quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dow Jones, Nasdaq e S&P fecham nas máximas do ano

por Suzi Katzumata de Agência ESTADO
30 de Julho de 2009 19:45

Nova York - Um indicador do mercado de trabalho e alguns lucros corporativos melhores que o esperado deram impulso às ações norte-americanas, com os três principais índices das Bolsas de Nova York renovando hoje as máximas do ano. O índice Dow Jones subiu 83,74 pontos (0,92%) e fechou com 9.154,46 pontos, seu melhor nível desde 4 de novembro. Faltando um dia para encerrar julho, o Dow Jones acumula um ganho de 8,4% e ruma para registrar a maior alta mensal em termos porcentuais desde outubro de 2002.

O Nasdaq subiu 16,54 pontos (0,84%) e fechou com 1.984,30 pontos, nível mais alto desde 1º de outubro de 2008. O S&P-500 avançou 11,60 pontos (1,19%) e fechou com 986,75 pontos, também melhor fechamento em pontos desde 4 de novembro do ano passado. Durante a sessão, o S&P-500 chegou a oscilar acima dos 990 pontos pela primeira vez desde novembro, mas não conseguiu subir até os 1 mil pontos, o que não acontece desde 5 de novembro. A incapacidade do S&P-500 de atingir os 1 mil pontos gerou alguma trepidação no final da sessão.

Os ganhos nos três índices foram gerados pela continuada sequência de balanços com resultados acima do esperado pelos analistas nos EUA. Isso, combinado com uma série de indicadores apontando uma melhora da economia, faz com que qualquer recuo, tais como os dos dois dias anteriores, seja usado como uma oportunidade de compra, segundo participantes. "Os investidores institucionais e de varejo estão tão ansiosos em compensar os retornos perdidos do ano passado que estão usando qualquer indício para comprar agressivamente", disse Kevin Mahn, diretor-gerente e executivo-chefe de investimentos da Hennion & Walsh.

Entre as empresas que divulgaram balanços entre a noite de quarta-feira e hoje estão: Dow Chemical (alta de 6,22% das ações hoje), Motorola (9,44%), Travelers (-1,62%), ExxonMobil (-0,99%) e Mastercard (2,95%). A MetLife (4%) e a Walt Disney (1,27%) divulgaram seus resultados depois do fechamento do mercado hoje.

As ações da General Electric dispararam 6,93% depois que os analistas do Goldman Sachs elevaram sua recomendação para o conglomerado industrial de "neutra" para "comprar", citando que é menos provável que a companhia seja forçada a se desfazer de sua unidade GE Capital. As informações são da Dow Jones.

Bovespa reduz ganho no final do pregão e sobe 1,38%

por Agência ESTADO
30 de Julho de 2009 18:00

O desmentido de autoridades da China de que não vão colocar amarras no crédito e indicadores e balanços corporativos favoráveis na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos transformaram a aversão ao risco da véspera em fumaça e garantiram um dia de ganhos às ações ao redor do globo. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o bom humor apagou as perdas da véspera. Mas o principal índice à vista, o Ibovespa, fechou longe das máximas, reduzindo os ganhos no final do pregão, comportamento também visto em Wall Street.

O Ibovespa subiu 1,38%, para fechar em 54.478,43 pontos. O índice operou em alta durante toda a sessão nesta quinta-feira, com mínima de 53.735 pontos (estabilidade) e máxima de 55.083 pontos (+2,51%). No mês, o Ibovespa acumula ganho de 5,86% e, no ano, de 45,08%. O giro financeiro somou R$ 4,696 bilhões. Os dados são preliminares.

Na avaliação de Nicholas Barbarisi, sócio e diretor de operações da Hera Investment, embora a Bolsa brasileira não tenha conseguido hoje superar a resistência dos 55 mil pontos há espaço para tal até mesmo amanhã, se os dados ajudarem, entre eles, a primeira prévia do PIB do segundo trimestre nos Estados Unidos. "A trajetória é de alta para a Bolsa, mas ela virá com muita volatilidade, como já foi vista nesta semana", comentou.

Os investidores hoje puderam escolher as informações que queriam repercutir nos negócios. A China, que ontem trouxe de volta a aversão a risco, hoje aliviou as preocupações, ao desmentir que vá impor controles à concessão de crédito, após um primeiro semestre recorde. Dentre os indicadores, o Japão anunciou alta de 8,3% na produção industrial do segundo trimestre, a maior desde o segundo trimestre de 1953; na Europa, a confiança do consumidor ficou acima do esperado em julho ao atingir 76 pontos, o maior nível desde novembro passado; na Alemanha, o número de trabalhadores que perderam o emprego em julho caiu inesperadamente,em 6 mil, ante previsão de aumento de 44 mil, em julho. Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego no país subiram menos que as previsões: +25 mil ante +34 mil estimados para a semana até 25 de julho.

Todos esses indicadores tiveram como pano de fundo uma leva de números positivos divulgados pelas empresas em seus balanços trimestrais. Na Ásia, destaque para os balanços de Honda e Nissan e, na Europa, agradaram Alcatel-Lucent, EDF e BT Group, só para citar alguns. Já nos EUA, os investidores fizeram boa leitura dos resultados de Motorola e MasterCard. Além disso, o Goldman Sachs elevou sua recomendação para os papéis da General Electric.

O Dow Jones fechou em alta de 0,92%, aos 9.154,46 pontos, o S&P 500 subiu 1,19%, aos 986,75 pontos, o Nasdaq avançou 0,84%, aos 1.984,30 pontos.

Em meio à expectativa de recuperação da economia global, os preços de commodities (matérias-primas) também inverteram o comportamento da véspera e subiram. Petrobras, Vale e siderúrgicas se sobressaíam, embora poucas ações do Ibovespa tenham fechado em baixa (apenas sete).

Vale, que ontem teve forte queda no after market após divulgar um balanço pior do que as projeções, hoje recuperou-se, depois de declarações de seus executivos de que a demanda por minério de ferro e níquel indica recuperação no segundo semestre. A mineradora anunciou queda de 84,2% do lucro líquido no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 790 milhões (pelo padrão contábil norte-americano). Pelo padrão contábil brasileiro, o lucro líquido caiu 81,5% para R$ 1,46 bilhão.

Vale ON terminou em alta de 1,24% e Vale PNA avançou 0,50%. Gerdau PN avançou 2,37%, Metalúrgica Gerdau PN, 1,98%, Usiminas PNA, 3,61%, e CSN ON, 2,71%. Petrobras ON subiu 0,98% e PN, 1,04%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em setembro avançou 5,67%, para US$ 66,94 o barril.

TAM PN subiu 2,18% e Gol PN, 2,38%. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) informou hoje que o preço do querosene de aviação (QAV) vai recuar 4,26% a partir do dia 1º de agosto, acumulando no ano queda de 20,27%. Por outro lado, a Anac informou hoje que a Gol/Varig e a Pantanal perderão espaço para pousos e decolagens (slots) no Aeroporto de Congonhas (SP) por descumprirem a exigência de manter um nível mínimo de regularidade dos voos.

IBOV...após 29/07...suportes e resistências


O Ibovespa abriu na máxima nos 54.470 pontos, iniciou um processo de forte realização até encontrar suporte na mínima nos 53.255 pontos, mas com a recuperação intraday de DJI, na segunda metade do pregão, evoluiu gradualmente até finalizar nos 53.735 pontos ( - 1,35%). O "candle" do gráfico diário é um "martelo cheio" confirmando a reversão de tendência, mostrada anteriormente. Vários osciladores do gráfico diário sinalizam a tendência baixista.

Suportes imediatos em 53.430, 53.350, 53.000, 52.500 e 52.100 pontos.
Resistências imediatas em 53.860, 54.270 e 54.650 pontos.

DJI...após 29/07...suportes e resistências


DJI abriu nos 9.092 pontos, foi até a máxima nos 9.094 pontos e daí, recuou até a mínima nos 9.014 pontos. Recuperou gradualmente até finalizar nos 9.070 pontos ( - 0,29%). O "candle" do gráfico diário é outro "doji". O mercado parece estar aguardando a divulgação do PIB americano, programado para amanhã (sexta), para uma definição de tendência. Os principais osciladores sinalizam ainda, tendência baixista.

Suportes imediatos em 9.030, 9.007, 8.960 e 8.890 pontos.
Resistências imediatas em 9.075, 9.125 e 9.165 pontos.