sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dow Jones sobe 0,26% e renova recorde de pontos no ano

por Agência ESTADO
24 de Julho de 2009 19:17

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam a sessão em direções divergentes, diante da divulgação de resultados trimestrais mais fracos que o previsto pela Amazon e pela Microsoft ontem, fator que abateu levemente o bom humor dos investidores em relação ao setor de tecnologia. Na semana, porém, os índices acumularam alta.

O Dow Jones subiu 23,95 pontos, ou 0,26%, para 9.093,24 pontos, e renovou o recorde de fechamento de 2009 registrado ontem. O índice acumulou alta de 3,99% na semana e apresentou o melhor desempenho em duas semanas desde março de 2000, avançando quase 950 pontos desde 10 de julho. O S&P 500 ganhou 2,97 pontos, ou 0,30%, para 979,26 pontos, com alta de 4,13% desde a última sexta-feira.

O Nasdaq caiu 7,64 pontos, ou 0,39%, para 1.965,96 pontos, quebrando uma sequência de 12 fechamentos consecutivos em território positivo. Na semana, o índice subiu 4,21%.

As ações da Microsoft caíram 8,3% após a companhia divulgar ontem uma receita US$ 1 bilhão mais baixa que a expectativa de analistas, além de um declínio no lucro e nas vendas do segundo trimestre. Na semana, as ações da companhia recuaram 3,5%. Os papéis da Amazon.com, que subiram na quinta-feira após a companhia anunciar que pretende comprar a loja virtual de calçados Zappos, recuaram 7,9% hoje. A companhia divulgou ontem depois do fechamento do mercado que a queda nas vendas de videogames contribuiu para um crescimento menor da receita durante o segundo trimestre.

As ações da Black & Decker avançaram 10%. A empresa publicou um resultado melhor que o esperado por Wall Street para o segundo trimestre. A fabricante de chips Broadcom caiu 6,8% depois de divulgar que o lucro de segundo trimestre encolheu 90%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 0,38% e fecha semana com ganho de 4,58%

por Agência ESTADO
24 de Julho de 2009 17:49

A onda recente de otimismo que atingiu a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neutralizou a realização de lucros ensaiada no início do pregão nesta sexta-feira. O fluxo comprador se sobrepôs à indefinição vista nos índices acionários norte-americanos ao longo da sessão, onde os investidores resolveram pisar no freio e embolsar parte dos ganhos recentes. Mas em Wall Street a realização de lucros também foi curta, tendo como justificativa os balanços da Microsoft e da Amazon.com, além do indicador que mede o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

O índice Bovespa (Ibovespa) fechou hoje em alta de 0,38%, aos 54.457,29 pontos, acumulando na semana uma elevação de 4,58%. No mês, o Ibovespa já subiu 5,81% e, no ano, acumula ganho de 45,03%. O giro financeiro somou R$ 4,074 bilhões. Os dados são preliminares.

Depois de uma sequência de ganhos, os investidores em Wall Street aproveitaram os balanços da Microsoft e Amazon.com para colocar no bolso parte dos ganhos recentes. Vale lembrar que ontem o Dow Jones e o Nasdaq fecharam em seus maiores níveis desde novembro passado. No final, no entanto, apenas o Nasdaq sustentou a baixa, justamente por causa das ações de tecnologia.

A Microsoft anunciou queda de 29% do lucro (US$ 0,34 por ação ante US$ 0,36 previsto) e de 17% das vendas, abaixo das previsões de analistas. Amazon.com, por sua vez, comunicou recuo de 10% do lucro (US$ 0,32 por ação ante projeção de US$ 0,31) e uma receita levemente abaixo do esperado. Também pode ser citado o balanço da sueca Ericsson, que apresentou queda de 56% de seu lucro, abaixo do previsto.

Os investidores também levaram em consideração o recuo registrado pelo índice de sentimento do consumidor dos EUA. O dado, medido pela Universidade de Michigan, caiu para 66 ao final de julho, de 70,8 em junho. Embora tenha ficado acima das previsões de 64,6, o indicador teve a primeira queda mensal desde fevereiro. O Dow Jones avançou 0,26%, aos 9.093,24 pontos, e o S&P500 subiu 0,30%, aos 979,26 pontos. Nasdaq caiu 0,39%, aos 1.965,96 pontos.

A Bovespa resistiu à realização de lucros graças à continuidade de fluxo comprador, com Vale e bancos entre os destaques positivos. No caso da mineradora, a perspectiva de que a companhia conseguirá fechar com as siderúrgicas chinesas o mesmo reajuste para o minério de ferro acertado com as empresas da Europa e Japão, deu alento aos papéis.

Vale ON terminou em alta de 0,82% e Vale PNA valorizou 0,88%. As siderúrgicas caíram em bloco: Gerdau PN, -0,63%, Metalúrgica Gerdau PN, -0,36%, CSN ON, -0,59%, e Usiminas ON, -2,60%. Bancos, por outro lado, subiram: Bradesco PN, +0,80%, Itaú Unibanco PN, +0,29%, e BB ON, +2,20%.

Petrobras, que em boa parte do dia operou em queda, fechou sem uniformidade. A ação ordinária (ON) caiu 0,12% e a preferencial (PN) subiu 0,31%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo com vencimento em setembro registrou elevação de 1,33%, a US$ 68,05 o barril.

Na avaliação do economista da Um Investimentos, Hersz Ferman, embora os balanços norte-americanos tenham desapontado, no geral as empresas nos EUA têm apresentado números melhores do que as expectativas, contribuindo para a onda recente de otimismo no mercado. "O Brasil ainda se beneficia desse otimismo por causa dos números que mostram melhora da atividade, isso sem contar que muitas empresas são voltadas para o mercado interno, que está em melhor situação", comentou.

Segundo ele, a alta recente da Bovespa pode ter sido um pouco rápida - no dia 14 último o Ibovespa estava em 48,8 mil pontos e, ontem, recuperou os 54 mil pontos -, mas, segundo ele, não deve ocorrer nova realização de lucros como a que derrubou o índice justamente dos 54,4 mil pontos registrados em 1º de junho para os 49,4 mil em 22 de junho e, depois, para os 48,8 mil de 14 de julho. "O Ibovespa agora deve dar uma estabilizada e oscilar ao redor dos 54 mil pontos até encontrar justificativas para ir além", avaliou.