sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ibovespa cai 1,24% hoje e perde 6,43% em agosto

por Claudia Violante da Agência Estado
29.08.2008 17h34

A Bovespa terminou agosto da mesma forma que começou: em baixa. No último pregão do mês, o Ibovespa, principal indicador, acompanhou as perdas das bolsas norte-americanas e também das commodities (matérias-primas) e recuou 1,24%, aos 55.680,4 pontos. Com isso, pelo terceiro mês seguido acumulou perdas, de 6,43% em agosto, o que ampliou o recuo de 2008 para 12,84%. Na semana, o índice recuou 0,30%.
Hoje, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 55.678 pontos (-1,25%) e a máxima de 56.856 pontos (+0,84%). O giro financeiro do pregão somou R$ 4,771 bilhões, sendo que mais de R$ 1 bilhão foi registrado na última meia hora do pregão. No registro até ontem, contudo, agosto teve a menor média diária do ano, de R$ 4,811 bilhões, segundo o site da Bovespa.
Nas Bolsas de Nova York, o índice Dow Jones perdeu 1,46%, o S&P teve baixa de 1,37% e o Nasdaq caiu 1,83%. Os resultados ruins da Dell e o indicador fraco de renda pessoal prejudicaram as ações, embora a inversão do preço do petróleo para baixo tenha diminuído um pouco a pressão de venda sobre os papéis.
A fabricante de computadores norte-americana Dell anunciou ontem à noite queda de 17% no lucro líquido do segundo trimestre deste ano, para US$ 0,31 por ação, enquanto os analistas esperavam US$ 0,36. Já o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE) cresceu 0,6% em julho em relação a junho, depois de subir 0,7% em junho. O aumento do índice ficou levemente acima da alta de 0,5% prevista pelos economistas, mas o núcleo do indicador, sem os preços voláteis de energia e alimentos, acertou as apostas de elevação de 0,3%. O que desagradou, no entanto, foi o dado de renda pessoal, que caiu 0,7%, ante -0,4% previsto, e foi a maior queda desde agosto de 2005.
No final do pregão, o contrato futuro de petróleo com entrega em outubro recuou 0,11% na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 115,46 por barril, favorecendo as bolsas americanas, mas ajudando a ampliar as perdas da Bovespa ao pesar sobre os papéis da Petrobras. Petrobras PN perdeu 1,27% e ON, 1,48%; ambas as ações fecharam na mínima cotação do dia, de respectivamente R$ 34,90 e R$ 42,66. Vale, outro papel de primeira linha, caiu hoje na esteira dos metais. A ação ON cedeu 0,75% e a PNA, 1,81%.
Na segunda-feira, com o feriado nos EUA do Dia do Trabalho, o pregão deve ser de marasmo na Bovespa, piorando ainda mais a média de volume financeiro diário. Com isso, qualquer operação tem peso para puxar o índice, mas os analistas apostam que há esaço para setembro começar em alta.

Bolsa de NY fecha em queda com indicadores e furacão

por Renato Martins da Agência Estado
29.08.2008 18h14

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, depois de três dias consecutivos de altas. A queda do indicador de renda pessoal em julho (-0,7%) e a elevação do núcleo do índice de preços dos gastos com consumo (+2,4% em relação a julho do ano passado), um dia depois da revisão para cima do crescimento do Produto Interno Bruto no segundo trimestre, foram um lembrete ao mercado sobre as condições da economia. O mercado também esteve atento à tempestade tropical Gustav, que ganhou força durante o dia e tornou-se um furacão categoria 1 (ventos de 119 km/h a 153 km/h) e avançou na direção da região produtora de petróleo do Golfo do México. "A tempestade traz uma ameaça séria a vidas e à propriedade ao longo da costa do Golfo, com previsão de que chegue à terra na noite de segunda-feira ou na manhã de terça", disse a empresa de meteorologia Accuweather.com.
Todas as 30 componentes do índice Dow Jones fecharam em queda. O destaque negativo foi General Motors, com baixa de 3,29%, depois de a empresa anunciar um recall de 944 mil veículos, por causa do risco de incêndio. As ações do setor de tecnologia também caíram, depois de a Dell divulgar o resultado do segundo trimestre (Dell despencou 13,80%, Intel cedeu 3,05% e Microsoft recuou 2,33%). No setor financeiro, as ações das agências de crédito hipotecário, que haviam subido nos seis pregões anteriores, devolveram parte dos ganhos (Fannie Mae caiu 13,96% e Freddie Mac perdeu 14,58%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,46%, em 11.543,96 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,83%, em 2.367,52 pontos. O S&P-500 caiu 1,37%, para 1.282,83 pontos. O NYSE Composite recuou 0,99%, para 8.382,11 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,72%, o Nasdaq, uma perda de 1,95% e o S&P-500, uma baixa de 0,73%. No mês de agosto, o Dow Jones acumulou uma alta de 1,46%, o Nasdaq, um avanço de 1,80% e o S&P-500, um ganho de 1,22%. No ano de 2008, o Dow Jones acumula uma queda de 12,97%, o Nasdaq, uma perda de 10,74% e o S&P-500, uma baixa de 12,64%. O mercado estará fechado na próxima segunda-feira, por causa do feriado do Dia do Trabalho nos EUA. As informações são da Dow Jones.

INDV08...após 28/08...continua em tendência de alta, com muita volatilidade...


O INDV 08 (índice futuro do Ibovespa com venc em out/08) abriu com "gap de alta" em 56.700 pontos, foi até a primeira máxima em 57.320 pontos, ainda na primeira hora de pregão. Daí, refluiu até encontrar suporte em 56.600 pontos. Com a recuperação dos 11.700 pontos por DJI, o INDV08, retomou novamente a alta, rompendo o topo anterior nos 57.320 até atingir nova máxima em 57.500 pontos. Finalizou em 57.400 pontos.

Análise: O "candle" formado no gráfico diário é do tipo "marubozu" vazio, indicando predomínio da força compradora, ainda que com certa volatilidade. Os principais sinalizadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos" também apontam para a tendência de alta.

Considerando a possível interferência dos índices futuros americanos antes da abertura, poderemos ter várias alternativas de suporte na primeira hora de pregão, se abrir em baixa: 56.870 e 56.600 na LTA intraday recente.
Abrindo em alta, resistências na primeira hora de pregão: 57.850 e 58.400 pontos.

IBOV...após 28/08...mantém ainda tendência de alta...


O Ibovespa abriu na mínima em 55.515 e seguiu em alta até encontrar resistência em 56.300 pontos. A partir daí, refluiu até encontrar novo suporte nos 55.800 pontos. Com a confirmação de DJI se mantendo em alta acima dos 11.700 pontos, o IBOV retomou com vigor os 56 mil pontos vindo encontrar resistência na máxima em 56.523 pontos. Finalizou logo após em 56.382 pontos (+1,55%).

Análise: O "candle" formado no gráfico diário é outro "marubozu" vazio, indicando a continuidade de predomínio da força compradora. Mantendo-se acima dos 56.400 pontos o Ibovespa buscará seus objetivos de alta nos 57 mil e nos 58 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam a tendência de alta, como também no gráfico de "30 minutos". Apesar da indefinição provocada pelo cenário externo, a principal tendência ainda é a de alta. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura poderão confirmar (ou não) essa tendência.

Abaixo de 56.400 suportes em: 55.515, 55.160, e 54.890 pontos.
Acima de 56.400 pontos resistências em: 56.800, 57.550 e 57.930 pontos.

DJI...após 28/08...forte alta deixou indicadores "sobrecomprados"...


DJI abriu na mínima em 11.500 pontos e com os índices futuros em alta, subiu até romper primeiramente a resistência nos 11.600 pontos, e na segunda metade do pregão oscilou em torno da forte resistência em 11.700 pontos. Na última meia hora de pregão, reagiu com vigor para finalizar na máxima em 11.715 pontos (+1,85%).

Análise: Números favoráveis e inesperados da revisão do PIB americano para cerca de 3,3% no trimestre, ao invés dos 2,7% previstos pelo mercado, deram o humor mecessáro para DJI romper novamente o patamar dos 11.700 pontos. Para esta sexta estão reservados os números dos gastos dos consumidores (9:30h), o nível de atividade industrial (10:45h) e o sentimento do mercado levantado pela Universidade de Michigan (11:00h), além de alguns resultados corporativos. Espera-se novamente boa volatilidade, em função da "digestibilidade" desses resultados pelo mercado.

No gráfico de "30 minutos" os principais indicadores se encontram bastante sobrevendidos, sinalizando possibilidade de realização. Os principais indicadores do gráfico diário se mostram em tendência de alta. Essa indefinição será dissipada pelos índices futuros americanos antes da abertura, que poderão sinalizar qual a efetiva tendência para DJI.

Acima dos 11.590 pontos, objetivos de alta em 11.743 e 11.840 pontos.
Abaixo de 11.590 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.466, 11.424 e 11.343 pontos.