terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ibovespa acompanha melhora externa e sobe 0,96%

por Agência ESTADO
18 de Agosto de 2009 17:48

Depois de dois dias de correção para baixo nos preços das ações, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a subir, seguindo a melhora do humor no mercado externo. A recuperação, entretanto, tanto aqui quando nos Estados Unidos não foi acompanhada de muito volume, o que significa que os investidores estão cautelosos, à espera de indicadores mais fortes para se posicionarem. Os conhecidos hoje não foram muito bons nos EUA, mas não conseguiram neutralizar as ordens de compras de ações - apenas reduzi-las.

O índice Bovespa terminou o dia em alta de 0,96%, aos 55.748,92 pontos. Na mínima do dia, registrou 55.216 pontos (estabilidade) e, na máxima, registrou 55.891 pontos (+1,22%). No mês, acumula ganho de 1,80% e, no ano, de 48,47%. O giro financeiro totalizou R$ 4,105 bilhões. Os dados são preliminares.

As bolsas asiáticas e europeias fecharam hoje em alta, com os investidores à caça de pechinchas após as quedas de ontem. Também influenciou o índice de expectativas econômicas da Alemanha medido pelo instituto ZEW, que subiu 16,6 pontos em agosto, atingindo o maior nível desde abril de 2006, de 56,1 pontos. Nos EUA, a procura por ações baratas também ganhou corpo no pregão de hoje, embora os indicadores de inflação e da construção civil tenham diminuído um pouco o fôlego. O Departamento do Trabalho anunciou que o índice de preços ao produtor caiu 0,9% em julho, mais do que o dobro do previsto (-0,4%). A leitura é de que os dados dos EUA sinalizam baixa atividade, o que é um indício de que a retomada da economia será bem mais lenta e difícil do que se previa, reforçando alguns dos dados conhecidos nos últimos dias.

O Departamento do Comércio americano divulgou hoje que o número de obras residenciais iniciadas em julho caiu 1% ante junho, enquanto a projeção dos analistas era de um aumento de 2,7%. As permissões para novas obras também cederam, 1,8% na mesma comparação (a previsão era de +0,5%).

Apesar destes dados, as bolsas subiram em Wall Street, ajudadas pelos papéis do setor de comércio, depois que a as varejistas Target e Home Depot anunciaram resultados melhores do que as projeções. O Dow Jones fechou o dia em alta de 0,90%, aos 9.217,94 pontos, o S&P500 avançou +1,01%, aos 989,67 pontos, e o Nasdaq +1,30%, aos 1.955,92 pontos.

No Brasil, as ações voltadas ao mercado interno foram destaque de elevação, como varejistas e construtoras. Que o Brasil vem saindo-se melhor nesta crise não é novidade. E hoje os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho ajudaram a reforçar essa percepção ao mostrarem criação de 138.402 empregos formais em julho, no melhor mês para o trabalho com carteira assinada deste ano.

Petrobras acompanhou o desempenho do petróleo e subiu. A ação ordinária (ON) avançou 0,52% e a preferencial (PN), 1%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para setembro terminou com ganho de 3,66%, para US$ 69,19 o barril. Vale manteve a trajetória de queda da véspera e recuou 0,54% na ação ON e 0,40% na PNA.

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