sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Wall Street recua com desemprego em alta nos EUA

por Agência ESTADO
02 de Outubro de 2009 19:08

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam o dia em baixa, refletindo a preocupação do mercado com a robustez do rali observado no último trimestre após o governo divulgar hoje que a deterioração no mercado de trabalho norte-americano em setembro foi mais acentuada do que esperavam analistas e investidores.

"Todo o terceiro trimestre foi um único grande avanço. Para mim, isto é só uma forma saudável de sairmos das condições de excesso de compras", disse Gary Flam, gerente de carteiras de investimento da Bel Air Investment Advisors. "Ainda assim, investir agora equivale a recolher moedas no trilho do trem. Você pode conseguir juntar alguns dólares, mas corre um risco significativo de ser atropelado."

O Dow Jones caiu 21,61 pontos, ou 0,23%, para 9.487,57 pontos, e acumulou queda de 1,84% na semana. Esta foi a segunda semana consecutiva de perdas, embora do início do ano até agora o índice ainda registre um ganho de 8,1%. Entre os componentes do Dow Jones, destaque para General Electric (-3,82%), Boeing (-1,36%) e Caterpillar (-1,25%).

O S&P 500 caiu 4,64 pontos, ou 0,45%, para 1.025,21 pontos, acumulando perdas de 1,84% na semana e 4,03% nas últimas duas semanas. O Nasdaq recuou 9,37 pontos, ou 0,46%, para 2.048,11 pontos. Na semana, o índice teve queda de 2,05%.

Pela manhã, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que a economia do país eliminou 263 mil postos de trabalho em setembro - mais do que o previsto por analistas, que esperavam um corte de 175 mil - e que a taxa de desemprego norte-americana subiu 0,1 ponto porcentual durante o período, para 9,8%.

A Accenture subiu 2,7% após divulgar um declínio de 41% no lucro do quarto trimestre fiscal em relação a igual período do ano passado. O executivo-chefe da companhia, no entanto, disse que a Accenture estava sendo "beneficiada" pela consolidação recente da indústria de serviços de tecnologia da informação.

A ConocoPhillips subiu 2,9% após anunciar que seu resultado do terceiro trimestre será impactado por um declínio nos preços do gás natural e por margens de refino menores. Alguns analistas, no entanto, afirmaram que a previsão da companhia superou as expectativas.

A PNC Financial Services caiu 4,3% após a KBW afirmar que o banco está operando com um prêmio em relação a outras empresas do mesmo setor e que o mercado pode estar superestimando os lucros da companhia. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa sobe 1,18% com Vale e efeito Olimpíadas

por Claudia Violante de Agência ESTADO
02 de Outubro de 2009 17:52

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começou o dia colada às Bolsas norte-americanas, mas foi descolando-se ao longo da sessão, graças ao comportamento em alta das ações da Vale e, no início da tarde, ao anúncio do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A notícia deu impulso a papéis de infraestrutura e o resultado foi ganho superior a 1%, com o índice Bovespa de volta aos 61 mil pontos.

O Ibovespa fechou a sexta-feira em alta de 1,18%, aos 61.171,99 pontos. Na mínima do dia, registrou 59.678 pontos (-1,29%) e, na máxima, 61.333 pontos (+1,45%). Na semana, avançou 1,35%, mas, nestes dois pregões de outubro, acumula baixa de 0,56%. Em 2009, a Bolsa sobe 62,91%. O giro financeiro negociado hoje foi elevado, de R$ 6,929 bilhões, com fluxo doméstico e estrangeiro. Os dados são preliminares.

As atenções do mercado global estavam voltadas hoje para o relatório do mercado de trabalho norte-americano. E ele não foi bom. Surpreendeu negativamente ao revelar o corte de 263 mil vagas em setembro, ante -175 mil previsto. O dado de agosto foi revisado em alta, para redução de 201 mil postos de trabalho, ante estimativa original de corte de 216 mil. Desde o começo da recessão, em dezembro de 2007, a economia perdeu 7,6 milhões de empregos. A taxa de desemprego veio em linha, o que não alivia muito, já que está em 9,8%, muito alta, 0,1 ponto acima do resultado de agosto.

A primeira reação do mercado foi péssima - e continuou com cara de poucos amigos ao longo do dia, com algumas melhoras no período da tarde. Nesse momento, alguns investidores consideraram que os números são, de fato, ruins, mas não um bicho de sete cabeças.

O Dow Jones fechou a sexta-feira em baixa de 0,23%, aos 9.487,67 pontos, o S&P 500, de 0,45%, aos 1.025,21 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,46%, aos 2.048,11 pontos.

Vale ON terminou em alta de 2,27% e PNA, de 2,55%. Os papéis reagiram aos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados ontem sobre as exportações de minério de ferro. Em setembro, foram exportadas 28 milhões de toneladas da commodity, o que representa uma alta de 21% em relação a agosto e estabilidade ante o mesmo período do ano passado.

Os papéis de infraestrutura, por sua vez, foram para a mira dos investidores diante dos aportes que serão necessários para abrigar os jogos. A jornalista Lucinda Pinto apurou com especialistas que os papéis que sentiram mais rápida e intensamente o efeito Olimpíada foram Gol, TAM, CCR, Light e Localiza. Gol PN subiu 3,03%, TAM PN, 3,52%, CCR ON, 4,08%, Light, ON, 3,75%, e Localiza ON, 6%.

Em meio a esse noticiário, o setor siderúrgico subiu em bloco. Gerdau PN, 3,25%, Metalúrgica Gerdau, 2,59%, Usiminas PNA, 1%, e CSN ON, 1,19%.

Dados divergentes levam Bolsas de NY a fechar em baixa

por Agência ESTADO
01 de Outubro de 2009 19:14

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam a primeira sessão do quarto trimestre em queda, puxados pelo fraco desempenho de algumas das ações que acumularam ganhos acentuados no trimestre anterior em meio a dados divergentes sobre a economia norte-americana.

O Dow Jones caiu 203 pontos, ou 2,09%, para 9.509,28 pontos, com todos os componentes fechando o dia em território negativo - destaque para JPMorgan (-5,59%) e American Express (-4,25%). A queda de hoje foi a mais acentuada para o índice tanto em pontos quanto em termos porcentuais desde 2 de julho.

O Nasdaq recuou 64,94 pontos, ou 3,06%, para 2.057,48 pontos. O declínio, em termos porcentuais, foi o mais acentuado desde 22 de junho. Em termos de pontos, a queda foi a mais profunda desde 10 de fevereiro.

O S&P 500 perdeu 27,23 pontos, ou 2,58%, para 1.029,85 pontos.

A perspectiva de recuperação da economia norte-americana foi atingida hoje por dados que revelaram um declínio inesperado na atividade industrial dos EUA um aumento no número de pessoas que pediram pela primeira vez o auxílio-desemprego no país. "Não há dúvida de que tivemos um pouco de nervosismo com os dados", disse Michael Church, presidente da Addison Capital. "Tivemos um avanço razoável e uma correção já deveria ter acontecido há algum tempo."

O índice dos gerentes de compras do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) - que mede a atividade industrial dos EUA - recuou de 52,9 em agosto para 52,6 em setembro, contrariando a expectativa de analistas, que previam alta para 54,0.

Além disso, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego aumentou 17 mil na semana até 26 de setembro, segundo o Departamento de Trabalho dos EUA. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam alta de 5 mil.

Outros indicadores divulgados hoje, no entanto, trouxeram leituras positivas sobre a economia dos EUA. Segundo o Departamento de Comércio do país, os gastos com construção subiram 0,8% em agosto, refletindo os benefícios fiscais concedidos à indústria imobiliária. O órgão divulgou também que a renda pessoal nos EUA aumentou 0,2% em agosto ante julho, enquanto os gastos pessoais avançaram 1,3%.

Somado a isso, o índice de vendas pendentes de imóveis residenciais da Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos EUA saltou 6,4% em agosto, para 103,8, de 97,6 em julho.

Os dados divergentes abasteceram o debate sobre a capacidade de sustentação do rali das bolsas no terceiro trimestre. Por outro lado, todos os investidores marcaram o fim do período e o início do quarto trimestre reajustando suas carteiras - um dos prováveis fatores por trás da queda dos índices em seis das últimas sete sessões e da volatilidade do mercado recentemente. As informações são da Dow Jones.