segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Bolsa de NY fecha em alta com indicadores e empresas

por Agência ESTADO
26 de Janeiro de 2009 20:02

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em alta, em dia marcado por informes de resultados de empresas, anúncios de demissões, a notícia de uma grande fusão e indicadores econômicos positivos. Com a temporada de divulgação de resultados financeiros do quarto trimestre em pleno andamento, os investidores e gestores de fundos estão acompanhando os planos de grandes empresas para reduzir suas folhas de pagamento, em busca de sinais que ajudem a determinar quais delas vão sobreviver num ambiente de recessão e crédito apertado.
O índice Dow Jones fechou em alta de 38,47 pontos, ou 0,48%, em 8.116,03 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 12,17 pontos, ou 0,82%, em 1.489,46 pontos. O S&P-500 subiu 4,62 pontos, ou 0,56%, para fechar em 836,57 pontos. O NYSE Composite subiu 49,06 pontos, ou 0,94%, para 5.244,61 pontos.
As ações da indústria de tratores e máquinas Caterpillar caíram 8,38%, depois de a empresa divulgar resultados e anunciar 20 mil demissões. "A Caterpillar é um dos desafios mais fascinantes para quem está acompanhando ações. Ela anunciou um grande número de demissões e lucros decepcionantes, mas deverá se beneficiar dos projetos de infraestrutura do novo governo. Pode não ser uma perspectiva forte para o curto prazo, mas certamente apresenta risco baixo", comentou Stephen Lieber, do Alpine Dynamic Balance Fund.
Já as ações da rede de lojas de móveis e materiais de decoração Home Depot subiram 4,65%, depois de a empresa anunciar o corte de 8 mil vagas e o fechamento de uma unidade de produtos de luxo; os analistas do Citigroup elevaram sua recomendação. No setor de telecomunicações, as ações da Sprint Nextel subiram 1,22%, em reação a seu informe de resultados. Também divulgaram resultados a mineradora Freeport McMoRan Copper & Gold (+9,34%) e o McDonald's (+0,65%). Entre as empresas que divulgariam resultados depois do fechamento, os destaques foram Texas Instruments (-1,47%) e American Express (-5,00%).
No setor farmacêutico, as ações da Pfizer caíram 10,32% e as da Wyeth recuaram 0,80%, depois de anunciado um acordo para a compra da Wyeth pela Pfizer por US$ 68 bilhões.
As ações do setor financeiro abriram em queda, mas passaram a subir depois de o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, dizer que a parcela restante de US$ 350 bilhões do Programa de Alívio para Ativos Problemáticos (Tarp) será usada de forma diferente da primeira, disponibilizada pelo governo Bush; o foco, acrescentou, será o consumidor. O impulso de alta, porém, durou pouco e as ações do setor fecharam em queda (Citigroup recuou 4,03% e Bank of America perdeu 3,85%). As informações são da Dow Jones.

Bovespa cola em Nova York e fecha em alta de 0,99%

por Agência ESTADO
26 de Janeiro de 2009 18:30

A Bovespa trabalhou colada ao desempenho das bolsas norte-americanas nesta segunda-feira, o que significou, depois de uma abertura titubeante, várias horas de ganhos expressivos, graças aos indicadores favoráveis nos EUA e notícias positivas do setor bancário europeu. Perto da última hora da sessão doméstica, entretanto, as bolsas nos EUA passaram a oscilar bastante num sobe-e-desce que também chegou à Bovespa. No final, entretanto, o sinal positivo se sobrepôs.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa doméstica, iniciou a semana em elevação de 0,99%, aos 38.509,45 pontos. Na mínima, tocou os 37.831 pontos (-0,79%) e, na máxima, os 39.065 pontos (+2,45%). No mês, a Bovespa sobe 2,56%. O giro financeiro, mais fraco em inícios de semana, totalizou R$ 3,056 bilhões.
Perto do final do pregão doméstico, os papéis do setor financeiro pesaram em Nova York, principalmente no índice Dow Jones. A Bovespa acompanhou durante alguns momentos, também influenciada pela fraqueza das ações dos bancos. Mas as perdas foram sendo reduzidas lá e favoreceram a recuperação doméstica.
Antes disso, os investidores foram às compras motivados pelo crescimento das vendas de imóveis residenciais usados nos Estados Unidos. Com a queda média de 15% nos preços ante dezembro de 2007, as vendas de imóveis residenciais usados aumentaram 6,5% em dezembro ante novembro, para 4,74 milhões de unidades. A previsão era de que fossem registradas 4,4 milhões de vendas.
A esse índice seguiu-se outro igualmente favorável, o de indicadores antecedentes do Conference Board, que subiu 0,3% em dezembro, em comparação a um declínio de 0,4% em novembro. Os dois índices se sobrepuseram ao dado de atividade nacional medido pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Chicago, que piorou para -3,26 em dezembro, de -2,78 em novembro, e também às seguidas demissões efetivadas hoje. Pelas contas da Dow Jones, foram mais de 79 mil nos EUA, Europa e Japão. No Brasil, apenas as indústrias paulistas demitiram 130 mil no mês de dezembro, o que levou o balanço do ano, que registrava criação de vagas até novembro, a encerrar 2008 com o fechamento de sete mil vagas, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Às 18h18 (de Brasília), o Dow Jones operava em alta de 0,44%; o S&P, de 0,61%; e o Nasdaq, de 0,61%. As bolsas norte-americanas também foram influenciadas pelas notícias do setor bancário europeu, que garantiram também fechamento em alta às bolsas na região.
Os investidores gostaram do comentário do Barclays de que seus níveis de capital estão "bem acima" das exigências regulatórias e que por isso não precisa levantar mais fundos; da declaração do presidente do conselho do Santander, Emilio Botin, de que o grupo espera divulgar resultados "magníficos" de 2008; e do anúncio do ING de corte de despesas com a eliminação de 7 mil empregos e de que assinou um acordo com o governo da Holanda que garantirá 80% de suas hipotecas chamadas "Alt-A". Fora do eixo bancário, a Pfizer anunciou a compra da Wyeth, por US$ 68 bilhões em dinheiro e ações.
Diante de tal noticiário, os investidores deixaram em segundo plano os balanços fracos conhecidos hoje, entre eles o da Philips, do BNP Paribas e do McDonald's.
No Brasil, a Bovespa foi sustentada por Petrobras e Vale e ajudada pelos papéis do Banco do Brasil. Quando Wall Street virou para baixo, o peso recaiu sobre Petrobras e os papéis de bancos. As ações da estatal doméstica voltaram a subir com a recuperação de Nova York. Os papéis ON avançaram 1,24% e os PN, 0,89%. O petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York recuou 1,59%, para US$ 45,73.
Os investidores não gostaram muito do plano de investimentos anunciado na sexta-feira pela estatal, com o planejamento de 2009 a 2013, principalmente no que se refere ao elevado aporte de recursos em meio a uma crise econômica sem precedentes.
As ações da Vale acompanharam a recuperação dos preços dos metais no mercado externo e subiram 1,88% as ON e 2,47% as PNA. Banco do Brasil, por sua vez, esteve entre as maiores altas do Ibovespa por causa da revisão que a instituição fez nos cálculos de ativos e passivos atuariais, o que vai gerar um impacto positivo de R$ 2,520 bilhões no lucro do quarto trimestre de 2008. A ação ON avançou 6,09%.

DJI...após 23/01...suportes e resistências


DJI realiza um movimento lateralizado, porém em tendência de baixa. Nesse movimento, apesar de buscar fundos cada vez menores, tem procurado ainda se manter acima dos 7.900 pontos. A perda definitiva desse fundo, poderá levar DJI a buscar suporte nos 7.500 pontos.

Suportes imediatos em 7.980, 7.940, 7.900, 7.850 e 7.800 pontos.
Resistências imediatas em 8.090, 8.110 e 8.150 pontos.

IBOV...após 23/01...suportes e resistências


O Ibovespa está em um movimento lateral, porém com tendência secundária de baixa, com grande volatilidade, fazendo com que as mínimas se aproximem cada vez mais dos 36 mil pontos. Reversão desta tendência baixista, somente com a retomada dos 40 mil pontos. Fechamento abaixo dos 36 mil pontos, poderá sinalizar que o Ibovespa refluirá para buscar suporte nos 34 mil pontos.

Os suportes imediatos estão em 38.000, 37.700, 37.400, 37.280, 36.530 e 36.300 pontos.

As resistências imediatas estão em 38.400, 39.000 e 39.300 pontos.

Commodities...perspectivas para a última semana de janeiro


Fonte: Bloomberg

Situação em 23/01

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 898.98 26.86 873.21 903.43 866.80
S&P GSCI 350.51 12.97 331.76 352.83 329.43
RJ/CRB Commodity 225.79 7.10 218.78 226.05 217.86
Rogers Intl 2554.60 94.00 2444.75 2571.84 2419.09


Situação em 16/01

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 906.39 7.35 907.73 918.92 901.39
S&P GSCI 343.10 -.93 346.84 351.27 340.32
RJ/CRB Commodity 221.09 2.18 219.34 221.43 218.91
Rogers Intl 2505.27 8.20 2508.32 2552.35 2487.04


Variação semanal 23/01 a 16/01

INDICE Fechamento (23/01) Fechamento(16/01) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 898.98 906.39 -0,81%
S&P GSCI 350.51 343.10 +2,16%
RJ/CRB Commodity 225.79 221.09+2,13%
Rogers Intl2554.60 2505.27 +1,97%

Análise:

O mercado de commodities na terceira semana útil do ano, reverteu parcialmente a queda iniciada nas duas últimas semanas anteriores, fazendo com que os principais índices, subissem em média +1,36% nessa terceira semana de 2009. Os preços das commodities continuam ainda defasados em mais de 1/3 se comparados aos de um ano atrás. Para esta última semana de janeiro, espera-se a continuidade da recuperação de preços à medida em que o mercado conhecerá com melhor detalhamento o plano econômico de Barack Obama, e a possibilidade de aprovação do congresso americano do pacote de U$ 850 bilhões.