terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Bolsas de NY terminam o dia em alta superior a 2%

por Agência ESTADO
30 de Dezembro de 2008 20:04

O mercado de ações norte-americano acelerou os ganhos no finalzinho da penúltima sessão de 2008, impulsionado por compras de final de ano. O movimento de compra de pechinchas beneficiou algumas das ações que mais caíram em 2008, incluindo General Motors, Citigroup e Alcoa. No entanto, apesar do fechamento positivo, até agora no ano, faltando uma sessão, o índice Dow Jones acumula uma queda de mais de 35%; o Nasdaq, uma perda de mais de 42%; e o S&P-500, um declínio de mais de 39%.
O índice Dow Jones subiu 184,46 pontos, ou 2,17% e fechou com 8.668,39 pontos. O Nasdaq avançou 40,38 pontos, ou 2,67%, e fechou com 1.550,70 pontos. O S&P-500 subiu 21,21 pontos, ou 2,44%, e fechou com 890,63 pontos, enquanto o NYSE Composite avançou 135,36 pontos, ou 2,45%, e fechou com 5.670,00 pontos.
As ações da GM subiram 5,56% depois que sua unidade de financiamento de veículos, a GMAC, obteve status de banco e recebeu US$ 6 bilhões em ajuda do governo federal do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês). Isso vai permitir à montadora de Detroit lançar novos incentivos para financiamento de veículos. Faltando uma sessão para encerrar o ano, as ações da GM acumulam até agora uma desvalorização de 85%. As ações da rival Ford fecharam em alta de 3,15%.
"Existe uma aceitação da realidade que, considerando o estado vulnerável da economia permitir a falência daquelas companhias agora seria simplesmente exacerbar os problemas do desemprego", disse Quincy Krosby, estrategista-chefe de investimentos da Hartford, observando que as montadoras e indústrias relacionadas respondem por até 1 em cada 10 empregos nos EUA.
O sistema financeiro, que esteve no centro dos problemas, com muitos bancos tendo que buscar socorro do governo, está entre os setores com melhor desempenho nestes últimos dias do ano. JPMorgan subiu 4,13%, Citigroup ganhou 3,50%, Bank of America avançou 2,32% e American Express registrou alta de 1,69%.
Algumas ações de empresas do setor de consumo discricionário subiram, apesar da queda da confiança do consumidor norte-americano para novo nível recorde em dezembro (AT&T subiu 1,33%; McDonald's, 2,25%; e HP, 1,71%). Os dados apontando novo declínio nos preços das residências também não impediram a alta das ações das construtoras. Meritage avançou 16,32% e Beazer ganhou 8,66%. As ações da Alcoa fecharam em alta de 9,87% com ajuda da alta dos metais. As informações são da Dow Jones.

Bovespa sobe hoje, mas fecha o ano em queda de 41%

por Agência ESTADO
30 de Dezembro de 2008 19:02

O ano de 2008 não vai deixar saudades, principalmente para quem tinha suas economias investidas na Bovespa. A Bolsa termina 2008 registrando o pior desempenho desde 1994 - último dado fornecido pela BM&FBovespa. Desde então, a marca mais negativa havia sido verificada em 1998, quando o Ibovespa registrou queda de 33,4%, aos 6.784 pontos, e interrompendo a seqüência de cinco anos consecutivos de valorização expressiva. O Ibovespa fechou hoje, último dia de negócios do ano, com alta de 1,32%, aos 37.550,31 pontos. No mês, o índice paulista conseguiu encerrar no azul (+2,61%), mas no ano o declínio foi de 41,22%. O giro financeiro ficou em R$ 2,61 bilhões.
Hoje a Bovespa acompanhou de perto o movimento das Bolsas de Nova York, que foram beneficiadas pela notícia de que o governo norte-americano vai liberar US$ 6 bilhões à GMAC, braço financeiro da General Motors. Outra notícia boa foi o índice dos gerentes de compras de Chicago, que mostrou leve melhora em dezembro. O índice subiu a 34,1, superando os 33 previstos e acima dos 33,8 registrados em novembro. Mas o dado ainda indica contração na atividade econômica, pois segue abaixo do nível de 50. Por outro lado, a confiança do consumidor continua mostrando deterioração, contrariando as expectativas de recuperação, e o novo declínio dos preços dos imóveis residenciais contribuíram para limitar os ganhos em Nova York. Às 18h26 (de Brasília), o Dow Jones subia 1,36%, o Nasdaq avançava 1,74% e S&P, 1,49%.
Para 2009, os analistas esperam um cenário mais positivo; no entanto, esta perspectiva só deve começar a se mostrar a partir de meados do segundo semestre. "Para o primeiro semestre a expectativa ainda é de perda e de volatilidade acentuada", diz um profissional, ressaltando que a reação positiva só deve começar a aparecer quando as medidas tomadas este ano para enfrentar a crise financeira, principalmente nos EUA, começarem a surtir efeito. Além das ações adotadas até agora, o profissional não descarta mais iniciativas do novo presidente dos EUA, Barack Obama, que assume o comando do país em 20 de janeiro. "O mercado espera que Obama solte algo coerente que faça o mercado se ajustar e reagir", comenta, ressaltando que "para 2009 a expectativa é positiva, mas vamos ver se não vai ter nada para frustrar no meio do caminho, como aconteceu este ano", disse.
Já um outro operador acredita que a Bolsa pode começar a reagir a partir do início do segundo trimestre, após as empresas soltarem os balanços referentes a 2008. "Esta reação tanto pode ser positiva quanto negativa, tudo vai depender dos números das empresas", disse, reforçando ainda que acredita em um 2009 mais tranqüilo e aposta que a Bovespa pode chegar ao final do ano que vem acima dos 50 mil pontos. "Isso (50 mil pontos) significa uma valorização de mais de 32% sobre este ano; é algo bastante relevante, mas ainda não zera as perdas de 2008".
As ações da Vale, que chegaram a tocar o terreno negativo pela manhã, iniciaram a tarde em alta e se mantiveram neste terreno até o fechamento. Vale PNA terminou com ganho de 0,38% e ON subiu 2,40%. Petrobras também fechou no azul: a ação PN ganhou 1,42% e a ON, 1,48%. No mês, Petrobras PN acumula valorização de 18% e, no ano, queda de 46,11%; Petrobras ON teve alta de 19,30% em dezembro e queda de 45,74% no ano. Já as ações PNA da Vale não tiveram a mesma "sorte" e encerraram o mês e o ano em queda, de 2,53% e 51,13%. As ON subiram 0,58% em dezembro e caíram 51,72% em 2008.
As ações das companhias aéreas que ontem fecharam no vermelho, em razão do avanço do petróleo no mercado internacional, hoje terminaram com valorização. Embraer ON subiu 0,69% e TAM PN, 4,66%. Já a Gol PN não se sustentou e fechou com queda de 2,27%. Além do declínio do petróleo, que fechou hoje a US$ 39,03 por barril, outra notícia favorável para o setor foi a queda no preço do querosene de aviação. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), o QAV vai recuar 16,76% a partir de 1º de janeiro.

IBOV...após 29/12...suportes e resistências.


A conclusão do "triângulo de baixa" na perda do suporte nos 38.320 pontos está próxima de ser concluida, com objetivos nos 36.140 pontos. A leve alta de 0,54% levando o Ibovespa aos 37 mil pontos novamente, não foi suficiente para caracterizar o final da atual tendência de realização.

Os suportes imediatos estão em 37.000, 36.700, 36.350, 36.140, 35.500 e 35.100 pontos.

As resistências imediatas estão em 37.000, 37.400, 37.500 e 38.150 pontos.

DJI...após 29/12...suportes e resistências


O objetivo de queda criado no "triângulo de baixa" em construção está nos 8.080 pontos, com objetivos intermediários em 8.300 e 8.160 pontos. A possibilidade de retomada do sub-canal de alta anterior ficará caracterizada com fechamento acima dos 8.600 pontos.

As resistências imediatas se encontram em 8.520, 8.560, 8.600, 8.650 e 8.790 pontos.

Os suportes imediatos estão em 8.460, 8.370, 8.260, 8.240 e 8.200 pontos.