quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bolsa de NY fecha em alta com ajuda de indicadores

por Agência ESTADO
01 de Julho de 2009 20:01

As notícias econômicas ajudaram a empurrar o mercado de ações norte-americano em alta no primeiro dia do terceiro trimestre, uma vez que reforçaram as apostas de que o ritmo da recessão está desacelerando. Pela manhã, o indicador de atividade industrial mostrou uma moderação no declínio, enquanto uma medida de atividade futura para o mercado de moradia - gastos com construção - subiu pelo quarto mês seguido em maio. "Os dados do mercado de moradia parecem ter se tornado um pouco melhor ao longo dos últimos meses", disse Thomas Nyheim, um gerente de carteira do Christiana Bank & Trust. Os investidores estão vendo tais dados como um indicador de uma perspectiva melhorada para a economia, disse.

Entre as notícias corporativas, as ações da General Mills subiram 3,86% depois da fabricante de cereais ter anunciado um lucro acima do esperado no seu quarto trimestre fiscal. A General Mills também melhorou sua previsão para o próximo ano fiscal, citando moderação nos preços de matérias primas e esforços internos para reduzir custos.

As notícias da General Mills ajudou a dar suporte a outras empresas do setor de alimentos e de consumo: Kraft Foods +5,01%, HJ Heinz +3,03%.

As ações da Ford Motor caíram 2,64% depois da montadora ter anunciado uma queda de 11% nas vendas em junho em comparação com igual mês do ano passado, uma queda mais modesta em comparação com a dos meses anteriores. Contudo, a Ford foi a exceção, com a maioria das montadores anunciando declínios mais acentuados nas vendas. A GM anunciou uma queda de 33% nas vendas, enquanto a Chrysler registrou um declínio de 42%. As ações da GM caíram 16,74% para US$ 0,91.

O índice Dow Jones subiu 57,06 pontos (0,68%) e fechou com 8.504,06 pontos. O Nasdaq avançou 10,68 pontos (0,58%) e fechou com 1.845,72 pontos. O S&P-500 subiu 4,01 pontos (0,44%) e fechou com 923,33 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ações da Petrobras pesam, mas Ibovespa sobe 0,15%

por Agência ESTADO
01 de Julho de 2009 17:41

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciou julho colada às Bolsas norte-americanas e, embora tenha acompanhado o sinal positivo em Wall Street, acabou devolvendo grande parte dos ganhos no final do pregão. Além das Bolsas de Nova York também terem perdido um pouco o vigor, as ações da Petrobras, que foram destaque negativo durante quase toda a sessão na Bovespa, ampliaram as perdas no fim. As ações da Vale e de siderúrgicas, por outro lado, influenciaram as compras, reagindo a um bom indicador divulgado na China.

O índice Bovespa (Ibovespa) abriu o segundo semestre do ano com variação positiva de 0,15%, aos 51.543,78 pontos. Na pontuação mínima do dia, o índice atingiu 51.464 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 52.383 pontos (+1,78%). No acumulado do ano até hoje, o ganho é de 37,27%. O giro financeiro no dia totalizou R$ 5,576 bilhões. Os dados são preliminares.

Foram divulgados hoje nos EUA dados sobre o mercado de trabalho no setor privado, um dos principais indicadores do dia, mas que foi ofuscado por outros mais animadores. E essa tendência acabou sendo benéfica às ações, já que o número norte-americano foi pior do que as previsões. Segundo a ADP, foram fechadas em junho 473 mil vagas de trabalho nos Estados Unidos, 73 mil a mais do que as previsões dos analistas. O dado é considerado uma prévia do "payroll", o dado oficial e que inclui todos os segmentos, que será divulgado amanhã. A previsão para este dado é de corte de 350 mil vagas em junho.

O dado da ADP não teve força para suplantar os efeitos dos demais indicadores internacionais. Um dos mais animadores, principalmente para a Bovespa, saiu na China. O índice de atividade industrial dos gerentes de compra (PMI), divulgado pela Federação Chinesa de Logística & Compra (oficial), passou de 53,1 em maio para 53,2 em junho, pelo quarto mês seguido acima dos 50 pontos, que indicam expansão. Já o índice dos gerentes de compra PMI CLSA China, compilado pela empresa britânica de pesquisa Markit Group, aumentou para 51,8 em junho, de 51,2 em maio, no terceiro mês consecutivo acima de 50.

Esses números, na avaliação do analista da SLW Pedro Galdi, são a principal razão para a alta das ações da Vale e de siderúrgicas, ainda sustentadas pelo fechamento em elevação dos preços dos metais. "A China tem sido uma grande estímulo para as ações da Vale e siderurgia", comentou ao lembrar que a discussão em torno do preço do minério de ferro vendido pela brasileira às siderúrgicas do país logo devem ter uma solução.

Vale ON terminou o pregão de hoje com valorização de 0,38% e Vale PNA subiu 0,90%. Gerdau PN teve alta de 0,44%, Metalúrgica Gerdau PN fechou estável, Usiminas PNA subiu 2,62% e CSN ON virou a minutos do fim, para um recuo de 0,14%.

Além do indicador chinês, também estimulou ordens de compras o PMI da zona do euro, que subiu para a máxima em nove meses de 42,6 em junho, ante 40,7 em maio e leitura preliminar de 42,4. Já o PMI do Reino Unido avançou para 47,0 em junho, o maior nível em 13 meses, de 45,4 em maio. Também teve um bom dado no Japão, que anunciou que o índice consolidado de confiança das grandes indústrias evoluiu do recorde negativo de -58, registrado em março, para -48 em junho.

Em Wall Street, o índice Dow Jones terminou em elevação de 0,68%, aos 8.504,06 pontos, o S&P avançou 0,44%, aos 923,33 pontos, e o Nasdaq subiu 0,58%, aos 1.845,72 pontos.

No Brasil, Petrobras foi destaque de baixa, pressionada pela queda dos preços do petróleo depois que os dados de estoques nos EUA mostraram aumento superior às expectativas. As ações foram ampliando as perdas ao longo da tarde e levaram a uma diminuição da alta do índice à vista. Petrobras ON fechou com perda de 2,57% e Petrobras PN caiu 2%.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em agosto recuou 0,83%, para US$ 69,31 por barril. Segundo o Departamento de Energia, os estoques comerciais de petróleo dos EUA caíram 3,7 milhões de barris na semana encerrada em 26 de junho, ante expectativa de queda de 2,1 milhões de barris. Os estoques de gasolina cresceram 2,3 milhões de barris, ante expectativa de aumento de 1,9 milhão de barris.