dow, 29 fecharam em queda (a exceção foi Coca-Cola, com alta de 0,10%). As ações do setor financeiro estavam entre as que mais caíram, em reação a informes de que Merrill Lynch e Lehman Brothers estão enfrentando dificuldades para vender ativos para instituições estrangeiras (Lehman brothers -10,45%, Merrill Lynch - 7,48%, Bank of America -7,16%, Citigroup -6,68%, AIG -6,02%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 344,65 pontos (-2,99%), em 11.188,23 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 74,69 pontos (-3,20%), em 2.259,04 pontos. O S&P-500 caiu 38,15 pontos (-2,99%), para fechar em 1.236,83 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa fecha no menor nível em mais de 1 ano

por Claudia Violante da Agência Estado
04.09.2008 17h44

Uma safra de indicadores econômicos ruins na Europa e nos Estados Unidos promoveu uma onda de aversão a risco que conduziu o índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, ao menor nível de pontuação em mais de um ano e a encerrar esta quinta-feira na terceira maior queda porcentual de 2008.
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 3,96% - perdendo apenas para a queda de 6,6% de 21 de janeiro e de 5,01% de 19 de março - aos 51.408,5 pontos, menor pontuação desde os 49.815,1 pontos de 21 de agosto do ano passado. Com o desempenho de hoje, nas quatro sessões de setembro, o Ibovespa acumulou perdas de 7,67% e, no ano, o resultado negativo está em 19,53%. O índice oscilou hoje entre a mínima de 51.157 pontos (-4,43%) e a máxima de 53.749 pontos (+0,42%). O volume financeiro totalizou R$ 5,217 bilhões (preliminar).
E nada indica que amanhã o dia será melhor na Bolsa brasileira. Grande parte do mau humor de hoje decorreu de dados que mostraram enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano e, na sexta-feira, sai o principal indicador deste segmento, o payroll, com expectativas nada favoráveis. Segundo analistas, não é impossível o Ibovespa romper os 50 mil pontos. Mas isso ainda não serve de justificativa para revisões nas previsões de 2008: eles ainda prevêem fechamento de 65 mil a 75 mil pontos.
Nesta quinta-feira, as notícias ruins vieram da Europa, com a revisão em baixa do PIB da zona do euro e dados de enfraquecimento da demanda doméstica na Alemanha. Nos Estados Unidos, o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 15 mil na última semana, ante expectativa de que cairia 5 mil.
Em Wall Street, o índice Dow Jones recuou 2,99%, aos 11.188,2 pontos, o S&P terminou em queda de 2,99%, aos 1.236,82 pontos, e o Nasdaq recuou 3,20%, para 2.259,04 pontos.
O sinal de enfraquecimento da atividade econômica levou os investidores a se desfazerem de ativos de risco, o que responde pela fuga de estrangeiros vista hoje na Bovespa. As ações relacionadas a commodities (matérias-primas) caíram e reforçaram as vendas em Vale e Petrobras, que caíram mais de 3%.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato com vencimento em outubro do petróleo terminou em US$ 107,89 (queda de 1,34%). Petrobras ON perdeu 3,67%, PN, -3,53%, Vale ON, -3,03%, e PNA, -3,11%. Apenas seis ações do Ibovespa não caíram e as maiores altas foram Comgás PNA, +1,59%, e CCR ON (+0,71%).