sexta-feira, 15 de maio de 2009

Bolsas de NY fecham em baixa puxadas por bancos

por Agência ESTADO
15 de Maio de 2009 18:15

Os principais índices do mercado de ações dos EUA terminaram em queda, após uma sessão volátil, pressionados pelo declínio nos papéis de seguradoras e de bancos. As companhias do setor petrolífero também tiveram um desempenho fraco e contribuíram para as perdas.
O índice Dow Jones encerrou o dia em baixa de 62,68 pontos (-0,75%), para 8.268,64 pontos. Na semana, o Dow acumulou queda de 3,57% - pior desempenho semanal desde 6 de março. O S&P 500 recuou 10,19 pontos (-1,14%), para 882,88 pontos, com perdas de 4,99% desde a última sexta-feira. O Nasdaq caiu 9,07 pontos (-0,54%), para 1.680,14 pontos, com declínio de 3,38% na semana.
Os papéis do setor financeiro registraram queda, acelerando as perdas no final da sessão após a agência de classificação Fitch afirmar que estuda diminuir o rating de nove bancos norte-americanos que seriam mais vulneráveis à deterioração do crédito. Na lista estão Wells Fargo (-3,19%), SunTrust (+0,13%) e Fifth Third Bancorp (-5,59%).
Entre outros bancos, Bank of America caiu 5,66%, Citigroup recuou 1,97% e JPMorgan teve queda de 1,77%.
"O que o mercado realmente precisa é acreditar que os bancos não precisam mais de dinheiro do governo", disse Bernie McGinn, fundador e executivo-chefe da McGinn Investment Management. "Não é acreditar que os bancos não precisam mais de dinheiro, mas sim que eles podem recorrer ao mercado privado."
As seguradoras tiveram um dia volátil após a notícia que as companhias do setor que trabalham com seguros de vida foram autorizadas a receber dinheiro do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês). A Ameriprise - que recusou os recursos de imediato - subiu 1,4%. A Prudential recuou 4,1% e a Hartford Financial teve queda de 1%.
No segmento de energia, Chevron caiu 2% e Exxon perdeu 0,93%, pressionadas pelo declínio de quase 4% nos preços dos contratos futuros de petróleo de Nova York.
A General Motors fechou em queda de 5,22% após anunciar que notificou 1,1 mil revendedores de que eles serão removidos dos negócios até outubro de 2010. A companhia pretende eliminar 2.369 concessionárias, ou cerca de 40% do total atual, até o fim do próximo ano. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa cai 0,89% no dia e perde 4,65% na semana

por Agência ESTADO
15 de Maio de 2009 17:39

Dados que mostraram fraqueza nas economias globais levaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a terminar o pregão desta sexta-feira em queda, numa semana onde o sinal negativo foi registrado em quatro das cinco sessões. A leitura de requerimento no Senado para instalar uma CPI para investigar a Petrobras foi um fator adicional a pesar, empurrando os papéis da estatal para baixo, assim como a queda do preço do petróleo e o vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira. A queda em Wall Street também entrou no rol deste pregão, ainda sobrecarregado pelos últimos balanços do primeiro trimestre.
O índice Bovespa fechou em baixa de 0,89%, aos 49.007,21 pontos. Após nove semanas de alta, o índice acumulou nesta semana uma perda de 4,65%, mas no mês o Ibovespa acumula ganho de 3,63% e, no ano, de 30,51%. Hoje, o Ibovespa registrou a mínima de 48.796 pontos (-1,31%) e a máxima de 49.552 pontos (+0,21%). O giro financeiro totalizou R$ 4,132 bilhões (dado preliminar).
O cenário externo apresentava justificativas suficientes para mais um dia de correções na Bovespa. Na madrugada, foi divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) de Hong Kong, abaixo do esperado, dado que se replicou na zona do euro e por algumas economias da região (Alemanha, França, Holanda, Portugal, Itália, Hungria, República Checa). Tais dados imputaram perdas às bolsas europeias, que também recuaram no acumulado semanal.
Nos EUA, os indicadores não foram assim tão ruins, mas foram amplificados pelos números conhecidos ao longo da semana, como o dado de vendas no varejo e os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. A produção industrial norte-americana ficou ligeiramente acima das previsões: caiu 0,5% em abril comparativamente a março ante estimativa de recuo de 0,6%. O Dow Jones terminou em queda de 0,75%, aos 8.268,64 pontos. O S&P recuou 1,14%, aos 882,88 pontos, e o Nasdaq, 0,54%, aos 1.680,14 pontos. Hoje, houve vencimento de opções neste mercado, o que contribuiu para o desempenho da sessão.
Com a queda das bolsas - e o temor renovado de que a recuperação econômica global ainda leva tempo - o petróleo caiu, assim como algumas commodities metálicas. O contrato para junho negociado na Nymex passou a semana cotado na casa dos US$ 58, mas hoje despencou 3,89% para fechar a US$ 56,34. Isso teve forte peso no desempenho das ações da Petrobras, que foi o destaque no pregão doméstico.
O tombo do petróleo já seria uma razão mais do que forte a pesar sobre as ações, mas a baixa de hoje, que teve a presença de estrangeiros, se deu ainda por causa da reviravolta na criação da CPI no Senado. Ontem, o governo havia fechado um acordo com a oposição para que o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, fosse ouvido pelo Congresso, antes de criação de qualquer comissão. O PSDB, no entanto, fez uma manobra e aprovou um requerimento para criar a CPI, e o governo tem até a meia-noite de hoje para conseguir convencer seis parlamentares a tirarem seu nome do requerimento e impedir a instalação da CPI.
Petrobras ON terminou em baixa de 1,37% e Petrobras PN, de 1,39%. Vale, a outra blue chip, recuou 0,65% na ON e 0,67% na PNA. No setor siderúrgico, Gerdau PN perdeu 1,40%, Metalúrgica Gerdau PN, 0,84%, Usiminas PNA, 0,47%, CSN ON, 1,54%. Nos bancos, Bradesco PN recuou 0,58%, Itaú Unibanco PN, 1,08%, e BB ON, 1,84%.