sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Bolsas de NY têm alta apesar de indicadores negativos

por Agencia Estado
07 de Novembro de 2008 20:35

O mercado norte-americano de ações fechou em alta hoje, apesar de indicadores negativos sobre o nível de emprego em outubro e dos decepcionantes informes de resultados da General Motors e da Ford. Participantes do mercado disseram que era natural que o mercado reagisse, depois de dois dias em que o índice Dow Jones caiu quase 10%, na maior queda em dois dias consecutivos desde outubro de 1987. Os indicadores fracos também fizeram crescer a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) volte a reduzir as taxas de juros.
O índice Dow Jones fechou em alta de 248,02 pontos (2,85%), em 8.943,81 pontos. O Nasdaq subiu a 38,70 pontos (2,41%), em 1.647,40 pontos. O S&P-500 aumentou 26,11 pontos (2,89%), para fechar em 930,99 pontos. O NYSE Composite subiu 204,58 pontos (3,61%), para 5.871,98 pontos. Na semana, o Dow acumulou uma queda de 4,09%, o Nasdaq teve perda de 4,27% e o S&P-500, recuo de 3,90%.
Para o economista David Resler, da Nomura Securities, "teremos vários meses de perdas de emprego grandes. Estamos em recessão e esse é o perfil geral de uma virada econômica para baixo: você perde empregos durante a recessão e mesmo nos meses seguintes". Ele prevê que a taxa de desemprego, que subiu para 6,5% em outubro, chegue a 8% no fim de 2009. Resler também afirmou que "provavelmente não importa muito que a Ford fabrique os carros, ou que a Toyota os fabrique, o que importa é quantos carros os consumidores vão querer comprar".
Entre as componentes do índice Dow Jones, os destaques positivos foram ações como Alcoa (alta de 9,06%) e ExxonMobil (5,70% positivo), refletindo a expectativa de que o Fed volte a reduzir as taxas de juro para estimular a economia. Em reação a seu informe de resultados, as ações da GM chegaram a ser negociadas a apenas 2 cents acima do nível mais baixo desde os anos 1950, mas recuperaram algum terreno e fecharam em queda de 9,17%. Na semana, as ações da GM acumularam uma queda de 25%. As ações da Ford, que também divulgou resultados, subiram 2,02% e acumularam uma queda de 7,8%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em alta, apesar de dado de emprego nos EUA

por Agência ESTADO

07 de Novembro de 2008 18:40

O indicador mais aguardado do dia, o relatório do mercado de trabalho americano mostrou que os Estados Unidos eliminaram em outubro vagas de emprego pelo décimo mês consecutivo este ano, mas isso foi insuficiente para atrapalhar a disposição de compras dos investidores em renda variável. Alguns dados corporativos agradaram e o fato de os investidores já terem se defendido de um dado ruim de emprego nos EUA nas últimas sessões com vendas expressivas de papéis endossaram a alta de hoje.
O índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) terminou a sessão de hoje em alta de 0,83%, a 36.665,11 pontos. Pouco antes do fim do pregão, o indicador avançava mais de 2%, mas reduziu parte dos ganhos em meio à primeira entrevista do presidente eleito dos EUA, Barack Obama. O novo presidente não anunciou nenhum nome da futura administração e afirmou que os EUA precisam de um plano de socorro para a classe média americana. Na primeira semana de novembro e no acumulado do mês o Ibovespa registra perdas de 1,59%. No ano, o Ibovespa acumula queda de 42,61%. O índice oscilou hoje entre a mínima de 36.297 pontos (-0,18%) e a máxima de 37.716 pontos (+3,72%). O giro financeiro somou R$ 3,519 bilhões.
Nos Estados Unidos, em outubro, foram cortadas 240 mil vagas, ante estimativa de 200 mil dos especialistas. Foi o 10º mês seguido de cortes, que, no acumulado do ano, já somam 1,2 milhão de postos. A taxa de desemprego também desagradou, ao subir de 6,1% em setembro para 6,5% em outubro, a mais elevada desde março de 1994. Economistas esperavam alta para 6,3%.
E nada indica que esse foi o fundo do poço no mercado de trabalho. Segundo o presidente da unidade distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Dennis Lockhart, a taxa de desemprego americana "vai subir um pouco mais", uma vez que a economia dos EUA permanecerá "substancialmente fraca" no primeiro semestre de 2009 e que os EUA estão em uma "crise financeira severa".
Hoje, no entanto, o dado de estoques serviu para endossar o humor para compras, mostrando que não importa qual seja o dado, mas a disposição do investidor em seguir um rumo. Os estoques no atacado diminuíram 0,1% em setembro nos EUA, o primeiro declínio em 11 meses. Os analistas esperavam alta de 0,4% para o indicador. Isso mostra que, apesar das previsões sobre os efeitos da crise sobre a economia real, na prática o consumo tem conseguido se sustentar.

Ações

A semana que vem começa com a expectativa do balanço da Petrobras, na terça-feira (dia 11), para o qual são esperados números fortes. Hoje, as ações da estatal petrolífera tiveram desempenho firme, ajudando a sustentar os ganhos do Ibovespa. Além do balanço, a alta do petróleo no mercado externo, de 0,44% para US$ 61,04 o barril em Nova York no contrato futuro com vencimento em dezembro, e também a projeção do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, de um volume de reservas entre 50 bilhões e 70 bilhões de barris nas áreas já concedidas do pré-sal na Bacia de Campos (RJ) contribuíram para os ganhos. Os papéis ordinários (ON) da Petrobras subiram 1,58% e os preferenciais (PN), 1,57%.
Vale, a outra blue chip do índice, no entanto, fechou em baixa, de 3,09% nas ON e 2,02% nas PN classe A (PNA). Os cortes de produção de siderúrgicas, a demanda menor esperada com a desaceleração econômica, externa e interna justificam tal desempenho.
As ações ON da Nossa Caixa tiveram a segunda maior alta do pregão, ao subir 8%. Segundo fontes, o projeto de lei que autoriza o governo paulista a vender a instituição para o Banco do Brasil já está em fase final e deverá ser encaminhado em breve para votação na Assembléia Legislativa de São Paulo.

INDZ08...após 06/11...tendência de alta, em sintonia com DJI


Forte queda em continuidade à realização iniciada no pregão anterior. Mostrou força, ao suportar a mínima em 35.850, de onde formou pivô de alta, visualizado no candle do gráfico de "30 minutos" e finalizou em 37.200 pontos, recuperando as perdas da 2a metade do pregão. Resistências imediatas em 37.800, 38.200, 38.360, 38.550 e 39.200. Suportes em 36.100, 36.850, 35.600, e 35.000 pontos.

IBOV...após 06/11...osciladores sinalizam reversão de tendência...


Continuidade da queda no processo de realização de lucros iniciado no pregão anterior. Indicadores no gráfico diário ainda sinalizam tendência de queda, exceto o CCI/Ma cruzamento. O gráfico de "30 minutos", com a forte recuperação no final do pregão deixou a maioria dos indicadores em tendência de alta, formando um "candle" semelhante a um "martelo" (cheio) de alta, no gráfico diário. Definição da principal tendência ainda dependente da tendência predominante de DJI. Suportes imediatos em 36.200, 35.600, 35.250 (fibo 50%), 34.500 e 33.900 pontos. Resistências em 36.550 (fibo 61,8%), 37.500, 38.700 e 40.400 pontos.

DJI...após 06/11...osciladores indicam reversão de tendência...


Forte queda, dando conrinuidade ao processo de realização de lucros, íniciado no pregão anterior. O gráfico diário sinaliza a continuidade da queda, mas o gráfico de "30 minutos" já indica possibilidade de reversão de tendência, pois o estocástico e o CCI/Ma cruzamento já sinalizam tendência de alta. Suportes imediatos em 8.695, 8.650, 8.580 e 8.520. Resistências imediatas em 8.740 (fibo de 38%), 8.900 (fibo de 50%), 9.090 (fibo de 62%) e 9.110 pontos.