segunda-feira, 6 de abril de 2009

Bolsa de NY encerra em queda com bancos e tecnologia

por Agência ESTADO
06 de Abril de 2009 18:57

O mercado de ações norte-americano fechou em baixa, mas bem acima das mínimas do dia, com ajuda de um impulso no final da sessão, quando os temores de mais perdas no Citigroup e outros bancos sendo equilibrado pela esperança com relação a outras empresas, como a Ford Motor.
O índice Dow Jones caiu 41,74 pontos, ou 0,52%, e fechou em 7.975,85 pontos. O S&P-500 recuou 7,02 pontos, ou 0,83%, e fechou em 835,48 pontos. O Nasdaq caiu 15,16 pontos, ou 0,93%, e fechou em 1.606,71 pontos, enquanto o NYSE Composite recuou 69,27 pontos, ou 1,30%, e fechou em 5.249,48 pontos.

Na véspera da temporada de balanços, alguns investidores estão preocupados com informes sóbrios de empresas do setor industrial, tecnologia e commodities (matérias-primas). Além disso, o analista da Calyon Securities, Mike Mayo, alertou que o esforço de seis meses e os incontáveis programas do governo federal podem não salvar o setor de perdas com empréstimos que vão exceder aquelas alcançadas durante a Grande Depressão. Entre os bancos que Mayo iniciou com uma recomendação "underweight" (abaixo da média) para sua nova firma estão: Citigroup (-4,56%), Bank of America (-1,58%) e SunTrust Banks (-8,10%).
Entre outras companhias com exposição à crise financeira, as ações do conglomerado industrial General Electric fecharam em alta de 2,29%.
Contudo, Carmine Grigoli, estrategista da Mizuho Securities, observou que "os mais poderosos mercados em alta (bull market) da história foram lançados das profundezas do desespero durante uma crise financeira". "Nossa pesquisa mostra que os mercados com tendência de baixa (bear market) relacionados a uma crise financeira normalmente terminam no ponto de máximo estresse financeiro, quando as autoridades colocam em prática medidas que no final melhoram as condições", acrescentou.
"O mercado tinha uma alta de 25% quase ininterrupta", disse Bruce Bittles, estrategista chefe de investimento da RW Baird. Enquanto o S&P-500 se sustentar acima dos 750 pontos, Bittles acredita que o mercado de ações será capaz de lutar para subir até o verão no hemisfério norte, com os investidores se dando conta de que a economia não está tão fraca quanto eles temiam. Entretanto, "em agosto e setembro podemos enfrentar outro vento contrário depois (que a economia dos EUA) absorver todos os estímulos. Eu penso que a economia vai reverter para um lento crescimento", disse Bittles.

Entre os destaques individuais, as ações da Ford Motor fecharam em alta de 16% depois que a montadora concluiu uma operação para reduzir a dívida em US$ 9,9 bilhões, usando dinheiro e ações - o que resultou na diminuição da dívida da montadora e mais de um terço. As ações da concorrente General Motors subiram 8,10%.
No setor de tecnologia, as ações da Sun Microsystems fecharam em baixa de 22,50%, depois de um informe de que o acordo para a IBM comprar a fabricante de servidores e software estaria à beira de um colapso. As ações da IBM recuaram 0,65%. As ações da Cisco Systems caíram 3,47% depois que alguns analistas levantaram preocupações sobre a demanda da fabricante de equipamentos de rede no nível corporativo e a velocidade da recente alta das ações da Cisco.
As ações da Alcoa, a gigante fabricante de alumínio que tradicionalmente abre a temporada de balanços na noite de terça-feira, fecharam em baixa de 3,06%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa recua 0,5%, com realização de lucros pequena

por Agência ESTADO
06 de Abril de 2009 17:40

A Bovespa teve uma sessão apática e, embora em queda, não houve muito apetite dos investidores para embolsar um pouco dos ganhos dos quatro pregões seguidos de elevação na semana passada. No pior momento do dia, a Bolsa superou 2% de perdas, mas acabou fechando em bem menos da metade disso. A realização de lucros no mercado externo favoreceu as ordens de vendas internas, concentradas em Vale e siderúrgicas.
O Ibovespa caiu 0,50%, aos 44.167,26 pontos. Atingiu os 43.429 pontos na mínima do dia (-2,17%) e 44.385 pontos (-0,01%) na máxima. No mês, acumula ganho de 7,92% e, no ano, de 17,62%. O giro somou apenas R$ 3,954 bilhões - a média de abril é de R$ 5,091 bilhões.
"O investidor está receoso sobre a realização de lucros. Não está tão firme na decisão de vender, por isso a queda diminuiu à tarde", comentou um especialista do mercado de renda variável de uma corretora em São Paulo. Segundo ele, o clima está melhor no mercado, daí a reticência dos investidores em se desfazer de suas posições.
A redução das estimativas do mercado para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009, de zero para -0,19%, também foi citada em algumas mesas como uma justificativa para a realização de lucros de hoje. Mas mais como desculpa do que como fato em si, já que o clima positivo da última semana ainda não se dissipou.
Hoje, as bolsas norte-americanas aproveitaram algumas notícias não tão boas para justificar a queda, como o aparente colapso das negociações entre a IBM e a Sun Microsystems e o relatório do analista Mike Mayo, da Calyon Securities, no qual afirma que as perdas com empréstimos devem crescer, mesmo após as medidas de auxílio aos bancos anunciadas pelo governo dos EUA.
No Brasil, os papéis de siderúrgicas foram influenciados pela queda de metais básicos e por relatório do Deutsche Bank. A instituição reduziu a recomendação para a Gerdau S.A. de "manter" para "venda" e cortou o preço-alvo do ADR (recibo de ação negociado nos EUA) de US$ 6 para US$ 5. Os papéis PN da empresa recuaram 1,91%, enquanto Metalúrgica Gerdau PN fechou em baixa de 1,31%.
Para a CSN, o Deutsche tem recomendação de "compra" - os papéis ON da empresa recuaram 0,80% -, e, para Usiminas, "manter" - a ação PNA caiu 1,29%. De acordo com o Deutsche, a demanda global por aço deve recuar 17% em 2009 e cair outros 2% em 2010, ante projeção anterior de queda de 7% no consumo deste ano e de alta de 1% no próximo exercício. Vale ON perdeu 2,62% e PNA, 1,75%. Cabe aqui destacar que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima queda de 3,9% nas vendas de veículos em 2009, o que prejudica a indústria siderúrgica.
Petrobras ON recuou 1,12% e PN, 0,36%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato do petróleo para maio terminou em baixa de 2,78%, aos US$ 51,05 o barril.

Petróleo...após 03/04...suportes e resistências na 1a. semana de abril


O gráfico semanal dos contratos futuros de óleo cru leve (Light Sweet Crude Oil Futures), com vencimento em maio/09 (CL\K09)formou um "martelo de alta" após seu fechamento na sexta na casa dos US$ 53,00/barril. Alguns indicadores começam a ficar relativamente "sobrecomprados", após as três semanas seguidas de alta, o que pode sugerir alguma realização, durante a semana.

Suportes semanais em 48,00 e 47,00 dólares/barril.
Resistências semanais em 53,70; 56,20 e 56,70 dólares/barril.