terça-feira, 18 de agosto de 2009

Wall Street avança com ajuda de ações de varejistas

por Agência ESTADO
18 de Agosto de 2009 19:47

Os balanços melhores que o esperado das varejistas Home Depot e Target deram aos investidores nas Bolsas de Nova York um motivo para retornarem ao mercado depois de duas sessões de baixa. As ações do setor financeiro também se recuperaram em um movimento liderado pela American Express.

Depois dos acentuados declínios das duas sessões anteriores, as ações de empresas do setor de consumo tiveram um saudável movimento de alta nesta terça-feira. Embora ainda exista uma preocupação com relação à saúde do consumidor norte-americano, em grande medida por causa da fraqueza do mercado de mão de obra, algumas ações desse setor conseguiram acalmar alguns dos temores dos investidores nesta terça-feira.

Notadamente, as ações da Home Depot subiram 3,14% depois de anunciar uma queda menor que o esperado de 7,2% no lucro registrado em seu segundo trimestre fiscal. Além disso, a maior varejista de artigos para o lar do mundo elevou sua perspectiva de lucro para o atual ano fiscal.

Outra grande varejista, a rede de descontos Target também anunciou um resultado que ficou bem acima das expectativas dos analistas. As ações da Target fecharam em alta de 7,55%.

No setor financeiro, as ações da American Express subiram 4,28%, depois que a Keefe Bruyette & Woods elevou sua recomendação para a companhia para "outperform", dizendo que a melhora nas taxas de inadimplência em julho sugere que o pior impacto da crise de crédito pode ter ficado para trás. Ainda entre as financeiras: Bank of America subiu 2,05% e JPMorgan fechou em alta de 2,38%.

Apesar da ampla recuperação de hoje, tanto corretores quanto investidores pregaram cautela. Os volumes estão mais fracos nas últimas sessões e a falta de notícias econômicas e de balanços nas próximas semanas pode manter o mercado dentro de margens estreitas. "Vai haver algumas oportunidades nas próximas semanas, mas colocamos um limite no curto prazo em 1.000 ou 1.010 pontos sobre o S&P-500 e precisaremos de um catalisador no curto prazo para ultrapassarmos isso", disse Russ Koesterich, estrategista-chefe de investimentos para o Barclays Global Investors. "Isso simplesmente não vai acontecer nas próximas poucas semanas", acrescentou.

Entre as notícias do dia, a General Motors - que agora é controlada pelo governo dos EUA - anunciou que está elevando sua produção no segundo semestre e que vai reintegrar 1.350 funcionários na América do Norte, como resultado do aumento da demanda alimentado pelo programa federal de desconto "dinheiro por sucata". Mais cedo, a GM também anunciou um acordo para vender sua unidade Saab para a fabricante de carros esportivos de luxo sueca Koenigsegg.

A concorrente Ford disse que as vendas de automóveis nos EUA dão sinais de estabilização e que as tendências de crescimento de longo prazo no Brasil, Rússia, Índia e China são positivas. As ações da Ford fecharam em alta de 3,66%.

O índice Dow Jones subiu 82,60 pontos (0,90%) e fechou com 9.217,94 pontos. O Nasdaq avançou 25,08 pontos (1,30%) e fechou com 1.955,92 pontos. O S&P-500 subiu 9,94 pontos (1,01%) e fechou com 989,67 pontos. As informações são da Dow Jones.

Nenhum comentário: