segunda-feira, 13 de abril de 2009

Bolsa de NY se recupera no final com alta dos bancos

por Agência ESTADO
13 de Abril de 2009 19:03

O mercado de ações norte-americano reduziu as perdas no final da sessão, impulsionado pelos ganhos dos papéis dos bancos. Contudo, o fantasma de uma concordata da General Motors impediu o índice Dow Jones de fechar em alta. Logo após o encerramento da sessão, o mercado foi surpreendido pela antecipação do balanço do primeiro trimestre do Goldman Sachs, que anunciou um lucro acima do esperado e mais uma oferta pública de US$ 5 bilhões em ações ordinárias, com o qual pretende pagar o empréstimo tomado através do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês) do Tesouro americano.
O índice Dow Jones caiu 25,57 pontos, ou 0,32%, e fechou em 8.057,81 pontos. O S&P-500 avançou 2,17 pontos, ou 0,25%, e fechou em 858,73 pontos, seu melhor nível desde fevereiro. O Nasdaq subiu 0,77 ponto, ou 0,05%, e fechou em 1.653,31 pontos, enquanto o NYSE Composite avançou 33,84 pontos, ou 0,63%, e fechou em 5.410,28 pontos.
No pregão regular desta segunda-feira, as ações do Goldman Sachs fecharam em alta de 4,68%. O banco anunciou um lucro de US$ 3,39 por ação sobre uma receita de US$ 9,43 bilhões no primeiro trimestre, resultado que superou as expectativas dos analistas. Além da oferta de ações, o banco também disse que estava reduzindo seu dividendo trimestral.
"A corrida para devolver o dinheiro ao governo já começou", disse Lorenzo Di Mattia, gerente do fundo hedge Sibilla Global Fund. Ele acrescentou que o Goldman pode ser o único banco que tem recursos para devolver o empréstimo ao governo no curto prazo.
Entre outros bancos, as ações do Citigroup dispararam 25% e lideraram os ganhos entre as componentes do índice Dow Jones. Um fator técnico teve uma influência nas transações com ações do Citi, segundo os administradores de recursos: um atraso no registro para uma oferta de ações, que vai aumentar de forma acentuada a quantidade do ativo no mercado quando for liberado pela Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana).
As ações do Bank of America subiram 15,39%, enquanto as do American Express fecharam em alta de 8,66%.
Por outro lado, as ações da GM caíram 16,18% em reação a uma reportagem do jornal The New York Times de que o governo federal instruiu a montadora a iniciar os preparativos para um pedido de concordata em 1º de junho.
Além disso, as ações da gigante Boeing recuaram 5,11%, depois de a companhia ter alertado na noite de quinta-feira que o lucro do primeiro trimestre será afetado pelos ajustes na produção de aviões comerciais. Como os mercados estavam fechados na sexta-feira, hoje foi o primeiro dia para as ações reagiram ao alerta. As informações são da Dow Jones.

Vale conduz Ibovespa para mais perto dos 46 mil pontos

por Agência ESTADO
13 de Abril de 2009 17:39


As ações da Vale foram a locomotiva do pregão na Bolsa de Valores de São Paulo neste início de semana. Os dados melhores conhecidos na China e os sinais de retomada no mercado de minério de ferro levaram os investidores, principalmente estrangeiros, a adquirirem papéis da empresa e também das siderúrgicas. Apesar do tombo do preço do petróleo no mercado futuro, as ações da Petrobras mostraram resistência, embora tenham fechado perto da estabilidade, em sentidos opostos.
O índice Bovespa (Ibovespa) se aproximou ainda mais dos 46 mil pontos: fechou em alta de 1%, aos 45.991,89 pontos. No mês, acumula elevação de 12,38% e, no ano, de 22,48%. O giro financeiro totalizou R$ 4,247 bilhões.
Depois de ter subido 2,59% na semana passada, a Bolsa brasileira abriu hoje com um movimento de realização de lucros, que, entretanto, não passou de ensaio. Os investidores logo resolveram ir às compras e optaram principalmente por Vale, diante do noticiário favorável do final de semana e também por causa da queda do petróleo. "Os estrangeiros têm trocado de papéis. Ora estão em Vale, ora em Petrobras", comentou um operador de renda variável.
Os investidores voltaram do final de semana tendo como pano de fundo a notícia de que a produção industrial chinesa avançou 8,3% em março e de que o país registrou recorde de empréstimos novos no mês passado, revelando que o governo chinês está tendo sucesso no esforço em ceder crédito para estimular a economia. As notícias de reaquecimento da China são bastante relevantes para a Vale, que vende uma grande quantidade de minério de ferro ao país, a terceira maior economia do globo.
E o diretor executivo de Finanças da Vale, Fabio Barbosa, confirmou hoje o que os dados de sábado já antecipavam: já dá para perceber sinais de recuperação na demanda por minério de ferro e metais, principalmente na China.
Vale ON terminou em alta de 2,59% e Vale PNA, de 2,42%. Fontes ouvidas pela Agência Estado confirmaram hoje que a mineradora dispensou quatro diretores, em mais uma medida para contenção de gastos.
Petrobras fechou em sentidos opostos. A ação ordinária (ON) avançou 0,26% e a preferencial (PN) caiu 0,16%. No exterior, o petróleo terminou em queda forte, de 4,19% no contrato para maio, cotado a US$ 50,05 o barril.
Nos EUA, as Bolsas acabaram virando para cima na última hora, mas o Dow Jones não conseguiu sustentar os ganhos até o final. Terminou em queda de 0,32%, enquanto o S&P avançou 0,25% e o Nasdaq, +0,05%. O bom desempenho das ações do setor financeiro antes da divulgação dos balanços trimestrais de algumas instituições puxou os ganhos à tarde.
O banco Goldman Sachs, que apresentaria seu balanço amanhã, antecipou os números para hoje e, após o fechamento do mercado, anunciou lucro líquido de US$ 1,81 bilhão no primeiro trimestre do ano. Durante a sessão, os papéis da instituição avançaram 4,68%. Na quinta-feira, é a vez de o JPMorgan e de o Google divulgarem balanços e, na sexta, do Citigroup, entre outros. Além dos balanços, a agenda norte-americana reserva dados de peso, como o índice de preços ao produtor (PPI) e vendas no varejo (amanhã), índice de preços ao consumidor (CPI) e produção industrial (quarta) e construção de novas casas, na quinta, só para citar alguns.
Durante a sessão, pesou negativamente a notícia, trazida pelo site do New York Times, de que a GM foi instruída pelo governo dos EUA para preparar um potencial pedido de concordata até 1º de junho. Os papéis recuaram 16,18%.
TAM PN liderou as altas do Ibovespa hoje. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou hoje que houve crescimento de 12,2% na oferta de assentos em março ante igual período do ano passado. A TAM se manteve no topo de ranking, com parcela de 49,30% do total de passageiros transportados por quilômetro. TAM PN subiu 10,99%, também favorecida pela queda do petróleo.