segunda-feira, 13 de abril de 2009

Vale conduz Ibovespa para mais perto dos 46 mil pontos

por Agência ESTADO
13 de Abril de 2009 17:39


As ações da Vale foram a locomotiva do pregão na Bolsa de Valores de São Paulo neste início de semana. Os dados melhores conhecidos na China e os sinais de retomada no mercado de minério de ferro levaram os investidores, principalmente estrangeiros, a adquirirem papéis da empresa e também das siderúrgicas. Apesar do tombo do preço do petróleo no mercado futuro, as ações da Petrobras mostraram resistência, embora tenham fechado perto da estabilidade, em sentidos opostos.
O índice Bovespa (Ibovespa) se aproximou ainda mais dos 46 mil pontos: fechou em alta de 1%, aos 45.991,89 pontos. No mês, acumula elevação de 12,38% e, no ano, de 22,48%. O giro financeiro totalizou R$ 4,247 bilhões.
Depois de ter subido 2,59% na semana passada, a Bolsa brasileira abriu hoje com um movimento de realização de lucros, que, entretanto, não passou de ensaio. Os investidores logo resolveram ir às compras e optaram principalmente por Vale, diante do noticiário favorável do final de semana e também por causa da queda do petróleo. "Os estrangeiros têm trocado de papéis. Ora estão em Vale, ora em Petrobras", comentou um operador de renda variável.
Os investidores voltaram do final de semana tendo como pano de fundo a notícia de que a produção industrial chinesa avançou 8,3% em março e de que o país registrou recorde de empréstimos novos no mês passado, revelando que o governo chinês está tendo sucesso no esforço em ceder crédito para estimular a economia. As notícias de reaquecimento da China são bastante relevantes para a Vale, que vende uma grande quantidade de minério de ferro ao país, a terceira maior economia do globo.
E o diretor executivo de Finanças da Vale, Fabio Barbosa, confirmou hoje o que os dados de sábado já antecipavam: já dá para perceber sinais de recuperação na demanda por minério de ferro e metais, principalmente na China.
Vale ON terminou em alta de 2,59% e Vale PNA, de 2,42%. Fontes ouvidas pela Agência Estado confirmaram hoje que a mineradora dispensou quatro diretores, em mais uma medida para contenção de gastos.
Petrobras fechou em sentidos opostos. A ação ordinária (ON) avançou 0,26% e a preferencial (PN) caiu 0,16%. No exterior, o petróleo terminou em queda forte, de 4,19% no contrato para maio, cotado a US$ 50,05 o barril.
Nos EUA, as Bolsas acabaram virando para cima na última hora, mas o Dow Jones não conseguiu sustentar os ganhos até o final. Terminou em queda de 0,32%, enquanto o S&P avançou 0,25% e o Nasdaq, +0,05%. O bom desempenho das ações do setor financeiro antes da divulgação dos balanços trimestrais de algumas instituições puxou os ganhos à tarde.
O banco Goldman Sachs, que apresentaria seu balanço amanhã, antecipou os números para hoje e, após o fechamento do mercado, anunciou lucro líquido de US$ 1,81 bilhão no primeiro trimestre do ano. Durante a sessão, os papéis da instituição avançaram 4,68%. Na quinta-feira, é a vez de o JPMorgan e de o Google divulgarem balanços e, na sexta, do Citigroup, entre outros. Além dos balanços, a agenda norte-americana reserva dados de peso, como o índice de preços ao produtor (PPI) e vendas no varejo (amanhã), índice de preços ao consumidor (CPI) e produção industrial (quarta) e construção de novas casas, na quinta, só para citar alguns.
Durante a sessão, pesou negativamente a notícia, trazida pelo site do New York Times, de que a GM foi instruída pelo governo dos EUA para preparar um potencial pedido de concordata até 1º de junho. Os papéis recuaram 16,18%.
TAM PN liderou as altas do Ibovespa hoje. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou hoje que houve crescimento de 12,2% na oferta de assentos em março ante igual período do ano passado. A TAM se manteve no topo de ranking, com parcela de 49,30% do total de passageiros transportados por quilômetro. TAM PN subiu 10,99%, também favorecida pela queda do petróleo.

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