segunda-feira, 31 de agosto de 2009

NY cai por China e mau desempenho de energia e bancos

por Angela Moon de Reuters
31 de Agosto de 2009 18:18


NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos terminaram em queda nesta segunda-feira, uma vez que preocupações com a saúde da economia global pesaram sobre Wall Street, após um movimento geral de vendas no mercado acionário chinês.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,5 por cento, para 9.496 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,97 por cento, para 2.009 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,81 por cento, para 1.020 pontos.

As ações do setor de energia lideraram o declínio, depois de uma forte queda no principal índice de ações da China, ao mesmo tempo em que os preços do petróleo caíram abaixo de 70 dólares o barril, pressionados por preocupações sobre a demanda global de energia.

Os papéis da Chevron cederam 1,1 por cento, enquanto os da Exxon Mobil recuaram 1,4 por cento. O índice S&P voltado para o segmento de energia perdeu 1,8 por cento.

O indicador da bolsa de valores de Xangai derreteu quase 7 por cento, para a mínima em três meses, em linha com temores de que o governo da China esteja tentando moderar o crescimento da economia e reduzir movimentos especulativos em seu mercado de ações, ao restringir empréstimos a bancos.

"A China é um motor de crescimento muito importante para o resto do mundo", disse o presidente-executivo da Hester Capital Management, Craig Hester, em Austin, Texas.

"As pessoas precisam ver a China continuar seu crescimento, e uma baixa em seu mercado acionário provocará uma queda em nosso mercado de ações também."

Ao entrarem num período do ano tradicionalmente calmo para o segmento de ações, os investidores estão cada vez mais preocupados com a volta de um momento pessismista, depois de um rali que fez os mercados subirem cerca de 50 por cento frente a suas mínimas de fechamento atingidas em março.

A despeito da performance sem brilho dos índices nesta sessão, no acumulado de agosto, o Dow Jones avançou 3,5 por cento em agosto, o S&P 500 ganhou 3,4 por cento e o Nasdaq teve valorização de 1,5 por cento.

Bovespa fecha abaixo dos 57 mil pontos, mas avança no mês; dólar tem alta

por IG Economia
31/08 - 17:27

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o pregão desta segunda-feira (31) em forte queda. O índice Ibovespa – a principal referência da bolsa paulista – caiu 2,29%, para os 56.377 pontos. No mês, o Ibovespa avançou 2,94%.

O principal evento do dia, que contribuiu para a queda acentuada na Bovespa, foi o anúncio do marco regulatório do pré-sal, realizado em Brasília. O governo decidiu enviar ao Congresso Nacional quatro projetos de lei sobre as regras, em regime de urgência constitucional. Segundo o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a urgência permitirá que o novo marco regulatório seja aprovado na Câmara e no Senado ainda este ano.

Segundo o diretor da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira, boa parte das perdas do dia pode ser atribuída à venda acentuada de ações da Petrobras. Segundo dados preliminares, o papel PN da estatal recuou 3,84%, para R$ 31,30, enquanto o ON cedeu 5,06% a R$ 37,30.

Bandeira observa que o novo plano não trouxe grandes novidades quanto ao modelo de exploração, que põe a estatal como principal operadora do pré-sal. A questão que preocupa os agentes é a capitalização da Petrobras pela União. Segundo Bandeira, não se sabe o tamanho do aporte e qual poderá ser a diluição dos atuais acionistas.

Outros fatores

Também repercutiu no dia o anúncio de que a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o Brasil a impor retaliações sobre o governo americano em resposta aos subsídios ilegais que a Casa Branca distribui aos produtos de algodão.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial brasileira cresceu 2,2% no mês de julho, frente a junho. Foi o sétimo mês de alta consecutiva do setor, na comparação mensal.

Panorama externo


No exterior, a maior parte dos mercados também registrou baixa. Como observado algumas vezes ao longo do mês, o sinal negativo parte, novamente, da Ásia, onde o Shanghai Composite, da Bolsa de Xangai, afundou 6,74%. Ainda na região, Hong Kong diminuiu 1,86%, enquanto Tóquio e Seul recuaram 0,40% e 1%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, Wall Street fechou em baixa. O Dow Jones Industrial, principal índice de Wall Street, fechou hoje com uma queda de 0,5%, fixado em 9,496,28 pontos. Por sua vez, o indicador da bolsa eletrônica, a Nasdaq, recuou 0,97%. Em queda, também fechou o S&P 500 (-0,81%), que agrupa ações de 500 empresas. Um dos fatores de influência sobre o mercado é o anúncio da compra da Marvel pela Disney, por US$ 4 bilhões.

Na Europa, as bolsas de valores fecharam em queda, pressionadas pelo declínio das ações chinesas e norte-americanas, enquanto os papéis de instituições financeiras devolveram parte dos fortes ganhos recentes. O índice FTSEurofirst 300, principal referência dos mercados acionários europeus, fechou em baixa de 0,64%, a 972 pontos, após ter alcançado a máxima em 10 meses na sexta-feira.

Em agosto, o indicador acumula valorização de 4,7% em agosto. Frente à mínima histórica atingida em março, a alta é de mais de 50%.

Dólar

No mercado cambial, o dólar comercial fechou em alta ante o real nesta segunda-feira, após operar com elevação durante a tarde. A moeda americana terminou as negociações cotada a R$ 1,889 na venda, com avanço de 0,48%. No mês, a divisa apresentou alta de 1,23%.

O Banco Central (BC) manteve as atuações diárias no câmbio, comprando moeda americana em leilão no mercado à vista. De acordo com comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin), a operação teve início às 12h23 e terminou às 12h33. A taxa aceita ficou em R$ 1,875.

As reservas internacionais do Brasil aumentaram em mais de US$ 3 bilhões entre os dia 27 e 28 de agosto, segundo dados do BC divulgados nesta segunda. A expansão foi de US$ 3,450 bilhões, segundo o conceito liquidez, maior aumento diário desde 9 de setembro de 2003. Com isso, o "colchão" brasileiro renovou a máxima histórica, alcançando US$ 218,745 bilhões.

(Com informações da Reuters, Agência Estado e do Valor Online)

domingo, 30 de agosto de 2009

IBOV...suportes e resistências no início de setembro


Na última semana de agosto, o Ibovespa abriu nos 57.730 pontos, foi buscar nova máxima nos 58.633 pontos, refluiu até encontrar suporte nos 56.845 pontos e, novamente retomou a tendência altista ao recuperar os 58 mil pontos, mas finalizou em 57.700 pontos, apenas -0,05% sobre o fechamento da semana anterior. Os "candles" do gráfico semanal e do gráfico diário da última sexta, são "dojis" sinalizando indefinição de tendencia. A próxima reunião do Copom, na quarta-feira que irá definir o patamar de juros da SELIC, poderá definir melhor uma tendência para o Ibovespa. O movimento próximo à "banda superior" das "Bandas de Bollinger", com os principais indicadores gráficos ainda "esticados", sugerem a possibilidade de outra correção, antes da continuidade do movimento altista.

Suportes imediatos em 57.400, 56.700 e 55.600 pontos.
Resistências imediatas em 58.430, 58.980 e 59.360 pontos.

DJI...suportes e resistências no início de setembro


Na última semana de agosto, DJI abriu nos 9.506 pontos, rompeu os 9.600 pontos até encontrar resistência nos 9.616 pontos, refluiu até encontrar suporte nos 9.459 pontos, foi novamente buscar nova máxima nos 9.629 pontos, refluiu até os 9.496 pontos e finalizou em 9.544 pontos, alta de apenas +0,40% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal, está mais próximo à figura de um "doji" sinalizando indefinição de tendencia, após se movimentar em um canal de "congestão" entre os 9.500 e os 9.600 pontos. Porém, o movimento na "parte superior" das "Bandas de Bollinger" tanto no gráfico diário, quanto no semanal, pode estar sugerindo uma possibilidade de ocorrer uma correção mais forte, antes da continuidade do movimento de alta.

Suportes imediatos em 9.500, 9.420, 9.300, 9.220 e 9.190 pontos.
Resistências imediatas em 9.590, 9.630, 9.700 e 9.760 pontos.

sábado, 29 de agosto de 2009

Commodities...perspectivas para o início de setembro


Fonte: Bloomberg

Situação em 28/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
(Vermelho)UBS BLOOMBERG CMCI 1171.92 12.65 1179.01 1179.20 1165.04
(Laranja)S&P GSCI 466.70 2.28 467.60 470.99 462.71
(Verde)RJ/CRB Commodity 257.81 1.29 256.53 258.93 256.52
(Azul)Rogers Intl 2986.80 19.91 2982.45 3009.61 2961.12

Situação em 21/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1161.31 13.46 1153.96 1171.37 1153.88
S&P GSCI 470.29 4.17 466.35 475.49 464.65
RJ/CRB Commodity 259.24 2.31 256.85 260.30 256.85
Rogers Intl 2985.70 26.49 2952.28 3017.38 2947.27

Variação semanal 21/08 a 28/08

INDICE Fechamento (21/08) x Fechamento(28/08) VARIAÇÃO SEMANAL (%)

UBS BLOOMBERG CMCI 1161.31 1171.92 + 0,91%
S&P GSCI 470.29 466.70 -0,76%
RJ/CRB Commodity 259.24 257.81 -0,55%
Rogers Intl 2985.70 2986.80 +0,03%

Análise:
Na última semana de agosto, em sintonia com o comportamento das principais bolsas americanas, as commodities finalizaram praticamente estáveis, com variação de apenas -0,09% , na média dos quatro índices, em relação ao fechamento da semana anterior. Mantem uma defasagem de cerca -34% em relação aos preços praticados há um ano atrás, na média desses índices. O gráfico diário do índice "UBS Bloomberg", traçado em vermelho e semelhante aos demais índices, mostram os preços acima da LTA recente em um movimento no interior de uma "cunha ascendente". O "candle" do gráfico semanal é um "doji" trazendo indefinição de tendência para o início da primeira semana de setembro. As altas acumuladas nas semanas anteriores, mantem ainda "esticados" os principais osciladores gráficos, sugerindo a possibilidade de eventual correção.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Analista da Moody's afirma que Brasil reúne condições para grau de investimento

por Gabriel Ignatti Casonato de InfoMoney
28/08/09 - 20h10


SÃO PAULO - Em entrevista à BBC Brasil nesta sexta-feira (28), o analista da Moody's, Mauro Leos, afirmou que o Brasil reúne as condições necessárias para se tornar, nos próximos dias, o primeiro entre os 100 países analisados pela agência a ser avaliado como "grau de investimento" desde o início da crise financeira.

Segundo Leos, se a conclusão do comitê de avaliação da Moody's for de que o Brasil merece entrar nessa categoria, isso se dará porque "o País está apto a arcar com choques externos, está se movendo na direção certa e os riscos crediários que enfrenta são mais baixos do que antes".

Além disso, a despeito da forte queda da atividade no quarto trimestre de 2008, o analista ressalta que o Brasil se diferenciou das demais economias emergentes em 2009, uma vez que já está crescendo a uma taxa de 4% no terceiro trimestre, em termos anuais, um índice que não temos visto em outros países.

No mesmo sentido, o aumento do déficit fiscal e, consequentemente, da dívida pública, é minimizado por Leos. "Isso não é grande o suficiente para causar preocupação. A posição oficial do governo é a de retomar balanços primários consistentes com o compromisso de reduzir a dívida pública", disse o especialista.

Só falta a Moody's
Outras duas agências de risco, a Standard & Poor's e a Fitch, já elevaram a classificação do Brasil para investment grade no ano passado. A Moody's, ao contrário, preferiu aguardar para ver o quanto o País seria afetado pelos efeitos da crise.

De acordo com Leos, se vier a ser de fato considerado como grau de investimento pela última das três grandes agências, isso possibilitará ao Brasil contrair empréstimos mais elevados a taxas de juros mais baixas, além de abrir caminho para fundos de investimentos e pensões estrangeiros.

Bovespa reage e fecha semana quase estável; dólar avança para R$ 1,88

por IG Economia
28/08 17:22

Após operar em baixa na maior parte do pregão desta sexta-feira (28), a Bolsa de Valores de São Paulo reagiu nos últimos minutos e terminou o dia praticamente estável. O índice Ibovespa – principal referência da Bolsa paulista – terminou os negócios com leve queda de 0,01%, para 57.700 pontos. Na semana, a Bolsa terminou estável. Já no mês, o Ibovespa ainda acumula valorização de 3,0%.

Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN reforçou a trajetória de queda e tombou 0,94%, para R$ 32,55; Vale PNA, por sua vez, ganhou 0,74% (R$ 32,55); Itaú Unibanco PN cedeu 0,08% (R$ 35,40); BM & FBovespa ON subiu 0,25%, (R$ 12,01); e Bradesco PN teve valorização de 0,64%, a R$ 31,10.


Durante o dia, os investidores reagiram à divulgação dos dados sobre gasto pessoal nos Estados Unidos, que apresentou alta de 0,2% em julho, puxado pelo programa de incentivo de troca de carros antigos que aumentou a demanda por veículos.

Como resultado, em Wall Street, os índices encerraram com rumos divergentes. O Dow Jones teve queda de 0,38%, para 9.544 pontos, e o S&P 500 declinou 0,20%, para 1.028 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 0,05%, a 2.028 pontos.

Mais cedo, foi confirmado o recuo de 0,7% no Produto Interno Bruto (PIB) da Grã-Bretanha no segundo trimestre, resultado levemente inferior ao 0,8% da primeira divulgação. Os dados vieram acima das expectativas do mercado.

Internamente, o destaque da agenda foi a divulgação do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) – a chamada “inflação do aluguel” – que confirmou o sexto mês consecutivo de deflação em agosto.

Na Europa, as bolsas encerraram em terreno positivo, puxadas pelo setor de tecnologia. Já na Ásia, grande parte das bolsas de valores terminou em alta nesta sexta-feira, conduzidas por ações do setor de tecnologia, com o aumento da confiança em uma recuperação sustentável. Contudo, o mercado acionário de Xangai contrariou a tendência, caindo quase 3% em meio a temores de que bancos reduzam empréstimos.

Dólar avança

No mercado cambial, o dólar manteve nesta sexta-feira (28) a tendência registrada ao longo de toda a semana e voltou a registrar elevação frente ao real. A moeda americana fechou as negociações com alta de 0,75%, para R$ R$ 1,880.

Com o resultado, a divisa consolidou sua tendência de avanço e fechou a semana com elevação acumulada de 2,7%. Já no mês de agosto, faltando apenas um pregão para o fim dos negócios, o dólar registra valorização de 2,5%.

No dia, a consultoria EPFR Global anunciou que, depois de uma pausa na terceira semana do mês, os fundos de ações com foco em mercados emergentes voltaram a captar recursos. Segundo a empresa, os quatro grandes grupos emergentes levantaram mais de US$ 800 milhões na semana encerrada dia 26.

O Banco Central fez no início da tarde um leilão de compra no mercado à vista. A autoridade monetária adquiriu dólar à taxa de corte R$ 1,874, quando a divisa era negociada em alta de 0,54%, a R$ 1,875. Um operador notou que, em dois dias desta semana, o BC extrapolou a quantia que normalmente adquire no mercado à vista - entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões - e comprou, respectivamente, cerca de R$ 500 milhões e R$ 800 milhões.

(Com informações da Reuters, Valor Online e Agência Estado)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ibovespa garante alta de 0,60% após sessão volátil

por Agência ESTADO
26 de Agosto de 2009 17:50

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve uma sessão bastante volátil, sobretudo na parte da manhã, quando o índice demorou a decidir se subia ou se descia. Firmou-se em alta, ampliada no final quando as Bolsas norte-americanas também devolveram as perdas. Apesar de os indicadores divulgados hoje terem surpreendido favoravelmente, os investidores estão ressabiados em assumir novas posições compradas e têm preferido a cautela a avançar.

Hoje, o índice Bovespa (Ibovespa) subiu 0,60%, aos 57.765,69 pontos, elevando os ganhos acumulados em agosto a 5,48%. Em 2009, a alta alcança 53,84%. O índice registrou, na mínima, pontuação de 57.106 pontos (-0,55%) e, na máxima, 57.791 pontos (+0,64%). O giro financeiro totalizou R$ 4,940 bilhões. Os dados são preliminares.

Os negócios aqui já abriram com a sombra do indicador de confiança das empresas na Alemanha, o IFO, que superou as expectativas e marcou 90,5 em julho. Depois, nos EUA, saíram as encomendas de bens duráveis, que surpreenderam ao subir 4,9% em julho - a previsão era de 3% - na maior elevação desde julho de 2007. Mas o dado guia de hoje só veio depois, e também não decepcionou: o Departamento de Comércio dos EUA informou que as vendas de imóveis residenciais novos no país subiram 9,6% em julho. A previsão era de alta de 1,6%.

Embora o principal dado do dia tenha sido mais do que favorável, a reação das Bolsas norte-americanas - e da Bovespa em muitas vezes - foi a contrária à esperada. Isso porque os investidores preferiram pisar no freio, dados os níveis em que se encontram os mercados e também pela percepção de que o avanço das vendas de imóveis pode ter ocorrido pela mesma razão que a venda de carros no Brasil: aproveitar incentivo fiscal antes que ele acabe.

Por essa razão, os índices acionários norte-americanos passaram por uma realização de lucros, se firmando ao redor da estabilidade no final. O Dow Jones subiu 0,04%, aos 9.543,52 pontos, o S&P, 0,01%, aos 1.028,12 pontos, e o Nasdaq, 0,01%, aos 2.024,43 pontos. A tinta vermelha também tingiu as bolsas europeias, que recuaram influenciadas pela queda das ações de mineradoras e petrolíferas, por conta do recuo das commodities. O índice FTSE 100 da Bolsa de Londres caiu 0,53%, enquanto na Alemanha o índice DAX de Frankfurt perdeu 0,63%.

O petróleo recuou 0,86% no contrato para outubro na Bolsa Mercantil de Nova York e fechou cotado a US$ 71,43 o barril, depois que o Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou aumento de 128 mil barris nos estoques de petróleo na semana terminada em 21 de agosto, ante previsão de queda de 1,5 milhão de barris.

No Brasil, o petróleo afetou as ações da Petrobras, que ainda sentiram o peso da notícia da descoberta de mais um poço seco no pré-sal e também da expectativa com o anúncio do marco do pré-sal, na próxima semana. Petrobras ON caiu 0,80% e Petrobras PN, -0,18%.

Vale recuou 0,27% na ON e fechou estável na PNA. Os preços dos metais caíram em Londres. Gerdau PN perdeu 0,49%, Metalúrgica Gerdau PN recuou 0,07%, Usiminas PNA teve baixa de 1,24%, e CSN ON terminou com desvalorização de 0,43%.

O setor bancário, por outro lado, subiu. Hoje, o Banco Central divulgou que as operações de crédito no sistema financeiro tiveram expansão de 2,6% em julho na comparação com junho. Com essa variação, o estoque de operações de crédito atingiu R$ 1,311 trilhão ao final do mês passado. Em 12 meses, essa carteira acumula expansão de 20,8%. Itaú Unibanco PN continua puxando os ganhos, após a operação com a Porto Seguro, e subiu 2,18% hoje. Bradesco PN avançou 1,64% e BB ON, 1,47%.

Dow Jones, Nasdaq e S&P renovam as máximas do ano

por Agência ESTADO
26 de Agosto de 2009 18:41

Depois de muita volatilidade, os índices Dow Jones, Nasdaq e S&P-500 conseguiram garantir um ganho marginal, mas suficiente para renovarem mais uma vez os melhores níveis de fechamento do ano. Os fortes indicadores econômicos divulgados mais cedo foram bem recebidos pelos investidores, no entanto eles preferiram a cautela, com movimentos laterais, diante do recente avanço quase ininterrupto. Considerando que o Dow Jones completou sete sessões seguidas de alta, alguma realização de lucro é esperada no curto prazo.

O índice Dow Jones subiu 4,23 pontos (0,04%) e fechou com 9.543,52 pontos - nível mais alto desde 4 de novembro. O S&P-500 avançou 0,12 ponto (0,01%) e fechou com 1.028,12 pontos - melhor fechamento desde 6 de outubro. O Nasdaq registrou um ganho marginal de 0,20 ponto (0,01%) e fechou com 2.024,43 pontos - melhor nível desde 1 de outubro.

O movimento de alta foi alimentado pelo aumento bem acima do esperado de 9,6% das vendas de imóveis residenciais novos em julho. Os estoques de casas não vendidas, outro dado bastante observado, caíram para o equivalente a 7,5 meses de oferta, o nível mais baixo desde abril de 2007. Segundo analistas, esses dados foram bastante positivo e confirmam que o mercado de moradia "virou a esquina".

Consequentemente, o setor de consumo liderou os ganhos no mercado, com destaque para a construtora de residências DR Horton (+5,67%), seguida pela varejista Lowe's (+2,47%). Entre as integrantes do Dow Jones: Home Depot +0,92%, McDonald's +0,97% e Coca-Cola +0,90%.

O setor de telecomunicações também registrou um forte desempenho, incluindo a Sprint (+3,56%) e a blue chip AT&T (+0,80%). Operadores observaram que parte dos ganhos do setor tiveram origem no movimento de rotação dos investidores saindo de outras classes de ativos para comprar ações de companhias de telecomunicações, com base na esperança de que elas vão começar a refletir os recentes ganhos do setor de tecnologia.

Algumas ações que registraram ganhos recentemente foram alvo de vendas hoje, em especial as do setor industrial, como Caterpillar e General Electric, que caíram 1,21% e 1,33%, respectivamente. Contudo, Caterpillar segue ostentando um ganho acumulado de 13% no último mês, enquanto a GE uma alta de 17%.

Contudo, considerando que os indicadores econômicos recentes vêm sugerindo uma melhora no cenário econômico, os investidores orientados por fundamentos veem este declínio como uma oportunidade. "Se você acredita que o mercado bull (com tendência de alta) ainda tem pernas, ainda existe muito espaço para as ações industriais e de saúde", disse Jamie Cox da Harris Financial Group. As informações são da Dow Jones.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bolsas de Nova York renovam as máximas do ano

por Agência ESTADO
25 de Agosto de 2009 19:09

Embora tenham recuado das máximas atingidas durante o pregão de hoje, os três principais índices de ações norte-americanos renovaram os melhores níveis de fechamento do ano, sustentados pelos dados positivos dos preços dos imóveis residenciais e da confiança do consumidor. Contudo, o recuo dos preços do petróleo à tarde, pesou sobre as ações de companhias do setor de energia, temperando os ganhos do mercado.

Os ganhos do dia foram estabelecidos pela primeira alta trimestral em três anos dos preços das residências nos EUA no período abril/junho, segundo os índices de preços S&P/Case-Shiller. Além disso, o índice de confiança do consumidor da Conference Board subiu para 54,1 em agosto, de uma leitura revisada para 47,4 em julho.

O anúncio do presidente dos EUA, Barack Obama, de que vai indicar Ben Bernanke, para um segundo mandato à frente do Federal Reserve reforçou o sentimento positivo do mercado.

Ao longo da sessão, os operadores buscaram reunir uma ampla variedade de ações de companhias de consumo antes dos próximos indicadores econômicos esperado para os próximos dias - as vendas de imóveis residenciais novos na quarta-feira e a renda pessoal e os gastos com consumo na sexta-feira.

As seguradoras também tiveram um forte desempenho, incluindo a Hartford Financial (+7,46%). Entre os bancos, Bank of America subiu 2,31% e JPMorgan fechou em alta de 1,33%. No setor industrial, destaque para a Boeing (+2,38%).

Por outro lado, a queda de 3,12% dos contratos de petróleo para outubro em Nova York pesou sobre as ações do setor de energia: Chevron -0,16% e ExxonMobil -0,87%.

O índice Dow Jones subiu 30,01 pontos (0,32%) e fechou com 9.539,29 ponto - seu melhor nível desde 4 de novembro. O Nasdaq avançou 6,25 pontos (0,31%) e fechou com 2.024,23 pontos - nível mais alto desde 1º de outubro. O S&P-500 subiu 2,43 pontos (0,24%) e fechou com 1.028,00 pontos. As informações são da Dow Jones.

Após 5 altas seguidas, Bolsa recua, na contramão de NY

por Agência ESTADO
25 de Agosto de 2009 17:50

Depois de cinco sessões consecutivas em alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) finalmente passou por uma realização de lucros. Mas o movimento demorou a consolidar-se, já que, antes de firmar-se em baixa, no período da tarde, o índice Bovespa (Ibovespa) teve muita volatilidade, trabalhando em vários momentos com elevação nada desprezível. A queda de preço de matérias-primas (commodities) foi fundamental para puxar os papéis para baixo, enquanto a alta das Bolsas norte-americanas serviu para conter o movimento de venda.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,61%, aos 57.421,43 pontos. Na mínima do dia, registrou 57.401 pontos (-0,65%) e, na máxima, os 58.311 pontos (+0,93%). No acumulado do mês, o Ibovespa tem alta de 4,85% e, no ano, de 52,92%. O giro financeiro totalizou R$ 4,662 bilhões. Os dados são preliminares.

As Bolsas norte-americanas operaram em alta e ajudaram a reduzir as vendas domésticas, embora na primeira metade da sessão esta correlação tenha sido mais forte. As ações foram impulsionadas por indicadores favoráveis e pela indicação de Ben Bernanke para mais um mandato à frente do Federal Reserve (Fed, banco central americano). O Dow Jones subiu 0,32%, aos 9.539,29 pontos, o S&P 500 avançou 0,24%, aos 1.028,00 pontos, e o Nasdaq, 0,31%, aos 2.024,23 pontos.

O Conference Board informou esta manhã que o índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos subiu para 54,1 em agosto, de 47,4 em julho, superando a expectativa dos economistas, de 47. Já o índice nacional de preços de imóveis em 20 regiões metropolitanas dos EUA, medido pela S&P Case Schiller, caiu 15,4% ante junho de 2008 (a expectativa era de queda de 16,5%), mas avançou 1,4% frente a maio.

No Brasil, entretanto, as ações de Vale, da Petrobras e de siderúrgicas recuaram, na esteira das commodities. Segundo Mauro Giorgi, gestor de recursos da Hera Investment, pela manhã, pesou sobre as commodities a percepção de que a economia chinesa deve seguir ajudada pelo governo porque há ainda capacidade ociosa e ela não deve ser tomada pelas exportações, dada a demora da recuperação da economia global. Depois, no entanto, a leitura de realização de lucros nos preços das matérias-primas acabou sendo uma justificativa mais ouvida.

Fato é que em qualquer um dos casos a Bovespa, que tem grande peso de ações do setor, sentiu, principalmente porque os investidores procuravam razões para embolsar um pouco dos ganhos acumulados.

Embora tenha acompanhado a queda do petróleo, o desempenho da Petrobras foi bem melhor. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato para outubro do óleo terminou em baixa de 3,12%, a US$ 72,05 o barril, mas, aqui, Petrobras ON caiu 0,57% e Petrobras PN, -0,51%. Segundo Giorgi, a confirmação da data da apresentação do marco regulatório do pré-sal pode ter ajudado os papéis. Hoje, o presidente Lula confirmou para a próxima segunda-feira o anúncio das regras.

Vale ON, -0,71%, PNA, -0,60%, Gerdau PN, -2,14%, Metalúrgica Gerdau PN, -2,32%, Usiminas PNA, -1,50%, CSN ON, -1,72%.

O setor bancário foi destaque de alta, puxado pelas ações do Itaú Unibanco, ainda na esteira do anúncio da associação com a Porto Seguro, feita ontem. A alta das ações dos bancos nos EUA também deu espaço para a recuperação do setor no Brasil. Itaú Unibanco PN registrou variação positiva de 1,25%, Bradesco PN, de 0,80%, e BB ON, de 1,05%.

domingo, 23 de agosto de 2009

IBOV...suportes e resistências na última semana de agosto


No início da terceira semana de agosto, o Ibovespa abriu nos 56.638 pontos e sintonizado com os mercados americanos, realizou com força até encontrar suporte nos 54.881 pontos, na segunda-feira; na terça, recuperou a tendência de alta, subindo também nos dias subsequentes; retomou novamente os 57 mil pontos, ao atingir nova máxima nos 57.782 pontos, na sexta-feira, e finalizou em 57.729 pontos, alta +1,92% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal, é similar a um "martelo" sinalizando a possibilidade da continuidade da tendencia de alta. Porém, tanto o gráfico diário, como o semanal, se movimentam junto à "banda superior" das "Bandas de Bollinger", com os principais indicadores gráficos bastante "esticados", sugerindo a possibilidade de uma correção, antes da continuidade do movimento, rumo aos 59 mil pontos.

Suportes imediatos em 57.040, 56.800, 56.200, 55.500 e 54.900 pontos.
Resistências imediatas em 57.780, 58.050, 58.700 e 59.600 pontos.

DJI...suportes e resistências na última semana de agosto


No início da terceira semana de agosto, DJI abriu na segunda-feira, nos 9.321 pontos e realizou com força até encontrar suporte na mínima nos 9.116 pontos, fechando nos 9.130 pontos; na terça, retomou novamente a tendência de alta, subindo continuadamente nos dias subsequentes, rompendo novamento o fibo de 38,2% nos 9.420 pontos, na sexta-feira, atingiu nova máxima nos 9.519 pontos e finalizou em 9.506 pontos, alta +1,98% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal, é um "martelo" sinalizando a continuidade da tendencia de alta. Porém, tanto o gráfico diário, quanto o semanal, já estão se movimentando na "parte superior" das "Bandas de Bollinger" e os principais indicadores gráficos se mostram bastante "esticados" sugerindo a possibilidade de uma correção mais forte, antes da continuidade do movimento de alta.

Suportes imediatos em 9.450, 9.400, 9.350, 9.300 e 9.200 pontos.
Resistências imediatas em 9.520, 9.600 e 9.630 pontos.

Commodities...perspectivas para a última semana de agosto


Fonte: Bloomberg

Situação em 14/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
(Vermelho)UBS BLOOMBERG CMCI 1158.68 -28.46 1188.52 1190.44 1154.62
(Laranja)S&P GSCI 458.36 -14.55 474.46 475.88 457.21
(Verde)RJ/CRB Commodity 257.32 -7.83 265.18 265.27 257.75
(Azul)Rogers Intl 2961.02 -87.22 3054.37 3059.80 2956.29

Situação em 21/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1161.31 13.46 1153.96 1171.37 1153.88
S&P GSCI 470.29 4.17 466.35 475.49 464.65
RJ/CRB Commodity 259.24 2.31 256.85 260.30 256.85
Rogers Intl 2985.70 26.49 2952.28 3017.38 2947.27

Variação semanal 21/08 a 14/08

INDICE Fechamento (21/08) x Fechamento(14/08) VARIAÇÃO SEMANAL (%)

UBS BLOOMBERG CMCI 1161.31 1158.68 + 0,23%
S&P GSCI 470.29 458.36 +2,60%
RJ/CRB Commodity 259.24 257.32 +0,74%
Rogers Intl 2985.70 2961.02 +0,83%

Análise:
Na terceira semana de agosto, influenciadas pela forte recuperação das bolsas americanas, as commodities reverteram o movimento de queda iniciado na semana anterior e finalizaram em leve alta de +1,10% , na média dos quatro índices, em relação ao fechamento da semana anterior. Mesmo assim, essa alta manteve a defasagem em cerca de -34% em relação aos preços praticados há um ano atrás, na média desses índices. O gráfico diário do índice "UBS Bloomberg", traçado em vermelho e semelhante aos demais índices, mostram que os preços se mantém acima da LTA recente e estão se movimentando em uma "cunha ascendente". O "candle" do gráfico semanal se aproxima mais da figura de um "piercing", trazendo indefinição para o início da próxima semana. As altas acumuladas nas semanas anteriores, mantem ainda "esticados" os principais osciladores gráficos, sugerindo a possibilidade de alguma correção neste início da última semana de agosto.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dow Jones, Nasdaq e S&P fecham nas máximas do ano

por Suzi Katzumata de Agência ESTADO
21 de Agosto de 2009 19:21

Nova York - Os índices Dow Jones, Nasdaq e S&P-500 fecharam nas máximas do ano, o primeiro acima dos 9.500 pontos, o segundo dos 2.020 pontos e o terceiro dos 1.015 pontos. O movimento de alta foi estabelecido logo cedo depois que o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse que a economia está próxima de uma recuperação e do indicador de vendas de imóveis residenciais usados ter apontado a maior alta em julho em comparação com junho em dois anos.

O índice Dow Jones subiu 155,91 pontos (1,67%) e fechou com 9.505,96 pontos, nível mais alto desde 4 de novembro. O Nasdaq avançou 31,68 pontos (1,59%) e fechou com 2.020,90 pontos, melhor fechamento desde 1 de outubro. O S&P-500 subiu 18,76 pontos (1,86%) e fechou com 1.026,13 pontos, nível mais alto desde 6 de outubro.

Na semana, o Dow acumulou um ganho de 1,98% na semana, enquanto o Nasdaq avançou 1,78% e o S&P-500 registrou uma valorização de 2,20%.

"Os investidores europeus e dos EUA parecem ficar encorajados por cada nova peça de notícia econômica positiva. Na sexta-feira, houve um aumento nas vendas de imóveis residenciais novos", disse Fred Dickson, estrategista-chefe de mercado da D.A. Davidson. "Embora as vendas (de residências) ainda estejam fracas, agora estão começando a mostrar uma melhora consecutiva", acrescentou.

Entre as componentes do Dow Jones, a única a fechar em baixa foi Wal-Mart, com uma queda de 0,68%. Os ganhos foram liderados por: Caterpillar +3,96%, Home Depot +3,07%, Microsoft +3,13%, JPMorgan +2,92%, Pfizer +2,53% e Merck +3,89%.

As ações da GAP subiram 3,34% depois da companhia ter anunciado uma ligeira queda no lucro, que no entanto ficou ligeiramente acima das expectativas. As ações da AIG avançaram 1,70%, depois de uma alta de 21% no dia anterior. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 1,58% e registra maior nível desde 31/7/2008

por Agência ESTADO
21 de Agosto de 2009 17:40

O dado de vendas de imóveis residenciais usados divulgado hoje nos Estados Unidos serviu de estímulo aos investidores conduzirem o índice Bovespa (Ibovespa) de volta aos 57 mil pontos e fechar no maior nível em mais de um ano. Além das blue chips, as ações do setor de construção civil foram um dos destaques da sessão de hoje da Bolsa brasileira.

O Ibovespa subiu 1,58%, aos 57.728,59 pontos, maior patamar desde 31 de julho do ano passado (59.505,20 pontos). Na semana, acumula alta de 1,92%. No mês o ganho acumulado alcança 5,41% e, no ano, 53,74%. Na mínima do dia hoje, o Ibovespa registrou 56.836 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 57.782 pontos (+1,67%). O giro financeiro totalizou R$ 5,326 bilhões. Os dados são preliminares.

A Bovespa subiu hoje estimulada por um indicador norte-americano, que encontrou terreno adubado por dados igualmente bons divulgados na Europa mostrando que a economia segue melhorando. O índice PMI, indicador de atividade do setor privado, na zona do euro subiu de 47 para 50 em agosto, linha divisória entre contração (abaixo de 50) e expansão (acima de 50) na produção. Na Alemanha e na França, os respectivos PMIs registraram 54,2 e 50,9, nesta ordem, em agosto.

Estes dados foram amplificados pela alta de 7,2% nas vendas de residências usadas nos EUA, número bem acima da previsão dos analistas, de alta de 2,2%. Este é o quarto mês seguido de recuperação das vendas. O clima favorável também se formou com a contribuição do presidente do banco central americano, Ben Bernanke, que declarou no simpósio em Jackson Hole que a atividade econômica parece estar se estabilizando nos EUA e no exterior e que as perspectivas de retomada do crescimento no curto prazo "parecem boas".

O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York terminou a sessão em alta de 1,67%, aos 9.505,96 pontos. O índice S&P 500 avançou 1,86%, para 1.026,13 pontos, e Nasdaq terminou com elevação de 1,59%, aos 2.020,90 pontos. O fechamento registrado pelos três índices em Wall Street foi o melhor do ano. Na Europa, o índice FTSE-100 da Bolsa de Londres avançou 1,98%; em Frankfurt, o índice Xetra-DAX fechou em alta de 2,86%; na Bolsa de Paris, o CAC-40 avançou 3,15%; em Madri, o índice IBEX-35 fechou em alta de 2,46%.

No Brasil, construção civil foi um dos destaques da sessão, ocupando as maiores altas do índice. Rossi Residencial ON subiu 11,15%, Gafisa ON, 9,86%, e Cyrela ON, 5,56%. Não houve uma razão única para o desempenho, mas um conjunto: os dados de melhora da renda dos brasileiros, o aumento das vendas de imóveis com as medidas de incentivo do governo e, segundo um operador, até mesmo os dados do setor dos EUA, que puxaram o mercado como um todo.

Acompanhando as commodities metálicas, Vale ON avançou 1,43% e Vale PNA, 2,25%. Petrobras subiu acompanhando o preço do petróleo no mercado internacional e também reagindo ao anúncio da descoberta de petróleo de boa qualidade na Bacia de Campos, feito ontem à noite. A ação ordinária (ON) da Petrobras teve valorização de 2,04% e a preferencial (PN), de 1,75%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em outubro subiu 1,34%, para US$ 73,89 o barril.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Bolsa de NY fecha em alta com ajuda do setor financeiro

por Agência ESTADO
20 de Agosto de 2009 19:46

O mercado de ações norte-americano fechou em alta, com as ações financeiras e de tecnologia liderando os ganhos, animados por uma melhora acima do esperado na atividade industrial da região da Filadélfia e ganhos de outras bolsas no exterior. O índice Dow Jones subiu 70,89 pontos (0,76%) e fechou com 9.350,05 pontos, marcado o terceiro dia seguido de fechamento positivo. As ações da Boeing subiram 2,80% em reação à melhora no índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia para 4,2 em agosto - nível mais alto desde novembro de 2007, de uma leitura de -7,5 registrada em julho.

Por outro lado, o Departamento do Trabalho informou que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego cresceu em 15 mil na semana passada, contrariando a expectativa de queda de 8 mil pedidos. A continuada fraqueza do mercado de mão de obra mantém o mercado inseguro com relação a uma recuperação da economia, em virtude do impacto sobre os gastos de consumo - principal engrenagem da economia dos EUA.

Mas hoje os investidores resolveram ignorar alguns desses temores, em parte, ajudados pelos comentários otimistas do novo executivo-chefe do American Petroleum Institute (AIG), Robert Benmosche. Ele disse que vai vender partes da companhia "no momento certo, ao preço certo", acrescentando que acredita que a AIG será capaz de devolver ao governo federal os bilhões de dólares tomados emprestados no auge da crise. As ações da AIG fecharam em alta de 21,25%.

O setor de seguros também contribuiu com o movimento de alta depois que o Citigroup elevou sua recomendação para o Lincoln National de "vender" para "manter", citando "estabilização no curto prazo da liquidez e do balanço patrimonial da seguradora". As ações da Lincoln subiram 2,99%, enquanto as da Hartford Financial Services Group fecharam em alta de 3,77%.

No setor de tecnologia, as ações da Cisco Systems fecharam em alta de 3,06%, enquanto as da HP avançaram 0,34% e as da Microsoft subiram 0,13%.

O índice Nasdaq subiu 19,98 pontos (1,01%) e fechou com 1.989,22 pontos. O S&P-500 avançou 10,91 pontos (1,09%) e fechou com 1.007,37 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 1,2% e acumula alta de 2,92% em três dias

por Agência ESTADO
20 de Agosto de 2009 17:45

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) engatou hoje sua terceira sessão consecutiva de alta, favorecida pela recuperação da Bolsa da China e por um indicador melhor do que as previsões nos EUA. Com um clima favorável no exterior, a taxa de desemprego no Brasil divulgada pelo IBGE surpreendeu positivamente e encontrou ambiente fértil para reforçar o avanço do índice Bovespa (Ibovespa), principal referência da negociação de ações no País. O volume financeiro não foi muito forte no pregão de hoje, mas teve a presença de investidores estrangeiros na compra.

O Ibovespa terminou a quinta-feira com variação de 1,20%, aos 56.831,48 pontos, acumulando alta de 2,92% nestas três sessões seguidas de ganhos. Na mínima do dia, registrou os 56.143 pontos (-0,02%) e, na máxima, os 56.897 pontos (+1,32%). No mês, o Ibovespa acumula alta de 3,77% e, no ano, de 51,35%. O giro não foi tão expressivo, mas teve a presença de estrangeiros em ambas as pontas, com saldo líquido foi favorável às compras. No final, o volume de negócios na Bovespa hoje somou R$ 4,407 bilhões. Os dados são preliminares.

A recuperação da Bolsa da China foi a responsável, novamente, por conduzir o rumo dos mercados asiáticos, onde o sinal azul predominou nas sessões. O índice Xangai Composto disparou 4,5% e o Shenzhen Composto avançou 3,8%.

Nos EUA, o sinal azul não foi predominante, já que os investidores tiveram alguns dados indigestos. O principal foi de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego. O número mostrou alta de 15 mil, mas a previsão era de uma queda de 8 mil. O dado que veio na sequência também não ajudou a dissipar as preocupações: o índice de indicadores antecedentes da Conference Board subiu, mas menos do que o previsto - 0,6% ante previsão de 0,7%. Mas bastou o dado da atividade industrial do Fed da Filadélfia sair para dissipar qualquer vontade de uma correção para baixo das ações. O índice subiu de -7,5 em julho para 4,2 em agosto, o melhor nível desde novembro de 2007 e superior à previsão de -2. Os investidores trataram de ir às compras e levaram o índice Dow Jones a fechar com ganho de 0,76%, aos 9.350,05 pontos, o S&P500 avançou 1,09%, aos 1.007,37 pontos, e o Nasdaq subiu 1,01%, aos 1.989,22 pontos.

O Brasil reagiu à melhora externa e encontrou terreno fértil para ir além: o IBGE anunciou que a taxa de desemprego no Brasil foi de 8% da população economicamente ativa (PEA), no melhor mês de julho da série e abaixo das previsões mais otimistas dos economistas ouvidos pela Agência Estado (8,1% a 9%). Mais do que o emprego, o mercado de ações se fiou nos dados de renda. E o IBGE mostrou avanço de 0,9% na massa de rendimento real efetivo dos ocupados.

"O dado acabou estimulando algumas compras no mercado. Não foi preponderante para fazer a Bovespa subir, mas como a trajetória já era positiva, ele reforçou", comentou Pedro Galdi, analista da SLW. A alta, destacou, foi generalizada, uma parte influenciada pela recuperação das commodities com o efeito China e outra parte pelo consumo e varejo domésticos, fundamentais para fazer o Brasil um dos portos seguros nesta crise.

Petrobras terminou com valorização de 1,02% na ação ordinária (ON) e de 0,76% na preferencial (PN). Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em setembro, que venceu hoje, subiu 0,17%, para US$ 72,54 o barril. O contrato de outubro recuou 1,25%, para US$ 72,91 o barril. Vale ON subiu 0,79% e Vale PNA avançou 0,96%. No setor siderúrgico, Gerdau PN teve ganho de 1,69%, Metalúrgica Gerdau PN, de 2,05%, Usiminas PNA, de 2,52%, CSN ON, de 2,46%.

IBOV...suportes e resistências para 20/08


O Ibovespa abriu nos 55.748 pontos, refluiu até a mínima nos 54.918, mas com a recuperação intraday dos mercados americanos, reverteu até atingir a máxima nos 56.211 e finalizou em 56.156 pontos (+0,73%). O "candle" do gráfico diário é um "martelo de alta", sinalizando a reversão da tendência anterior de queda.

Suportes imediatos em 55.750, 55.100 e 54.900 pontos.
Resistências imediatas em 56.211, 56.450 e 56.600 pontos.

DJI...suportes e resistências para 20/08


DJI abriu nos 9.208 pontos , refluiu até a mínima nos 9.132, reverteu com força até a máxima nos 9.313 e finalizou em 9.279 pontos (+0,66%). O "candle" do gráfico diário é um "martelo de alta", revertendo a tendência anterior de queda.

Suportes imediatos em 9.233, 9.134 e 9.100 pontos.
Resistências imediatas em 9.313, 9.380 e 9.406 pontos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bolsa de NY sobe com ações de farmacêuticas e energia

por Agência ESTADO
19 de Agosto de 2009 19:52

Pelo segundo dia consecutivo, o declínio acentuado nas bolsas chinesas pesou sobre o mercado de ações dos EUA. No entanto, os investidores deixaram o mau humor de lado após o governo norte-americano divulgar que os estoques de petróleo do país encolheram mais de 8 milhões de barris na semana passada. O dado gerou apetite por papéis do setor de energia.

O Dow Jones subiu 61,22 pontos, ou 0,66%, para 9.279,16 pontos, puxado pelo avanço de componentes como ExxonMobil (+2,3%) e Chevron (+1,8%). A farmacêutica Merck, que também faz parte do índice, fechou em alta de 2,5% após um juiz aprovar a manutenção da patente do medicamento Singulair, produzido pela companhia.

O S&P 500 subiu 6,79 pontos, ou 0,69%, para 996,46 pontos, registrando alta de 1,9% no segmento de energia e de 1,2% entre as empresas de saúde. O Nasdaq avançou 13,32 pontos, ou 0,68%, para 1.969,24 pontos.

Os ganhos foram limitados pelo declínio dos papéis do setor industrial. A fabricante de equipamentos agrícolas Deere caiu 2,9%, após divulgar que o lucro do terceiro trimestre fiscal diminuiu 27% devido a um declínio nas vendas. A Alcoa caiu 3,4% após o Goldman Sachs reduzir a recomendação de investimento na companhia para "neutra", de "comprar".

O setor financeiro teve um desempenho misto. A gerente de investimentos Eaton Vance divulgou um lucro 37% menor no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado e recuou 5,8%. Já a seguradora American International Group (AIG) avançou 8,5% após o novo executivo-chefe, Robert Benmosche, decidir que não venderá a unidade de consultoria da empresa. As informações são da Dow Jones.

Petrobras ajuda Ibovespa a fechar em alta de 0,73%

por Agência ESTADO
19 de Agosto de 2009 17:34

Num dia sem divulgação de indicadores de peso ao redor do globo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de sobe-e-desce, principalmente pela manhã, quando oscilou ora reagindo aos ventos da China, ora aos dados de estoque de petróleo nos EUA. O principal índice de referência da Bolsa brasileira, o Ibovespa, acabou firmando-se em alta no período da tarde, acompanhando as Bolsas norte-americanas. As ações da Petrobras e de bancos contribuíram para a alta, mas Vale e siderúrgicas caíram e restringiram o avanço.

O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,73%, aos 56.156,28 pontos. Na mínima do dia, registrou 54.918 pontos (-1,49%) e, na máxima, os 56.212 pontos (+0,83%). No mês, acumula elevação de 2,54% e, no ano, de 49,55%. O giro financeiro totalizou R$ 4,737 bilhões. Os dados são preliminares.

Um dos fios condutores do mercado hoje foi o tombo das Bolsas chinesas, com a volta dos temores de que o governo chinês provoque um aperto no crédito. "Como a China está mostrando melhora mais rápida do que o resto do mundo, começou a discussão sobre como será a política de saída, pelo governo, de seu programa de incentivos", comentou o economista da Um Investimentos Hersz Ferman.

Mesmo sem fato novo, os investidores, naquele mercado, venderam papéis e imputaram uma perda de 4,3% ao índice Xangai Composto, desempenho que acabou gerando um efeito dominó sobre as demais bolsas da região. O desempenho das bolsas asiáticas acabou se refletindo na abertura das Bolsas norte-americanas que, no entanto, viraram para cima ainda pela manhã, influenciadas pelos dados dos estoques de petróleo e derivados. O Departamento de Energia dos EUA informou uma surpreendente queda dos estoques de petróleo na semana encerrada em 14 de agosto, de 8,397 milhões, ante a previsão de aumento de 1,5 milhão de barris.

O impacto nas cotações - e ações - foi instantâneo: o contrato futuro de petróleo com vencimento em setembro fechou em alta de 4,67%, a US$ 72,42 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e as ações do setor de energia subiram em Wall Street. O Dow Jones acabou o dia em elevação de 0,66%, aos 9.279,16 pontos, o S&P 500 avançou 0,69%, aos 996,46 pontos, e o Nasdaq terminou com ganho de 0,68%, aos 1.969,24 pontos.

No Brasil, as ações da Petrobras ajudaram a segurar o Ibovespa no azul, já que subiram seguindo o comportamento do petróleo. Petrobras ON (ação ordinária) valorizou 1,29% e Petrobras PN (ação preferencial) ganhou 1,49%.

As ações da mineradora Vale, por outro lado, sentiram o baque da China e caíram, assim como as ações de siderúrgicas. Vale ON cedeu 0,05% e Vale PNA recuou 0,16%; Gerdau PN caiu 0,09%, Metalúrgica Gerdau PN, exceção, subiu 0,37%, Usiminas PNA caiu 0,87% e CSN ON, -0,81%.

As ações ordinárias (ON) da Eletrobrás lideraram as maiores perdas do Ibovespa, com baixa de 3,30%, e as preferenciais da classe B (PNB) foram a terceira maior baixa, com queda de 2,20%. A estatal anunciou ontem à noite um prejuízo de R$ 1,98 bilhão no primeiro semestre de 2009, ante lucro de R$ 984,4 milhões no mesmo período de 2008. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não cogita a possibilidade de retirar a Eletrobrás do cálculo do superávit primário das contas do setor público, a exemplo do que fez com a Petrobras.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Wall Street avança com ajuda de ações de varejistas

por Agência ESTADO
18 de Agosto de 2009 19:47

Os balanços melhores que o esperado das varejistas Home Depot e Target deram aos investidores nas Bolsas de Nova York um motivo para retornarem ao mercado depois de duas sessões de baixa. As ações do setor financeiro também se recuperaram em um movimento liderado pela American Express.

Depois dos acentuados declínios das duas sessões anteriores, as ações de empresas do setor de consumo tiveram um saudável movimento de alta nesta terça-feira. Embora ainda exista uma preocupação com relação à saúde do consumidor norte-americano, em grande medida por causa da fraqueza do mercado de mão de obra, algumas ações desse setor conseguiram acalmar alguns dos temores dos investidores nesta terça-feira.

Notadamente, as ações da Home Depot subiram 3,14% depois de anunciar uma queda menor que o esperado de 7,2% no lucro registrado em seu segundo trimestre fiscal. Além disso, a maior varejista de artigos para o lar do mundo elevou sua perspectiva de lucro para o atual ano fiscal.

Outra grande varejista, a rede de descontos Target também anunciou um resultado que ficou bem acima das expectativas dos analistas. As ações da Target fecharam em alta de 7,55%.

No setor financeiro, as ações da American Express subiram 4,28%, depois que a Keefe Bruyette & Woods elevou sua recomendação para a companhia para "outperform", dizendo que a melhora nas taxas de inadimplência em julho sugere que o pior impacto da crise de crédito pode ter ficado para trás. Ainda entre as financeiras: Bank of America subiu 2,05% e JPMorgan fechou em alta de 2,38%.

Apesar da ampla recuperação de hoje, tanto corretores quanto investidores pregaram cautela. Os volumes estão mais fracos nas últimas sessões e a falta de notícias econômicas e de balanços nas próximas semanas pode manter o mercado dentro de margens estreitas. "Vai haver algumas oportunidades nas próximas semanas, mas colocamos um limite no curto prazo em 1.000 ou 1.010 pontos sobre o S&P-500 e precisaremos de um catalisador no curto prazo para ultrapassarmos isso", disse Russ Koesterich, estrategista-chefe de investimentos para o Barclays Global Investors. "Isso simplesmente não vai acontecer nas próximas poucas semanas", acrescentou.

Entre as notícias do dia, a General Motors - que agora é controlada pelo governo dos EUA - anunciou que está elevando sua produção no segundo semestre e que vai reintegrar 1.350 funcionários na América do Norte, como resultado do aumento da demanda alimentado pelo programa federal de desconto "dinheiro por sucata". Mais cedo, a GM também anunciou um acordo para vender sua unidade Saab para a fabricante de carros esportivos de luxo sueca Koenigsegg.

A concorrente Ford disse que as vendas de automóveis nos EUA dão sinais de estabilização e que as tendências de crescimento de longo prazo no Brasil, Rússia, Índia e China são positivas. As ações da Ford fecharam em alta de 3,66%.

O índice Dow Jones subiu 82,60 pontos (0,90%) e fechou com 9.217,94 pontos. O Nasdaq avançou 25,08 pontos (1,30%) e fechou com 1.955,92 pontos. O S&P-500 subiu 9,94 pontos (1,01%) e fechou com 989,67 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa acompanha melhora externa e sobe 0,96%

por Agência ESTADO
18 de Agosto de 2009 17:48

Depois de dois dias de correção para baixo nos preços das ações, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a subir, seguindo a melhora do humor no mercado externo. A recuperação, entretanto, tanto aqui quando nos Estados Unidos não foi acompanhada de muito volume, o que significa que os investidores estão cautelosos, à espera de indicadores mais fortes para se posicionarem. Os conhecidos hoje não foram muito bons nos EUA, mas não conseguiram neutralizar as ordens de compras de ações - apenas reduzi-las.

O índice Bovespa terminou o dia em alta de 0,96%, aos 55.748,92 pontos. Na mínima do dia, registrou 55.216 pontos (estabilidade) e, na máxima, registrou 55.891 pontos (+1,22%). No mês, acumula ganho de 1,80% e, no ano, de 48,47%. O giro financeiro totalizou R$ 4,105 bilhões. Os dados são preliminares.

As bolsas asiáticas e europeias fecharam hoje em alta, com os investidores à caça de pechinchas após as quedas de ontem. Também influenciou o índice de expectativas econômicas da Alemanha medido pelo instituto ZEW, que subiu 16,6 pontos em agosto, atingindo o maior nível desde abril de 2006, de 56,1 pontos. Nos EUA, a procura por ações baratas também ganhou corpo no pregão de hoje, embora os indicadores de inflação e da construção civil tenham diminuído um pouco o fôlego. O Departamento do Trabalho anunciou que o índice de preços ao produtor caiu 0,9% em julho, mais do que o dobro do previsto (-0,4%). A leitura é de que os dados dos EUA sinalizam baixa atividade, o que é um indício de que a retomada da economia será bem mais lenta e difícil do que se previa, reforçando alguns dos dados conhecidos nos últimos dias.

O Departamento do Comércio americano divulgou hoje que o número de obras residenciais iniciadas em julho caiu 1% ante junho, enquanto a projeção dos analistas era de um aumento de 2,7%. As permissões para novas obras também cederam, 1,8% na mesma comparação (a previsão era de +0,5%).

Apesar destes dados, as bolsas subiram em Wall Street, ajudadas pelos papéis do setor de comércio, depois que a as varejistas Target e Home Depot anunciaram resultados melhores do que as projeções. O Dow Jones fechou o dia em alta de 0,90%, aos 9.217,94 pontos, o S&P500 avançou +1,01%, aos 989,67 pontos, e o Nasdaq +1,30%, aos 1.955,92 pontos.

No Brasil, as ações voltadas ao mercado interno foram destaque de elevação, como varejistas e construtoras. Que o Brasil vem saindo-se melhor nesta crise não é novidade. E hoje os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho ajudaram a reforçar essa percepção ao mostrarem criação de 138.402 empregos formais em julho, no melhor mês para o trabalho com carteira assinada deste ano.

Petrobras acompanhou o desempenho do petróleo e subiu. A ação ordinária (ON) avançou 0,52% e a preferencial (PN), 1%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para setembro terminou com ganho de 3,66%, para US$ 69,19 o barril. Vale manteve a trajetória de queda da véspera e recuou 0,54% na ação ON e 0,40% na PNA.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dow Jones cai 2% em linha com outras bolsas

por Agência ESTADO
17 de Agosto de 2009 18:40

Nova York - Os principais índices de ações do mercado norte-americano fecharam em baixa acentuada, em linha com as pesadas perdas sofridas pelas bolsas no exterior e que reabasteceram os temores de que a fraca demando do consumidor vai pressionar a frágil recuperação da economia. A liquidação atingiu uma grande variedade de companhias de matérias-primas e energia, assim como financeiras - incluindo o Bank of America - e a Lowe's, que divulgou balanço.

Poucas ações ficaram imunes à vasta queda das bolsas nesta segunda-feira, em um movimento que foi desencadeado pela queda de 5,8% do índice composto da Bolsa de Xangai, na maior queda porcentual desde novembro. Os investidores vinham usando a China para elevar os preços das ações do setor de commodities, que lideraram os recentes ganhos no mercado de ações. Contudo, nesta segunda-feira, os indicadores econômicos da China e uma acentuada queda nos preços das commodities levaram os investidores a buscar refúgios seguros.

O índice Dow Jones caiu 186,06 pontos (-2%) e fechou a 9.135,34 pontos, registrando a maior queda em pontos e porcentual em um dia desde 2 de julho. Entre as blue chips, as ações da Alcoa lideraram as perdas, com uma queda de 6,48%.

"Simplesmente não existe crescimento ainda em lugar nenhum, exceto na Ásia, portanto, uma desaceleração lá atingiria aquelas áreas que se beneficiaram mais com aqueles crescimento - as áreas de commodities e recursos naturais", disse Gary Flam, gerente de carteira da Bel Air Investment Advisors. Contudo, Flam alertou que o declínio desta segunda-feira mal arranhou os robustos ganhos obtidos no mercado de ações desde início de março.

Se durante a manhã, as matérias-primas ditaram o ritmo do declínio, à tarde, o destaque foi para a fraqueza do setor financeiro. As ações do Bank of America fecharam em baixa de 4,77%, American Express recuou 4,19% e JPMorgan registrou um declínio de 4,05%.

As companhias de consumo não foram melhores, pressionadas pelas continuadas preocupações com relação à fraqueza do mercado de mão de obra. Além disso, nesta manhã a Lowe's informou que seu lucro caiu 19% no segundo trimestre fiscal, refletindo a continuada fraqueza na demanda. As ações da Lowe's fecharam em baixa de 10,34%.

Amanhã são esperados os balanços da Home Depot e da Target, ambas do setor de consumo. As ações da Home Depot fecharam em baixa de 3,80%, enquanto as da Target recuaram 1,52%. Depois do fechamento do mercado, a Hewlett-Packard também divulga seu resultado trimestral. No pregão de hoje, as ações da HP caíram 2,22%. A HP e a Home Depot são componentes do índice Dow Jones.

O índice Nasdaq caiu 54,68 pontos (-2,75%) e fechou a 1.930,84 pontos. O S&P-500 recuou 24,36 pontos (-2,43%) e fechou com 979,73 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bovespa cai com exterior, puxada por Vale e siderúrgicas

por Agência ESTADO
17 de Agosto de 2009 17:35

A aversão a risco predominou nos mercados acionários ao redor do globo e fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechar em queda pela segunda sessão consecutiva, puxada principalmente pelas ações de Vale e de siderúrgicas. Estes papéis foram influenciados pelo noticiário vindo da Ásia, que fez com que os preços de matérias-primas (commodities) recuassem.

O índice Bovespa (Ibovespa) caiu 2,51% hoje, aos 55.218,37 pontos. Na mínima do dia, registrou 54.881 pontos (-3,10%) e, na máxima, os 56.636 pontos (estabilidade). No mês, acumula alta de 0,83% e, no ano, de 47,05%. O giro financeiro totalizou R$ 7,723 bilhões, dos quais R$ 2,75 bilhões referem-se ao vencimento de opções sobre ações. Os dados são preliminares.

As ordens de vendas hoje começaram na Ásia, com os investidores reagindo ao noticiário do Japão e da China. Os japoneses finalmente conseguiram sair da recessão, mas a economia do país no segundo trimestre cresceu menos do que era esperado e acabou não contribuindo para levar os investidores a comprar ações.

O PIB japonês cresceu 0,9% no segundo trimestre ante o primeiro e 3,7% ante o mesmo intervalo de 2008, na primeira alta após cinco trimestres seguidos de retração. Mas as previsões dos analistas eram de elevação de 1% e 3,9%. Na China, o indicador que deixou os investidores mal humorados foi a queda de 35,7% dos investimentos diretos estrangeiros no país em julho ante igual mês do ano passado, totalizando US$ 5,36 bilhões.

No Japão, o índice Nikkei 225 da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 3,1%, a maior queda porcentual desde 30 de março. Na China, o índice Hang Seng tombou 3,62%; o índice Xangai Composto recuou 5,8%, e o Shenzen Composto caiu 6,6%.

Esse clima de aversão a risco se propagou pela Europa, onde as ações das mineradoras pesaram, também em meio ao noticiário do setor. Hoje, a mineradora australiana Fortescue anunciou acordo com a Associação do Ferro e do Aço da China (Cisa, na sigla em inglês) para a venda de minério de ferro com desconto de 35% em relação aos preços de contrato do ano passado. E a mineradora anglo-suíça Xstrata ampliou sua ofensiva para tentar convencer os analistas e os acionistas da Anglo American da proposta aliança entre as duas, informou o jornal britânico The Independent.

Nos EUA, os indicadores conhecidos nesta segunda foram bons, mas os índices reagiram à queda das bolsas globais e também aos receios de que uma potencial fraqueza prolongada no consumo dos norte-americanos limite ou adie a recuperação econômica. O Dow Jones recuou 2%, aos 9.135,34 pontos, o S&P 500 terminou em baixa de 2,43%, aos 979,73 pontos, e o Nasdaq de 2,75%, aos 1.930,84 pontos.

A Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAHB) dos Estados Unidos informou que o índice do mercado imobiliário, que mostra a expectativa de vendas de residências novas para uma única família, subiu um ponto em agosto, para 18, nível não atingido desde junho do ano passado. É a quinta alta seguida do índice este ano. Já o Fed de Nova York divulgou que o índice Empire State de condições empresariais subiu para 12,08 em agosto, de -0,55 em julho, atingindo o nível mais alto desde novembro de 2007.

No Brasil, a queda das commodities metálicas e o noticiário influenciaram o comportamento das ações da Vale, que estiveram à frente das perdas do Ibovespa. As ações ordinárias (ON) tombaram 4,16% e as preferenciais da classe A (PNA), 4,21%. As siderúrgicas também tiveram perdas fortes: Gerdau PN caiu 4,52%, Metalúrgica Gerdau PN, 3,71%, Usiminas PNA, 3,56%, e CSN ON, 4%.

Petrobras também acompanhou as perdas do petróleo no mercado externo, mas teve o recuo amenizado pelo balanço divulgado na sexta-feira. A estatal anunciou lucro líquido consolidado de R$ 7,734 bilhões no segundo trimestre, com alta de 33% ante o primeiro trimestre e queda de 20,4% em relação a igual trimestre de 2008.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para setembro fechou em baixa de 1,13%, a US$ 66,75. Petrobras ON caiu 1,02% e Petrobras PN, 1,08%.

Segundo um operador de uma corretora em São Paulo, a Bovespa usou o cenário externo de pretexto para realizar lucros e, embora considere justo o valor que o Ibovespa está neste momento, considera que há espaço para cair um pouco mais antes de avançar. "Para superar os 57 mil pontos, precisa de dados mais fortes do que os que estão sendo divulgados", reforçou, ao lembrar que a agenda desta semana não reserva este tipo de indicador, na sua opinião.

domingo, 16 de agosto de 2009

IBOV...suportes e resistências na 3a. semana de agosto.


Na segunda semana de agosto, o Ibovespa abriu nos 56.329 pontos e a partir daí, tentou dar sequência à alta iniciada nas tres semanas anteriores vindo encontrar resistência após o fechamento da segunda, nos 56.830 pontos. Na terça, refluiu até atingir sua mínima semanal, nos 55.568 pontos. Na quarta, recuperou praticamente essas perdas até encontrar nova máxima, na quinta, nos 57.367 pontos. Refluiu novamente, a partir daí, até nova mínima, na sexta, em 55.979 pontos; recuperou no final do pregão, ao finalizar em 56.638 pontos, alta de apenas +0,55% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal, é um "doji" de indefinição, marcado pelo movimento lateralizado entre os 55.400 e os 57.400 pontos, nestas últimas 2 semanas. A reversão ocorrida após romper, por duas vezes, a resistência na casa dos 57.000 pontos (fibo de 61,8% das perdas ocorridas na grande queda do ano passado), pode estar sinalizando ao mercado, a possibilidade de ocorrer uma realização mais forte, nesta semana, após a sequência das quatro semanas seguidas, de alta. Uma melhor definição de tendência deverá ocorrer com fechamento diário, acima ou abaixo, do intervalo no "canal lateralizado", citado. Fechamento diário acima do topo, indicará objetivos de alta, nos 59.300/59.400 pontos. Movimentação abaixo do fundo do canal, poderá indicar objetivos de queda, nos 53.400/53.500 pontos.

Suportes imediatos em 56.200, 55.560, 55.100, 54.600, 54.400 e 53.800 pontos.
Resistências imediatas em 56.700, 57.050, 57.100, 57.400, 57.850 e 58.200 pontos.

DJI...suportes e resistências na 3a semana de agosto


Na segunda semana de agosto, DJI abriu nos 9.368 pontos realizou com força até a mínima nos 9.217 pontos, na terça-feira; a partir daí retomou novamente a tendência de alta ocorrida nas quatro semanas anteriores vindo encontrar sua máxima semanal, na quarta, nos 9.424 pontos (rompendo novamente a retração de 38,2% de fibonacci), porém refluiu, a partir daí. Na quinta ainda tentou se manter acima dos 9.400 pontos, mas na sexta realizou novamente até encontrar suporte nos 9.321 pontos, e daí recuperou parte das perdas para finalizar em 9.321 pontos, queda de apenas -0,52% sobre o fechamento da semana anterior. A reversão novamente ocorrida, após testar a resistência do fibo de 38,2% nos 9.422 pontos, pode estar sinalizando ao mercado uma possibilidade de correção mais acentuada, próxima dos 9 mil pontos novamente, antes de nova tentativa de tentar romper essa resistência. O "candle" do gráfico semanal, se assemelha a um "doji" sinalizando ainda indefinição de tendência, em um mercado que se movimenta lateralizado entre os 9.200 e os 9.420 pontos. Somente com um fechamento diário, acima ou abaixo, desses patamares, poderemos ter uma melhor indicação de tendência, na próxima semana.

Suportes semanais imediatos em 9.270, 9.217, 9.174, 9.100 e 9.007 pontos.
Resistências imediatas em 9.325, 9.370, 9.437 e 9.500 pontos.

sábado, 15 de agosto de 2009

Commodities...perspectivas para a 3a. semana de agosto


Fonte: Bloomberg

Situação em 14/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
(Vermelho)UBS BLOOMBERG CMCI 1158.68 -28.46 1188.52 1190.44 1154.62
(Laranja)S&P GSCI 458.36 -14.55 474.46 475.88 457.21
(Verde)RJ/CRB Commodity 257.32 -7.83 265.18 265.27 257.75
(Azul)Rogers Intl 2961.02 -87.22 3054.37 3059.80 2956.29

Situação em 07/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1174.32 1.40 1175.96 1188.58 1171.49
S&P GSCI 468.13 -3.11 469.89 477.75 466.83
RJ/CRB Commodity 264.77 .00 264.76 266.62 264.35
Rogers Intl 3037.65 -18.43 3045.10 3083.74 3025.93

Variação semanal 07/08 a 14/08

INDICE Fechamento (07/08) x Fechamento(14/08) VARIAÇÃO SEMANAL (%)

UBS BLOOMBERG CMCI 1174.32 1158.68 -1,33%
S&P GSCI 468.13 458.36 -2,08%
RJ/CRB Commodity 264.77 257.32 -2,81%
Rogers Intl 3037.65 2961.02 -2,52%

Análise:
Na segunda semana de agosto, as commodities reverteram o movimento altista ocorrido nas 3 semanas anteriores e finalizaram em queda de -2,19% , na média dos quatro índices, em relação ao fechamento da semana anterior. Essa queda manteve a defasagem em cerca de -33% em relação aos preços praticados há um ano atrás, na média desses índices. O gráfico diário do índice "UBS Bloomberg", traçado em vermelho e semelhante aos demais índices, mostram que os preços se mantém acima da LTA recente e estão se movimentando em uma "cunha ascendente". O "candle" do gráfico semanal se aproxima mais de um "martelo invertido", consequência da queda mais forte ocorrida no último pregão da semana. As altas acumuladas nas 3 semanas anteriores mantem ainda "esticados" os principais osciladores gráficos, sugerindo a possibilidade da continuidade de realização nesta 3a semana de agosto.

Petrobras tem alta de 10% na venda de combustíveis

por Agência ESTADO
14 de Agosto de 2009 19:37

A Petrobras teve um aumento de 10% em suas vendas de combustíveis no mercado interno no segundo trimestre deste ano, ante o primeiro trimestre, disse o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Segundo ele, esse crescimento aponta para uma tendência de recuperação da demanda que pode ser entendida como um efeito positivo de pós-crise. "Não sei se dá para falar que a crise já passou, mas pelo menos os efeitos aqui (no País) estão demonstrando recuperação", comentou hoje em entrevista, após a divulgação do balanço financeiro da companhia. De acordo com os dados da Petrobras, o preço médio dos derivados comercializados pela estatal no primeiro semestre deste ano esteve acima do preço médio dos derivados nos Estados Unidos, que são o parâmetro para o mercado internacional. Sem considerar as exportações, o preço médio no primeiro trimestre foi de R$ 163,59 por barril ante R$ 122,82 nos Estados Unidos. Já no segundo trimestre, o preço médio no País foi de R$ 160,79 ante R$ 135,56 nos EUA. No mesmo período no ano passado, a relação estava invertida, com o preço médio dos derivados a R$ 219,26 no mercado americano, ante R$ 178,03 no mercado brasileiro. "O mercado interno é beneficiado por um preço estável no longo prazo", disse Barbassa. Exploração e produçãoO resultado do segmento de exploração e produção da Petrobras atingiu R$ 5,451 bilhões no segundo trimestre deste ano, representando alta de 119,35% em relação aos R$ 2,485 bilhões obtidos no primeiro trimestre deste ano. Segundo o balanço da Petrobras, a melhora no resultado deveu-se à elevação das cotações internacionais de petróleo e ao aumento de 7% no volume de óleo vendido ou transferido. Contribui também a redução dos custos exploratórios, decorrentes da baixa de poços secos ou sem viabilidade econômica. Ao mesmo tempo houve aumento de custos com participações governamentais e por maiores despesas com geologia e geofísica. O segmento de abastecimento voltou a superar o de exploração e produção no segundo trimestre, atingindo R$ 5,507 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre houve alta de 20,4%. Segundo a Petrobras, o melhor resultado ocorreu, entre outros motivos, pelo maior volume de vendas associado à elevação do preço médio de realização das exportações. Também houve realização, no segundo trimestre de 2009, de estoques formados por menores custos de aquisição no trimestre anterior. Com o segmento de gás e energia a Petrobras obteve R$ 383 milhões ante resultado negativo de R$ 80 milhões no primeiro trimestre. Já o segmento de distribuição rendeu R$ 310 milhões, alta de 35,9%, enquanto a área internacional passou do prejuízo de R$ 362 milhões para resultado positivo de R$ 67 milhões. O segmento corporativo continua negativo, passando de R$ 1,560 bilhão para R$ 2,84 bilhões. Efeito do câmbioO resultado financeiro líquido da Petrobras no segundo trimestre de 2009 ficou negativo em R$ 2,46 bilhões, ante prejuízo financeiro de R$ 849 milhões nos três primeiros meses de 2009. Apesar de a valorização do real no período ter provocado um resultado financeiro positivo no valor de R$ 566 milhões sobre o endividamento líquido da companhia, a estatal aumentou em R$ 1,61 bilhão o seu prejuízo na linha financeira devido às perdas cambiais sobre recursos aplicados no exterior pela estatal, que somaram R$ 2,82 bilhões. No primeiro semestre, o resultado financeiro líquido da Petrobras ficou negativo em R$ 3,31 bilhões, ante prejuízo financeiro de R$ 1,87 bilhão nos primeiros seis meses de 2008. O maior volume de financiamentos em relação ao ano anterior e as perdas cambiais sobre os ativos no exterior são fatores citados pela companhia como causas desse movimento. O diretor de Investimento e Relações com Investidores da Petrobrás disse que os investimentos da companhia devem superar o previsto para este ano, de pouco menos de R$ 61 bilhões. "É possível, já que fizemos R$ 32,5 bilhões no primeiro semestre. Já ultrapassamos a metade do previsto", disse o executivo. Ele comentou que no primeiro semestre a Petrobras acelerou os investimentos e, por exemplo, contratou sondas com antecedência "porque apareceu a oportunidade". "Se a gente seguir na mesma linha de realização, podemos ultrapassar o programado", afirmou. De acordo com Barbassa, é provável que o custo das sondas para exploração em terra e águas rasas esteja bem baixo, mas para exploração em águas profundas ainda há escassez de equipamentos. "O que se verificou foi alguma disponibilidade onde não existia nenhuma", afirmou sobre as sondas para exploração em águas profundas. Posteriormente, ele disse que pode ter havido "uma redução talvez de 10% a 20%", em relação ao pico dos preços das sondas desse tipo no ano passado. Barbassa disse que o nível de alavancagem da estatal deve aumentar até o final do ano. No final do segundo trimestre, este nível atingiu 28%. Barbassa afirmou que estar entre 25% e 35% é considerado um nível "ótimo", no mesmo patamar das principais empresas internacionais. Segundo ele, este aumento deve acontecer porque a empresa está com um ritmo forte de investimento. "Estamos investindo mais do que gerando", comentou.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Bolsa de NY fecha em baixa com dado sobre consumidor

por Agência ESTADO
14 de Agosto de 2009 19:01

Os três principais índices de ações do mercado norte-americano fecharam em baixa, mas acima das mínimas registradas durante o pregão, com a inesperada deterioração do sentimento do consumidor nos EUA gerando preocupações sobre o vigor de qualquer recuperação econômica. Operadores observaram, no entanto, que o volume de negócios hoje foi fraco, como é típico para uma sexta-feira de agosto. Os volumes foram relativamente elevados nas últimas semanas em virtude da enxurrada de balanços corporativos, mas desaceleraram bastante nos últimos dois dias.

"É seguro dizer que depois do encontro do Federal Reserve (Fed, banco central americano), na quarta-feira, muitas pessoas tiraram o resto da semana de folga", disse Richard Gatto, corretor de ações e derivativos da Meridian Equity Partners. A maior parte das perdas hoje ocorreu após a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan no meio da manhã. O índice caiu para 63,2 em agosto, de 66,0 no final de julho e de uma expectativa dos analistas de melhora para 69.

O índice Dow Jones chegou a cair para 9.232,83 pontos na mínima do dia, porém na última hora de sessão reduziu as perdas para 76,79 pontos (-0,82%) e fechou com 9.321,40 pontos. Observadores disseram que os operadores continuam a ver quedas significativas como oportunidades para compra no final do dia. Na semana, o Dow Jones acumulou uma desvalorização de 0,52%.

Entre as componentes do Dow Jones destaque para a queda de 3,75% das ações da Boeing, que informou que encontrou novas falhas na produção de seu avião 787 Dreamliner e ordenou a suspensão dos trabalhos em uma unidade na Itália, que estava fazendo partes da fuselagem. Entre outras blue chips: IBM caiu 0,84%, Intel cedeu 1,47%, ExxonMobil caiu 0,79%, McDonald's recuou 0,91% e 3M, -1,76%.

O Nasdaq caiu 24,39 pontos (-1,21%) e fechou com 1.984,96 pontos, com um declínio de 0,74% na semana. O S&P-500 recuou 11,61 pontos (-1,15%) e fechou com 1.001,12 pontos, acumulando uma perda de 0,63% na semana. As informações são da Dow Jones.

Bovespa tem quinta semana seguida de ganhos

por Agência ESTADO
14 de Agosto de 2009 17:35

São Paulo - Os Estados Unidos novamente entregaram indicadores mais fracos dos que as previsões, e hoje eles encontraram terreno fértil para levar as bolsas a uma realização de lucros. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que acompanhou o recuo dos índices acionários norte-americanos, teve as vendas parcialmente neutralizadas pelo vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira, que hoje já mostrou disputa mais forte nas blue chips Vale e Petrobras.

O índice Bovespa (Ibovespa) recuou 0,72%, aos 56.638,00 pontos. Apesar da queda de hoje, acumulou ganho de 0,55% em cinco pregões, pela quinta semana consecutiva de alta. Neste período, subiu 15,07%. No mês, a alta atinge 3,42% e, no ano, de 50,83%. Na mínima do dia, registrou 55.979 pontos (-1,87%) e, na máxima, 57.190 pontos (+0,25%). O giro financeiro totalizou R$ 5,434 bilhões. Os dados são preliminares.

Os balanços divulgados entre ontem e hoje até deram sustentação ao bom humor, garantindo ainda um pouco de ganhos à Bovespa no início dos negócios. Mas o dado do sentimento do consumidor preliminar da Universidade de Michigan fez os ventos mudarem. O indicador piorou em agosto, ao registrar 63,2, ante 66 em julho, 70,8 em junho, e abaixo da previsão de 69.

A leitura deste dado junto com a inflação ao consumidor nos EUA mostrou que ainda é cedo para ter euforia com a recuperação econômica norte-americana. Os preços no varejo ficaram estáveis em junho no dado cheio e subiram 0,1% no núcleo, em linha, mas na comparação com julho de 2008, caíram 2,1% a maior queda em 12 meses já registrada desde janeiro de 1950. O núcleo do CPI subiu 1,5% em julho em comparação a julho do ano passado. Inflação sob controle é um dado bastante desejável, mas, em tempos de crise, é um indício de que a demanda está fraca e que vai demorar um pouco a recuperar-se.

Também saiu hoje a produção industrial norte-americana, que subiu 0,5% em julho ante junho. Embora seja a primeira alta desde outubro do ano passado, ela ficou abaixo das previsões, de crescimento de 0,6%. Em Wall Street, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou em baixa de 0,82%, aos 9.321,40 pontos, o S&P 500 recuou 0,85%, aos 1.004,09 pontos, e o Nasdaq terminou com queda de 1,19%, aos 1.985,52 pontos.

No Brasil, a movimentação em torno do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira acabou trazendo volatilidade às ações, já que os investidores anteciparam a briga, principalmente em torno das blue chips. "Petrobras caiu bem menos do que o petróleo por causa do vencimento, assim como Vale subiu pela mesma razão", comentou o sócio e diretor de operações da Hera Investments, Nicholas Barbarisi, ao lembrar que o balanço da estatal, que será divulgado ainda hoje, deve mostrar queda no lucro. A Agência Estado apurou com analistas que o lucro deve somar R$ 6,37 bilhões, 27% a menos do que no mesmo período do ano passado.

Petrobras ON caiu 0,51% hoje e Petrobras PN cedeu 0,43%. Na Nymex, o contrato do petróleo para setembro despencou 4,27%, para US$ 67,51 o barril. Vale ON subiu 0,81% e Vale PNA ganhou 0,90%. Os preços dos metais recuaram em Londres.

Bancos e siderúrgicas caíram: Bradesco PN, -0,73%, Itaú Unibanco PN, -1,53%, e BB ON, -0,48%, Metalúrgica Gerdau PN, -0,14%, Usiminas PNA, -2,97%, CSN ON, -1,93%. Exceção, Gerdau PN avançou 0,61%. O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) informou que a produção de aço bruto ficou em 2,495 milhões de toneladas em julho, o que representou uma queda de 22,8% ante o mesmo mês do ano passado. No ano, a produção acumula retração de 36,9%, para 13,061 milhões de toneladas. Em relação a junho, a produção cresceu 28,5%.

TAM PN liderou as perdas do Ibovespa ao recuar 6,69%. A empresa anunciou lucro líquido de R$ 788,9 milhões no segundo trimestre de 2009, um aumento de 134,1% ante igual período de 2008. O Ebitda somou R$ 55,4 milhões, com queda de 74%, e a margem Ebitda passou de 8,6% para 2,4%.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bolsa de NY fecha em alta; bancos lideram ganhos

por Agência ESTADO
13 de Agosto de 2009 19:22

Os principais índices do mercado de ações norte-americano fecharam em alta ao final de uma sessão volátil em que os investidores pesaram a perspectiva econômica do Federal Reserve (Fed, banco central americano), um forte leilão de títulos do Tesouro dos EUA de 30 anos de prazo e uma inesperada queda nas vendas nos varejo.

O vigor das ações do setor bancário e de matérias primas (commodities) - apoiados pela melhora no sentimento econômico - ajudou a compensar o declínio dos papéis das companhias de consumo. O último leilão primário da semana do Departamento do Tesouro - desta vez US$ 15 bilhões em bônus de 30 anos - registrou uma forte demanda, o que ajudou a dar suporte ao mercado.

Entre as financeiras, destaque para a alta de 6,72% das ações do Bank of America. As ações do JPMorgan fecharam em alta de 1,63%, enquanto Citigroup subiu 2,01% e Wells Fargo avançou 2,61%. Esses ganhos vieram na sequência do movimento de alta desencadeado pelo Fed na tarde de quarta-feira, quando a autoridade monetária anunciou a manutenção das taxas de juro de curto prazo nas mínimas históricas e sinalizou que a economia estava finalmente se estabilizando.

As companhias de carvão lideraram os ganhos do setor de matérias primas, uma vez que a melhora no sentimento com relação às tendências macroeconômicas mundiais continuam a alimentar esperança de que os preços e a demanda vão retornar para o carvão. As ações da Peabody Energy subiram 6,1% e as da Consol Energy fecharam em alta de 7,3%.

Contudo, a elevada taxa de desemprego nos EUA levou a uma queda de 0,1% nas vendas no varejo em julho, contrariando as expectativas de aumento dos analistas, o que pressionou as ações de empresas do setor de consumo. Kraft Foods caiu 0,53%, McDonald's recuou 0,85% e Coca-Cola fechou em baixa de 0,70%.

Contrariando a tendência do setor, as ações do Wal-Mart Stores fecharam em alta de 2,71%, impulsionados pelo lucro acima do esperado anunciado pela gigante do setor de varejo no segundo trimestre. Contudo, mesmo o Wal-Mart não ficou imune a uma inesperada queda nas vendas dentro do conceito de "mesmas lojas" no segundo trimestre.

O índice Dow Jones subiu 36,58 pontos (0,39%) e fechou com 9.398,19 pontos - seu melhor nível de fechamento desde 4 de novembro. O Nasdaq avançou 10,63 pontos (0,53%) e fechou com 2.009,35 pontos. O S&P-500 subiu 6,92 pontos (0,69%) e fechou com 1.012,73 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa retoma os 57 mil pontos, maior nível em um ano

13 de Agosto de 2009 17:52


Os indicadores conhecidos hoje nos Estados Unidos neutralizaram parcialmente a euforia dos mercados de ações vista após dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países da Europa. Isso trouxe um pouco de volatilidade às ações, em Wall Street e na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Mas na Bolsa brasileira as ações da Vale, da Petrobras e de siderúrgicas sustentaram os ganhos e garantiram fechamento positivo, seguindo o desempenho das negociações de commodities (matérias-primas) no exterior.

O índice Bovespa (Ibovespa) terminou o dia em alta de 0,81%, de volta ao patamar de 57 mil pontos, de onde saiu em agosto do ano passado. Fechou nos 57.047,98 pontos, maior nível desde 6 de agosto de 2008 (57.542,5 pontos). Na mínima, registrou 56.533 pontos (-0,10%) e, na máxima, os 57.367 pontos (+1,38%). No mês, o Ibovespa acumula ganhos de 4,17% e, no ano, de 51,93%. O giro financeiro totalizou R$ 5,764 bilhões (os dados são preliminares).

Os investidores receberam logo pela manhã as boas notícias sobre o PIB de alguns países europeus, que deram continuidade ao otimismo após a reunião do banco central americano (Fed) sobre juros ontem à tarde. Alemanha, França e Portugal anunciaram crescimento de 0,3% nas suas economias no segundo trimestre deste ano, deixando para trás a chamada recessão técnica (dois trimestres seguidos de contração da economia). Detalhe: antes do previsto. Também a zona do euro (16 países da Europa que compartilham o euro) mostrou números um pouco melhores do que o previsto: o PIB caiu 0,1%, ante previsão de queda de 0,4%.

Esses números acabaram ampliando o apetite ao risco, fizeram o dólar cair e os preços das matérias-primas (commodities) subirem. Tudo isso garantiria um dia uniformemente no azul às Bolsas não fossem os indicadores norte-americanos ruins - todos piores do que as previsões. As vendas no varejo dos EUA caíram 0,1% em julho ante junho (a previsão era de alta de 0,8%); os pedidos de auxílio-desemprego subiram 4 mil, ante previsão de queda de 5 mil; e os preços de importação caíram 0,7% em julho.

Os dados de vendas desanimaram os investidores que voltaram a ter dúvida quanto à recuperação da economia dos EUA, amplamente dependente do consumo. Depois de alguma oscilação entre altas e baixas, o Dow Jones terminou o pregão com valorização de 0,39%, aos 9.398,19 pontos, o S&P500 avançou 0,69%, aos 1.012,73 pontos, e o Nasdaq subiu 0,53%, para 2.009,35 pontos.

No Brasil, as blue chips e as siderúrgicas foram as ações que garantiram os ganhos da Bovespa. "O mercado trabalhou pesado hoje. Boa parte das ações do Ibovespa fechou em baixa, mas os estrangeiros compraram principalmente blue chips e siderúrgicas, garantindo a alta do índice", comentou o consultor de investimentos de um grande banco doméstico.

Petrobras terminou a sessão em alta de 1,55% na ação ordinária (ON) e de 1,88% na ação preferencial (PN). Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro de petróleo com vencimento em setembro subiu 0,51%, a US$ 70,52 o barril. Amanhã, após o fechamento do mercado, a Petrobras divulgará seu balanço trimestral.

As ações da Vale apresentaram hoje desempenho melhor que as da Petrobras. Os papéis ON da Vale subiram 2,58% e os PNA, 2,54%, acompanhando os preços dos metais nas bolsas de commodities no exterior. No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 2,79%, Metalúrgica Gerdau PN avançou 2,51%, Usiminas PNA ganhou 3,28% e CSN ON, +0,79%.

No setor bancário, o destaque hoje é BB ON, que subiu 2,38%. O Banco do Brasil (BB) anunciou aumento de 41% no lucro líquido no segundo trimestre em relação ao primeiro, para R$ 2,348 bilhões, e voltou a ocupar a liderança do setor, com o maior volume de ativos, ultrapassando o Itaú Unibanco. O BB encerrou o segundo trimestre com ativos totais de R$ 598,839 bilhões, ante R$ 596,387 bilhões do concorrente Itaú. Itaú Unibanco PN fechou em baixa de 1,22% e Bradesco PN recuou 1,09%.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Bolsas de NY cedem com ações do setor financeiro

por Agência ESTADO
11 de Agosto de 2009 19:26

Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa pelo segundo pregão consecutivo, pressionados pelo declínio nos papéis do setor financeiro e pela cautela dos investidores, que esperam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), amanhã, para voltarem a posicionar apostas no mercado.

O Dow Jones caiu 96,5 pontos, ou 1,03%, para 9.241,45 pontos - menor nível de fechamento desde 31 de julho. O Nasdaq perdeu 22,51 pontos, ou 1,13%, para 1.969,73 pontos, e registrou a maior queda em uma única sessão desde 7 de julho. O S&P 500 recuou 12,75 pontos, ou 1,27%, para 994,35 pontos.

A seguradora American International Group (AIG) caiu 13%. Nas últimas sessões, as ações da companhia tiveram um avanço acentuado, impulsionadas pela cobertura de posições vendidas. A Bunge caiu 6,8% após anunciar que pretende oferecer 10 milhões de novas ações. Os recursos levantados pela operação serão utilizados para ajudar no pagamento de dívidas e para outros propósitos corporativos.

As ações do setor financeiro, que no mês passado avançaram de forma acentuada em meio a indicadores econômicos favoráveis e à divulgação de balanços trimestrais em geral melhores do que a expectativa de Wall Street, passaram a sofrer pressão desde o início desta semana.

O Bank of America e o JPMorgan, ambos componentes do índice Dow Jones, recuaram respectivamente 4,98% e 3,40%. Entre outros bancos, o Wells Fargo perdeu 6,11%, o Goldman Sachs caiu 0,71% e o Citigroup fechou em baixa de 6,35%. Segundo o analista Richard Bove, da Rochdale Securities, parte da atual fraqueza pode ser atribuída à baixa probabilidade de os bancos apresentarem resultados melhores no segundo semestre.

Também pesou sobre o setor financeiro um relatório do painel que supervisiona o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp) dos EUA. O documento aponta que, quase um ano depois do lançamento do programa, ainda há uma "esmagadora" parcela de ativos problemáticos no balanço dos bancos. Segundo o painel, se a economia piorar, o "sistema financeiro vai continuar vulnerável às condições de crédito que o Tarp deveria consertar". As informações são da Dow Jones.

China e vencimento futuro fazem Ibovespa cair 1,88%

por Agência ESTADO
11 de Agosto de 2009 17:52

Os dados divulgados hoje pelo governo chinês serviram de desculpa para os investidores realizarem lucros na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que fechou em baixa mais acentuada do que Wall Street também por causa do vencimento dos contratos de índice futuro amanhã. A queda de preço de commodities acabou pesando sobre as blue chips e vários papéis do índice Bovespa (Ibovespa), que ainda sentiu o tombo das ações do setor bancário.

A Bolsa doméstica recuou 1,88%, aos 55.761,16 pontos, depois de registrar 55.568 pontos na mínima do dia (-2,22%) e 56.816 pontos na máxima (-0,02%). No mês, acumula ganho de 1,82% e, no ano, de 48,50%. O giro financeiro somou R$ 5,356 bilhões. Os dados são preliminares.

Os números apresentados por Pequim de fato não atingiram as previsões estipuladas, mas mesmo assim foram considerados uma desculpa para a venda de ações, segundo especialistas, porque, na prática, não podem ser classificados como ruins. Afinal, a produção industrial da China subiu 10,8% em julho, ligeiramente acima dos 10,7% de junho, mas abaixo dos 11,5% previstos, enquanto as vendas no varejo aumentaram 15,2% em julho, ante 15% em junho. Além do aquecimento da atividade, o governo chinês ainda entregou uma inflação controlada: o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país caiu 1,8% em julho, em comparação com o mesmo mês do ano passado, pelo sexto mês consecutivo de declínio, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) do país recuou 8,2% em julho ante igual mês do ano passado, pelo oitavo mês consecutivo.

A China ainda divulgou alguns números da balança comercial, que poderiam estimular as ações de empresas ligadas a matérias-primas no Brasil, não fossem as commodities propriamente ditas terem recuado no mercado externo. A China anunciou que suas importações de minério de ferro atingiram um volume recorde de 58,08 milhões de toneladas em julho. No acumulado de janeiro a julho, as importações da commodity aumentaram 31,8% em comparação com o volume de igual período do ano passado, para 355,25 milhões de toneladas.

Os preços dos metais, no entanto, recuaram nas bolsas internacionais de commodities, influenciados pela fraqueza das ações e pela baixa do petróleo. O Departamento de Energia dos EUA elevou hoje sua projeção para a produção de petróleo da Opep, que deverá produzir, em média, 29,05 milhões de barris por dia este ano, contra 28,63 milhões de barris por dia na estimativa anterior.

Além da China, a Bovespa também seguiu comportamento visto nos EUA, onde as Bolsas recuaram à espera do resultado do encontro do banco central americano, amanhã, e com forte influência negativa do setor financeiro. Os indicadores conhecidos nos EUA hoje até foram considerados favoráveis, mas acabaram absorvidos pelo clima de cautela. O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que a produtividade cresceu mais que o previsto no segundo trimestre deste ano, a uma taxa anualizada de 6,4%. Já o custo da mão de obra caiu 5,8% - queda mais profunda desde 2001. O Departamento de Comércio informou que os estoques no atacado dos EUA diminuíram 1,7% em junho em comparação com maio, ante previsão de queda de 0,9%. As vendas no atacado, por sua vez, cresceram 0,4% em junho ante maio.

Na avaliação do economista da Win Trade José Góes, há uma expectativa de que o comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) dê algum sinal de retomada do processo de aperto monetário, o que pode dar duas leituras às bolsas. "Por um lado, é positivo porque sinaliza, na prática, que o pior da crise ficou para trás. Por outro, é ruim porque muitos investidores podem deixar a renda variável e voltar à renda fixa", comentou.

O Dow Jones terminou a sessão em baixa de 1,03%, aos 9.241,45 pontos. O S&P 500 recuou 1,27%, aos 994,35 pontos, e o Nasdaq fechou com desvalorização de 1,13%, aos 1.969,73 pontos.

No Brasil, o setor financeiro também foi destaque negativo, puxado pelas ações do Itaú Unibanco, que divulgou seu balanço trimestral. A instituição registrou lucro líquido recorrente de R$ 2,429 bilhões no segundo trimestre de 2009, uma queda de 14,35% ante os R$ 2,836 bilhões de igual período de 2008. As ações preferenciais (PN) caíram 4,10%, Itaúsa PN perdeu 3,54%, Bradesco PN fechou em baixa de 2,94%. BB ON, ao contrário, subiu 0,41%.

Petrobras PN fechou em baixa de 2,55% e Petrobras ON cedeu 3,17%. Vale PNA recuou 2,24% e Vale ON caiu 2,64%.