domingo, 31 de agosto de 2008

IBOV...após 29/08 e suas projeções para a primeira semana de setembro.


O Ibovespa iniciou a semana realizando parte dos ganhos da semana anterior, mas a partir do meio da semana reagiu, dando a impressão de que a sexta feira poderia ser um marco do rompimento dos 57 mil pontos e da continuidade da alta, iniciada na semana anterior. A forte queda de DJI na sexta, porém arrastou o Ibovespa abaixo dos 56 mil pontos conquistados, fechando a semana em 55.680 pontos, pouco abaixo dos 55.800 pontos do fechamento da semana anterior.

A queda ocorrida na sexta, interrompeu a construção do "sub canal" de alta, com objetivos projetados, nos 57 mil e 58 mil pontos.

Se o Ibovespa conseguir se firmar acima dos 56 mil pontos novamente, poderá ensejar recuperação suficiente para romper os 57 mil pontos e buscar a resistência nos 57.200 pontos.

Fechamento abaixo de 53.600 pontos poderá ensejar a continuidade da realização, cujo objetivo inicial deverá ser o teste do suporte, na mínima recente em 52.345 pontos. A perda desse importante suporte, poderá levar o Ibovespa ao objetivo projetado em 50.400 pontos, e eventualmente, até testar o suporte em 49.500 pontos.

O fechamento semanal, próximo do valor da abertura na semana, produziu um "candle" similar a um "doji" de indefinição. Como esse "doji" ocorreu por uma reversão de tendência, após a máxima intrasemanal, ocorrida no início do pregão desta sexta, nos 56.866 pontos, é muito provável que a tendência de queda se mantenha durante o desenrolar da próxima semana. Por outro lado, apesar do estocástico ainda estar sinalizando alta, o CCI/Ma cruzamento ainda sinaliza tendência de baixa e o oscilador de momentos, mostra "divergência negativa" reforçando a possibilidade de que realmente predomine a continuidade da queda, nesta prímeira semana de setembro.

Futuros de Commodities em 29/08 e projeções para a primeira semana de setembro


Fonte: Bloomberg

Situação em 29/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1451.18 -5.08 1462.24 1464.90 1450.41
S&P GSCI 708.16 -2.20 715.92 723.45 706.64
RJ/CRB Commodity 391.71 -1.64 393.58 398.12 391.71
Rogers Intl 4828.25 -15.69 4867.73 4898.78 4821.56
Brookshire Intl 525.82 -2.48 529.37 533.66 525.02



Situação em 22/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1471.21 -37.76 1499.13 1500.79 1468.97 (-2,56%)
S&P GSCI 711.40 -32.56 744.16 744.16 710.66 (-4,57%)
RJ/CRB Commodity 394.80 -11.12 405.92 405.92 394.80 (-2,82%)
Rogers Intl 4881.12 -165.06 5045.41 5051.07 4873.84 (-3,38%)
Brookshire Intl 531.78 -17.68 545.41 545.72 530.95 (-3,32%)

Variação semanal 22/08 a 29/08

INDICE Fechamento (22/08) Fechamento(29/08) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1471.21 1451.18 (- 1,36%)
S&P GSCI 711.40 708.16 (-0,46%)
RJ/CRB Commodity 394.80 391.71 (-0,78%)
Rogers Intl 4881.12 4828.25 (-1,07%)
Brookshire Intl 531.78 525.82 (-1,12%%)

Análise:

A forte realização dos contratos com vencimento em out/08, na última sexta dia 29 removeu a possibilidade de continuidade de fechamento em alta no gráfico semanal. Comparando em base semanal (fechamento 29/08 x fechamento 22/08), podemos observar nova queda nos preços de commodities, chegando a mais de 1%, nos principais índices.

Graficamente podemos observar a formação de um "candle" tipo "martelo invertido" nessa variação semanal sinalizando a possibilidade de que no início desta próxima semana de setembro possa eventualmente ocorrer reversão para alta.

sábado, 30 de agosto de 2008

DJI...após 29/08 e projeções para a primeira semana de setembro.


DJI fechou pela terceira semana seguida em queda, ainda que o fundo semanal conseguisse se manter acima da mínima semanal anterior e a máxima semanal acima da máxima da semana anterior, também.

Observando-se o gráfico semanal, nesse último mês, podemos notar que DJI se encontra "congestionado" entre os 11.300 pontos e os 11.700 pontos, com as linhas de tendência de alta (LTA) e baixa (LTB), convergindo para concluir um "triângulo simétrico" cujo rompimento para cima ou para baixo, parece estar próximo de ocorrer.

Rompendo acima dos 11.740 pontos, poderá buscar resistência nos 11.880 pontos, 11.960 e 12.050 pontos.

Rompendo abaixo dos 11.300 pontos, poderá retornar aos suportes em 11.220 pontos, 11.125, 11.060, 10.920 e 10.830 pontos.

Analisando-se o gráfico semanal, apesar do Estocástico e do CCI/Ma cruzamento ainda estarem sinalizando tendência de alta, surfiu uma "divergência negativa" no oscilador de momentos que pode estar indicando uma reversão dessa tendência para queda.

A indefinição de tendências poderá se manter até o encontro das LT's, forçando o rompimento para um dos lados, o que poderá acontecer até o final dessa semana.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ibovespa cai 1,24% hoje e perde 6,43% em agosto

por Claudia Violante da Agência Estado
29.08.2008 17h34

A Bovespa terminou agosto da mesma forma que começou: em baixa. No último pregão do mês, o Ibovespa, principal indicador, acompanhou as perdas das bolsas norte-americanas e também das commodities (matérias-primas) e recuou 1,24%, aos 55.680,4 pontos. Com isso, pelo terceiro mês seguido acumulou perdas, de 6,43% em agosto, o que ampliou o recuo de 2008 para 12,84%. Na semana, o índice recuou 0,30%.
Hoje, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 55.678 pontos (-1,25%) e a máxima de 56.856 pontos (+0,84%). O giro financeiro do pregão somou R$ 4,771 bilhões, sendo que mais de R$ 1 bilhão foi registrado na última meia hora do pregão. No registro até ontem, contudo, agosto teve a menor média diária do ano, de R$ 4,811 bilhões, segundo o site da Bovespa.
Nas Bolsas de Nova York, o índice Dow Jones perdeu 1,46%, o S&P teve baixa de 1,37% e o Nasdaq caiu 1,83%. Os resultados ruins da Dell e o indicador fraco de renda pessoal prejudicaram as ações, embora a inversão do preço do petróleo para baixo tenha diminuído um pouco a pressão de venda sobre os papéis.
A fabricante de computadores norte-americana Dell anunciou ontem à noite queda de 17% no lucro líquido do segundo trimestre deste ano, para US$ 0,31 por ação, enquanto os analistas esperavam US$ 0,36. Já o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE) cresceu 0,6% em julho em relação a junho, depois de subir 0,7% em junho. O aumento do índice ficou levemente acima da alta de 0,5% prevista pelos economistas, mas o núcleo do indicador, sem os preços voláteis de energia e alimentos, acertou as apostas de elevação de 0,3%. O que desagradou, no entanto, foi o dado de renda pessoal, que caiu 0,7%, ante -0,4% previsto, e foi a maior queda desde agosto de 2005.
No final do pregão, o contrato futuro de petróleo com entrega em outubro recuou 0,11% na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 115,46 por barril, favorecendo as bolsas americanas, mas ajudando a ampliar as perdas da Bovespa ao pesar sobre os papéis da Petrobras. Petrobras PN perdeu 1,27% e ON, 1,48%; ambas as ações fecharam na mínima cotação do dia, de respectivamente R$ 34,90 e R$ 42,66. Vale, outro papel de primeira linha, caiu hoje na esteira dos metais. A ação ON cedeu 0,75% e a PNA, 1,81%.
Na segunda-feira, com o feriado nos EUA do Dia do Trabalho, o pregão deve ser de marasmo na Bovespa, piorando ainda mais a média de volume financeiro diário. Com isso, qualquer operação tem peso para puxar o índice, mas os analistas apostam que há esaço para setembro começar em alta.

Bolsa de NY fecha em queda com indicadores e furacão

por Renato Martins da Agência Estado
29.08.2008 18h14

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, depois de três dias consecutivos de altas. A queda do indicador de renda pessoal em julho (-0,7%) e a elevação do núcleo do índice de preços dos gastos com consumo (+2,4% em relação a julho do ano passado), um dia depois da revisão para cima do crescimento do Produto Interno Bruto no segundo trimestre, foram um lembrete ao mercado sobre as condições da economia. O mercado também esteve atento à tempestade tropical Gustav, que ganhou força durante o dia e tornou-se um furacão categoria 1 (ventos de 119 km/h a 153 km/h) e avançou na direção da região produtora de petróleo do Golfo do México. "A tempestade traz uma ameaça séria a vidas e à propriedade ao longo da costa do Golfo, com previsão de que chegue à terra na noite de segunda-feira ou na manhã de terça", disse a empresa de meteorologia Accuweather.com.
Todas as 30 componentes do índice Dow Jones fecharam em queda. O destaque negativo foi General Motors, com baixa de 3,29%, depois de a empresa anunciar um recall de 944 mil veículos, por causa do risco de incêndio. As ações do setor de tecnologia também caíram, depois de a Dell divulgar o resultado do segundo trimestre (Dell despencou 13,80%, Intel cedeu 3,05% e Microsoft recuou 2,33%). No setor financeiro, as ações das agências de crédito hipotecário, que haviam subido nos seis pregões anteriores, devolveram parte dos ganhos (Fannie Mae caiu 13,96% e Freddie Mac perdeu 14,58%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,46%, em 11.543,96 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,83%, em 2.367,52 pontos. O S&P-500 caiu 1,37%, para 1.282,83 pontos. O NYSE Composite recuou 0,99%, para 8.382,11 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,72%, o Nasdaq, uma perda de 1,95% e o S&P-500, uma baixa de 0,73%. No mês de agosto, o Dow Jones acumulou uma alta de 1,46%, o Nasdaq, um avanço de 1,80% e o S&P-500, um ganho de 1,22%. No ano de 2008, o Dow Jones acumula uma queda de 12,97%, o Nasdaq, uma perda de 10,74% e o S&P-500, uma baixa de 12,64%. O mercado estará fechado na próxima segunda-feira, por causa do feriado do Dia do Trabalho nos EUA. As informações são da Dow Jones.

INDV08...após 28/08...continua em tendência de alta, com muita volatilidade...


O INDV 08 (índice futuro do Ibovespa com venc em out/08) abriu com "gap de alta" em 56.700 pontos, foi até a primeira máxima em 57.320 pontos, ainda na primeira hora de pregão. Daí, refluiu até encontrar suporte em 56.600 pontos. Com a recuperação dos 11.700 pontos por DJI, o INDV08, retomou novamente a alta, rompendo o topo anterior nos 57.320 até atingir nova máxima em 57.500 pontos. Finalizou em 57.400 pontos.

Análise: O "candle" formado no gráfico diário é do tipo "marubozu" vazio, indicando predomínio da força compradora, ainda que com certa volatilidade. Os principais sinalizadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos" também apontam para a tendência de alta.

Considerando a possível interferência dos índices futuros americanos antes da abertura, poderemos ter várias alternativas de suporte na primeira hora de pregão, se abrir em baixa: 56.870 e 56.600 na LTA intraday recente.
Abrindo em alta, resistências na primeira hora de pregão: 57.850 e 58.400 pontos.

IBOV...após 28/08...mantém ainda tendência de alta...


O Ibovespa abriu na mínima em 55.515 e seguiu em alta até encontrar resistência em 56.300 pontos. A partir daí, refluiu até encontrar novo suporte nos 55.800 pontos. Com a confirmação de DJI se mantendo em alta acima dos 11.700 pontos, o IBOV retomou com vigor os 56 mil pontos vindo encontrar resistência na máxima em 56.523 pontos. Finalizou logo após em 56.382 pontos (+1,55%).

Análise: O "candle" formado no gráfico diário é outro "marubozu" vazio, indicando a continuidade de predomínio da força compradora. Mantendo-se acima dos 56.400 pontos o Ibovespa buscará seus objetivos de alta nos 57 mil e nos 58 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam a tendência de alta, como também no gráfico de "30 minutos". Apesar da indefinição provocada pelo cenário externo, a principal tendência ainda é a de alta. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura poderão confirmar (ou não) essa tendência.

Abaixo de 56.400 suportes em: 55.515, 55.160, e 54.890 pontos.
Acima de 56.400 pontos resistências em: 56.800, 57.550 e 57.930 pontos.

DJI...após 28/08...forte alta deixou indicadores "sobrecomprados"...


DJI abriu na mínima em 11.500 pontos e com os índices futuros em alta, subiu até romper primeiramente a resistência nos 11.600 pontos, e na segunda metade do pregão oscilou em torno da forte resistência em 11.700 pontos. Na última meia hora de pregão, reagiu com vigor para finalizar na máxima em 11.715 pontos (+1,85%).

Análise: Números favoráveis e inesperados da revisão do PIB americano para cerca de 3,3% no trimestre, ao invés dos 2,7% previstos pelo mercado, deram o humor mecessáro para DJI romper novamente o patamar dos 11.700 pontos. Para esta sexta estão reservados os números dos gastos dos consumidores (9:30h), o nível de atividade industrial (10:45h) e o sentimento do mercado levantado pela Universidade de Michigan (11:00h), além de alguns resultados corporativos. Espera-se novamente boa volatilidade, em função da "digestibilidade" desses resultados pelo mercado.

No gráfico de "30 minutos" os principais indicadores se encontram bastante sobrevendidos, sinalizando possibilidade de realização. Os principais indicadores do gráfico diário se mostram em tendência de alta. Essa indefinição será dissipada pelos índices futuros americanos antes da abertura, que poderão sinalizar qual a efetiva tendência para DJI.

Acima dos 11.590 pontos, objetivos de alta em 11.743 e 11.840 pontos.
Abaixo de 11.590 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.466, 11.424 e 11.343 pontos.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

EUA contribuem e Ibovespa fecha com ganho de 1,55%

por Claudia Violante da Agência Estado
A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre serviu de combustível para a alta das bolsas, na Europa, EUA e Brasil. Pela segunda sessão seguida, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, terminou com elevação, e nem a queda das matérias-primas impediu Vale e Petrobras de avançar. Os ganhos de hoje foram generalizados, com o setor financeiro, varejo e siderúrgicas à frente. Os gestores aproveitaram a trégua externa para melhorar o desempenho de suas carteiras, num movimento típico de final de mês.
O Ibovespa voltou aos 56 mil pontos, onde pisou pela última vez no dia 8 de agosto (56.584,4 pontos) ao avançar para 56.382,2 pontos. Subiu 1,55%, reduzindo as perdas acumuladas em agosto para 5,25% e as de 2008 para 11,75%. Na mínima do dia, atingiu 55.516 pontos (-0,01%) e, na máxima, 56.524 pontos (+1,81%). O giro financeiro aumentou um pouco mais, mas ainda continua abaixo da média diária do mês, de R$ 4,836 bilhões até ontem, segundo o site da Bovespa. Hoje, somou R$ 4,299 bilhões.
A alta das bolsas européias e norte-americanas decorreu hoje da revisão melhor do que a prevista do PIB dos EUA do segundo trimestre. O número passou de uma alta calculada anteriormente de 1,9% para 3,3%, ante estimativa de que ficaria em 2,7%. O setor financeiro também deu sustentação ao ganho das bolsas lá, assim como a queda do petróleo.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou na máxima pontuação do dia, em alta de 1,85%. O S&P avançou 1,48%, também a maior alta do pregão, e o Nasdaq teve elevação de 1,22%.
Apesar de a tempestade Gustav estar ainda no horizonte, o petróleo negociado em Nova York recuou 2,17%, para US$ 115,59 o barril. O fortalecimento do dólar em relação a outras moedas levou os investidores a se desfazerem das commodities (matérias-primas), e isso também vale para os metais. Mas, no caso do petróleo, também pesou para a queda nos preços o aumento inesperado dos estoques de gás natural nos EUA.
Apesar do saldo positivo do dia, os investidores têm se pautado no dia-a-dia para operar, e amanhã é a vez de reagir aos indicadores econômicos, como o índice de preços de gastos com consumo norte-americano. A agenda ainda prevê nos EUA o índice de atividade industrial (gerentes de compras de Chicago) de agosto e o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. Vale sublinhar que, amanhã, alguns mercados lá fecham mais cedo por causa do feriado do Dia do Trabalho na segunda-feira.
No Brasil, a queda das commodities não impediu Vale e Petrobras de fecharem em alta: Vale ON subiu 0,50%, Vale PNA ganhou 0,52%, Petrobras ON avançou 0,23% e Petrobras PN registrou elevação de 0,43%. No setor financeiro, Itaú PN ganhou 3,67%; Bradesco PN, 2,42%; Banco do Brasil ON, 3,42%; e Unibanco units, 2,79%.

Bolsa de NY fecha em alta forte após revisão do PIB

por Renato Martins da Agência Estado
28.08.2008 18h34

O mercado norte-americano de ações fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo. Os operadores deixaram de lado as preocupações com o aperto no crédito, com as tensões geopolíticas e com a tempestade tropical que se aproxima da região produtora de petróleo do Golfo do México e concentraram suas atenções na revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre - de 1,9%, no cálculo anterior, para 3,3%. Também foi dada pouca atenção ao informe de que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego teve uma queda menor do que se previa na semana passada.

"O número de pessoas demitidas pedindo auxílio-desemprego é alto demais para a saúde da economia. Acho que isso é uma indicação importante de que a economia está mais fraca do que um crescimento do PIB de 3,3% poderia sugerir", comentou o economista-chefe da Nomura Securities International, David Resler. A alta das ações se acelerou quando os preços do petróleo passaram a cair, em reação ao informe de que as reservas de vários países serão liberadas caso a tempestade tropical Gustav afete a produção do Golfo do México.

Das 30 componentes do índice Dow Jones, 29 fecharam em alta; a exceção foi Coca-Cola, com queda de 1,25%, após rebaixamento de recomendação pelos analistas do Crédit Suisse. As ações que mais subiram foram as do setor financeiro (AIG disparou 7,55%, Bank of America avançou 6,00%, Citigroup ganhou 5,30% e JPMorgan Chase subiu 4,68%). As do Lehman Brothers avançaram 7,38%, em reação a informes de que a instituição vai demitir mais de mil funcionários para cortar custos. As da seguradora de bônus MBIA subiram 34,81%, em reação ao anúncio de que ela vai assumir o resseguro de US$ 184 bilhões em bônus municipais assegurados pela FGIC - possivelmente afastando a ameaça de falência da FGIC, que é controlada pelo Blackstone Group (cujas ações subiram 3,16%); as da Ambac Financial, do mesmo setor, avançaram 42,60%. As ações da agência de crédito hipotecário Fannie Mae avançaram 22,69%, depois de ela anunciar mudanças em seu comando; as da Freddie Mac subiram 11,16%.

Várias ações do setor industrial subiram em reação aos dados do PIB (3M ganhou 2,52% e Caterpillar subiu 3,05%). As ações das companhias aéreas tiveram altas expressivas, em reação à queda dos preços do petróleo (Delta disparou 11,13%). Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do segundo trimestre, os destaques foram Tiffany's (+10,70%) e Sears (+4,19%). As da fabricante de computadores Dell, que divulgaria resultados depois do fechamento, caíram 1,64%.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,85%, em 11.715,18 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,22%, em 2.411,64 pontos. O S&P-500 subiu 1,48%, em 1.300,68 pontos. O NYSE Composite avançou 1,39%, para 8.466,12 pontos. As informações são da Dow Jones.

INDV08...após 27/08...tendência de alta com volatilidade...


Possibilidades de suportes na primeira meia hora de pregão: 56.100; 55.900 e 55.750 (forte), na LTA intraday recente.

Resistências na primeira meia-hora de pregão: 56.750 e 56.900 pontos.

Acima de 56 mil pontos, objetivos de alta em 56.750, 56.900, 57.350 e 57.560 pontos.

Abaixo de 55.500 pontos, objetivos de queda em 55.250, 55.000 e 54.600 pontos.

IBOV...após 27/08...tendência de alta, com volatilidade...


O Ibovespa abriu na mínima em 54.366 e seguiu em alta até encontrar resistência em 55.044 pontos. A partir daí, realizou até encontrar suporte em 54.645 pontos. Com a recuperação de DJI se mantendo em alta, na segunda metade do pregão o Ibovespa retomou nova alta, rompeu novamente os 55 mil pontos, indo até a máxima em 55.591 pontos. Daí refluiu novamente até os 55.226 pontos, finalizando em 54.477 pontos ( +1,91%).

Análise: O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" vazio, indicando predomínio da força compradora. Mantendo-se acima dos 55 mil pontos, o Ibovespa terá por objetivos o rompimento dos 56 mil e dos 57 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam a tendência de alta, enquanto no gráfico de "30 minutos". aparecem algumas sinalizações contrárias, sugerindo a possibilidade da abertura ocorrer em queda. Porém, a principal tendência parece ser ainda a de alta. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura poderão mostrar a principal tendência.

Abaixo de 55.430 suportes imediatos em: 54.670, 54.500, 54.000, 53.840, 53.270 e 52.345 pontos.
Acima de 55.430 pontos resistências em: 55.590, 55.900 e 56.540 pontos.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

DJI...após 27/08...volatilidade e indefinição de tendência...


DJI abriu em 11.412 pontos e com os índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.382 pontos. Reagiu a partir daí até a máxima em 11554 pontos. Na segunda metade do pregão refluiu até nova mínima em 11.470 pontos. Daí, na última meia hora de pregão, reagiu para finalizar em 11.502 pontos (+0,79%).

Análise: Números favoráveis de "Durable Orders", mostrando alguma recuperação na atividade econômica americana, melhorou o humor do mercado, principalmente na primeira metade do pregão. O retorno na segunda metade, pode ser creditado ao grau de incerteza que paira na economia face às espectativas dos números de "initial claims" que serão revelados amanhã, antes da abertura dos pregões.

No gráfico de "30 minutos" o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam tendência de queda, em oposição ao IFR e ao oscilador de momentos que sinalizam a continuidade da alta. No gráfico diário ainda se mantém a tendência de alta. Os índices futuros americanos antes da abertura, poderão sinalizar qual a melhor tendência para DJI.

Acima dos 11.554 pontos objetivos de alta em 11.630 e 11.660 pontos.
Abaixo de 11.445 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.345, 11.130 e 11.000 pontos.

Petrobras e Vale garantem alta de 2,13% ao Ibovespa

por Claudia Violante da Agência Estado
27.08.2008 17h30

A recuperação de preço das matérias-primas (commodities) permitiu à Bovespa interromper uma seqüência de três quedas seguidas e fechar com alta firme, superior a 2%. As ações da Petrobras e da Vale guiaram as ordens de compras, que ainda foram firmes em siderúrgicas e bancos. As bolsas norte-americanas, embaladas por um indicador econômico favorável divulgado mais cedo, também subiram, garantindo tranqüilidade aos negócios domésticos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou o pregão em alta de 2,13%, aos 55.519,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.366 pontos (+0,01%) e a máxima de 55.591 pontos (+2,27%). No mês, ainda acumula perdas, de 6,70% e, no ano, de 13,10%. O giro financeiro totalizou R$ 3,583 bilhões, abaixo da média diária de agosto (que também já está mais baixa do que nos últimos meses e soma R$ 4,904 bilhões até ontem, segundo o site da Bovespa).
As ações da Petrobras subiram na esteira do avanço do preço do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo subiu 1,62%, para US$ 118,15 o barril, com as preocupações sobre o avanço da tempestade Gustav para o Golfo do México, onde há várias instalações de petróleo e gás. Petrobras ON subiu 2,83% e PN, 2,95%.
As commodities metálicas também avançaram no mercado internacional e levaram as ações da Vale a fechar na máxima do dia, com variação de 3,27% as ON e de 4,03% as PNA. Os setores siderúrgico e bancário acompanharam a recuperação em bloco e com altas bastante firmes. Foram destaque Banco do Brasil ON, com +5,41%, e Metalúrgica Gerdau PN, com +3,84%. Hoje, o Citigroup elevou a recomendação de neutra para "overweight" (acima da média) do setor bancário, ajudando a influenciar a alta dos papéis.
Nos EUA, o índice de ações Dow Jones terminou em alta de 0,79%, o S&P avançou 0,80% e o Nasdaq terminou com variação positiva de 0,87%. Os ganhos foram sustentados pelo indicador positivo de encomendas de bens duráveis, vigor das ações do setor financeiro e percepção de que a alta do petróleo é temporária, à luz das condições de tempestade tropical no Golfo do México.
O Departamento do Comércio informou pela manhã que as encomendas de bens duráveis nos EUA inesperadamente subiram 1,3% em julho, ante expectativa dos economistas de queda de 0,4%. Também agradou a declaração do dirigente da regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Atlanta, Dennis Lockhart, que previu hoje que a inflação norte-americana deverá ceder a partir do próximos meses.
Para amanhã, a apenas dois pregões do término de agosto, os investidores podem intensificar as compras para garantir melhor desempenho a suas carteiras. Mas isso apenas se os indicadores que serão conhecidos, principalmente nos Estados Unidos, e as commodities deixarem.

Indicador de bens duráveis traz alívio e Bolsa de NY sobe

por Renato Martins da Agência Estado
27.08.2008 18h08

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, embora com os principais índices bastante abaixo das máximas do dia. Os volumes foram muito reduzidos, como é comum no auge da temporada de férias de verão nos EUA. O mercado reagiu ao indicador de encomendas de bens duráveis em julho, que mostrou alta de 1,3%, acima das previsões (-0,4%). "Os dados de bens duráveis, mais fortes do que se previa, sinalizam que a economia continua a resistir. Tendo em vista as más notícias constantes que vínhamos recebendo ultimamente do setor financeiro e do mercado de crédito, foi bom ver algo positivo, para variar", comentou o estrategista Ryan Detrick, da Schaeffer's Investment Research.
As ações das agências de crédito hipotecário subiram pelo terceiro dia consecutivo (Fannie Mae avançou 15,30% e Freddie Mac disparou 19,65%), depois de um analista do banco de investimentos Merrill Lynch dizer que elevar o capital dessas agências agora seria prematuro, porque seus níveis de capitalização ainda não caíram para níveis "críticos"; durante o dia circularam rumores de que o Departamento do Tesouro faria ainda hoje um anúncio relativo às agências, mas esses rumores foram negados; depois do fechamento, a Fannie Mae anunciou mudanças em seu comando. Também no setor financeiro, as ações do Merrill Lynch subiram 4,86%, depois de a Tomasek Holdings (fundo soberano de Cingapura) receber permissão para aumentar sua participação no banco de investimentos para algo entre 13% e 14%.
As ações das refinarias de petróleo estavam entre as que mais subiram, em reação a informes de que a tempestade tropical Gustav deverá ganhar força nos próximos dias, tornando-se um furacão, e deverá atingir a região produtora do Golfo do México (Valero Energy subiu 4,23% e Tesoro avançou 11,10%). As ações das companhias aéreas, porém, sofreram quedas fortes (UAL despencou 11,39%, Delta perdeu 7,81% e Northwest recuou 8,27%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,79%, em 11.502,51 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 0,87%, em 2.382,46 pontos. O S&P-500 subiu 0,80%, para 1.281,66 pontos. O NYSE Composite avançou 1,04%, para 8.349,84 pontos. As informações são da Dow Jones.

Restante da agenda do investidor para a última semana de agosto

por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
22/08/08 - 20h06

SÃO PAULO - Dentro da agenda da última semana de agosto, os investidores estarão atentos, sobretudo, ao PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano e à minuta da última reunião do Fed.
No cenário nacional, a ênfase fica para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de agosto. Destaque também para as Notas do Banco Central, que trarão informações relevantes sobre o desempenho econômico do País no último mês.


Quinta-feira (28/8)

Brasil
8h00 - A FGV divulga a Sondagem Industrial referente ao mês de agosto, que reúne informações sobre a evolução da atividade da indústria nacional.

EUA
9h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.
9h30 - O Departamento de Comércio anuncia os dados preliminares do PIB e de seu deflator, ambos baseados no segundo trimestre.


Sexta-feira (29/8)

Brasil
Não serão apresentados índices relevantes no País.

EUA
9h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de julho, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, respectivamente.
10h45 - Será publicado o Chicago PMI referente ao mês de agosto, que mede o nível de atividade industrial na região.
11h00 - Para encerrar, a Universidade de Michigan divulga a versão revisada do Michigan Sentiment de agosto, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.

Segunda-feira (1/9)

Brasil

8h00 - A FGV publica o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à quarta quadrissemana de agosto. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.
8h30 - O Banco Central organiza o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
O Ministério de Comércio Exterior anuncia a Balança Comercial do acumulado de agosto, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.
Para encerrar, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos) revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, feita mensalmente em 16 capitais brasileiras, na qual se avalia o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família, através do valor dos produtos elementares.

EUA
Nesta data será comemorado o Dia do Trabalho no país, e conseqüentemente, não haverá pregão em Wall Street.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

INDV 08..."doji" de indefinição, mas com tendência de alta!...


Análise:

O INDV08 abriu com "gap de queda" na mínima, em 54.600 pontos e conseguiu retomar o suporte dos 55.500 pontos, recuperando forças até a máxima em 56.080. Na segunda metade do pregão , como DJI não reagiu conforme se esperava com a leitura da Ata do FED, refluiu até encontrar suporte em 54.970 pontos. Reagiu novamente para finalizar em 54.400 pontos (estável).

No gráfico diário do índice o "candle" formado é um "doji" de aparente indefinição. Porém, analisando o gráfico de "30 minutos", observamos que a reação positiva na última hora de pregão fez com que os principais indicadores desse gráfico passassem a sinalizar tendência de alta.

A LTA traçada pelas mínimas em 54.600 e 54.970 indica possibilidade de abertura acima de 55 mil pontos. Assim a abertura e manutenção dos 55 mil pontos nas primeiras horas de pregão poderão sinalizar a possibilidade de alta, que provavelmente estará assegurada se esses suportes estiverem acima dos 55.500 pontos. Por outro lado, o baixo volume que se tem observado nos pregões anteriores ainda não assegura a certeza do rompimento das resistências em 56 mil e 56.650 pontos, prevendo-se portanto uma possiblidade de fechamento (ainda que em alta) abaixo desses valores, se não houver forte estímulo dos mercados externos e o de commodities.

Abertura na primeira meia-hora de pregão abaixo dos 54.600 pontos (provocada por cenário externo), indicará tendência de queda, com objetivos em 53.650 pontos.

Abertura e/ou manutenção do suporte em 53.650 pontos, poderá ensejar forte recuperação de tendência e em caso de nova ruptura dos 55.500 pontos, poderá levar o índice novamente aos 56/57 mil pontos.

A perda do suporte em 53.650 pontos sinaliza reversão de tendência e poderá levar o índice a buscar suportes em 51.650 e 50.700 pontos.

Havendo a ruptura com alta, dos 56.100 pontos, os próximos objetivos deverão ser 56.650, 56.900, 57.190, 57.350, 57.560 e 58.600 pontos.

IBOV...após 27/08..."doji" de indefinição, mas com tendência de alta...


O Ibovespa abriu 54.477 e seguiu rapidamente em queda até o suporte na mínima em 54.153 pontos, e daí, em boa recuperação foi até a máxima em 55.088 pontos. Com a abertura de DJI em queda, refluiu continuadamente até buscar suporte nos 54.600 pontos, enquanto aguardava pela Ata do FED. Com a manutenção das expectatias, refluiu até a mínima em 54.181, finalizando praticamente estável em 54.477 pontos ( -0,22%).

Análise: O "candle" formado pelo gráfico diário é um "doji" de indefinição. Apesar da perda do importante suporte em 54.500 pontos, a reação ocorrida a partir do suporte em 54.181 pontos, indica que o Ibovespa deverá retomar esse suporte caso se assegure a tendência de alta e quando retomado, poderá levá-lo novamente a buscar os 55 mil e posteriormente os 56 mil pontos. Apesar dos principais indicadores do gráfico diário se manterem indefinidos (ou em queda), os indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam tendência de alta. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura poderão (ou não) confirmar essa tendência de queda.

Abaixo de 54.150 suportes imediatos em: 54.000, 53.840, 53.270 e 52.345 pontos.
Acima de 54.770 pontos resistências em: 54.900, 55.150, 55.670 e 56.000 pontos.

Ibovespa perde 0,22% e fecha em queda pelo 3º dia

por Claudia Violante da Agência Estado
26.08.2008 17h31

A recuperação das ações da Petrobras não impediu a Bovespa de fechar, pelo terceiro pregão consecutivo, em baixa e na contramão de Wall Street. A ausência de estrangeiros no mercado tem contribuindo para a apatia dos negócios e para a manutenção do giro estreito que tem sido visto nos últimos pregões.
O Ibovespa, principal índice, terminou o dia em queda de 0,22%, aos 54.358,7 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 54.153 pontos (-0,60%) e a máxima de 55.088 pontos (+1,12%). No mês, a Bolsa acumula perdas de 8,65% e, no ano, de 14,91%.
Melhor do que ontem - mas não muito animador - o giro financeiro somou R$ 3,272 bilhões (o segundo menor do mês. "O estrangeiro está fora do mercado doméstico", comentou um experiente gestor de renda variável ao ponderar que os preços estão bastante atrativos para compras. "Com a proximidade do final do mês, algumas ações podem ter correções, com os gestores tentando recuperar um pouco do mês nestes últimos pregões de agosto."
Apesar de negativo, o Ibovespa foi ajudado pelas ações da Petrobras, que subiram na esteira do petróleo. A matéria-prima acabou em alta de 1,01% no contrato futuro com entrega em outubro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 116,27 o barril. A elevação foi puxada pela previsão de que o furacão Gustav poderá atingir uma das regiões mais ricas em petróleo do Golfo do México no final de semana.
Petrobras ON subiu 0,86% e PNA, 1,12%. Vale, outra blue chip (ação de primeira linha), depois de passar a sessão num longo sobe-e-desce, acabou fechando sem uniformidade. Os papéis ON subiram 0,09% e os PNA recuaram 0,32%. Os metais fecharam em baixa no exterior, assim como as commodities (matérias-primas) agrícolas, em função da recuperação do dólar em relação a outras moedas.
O avanço da moeda norte-americana se deu depois que indicadores revelaram fraqueza na Alemanha. A maior economia da zona do euro deu sinais de recessão e seus efeitos sobre as bolsas só não foi pior porque os indicadores divulgados hoje nos Estados Unidos agradaram e levaram as ações para cima.
No mercado acionário de Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,23% e o S&P avançou 0,37%, mas o Nasdaq perdeu 0,15%. O dado mais animador conhecido hoje foi o de confiança do consumidor, que subiu de 51,9 em julho para 56,9 este mês. Mas as vendas de imóveis novos também não desapontaram ao subir 2,4% em julho nos EUA.
A ata da reunião do início do mês do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), divulgada no meio da tarde, acabou tendo impacto apenas momentâneo nos negócios com ações. O documento apontou que a autoridade monetária "não vê a atual posição da política como particularmente acomodatícia", sugerindo que as taxas de juro permanecerão estáveis nos próximos meses.

Dow Jones sobe com ações de energia e financeiras

por Renato Martins da Agência Estado
26.08.2008 18h15

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em alta modesta e o Nasdaq em leve queda. Apesar de novos indicadores fracos sobre o setor de imóveis residenciais e de um informe negativo da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) sobre o desempenho do setor bancário, as ações do setor financeiro continuaram a recuperar terreno, depois das fortes quedas recentes (AIG avançou 4,58% e Lehman Brothers ganhou 4,31%).
As ações das agências de crédito hipotecário também subiram (Fannie Mae registrou alta de 8,29% e Freddie Mac disparou 20,67%); depois do fechamento do mercado, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou as notas de crédito (ratings) da dívida subordinada e das ações preferenciais das duas agências de A- para BBB+.
As ações do setor de energia estavam entre as que mais subiram, em dia de alta dos preços do petróleo e de intensificação das tensões entre a Rússia de um lado e os EUA e seus aliados europeus do outro. Entre as do setor de petróleo, as da Anadarko Petroleum subiram 6,40%, depois de a empresa anunciar um programa de recompra de ações de até US$ 5 bilhões; as da ExxonMobil avançaram 1,58% e as da Chevron tiveram uma alta de 0,33%. Entre as empresas de gás, as ações da Range Resources subiram 6,11% e as da XTO Energy avançaram 5,15%. As ações das companhias aéreas, por sua vez, sofreram quedas fortes (Alaska Air perdeu 6,85% e UAL caiu 8,38%). No setor de tecnologia, as ações da fabricante de chips para aparelhos de televisão de tela plana Broadcom caíram 4,78%, depois de os analistas da Oppenheimer rebaixarem sua recomendação.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,23%, em 11.412,87 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 0,15%, em 2.361,97 pontos. O S&P-500 subiu 0,37%, para 1.271,51 pontos. O NYSE Composite avançou 0,42%, para 8.263,72 pontos. As informações são da Dow Jones.

INDV 08...após 25/08...perda do suporte em 55.500, pode levar a 53.650 pontos...


Análise:

A forte queda de DJI não permitiu uma recuperação do INDV08, fazendo com que perdesse o suporte nos 55.500 pontos que estava defendendo deste o início da segunda metade do pregão. Fechou em 55.400 pontos, depois da mínima em 55.300 pontos.Por outro lado, o baixo volume não assegura o rompimento novamente dessa resistência, prevendo-se portanto uma abertura em baixa do índice.

As possibilidades de abertura, considerando-se um cenário de possível recuperação, deverá apresentar suporte nos 55 mil pontos, na primeira meia-hora de pregão.

Abertura com suporte em 54.500 pontos, confirmará indefinição de tendência, com possibilidades de retornar aos 55.500 pontos.

Abertura com suporte em 53.650 pontos, ensejará forte recuperação de tendência e em caso de ruptura dos 55.500 pontos, levará o índice novamente aos 57 mil pontos.

Abertura com suporte intermediário entre os 54.500 e 55.500 pontos sem provocar rompimento da resistência em 55.500 pontos, poderá significar retorno aos suportes projetados em 53.650, 53.350 e 51.650 pontos.

A ruptura dos 55.500 pontos poderá levar o INDV08 a testar a resistência nos 56.200 pontos novamente. Caso esta seja rompida, os próximos objetivos de alta deverão ser 56.900, 57.350, 57.700 e 58.600 pontos.

O que olhar: o valor da empresa ou o preço na bolsa?

por Rodnei Riscali é diretor-executivo da Hera Investment
26/08/2008

Nos últimos dois meses, o mercado assistiu a uma enxurrada de ordens de venda de ações. As cotações derreteram sem que os compradores pudessem absorvê-las. A baixa registrada fez com que muitos analistas indagassem se o Brasil, que acabara de receber o tão esperado grau de investimento, ainda era a bola da vez para os investidores globais.
O país vive um momento de prosperidade econômica ímpar. O PIB cresceu 5,4% em 2007 e tem perspectivas de avançar neste ano e em 2009, 4,8% e 3,73%, respectivamente. A inflação medida pelo IPCA, apesar dos sustos recentes, voltou a ser projetada abaixo de 6,5%, o que corresponde ao teto da meta aceitável para o fim de 2008.
Já o índice Preço/Lucro (P/L) é o que mede em quantos anos um capital retorna na forma de dividendos ao investidor. Quanto menor, melhor. O P/L médio das ações brasileiras já esteve em 17 e agora está em torno de 13. Ou seja, os papéis nacionais estão sendo negociados, hoje, a preços bastante atrativos.
Os balanços trimestrais das grandes empresas, divulgados recentemente, mostram sinais de robustez. Isso se fundamenta em dados que não decepcionaram os investidores a ponto de reverem projeções para o médio e longo prazo.
No âmbito internacional, em meio a tantas perspectivas pessimistas e algumas até catastróficas, acompanha-se uma economia americana num ritmo de crescimento claramente menor, mas longe de um colapso. Já a tão falada bolha das commodities dá indícios de estar se dissipando, com os preços das principais matérias-primas próximos dos valores considerados justos. Seguindo a tendência de estabilização, o dólar também dá sinais de reversão de queda diante do euro.
Por aqui, diante de fatos e notícias tão positivos do lado da economia real, vemos, na face oposta, as ações sofrerem uma expressiva força de venda a ponto de muitas vezes não suportarem um pregão inteiro no campo positivo. A grande ironia é que, devido ao momento favorável que a economia brasileira passa em comparação aos demais países, o mercado interno fica como única opção aos "hedge funds" estrangeiros, que precisam cobrir prejuízos, saques e financiar compras de ações no mercado americano, universo este claramente em grande deságio. Tais movimentações, somadas, chegaram a retiradas no valor de US$ 15 bilhões.
Esses fundos de investimento representam uma modalidade de aplicação que reúne recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas, por meio da aquisição de cotas. Os recursos desse grupo, administrado por uma instituição financeira, são destinados à aplicação em carteiras diversificadas de títulos e valores mobiliários, em cotas de outros fundos ou ainda em outros ativos disponíveis no mercado financeiro, dependendo do objetivo previsto.
Para melhor compreender seu funcionamento, é importante conhecer o objetivo de seu surgimento. Os "hedge funds" foram criados para propiciar uma redução do risco inerente às aplicações no mercado financeiro, visto que é raro se ter um investimento livre de risco. Considera-se que o risco de uma carteira é diferente do risco do ativo individual pelo benefício da diversificação no mercado. Quando se forma uma carteira de investimento, aplicando-se em diferentes classes de ativos, pode-se minimizar o risco de perda.
Essa modalidade, além de representar mais uma opção no mercado, favorece os pequenos e médios investidores, pois possibilita que invistam em ativos aos quais não teriam acesso, como títulos públicos, que até há pouco não eram vendidos diretamente ao pequeno investidor.
A partir daí, conclui-se que, atualmente, os "hedge funds" precisam liquidar prejuízos nos demais mercados e/ou levantar fundos para ir às compras - tanto no mercado americano como europeu, que, no final das contas, estão "baratos" e cujas perspectivas já não são tão desanimadoras. A atual abertura de oportunidade de compra, poucas vezes vista desde o início do movimento altista de meados de 2002, projeta-se em meio às notícias positivas que estão sobrando no mercado de ações brasileiro e que estarão no preço dos nossos ativos. Porém, ainda dependemos da inversão do fluxo dos investidores estrangeiros para que o cenário seja pleno. Nessa linha, os preços das ações no mercado para as empresas brasileiras não estão refletindo o valor real delas, o que está representado pelo bom momento que a economia está vivendo, além das perspectivas positivas a que foram projetadas.

Economia ignora BC. Caso de elevar dose?

por Luiz Sérgio Guimarães de VALOR
26/08/2008

As expectativas de inflação refluíram, mas os juros subiram no mercado futuro da BM&F. Há contradição nessas rotas divergentes? Os prognósticos de IPCA colhidos pelo Boletim Focus do Banco Central junto a cem instituições do mercado diminuíram para os acumulados de 2008 e os próximos 12 meses. O primeiro cedeu de 6,44% para 6,34%. E o segundo, de 5,31% para 5,25%. Mas o mercado manteve em 5% a estimativa de taxa para 2009. E o alvo único e confesso da política monetária do Copom é o IPCA do ano que vem. As expectativas para 2008 e os próximos 12 meses caem como reflexo sobretudo da perda de vigor manifestada pela inflação corrente. Esta murcha em sintonia com o furo exibido pela bolha de commodities. Já o IPCA de 2009 espelha plenamente a credibilidade desfrutada pela política monetária do BC. E, a julgar por dados divulgados ontem sobre crédito e confiança do consumidor, ela é, na sociedade, muito baixa. Os juros subiram no futuro porque o aperto não está conseguindo minar o crediário e cortar a vontade de consumir. Nem desaquecer a economia em geral, já que na quarta semana do mês a balança comercial foi deficitária. Para o que serve o arrocho, então?
Se ele não está surtindo efeito, o problema pode estar na dosagem e talvez seja o caso de aprofundá-lo. É o que aconselha o mercado futuro de juros da BM&F. A taxa para a virada do ano subiu de 13,85% para 13,88%. O contrato mais negociado, para janeiro de 2010, avançou de 14,69% para 14,73%. E o CDI para janeiro de 2011 passou de 14,29% para 14,30%. Os players do DI futuro estão impressionados com a teimosia dos agentes econômicos em querer crescer, ignorando a pressão para baixo exercida pelo Copom. Ontem foi um dia pródigo em boas notícias para a economia e em más notícias para o BC. A primeira: o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente a agosto cresceu 6,2% em relação a julho, segundo a FGV. "Entre julho e agosto, a parcela dos que avaliam a situação econômica local como boa elevou-se de 12% para 13,8% do total. A proporção dos que a avaliam como ruim diminuiu de 51% para 40,6%", diz a FGV. Ou seja, o consumo está crescendo a despeito de a Selic ter subido de 11,25% para 13%. O consumidor não está nem aí para esse aperto. Por quê? Culpa do crédito? A segunda: o volume de crédito cresceu 1,7% no mês passado apesar de a taxa média de juros do segmento livre ter aumentado 38%. Segundo o BC, a expansão dessas operações é de 16% no acumulado do ano e de 32,7% nos 12 meses encerrados em julho. O que está havendo? O juro sobe mas as lojas e financeiras ampliam os prazos do crediário. A terceira notícia veio da balança comercial. Depois do superávit de US$ 1,67 bilhão registrado na terceira semana do mês, na quarta ela contabilizou um déficit de US$ 840 milhões, resultado de US$ 3,731 bilhões em exportações (média diária de US$ 746,2 milhões) e US$ 4,571 bilhões em importações (média de US$ 914,2 milhões). Não são números condizentes com uma economia submetida a severo arrocho monetário. A informação sobre a balança foi tão ruim que, a ela, foi atribuída a alta de 0,30% registrada pelo dólar, cotado a R$ 1,6330. A inversão da rota "comprada" traçada pelos investidores estrangeiros na BM&F pode ser posta em xeque. Depois de o posicionamento comprado líquido em cupom cambial e dólar futuro ter atingido o pico de US$ 3,74 bilhões no dia 15, os hedge funds vêm reduzindo essa aposta todos os dias. Na sexta-feira, a posição havia caído para US$ 396 milhões.
Com inflação em baixa (o IPC-S recuou de 0,34% para 0,24% na semana passada), a economia brasileira parece ignorar tantos os esforços monetaristas do BC quanto a crise americana. Ontem, o Dow Jones caiu 2,08% por causa de um conjunto de notícias adversas. As instituições financeiras permanecem na alça de mira. Por enquanto, só bancos pequenos quebraram. Na sexta-feira, foi a vez do Columbian Bank and Trust, cuja falência foi decretada pelas autoridades de Kansas City. Mas ontem as ações da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers despencaram. Os dados sobre o lado real da economia americana não estão melhores. Segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA, o preço dos imóveis pode cair ainda mais. Isso porque os estoques aumentaram em 3,9% no mês passado. Essa expectativa pesou mais que a informação de que o número de imóveis residenciais usados vendidos em julho cresceu a uma taxa anual de 5 milhões, em alta de 3,1%, acima da expectativa de 4,95 milhões dos analistas.

China já é o segundo maior parceiro do Brasil

por Raquel Landim de VALOR
26/08/2008

A China ultrapassou a Argentina e se tornou o segundo maior parceiro do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos 12 meses acumulados até julho, a corrente de comércio (soma de exportações e importações), chegou a US$ 31,9 bilhões entre brasileiros e chineses. O valor é superior aos US$ 29,3 bilhões do comércio no período com a Argentina, país vizinho e principal sócio no Mercosul. Com os EUA, maior economia do planeta, está em US$ 49,2 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento.
Uma série de fatores colaborou para a troca de posições, como a alta dos preços das commodities, que inflou as exportações brasileiras para a China, principalmente de soja e minério de ferro, e a crise da economia americana, que incentivou ainda mais os exportadores chineses a diversificar mercados. A reviravolta no comércio exterior é motivo de preocupação para a indústria nacional, que critica a "complementariedade perversa", já que o Brasil vende produtos básicos para a China e importa bens manufaturados.
Os argentinos terminaram o ano passado à frente dos chineses nas trocas com o Brasil, mas por uma margem estreita: US$ 24,8 bilhões contra US$ 23,4 bilhões. A China já havia superado a Argentina como fornecedor brasileiro no início de 2007 e a distância só aumentou. Nos 12 meses até julho, o Brasil importou US$ 17 bilhões da China e US$ 12 bilhões da Argentina. Como destino para os produtos brasileiros, os argentinos estão em segundo lugar, mas devem perder essa posição ainda este mês. O Brasil exportou US$ 17,3 bilhões para a Argentina e US$ 14,6 bilhões para a China na mesma comparação.
"A China vai consolidar a segunda colocação como parceiro do Brasil, mas não há vantagem nisso, porque o comércio é desequilibrado no conteúdo", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Exportamos matérias-primas e importamos bens de consumo, como sapatos e têxteis, e até máquinas. É uma concorrência aguda, que constrange a produção local." Para Júlio Sérgio de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi), a tendência é a China superar até os Estados Unidos no futuro. "Parece que o Brasil se conformou com essa situação de ser uma economia complementar à China."
Na avaliação do secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, essa é uma "visão simplista" sobre a relação entre os dois países. Ele argumentou que a maior parte das importações chinesas são bens de capital e bens intermediários. "Estamos renovando o parque industrial brasileiro com insumos chineses", disse. O secretário reconheceu que as exportações para a China estão concentradas em soja, minério e petróleo, mas ressalta que o Brasil também vende avião, chassis e motores para os chineses. "A culpa da falta de diversificação é nossa", disse Rodrigo Tavares Maciel Neto, diretor-executivo do Conselho Brasil-China, entidade que reúne empresas brasileiras e chinesas. Governo e setor privado tentam implementar a "Agenda China", um conjunto de medidas para agregar valor às vendas para os chineses.
A principal preocupação dos empresários está no sinal da balança de comércio com a China. Depois de superávits expressivos em 2003 e 2004, o Brasil agora amarga perdas crescentes, com o déficit atingindo US$ 2,6 bilhões no acumulado de 12 meses até julho. Com a Argentina, a balança comercial é superavitária em quase US$ 5 bilhões no mesmo período, acima até dos US$ 4,6 bilhões apurados com os Estados Unidos. "Sai a Argentina, que é um país que nos favorece com agregação de valor nas exportações, e entra a China cujo padrão de comércio é altamente desfavorável", diz Almeida, do Iedi.
O dinamismo do comércio entre Brasil e China é intenso nas duas mãos da relação bilateral. De janeiro a julho, as exportações brasileiras cresceram 64% para a China, puxadas pelos preços da soja e do minério de ferro. O percentual é bem superior à média nacional de 27%. O desempenho das vendas para a Argentina também é positivo, com alta de 36%. O ritmo de compra de produtos chineses é ainda mais agressivo. Nos primeiros sete meses do ano, as importações brasileiras vindas da China avançaram 74%, acima dos 52% da média geral e bem superior aos 31% das compras da Argentina.
Segundo Giannetti da Fonseca, o desempenho das economias chinesa e argentina ajuda a explicar essa diferença. Apesar de sofrer o impacto da desaceleração da demanda global, a China encerrou o primeiro semestre com expansão de 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o que torna o país ávido por commodities minerais e agrícolas. Já a Argentina enfrenta uma momento político e econômico delicado, com inflação em alta e uma crise fiscal à vista. Para controlar os preços, o país está inclusive reduzindo as exportações. A restrição à venda de trigo para o Brasil, por exemplo, afeta o comércio entre os dois sócios do Mercosul.
"Essa tendência de incremento no comércio com a China não acontece só com o Brasil. Os chineses já são o segundo maior exportador mundial, atrás apenas da Alemanha", ressalta Barral, da Secex. Dados do Ministério de Comércio Exterior chinês apontam que as vendas da China, no primeiro semestre do ano, avançaram 50% para a África do Sul, 71% para a Argentina e 93% para a China. "Estamos em meio a um descolamento dos centros do comércio mundial", diz Almeida, do Iedi. Ele avalia que a recessão nos Estados Unidos reduziu a demanda do país por importações e forçou fornecedores, como os chineses, a buscar novos clientes.
Maciel Neto, do Conselho Brasil-China, acredita que a crise americana contribuiu para uma estratégia de diversificação de exportações elaborada pelo governo chinês e implementada desde 2000. Prova disso é o ritmo de crescimento das vendas da China para América Latina e África, que supera significativamente o desempenho do comércio com os países ricos. De acordo o Ministério de Comércio da China, as exportações chinesas cresceram 46% para a América Latina e 36% para a África no segundo trimestre do ano em relação a igual período do ano anterior. Os percentuais são superiores à alta de 18% as vendas para o Japão e de 12% para os Estados Unidos. Para a União Européia, as vendas também cresceram 30% no período. O montante do comércio com os americanos, no entanto, ainda é muito superior. No segundo trimestre, a China vendeu US$ 63 bilhões para os EUA e US$ 18 bilhões para a América Latina.

IBOV...após 25/08...muita volatilidade em tendência de queda...


O Ibovespa abriu em 55.854 pontos e rapidamente foi até a máxima em 55.906 pontos, mas a partir da abertura de DJI em forte queda, refluiu continuadamente até buscar suporte nos 54.600 pontos. Ficou oscilando em torno desse valor até quase ao final do pregão, quando DJI acelerou a queda e o Ibovespa foi buscar novo suporte na mínima em 54.468, finalizando em 54.477 pontos ( -1,92%).

Análise: Em dia de fraco volume (quase a metade da média diária) pelo feriado em Londres (influência nas commodities)o Ibovespa não teve outra alternativa senão acompanhar DJI. Com a forte realização de DJI, o mesmo sucedeu por aqui. O Ibovespa perdeu o importante suporte em 54.500 pontos, que caso não seja retomado, poderá levá-lo novamente a buscar os 54 mil e posteriormente os 53 mil pontos. O "sub-canal" de alta que estava sendo contruido com objetivos projetados para 57 mil e 58 mil pontos, foi desfeito. Essa possibilidade volta a ser retomada com o Ibovespa novamente acima dos 56 mil pontos.

Apesar do "candle" no gráfico diário ser um "marubozu" cheio, com predomínio da pressão vendedora, e indicador da continuidade da queda, o baixo volume de negócios, e o cenário externo deixa muito indefinida a tendência para a abertura do pregão de hoje. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura que poderão (ou não) confirmar essa tendência de queda.

Abaixo de 54.400 suportes imediatos em: 54.000, 53.640 e 52.345 pontos.
Acima de 54.800 pontos resistências em: 56.300, 56.150 e 56.430 pontos.

DJI...após 25/08...continua indefinido e com muita volatilidade...


DJI abriu em 11.626 pontos e com os índices futuros em queda, durante a maior parte do pregão, foi até a mínima em 11.363 pontos. Reagiu em seguida, para finalizar em 11.386 pontos (-2,08%).

Análise: DJI está fazendo jus à designação dada pelo presidente Bush "DJI está como um bêbado sem rumo...". Um dia sobe quase 2%, noutro devolve o que subiu. Sintoma de desconfiança dos mercados quanto às informações recebidas de autoridades econômicas (Bernanke fez subir DJI anteontem) e a realidade dos números divulgados sobre as empresas e a atividade econômica (quebra de banco derrubou DJI ontem). Nessa indefinição de tendências, espera-se muita volatilidade no pregão de hoje, até que seja divulgada (15 horas) o conteúdo da Ata da última reunião do FED que manteve a taxa de juros em 2%, no início do mês.

Analisando-se os candles do gráfico de "30 minutos" observa-se a formação de uma figura conhecida como "ombro-cabeça-ombro" com pivô em 11.320 pontos, que se perdido poderá levar DJI até os 11 mil pontos novamente.

Acima dos 11.493 pontos poderá reverter aos 11.600 pontos.

Abaixo de 11.320 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.233, 11.095 e 11.000 pontos.

Os índices futuros americanos poderão indicar a possível tendência para a abertura.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ibovespa cai 2,46% no pregão de menor liquidez do ano

por Claudia Violante da Agência Estado
25.08.2008 17h40

A falência de mais um banco nos Estados Unidos e a divulgação de indicadores fracos de atividade fez com que as bolsas norte-americanas fechassem em baixa e arrastassem consigo a Bovespa. O volume negociado na Bolsa doméstica, no entanto, foi muito fraco e acabou distorcendo o comportamento do mercado, já que qualquer negócio ganha peso para conduzir o Ibovespa, principal índice.
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 2,46%, aos 54.477,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.468 pontos (-2,47%) e a máxima de 55.906 pontos (+0,10%). Com o desempenho de hoje, elevou as perdas de agosto a 8,45% e as de 2008 a 14,73%.
O giro financeiro foi o menor do ano,ao somar parcos R$ 2,582 bilhões. Indício de que o investidor está na retaguarda para este comportamento baixista do mercado financeiro. "Quem está dentro não faz nada e quem está fora não entra", bem resumiu Fausto Gouveia, analista da Alpes Corretora.
Nos EUA, o índice Dow Jones perdeu 2,08%, o S&P recuou 1,96% e o Nasdaq cedeu 2,03%. O que guiou as ordens de vendas lá foi, primeiro, o anúncio de falência do banco Columbian Bank and Trust, na sexta-feira. Em segundo lugar, os dados de imóveis residenciais usados divulgados hoje desagradaram. O número de vendas até superou as estimativas dos analistas, mas os preços caíram e os estoques aumentaram, sinal de que lá na frente os preços ainda vão ficar mais baratos.
É possível citar também os desempenhos da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers, cujas ações caíram forte. As da AIG refletiram o corte em sua recomendação pelo Credit Suisse, e as do Lehman Brothers, que voltaram a ser vendidas hoje, as especulações sobre a eventual venda do banco.
O petróleo fechou em alta de 0,45% o contrato futuro com entrega outubro negociado em Nova York, para US$ 115,11 o barril, enquanto os metais tiveram liquidez muito baixa em função do feriado no Reino Unido. Isso fez com que as blue chips (ações de primeira linha) Vale e Petrobras operassem hoje ao sabor de Wall Street e não das commodities (matérias-primas). Petrobras PN perdeu 4,19%, Petrobras ON recuou 3,39%, Vale PNA cedeu 2,55% e Vale ON caiu 3,04%.

Bolsa de NY fecha em queda forte com setor financeiro

por Renato Martins da Agência Estado
25.08.2008 18h02

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, em dia marcado pela intensificação do nervosismo dos investidores diante do aperto no crédito. O volume de transações foi o menor do ano. A falência de um banco regional do Kansas e os indicadores de vendas de imóveis residenciais usados contribuíram para o sentimento negativo do mercado (as vendas cresceram 3,1% em julho, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, mas os estoques de imóveis não vendidos também cresceram e os preços voltaram a cair).
Todas as 30 componentes do índice Dow Jones caíram. O destaque negativo foi AIG, com queda de 5,49%, depois de o Credit Suisse prever que a seguradora terá uma baixa contábil de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, por causa de perdas com títulos lastreados em hipotecas. Outras ações do setor financeiro também caíram, entre elas Bank of America (-4,14%), JPMorgan Chase (-4,09%) e Citigroup (-2,92%). As do Lehman Brothers perderam 6,66%, com a diminuição das especulações de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul faria um grande investimento na instituição. Em reação à notícia do colapso do Columbian Bank & Trust, na sexta-feira, as ações do Huntington Bancshares caíram hoje 6,79%, as do Washington Mutual perderam 5,26% e as do Wells Fargo recuaram 2,35%. As ações dos setores de petróleo e metais também caíram (ExxonMobil perdeu 1,98%, Chevron recuou 2,94% e Alcoa cedeu 2,66%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 2,08%, em 11.386,25 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 2,03%, em 2.365,59 pontos. O S&P-500 caiu 1,96%, para 1.266,84 pontos. O NYSE Composite recuou 1,73%, para 8.229,03 pontos. As informações são da Dow Jones.

domingo, 24 de agosto de 2008

Índices de Futuros de Commodities em 22/08



Fonte: Bloomberg

Situação em 22/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1471.21 -37.76 1499.13 1500.79 1468.97 (-2,56%)
S&P GSCI 711.40 -32.56 744.16 744.16 710.66 (-4,57%)
RJ/CRB Commodity 394.80 -11.12 405.92 405.92 394.80 (-2,82%)
Rogers Intl 4881.12 -165.06 5045.41 5051.07 4873.84 (-3,38%)
Brookshire Intl 531.78 -17.68 545.41 545.72 530.95 (-3,32%)


Situação em 15/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1414.04 -22.84 1418.12 1424.23 1403.62 -1,62%
S&P GSCI 699.35 -9.63 700.12 703.56 689.24 -1,38%
RJ/CRB Commodity 382.30 -7.15 389.31 389.45 379.07 -1,87%
Rogers Intl 4724.37 -96.45 4820.66 4820.66 4675.36 -2,04%
Brookshire Intl 512.66 -9.75 513.72 516.24 508.22 -1,9%

Variação semanal 15/08 a 22/08

INDICE Fechamento (15/08) Fechamento(22/08) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1414.04 1471.21 (+4,04%)
S&P GSCI 699.35 711.40 (+1,72%)
RJ/CRB Commodity 382.30 394.80 (+3,27%)
Rogers Intl 4724.37 4881.12 (+3,32%)
Brookshire Intl 512.66 531.78 (+3,73%)

Análise:
Apesar da forte realização dos contratos com vencimento em out/08, na última sexta dia 22; quando comparados em base semanal (fechamento 22/08 x fechamento 15/08), podemos observar uma boa recuperação dos preços de commodities, chegando a mais de 4% por exemplo, no UBS Bloomberg Index.

Graficamente podemos observar a formação de um "candle" tipo "piercing" nessa variação semanal sinalizando a possibilidade de continuidade da alta, nessa última semana de agosto.

sábado, 23 de agosto de 2008

IBOV...após 22/08...tendência de alta retomada...


O Ibovespa abriu em 55.933 pontos e rapidamente veio buscar a mínima em 55.430 pontos, dando a impressão de que poderia realizar, a partir daí. Mas animado com a abertura de DJI em forte alta, contrariou essas expectativas de realização e retomou nova alta até encontrar resistência na máxima em 56.430 pontos. Daí, refluiu até 55.850 pontos e se manteve nesse patamar até a metade do pregão para se certificar da continuidade dessa tendência por DJI. A demora com a indefinição fez com que os indicadores de tendência "intraday" passassem a sinalizar venda, produzindo realização no Ibovespa até o suporte nos 55.200 pontos. Desse patamar reagiu com vigor com predomínio de forte pressão compradora, até quase zerar novamente o índice em 55.850 pontos (-0,15%).

Análise: Como previam os indicadores fortemente "sobrecomprados" no gráfico diário, o Ibovespa estava prestes a uma realização, face à sequência de altas ocorridas anteriormente. Após a realização, a pressão compradora (quase zerando as perdas do dia) sinalizou a construção de um "sub-canal" de alta, com objetivos inicialmente projetados para o Ibovespa entre 57 mil e 58 mil pontos.
Para tanto, o IBOV não pode perder o suporte em 55.700 pontos, projetado na LTB rompida nesse pregão.
A LTA recentemente formada tem suporte em 56 mil pontos e resistências em 56.800 e 57.360 pontos.
Apesar do "candle" no gráfico diário se assemelhar a um "doji" de indefinição, os principais indicadores do gráfico diário sugerem a retomada da tendência de alta, como também se observa no gráfico de "30 minutos", graças à forte recuperação, no final do pregão. De qualquer modo, observar os índices futuros do Ibovespa antes da abertura que poderão (ou não) confirmar essa tendência.

Abaixo de 55.700 suportes imediatos em: 54.870, 54.550 e 53.640 pontos.
Acima de 56.000 pontos resistências em: 56.430, 56.800 e 57.360 pontos.

PETR4...projeções de alta para a semana de 25 a 29/08...


PETR4 rompeu a resistência em 34,80 definindo a execução de um "triângulo de alta" com objetivos em 38,80.

Mantendo-se acima de 34,80 poderá romper a resistência intermediária em 36,90 e alcançar o patamar dos 37,40 antes do objetivo projetado em 38,80.

Os indicadores do gráfico semanal e do gráfico diário sinalizam tendência de alta para o início desta próxima semana.

VALE 5...projeções de alta para a semana de 25 a 29 /08...


VALE 5 vinha oscilando em movimento "zig e zag", até romper a resistência formada em 38,00, dando início à formação de um "triângulo de alta".

Mantendo-se acima de 38,00 deverá encontrar resistência na LTB recente em 39,40, que quando rompida poderá levar VALE 5 a seu primeiro objetivo de alta, em 40,60 antes do objetivo projetado em 42,30.

Os principais indicadores do gráfico semanal e do gráfico diário sinalizam a continuidade da tendência de alta, para o início dessa semana.

IBOV..."martelo" de alta nas projeções para a semana de 25 a 29/08...


O Ibovespa rompeu a resistência na LTB semanal construída a partir do topo da última semana de julho, com suporte projetado para a última semana de agosto em 55.300 pontos.

Abaixo desse suporte
poderá vir a testar o suporte em 53.350 pontos e mais remotamente, o suporte em 51 mil pontos.

Mantendo-se acima dos 55.300 pontos, deverá encontrar resistências em 55.950 e 56.970 pontos, antes de buscar seu primeiro objetivo em 57.500 pontos na LTB de médio prazo.

Caso consiga romper esse topo no "canal de baixa", poderá dar sequência à construção de um "sub canal" de alta, com objetivos projetados, nesta semana em 57.940 pontos. Vencida essa resistência, poderá tentar posteriormente o objetivo de alta em 60.500 pontos.

O "candle" semanal formado é semelhante a um "martelo", normalmente sinalizador de tendência de alta, para o início da semana. Os principais indicadores do gráfico semanal apontam também nessa mesma direção.

DJI...apesar da alta recente, está com tendência indefinida...


DJI abriu em 11.427 pontos e com os índices futuros em alta, foi até a máxima em 11.632 pontos. A partir daí, refluiu até atingir a mínima em 11.426 pontos. Reagiu em nova alta desse ponto até aao topo em 11.632, mas retornou para finalizar em 11.628 pontos (+ 1,73%).

Análise: DJI conseguiu (por enquanto) retornar ao "sub-canal" de alta anterior, ao atingir novamente o patamar dos 11.600 pontos, saindo da "congestão" em que se encontrava, entre os 11.300 e 11.500 pontos.
Somente acima dos 11.810 pontos poderá confirmar a reversão para esse cenário de alta. Portanto, ainda está em indefinição de tendência.

Assim, abaixo de 11.550 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.458, 11.360 e 11.320 pontos. Acima dos 11.550 pontos encontrará resistência nos 11.632, 11.714, 11.810 pontos. Existem contradições nos sinalizadores de tendências do gráfico diário e no de "30 minutos" . Os índices futuros americanos poderão confirmar qual a verdadeira tendência para a abertura.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Bolsa de NY fecha o dia em alta, mas cai na semana

por Renato Martins da Agência Estado
22.08.2008 18h21

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, em dia de nova queda forte dos preços do petróleo e de especulações sobre a possibilidade de parte do banco de investimentos Lehman Brothers ser adquirida. A alta foi limitada pelo rebaixamento das notas de crédito (ratings) das agências semigovernamentais hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 28 ações fecharam em alta. As exceções foram as ações da ExxonMobil (-0,06%) e da Chevron (-0,47%), que reagiram à queda dos preços do petróleo. As do setor de mineração também caíram, em reação à baixa dos preços dos metais (Freeport McMoRan perdeu 3,27%). No setor financeiro, as ações do Lehman Brothers subiram 3,09%, reduzindo suas perdas na semana a 11%, em meio a especulações de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estaria prestes a adquirir uma unidade da empresa. Outros destaques foram American Express (+4,81%), Bank of America (+4,03%), Citigroup (+3,84%) e JPMorgan Chase (+3,89%).
Após o rebaixamento de seus ratings, as ações da Freddie Mac caíram 11,08%, fechando no nível mais baixo desde outubro de 1990 e acumulando queda de 92% em 2008; as da Fannie Mae subiram 3,09%, mas acumularam uma queda de 37% na semana. As ações da GAP, maior rede de lojas de vestuário dos EUA, subiram 4,58%, em reação a seu informe de resultados. No setor de tecnologia, as ações da Intel subiram 1,91% e as da Microsoft avançaram 1,78%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,73%, em 11.628,06 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,44%, em 2.414,71 pontos. O S&P-500 subiu 1,13%, para 1.292,19 pontos. O NYSE Composite avançou 0,71%, para 8.373,55 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,27%, o Nasdaq, uma perda de 1,54% e o S&P-500, um recuo de 0,46%. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa cai 0,15% hoje, mas sobe 2,96% na semana

por Claudia Violante da Agência Estado
22.08.2008 17h28

As notícias que beneficiaram a recuperação das bolsas internacionais foram as mesmas que puxaram os preços das commodities (matérias-primas) para baixo e, por tabela, levaram a Bovespa a interromper três sessões seguidas de elevação. Guiado por Petrobras, Vale e siderúrgicas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou a sexta-feira com ligeira baixa, de 0,15%, mas conseguiu garantir alta de 2,96% na semana.
O Ibovespa fechou o dia em 55.850,1 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 55.202 pontos (-1,31%) e a máxima de 56.430 pontos (+0,89%). No mês, ainda acumula perdas de 6,14% e, no ano, de 12,58%.
A Bolsa doméstica foi influenciada pela venda principalmente de papéis ligados às commodities, que terminaram em baixa após notícias que fortaleceram a moeda norte-americana. Os investidores gostaram da informação de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estuda a possibilidade de fazer uma oferta pelo Lehman Brothers, e também do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no qual ele afirmou que a taxa básica de juros da economia norte-americana não deve subir.
Com isso, nas Bolsas de Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,73%, o S&P avançou 1,13% e o Nasdaq teve alta de 1,44%. Com a queda do dólar, o petróleo também recuou e ajudou a garantir os ganhos das bolsas nos EUA. O petróleo negociado em Nova York encerrou cotado a US$ 114,59 por barril, em baixa de 5,44%, ou US$ 6,59, a maior queda dos preços em termos de dólar desde janeiro de 1991. A notícia do Lehman beneficiou a recuperação do setor financeiro, também favorecidas pelas declarações de Bernanke.
Os bancos brasileiros foram contagiados pela recuperação do setor no exterior e subiram. Bradesco PN fechou em alta de 0,60%, Itaú PN e Banco do Brasil ON ganharam 0,90% cada e Unibanco units avançaram 1,42%.
A agenda de hoje foi fraca e, embora as condições macroeconômicas não tenham se alterado, o dinheiro estrangeiro ainda não voltou. Isso significa que está sendo mais lento o processo de recuperação da Bovespa. O giro somou apenas R$ 3,376 bilhões - o menor valor do mês, cuja média diária já é baixa, de R$ 5,265 bilhões. "É preciso que o dinheiro volte para que a recuperação da Bolsa seja firme", comentou um operador.
Para a próxima semana, as mesmas variáveis que vêm permeando o cenário internacional continuam em cena, como commodities e crise norte-americana. Serão conhecidos indicadores relevantes nos Estados Unidos. Um diferencial a favor da alta dos papéis pode ser o pacote que o governo do Japão está finalizando para ajudar a economia do país e, por tabela, do mundo.

IBOV...após 21/08...suportes e resistências no gráfico de 30 minutos...

IBOV...após 21/08...Não rompendo a LTB deve retornar ao fundo do canal...


O Ibovespa abriu em 55.379 pontos, na mínima do dia e empurrado pelos índices futuros em alta, rapidamente rompeu o patamar dos 56 mil pontos até encontrar resistência em 56.044 pontos. Daí, refluiu até encontrar suporte em 55.400 pontos. Na segunda metade do pregão, retomou o processo de recuperação, de modo continuado até encontrar nova resistência, na máxima, em 56.144 pontos (+1,39%). Acabou cedendo, em seguida, para fechar em 55.934 pontos (+1,0%).

Análise: Como previsto no gráfico diário, o Ibovespa deu sequência à alta iniciada anteriormente impulsionado mais uma vez por Vale, Petro e Siderúrgicas, em sintonia com a alta dos mercados futuros de commodities. O Ibovespa tentou, sem sucesso, romper a LTB recente, próxima aos 56.200 pontos. Em sua última tentativa frustrada, quase ao final do pregão, refluiu para finalizar abaixo dos 55.940 pontos onde a LTB estará posicionada amanhã (22/08). Se o IBOV abrir abaixo desse topo do "canal de baixa", com certeza teremos mais uma vez a retomada do processo de queda com objetivos de suporte, no fundo do canal. Acima dessa resistência poderá buscar novo topo próximo aos 57 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos", já se encontram bastantes sobrecomprados, sinalizando a possibilidade de reversão da tendência anterior de alta. Os índices futuros do Ibovespa poderão confirmar a tendência na abertura.

Abaixo de 55.940 suportes imediatos em: 55.400, 54.550, 53.640 e 52.930 pontos.
Acima de 55.940 pontos resistências em: 56.044, 56.144, 56.550 e 56.700 pontos.

DJI...após 21/08...indefinição gráfica, com tendência de queda...


DJI abriu em 11.415 pontos e com os índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.316 pontos. A partir daí, esboçou continuada reação até atingir a máxima em 11.476 pontos (+0,52%). Refluiu desse ponto até finalizar em 11.430 pontos (+ 0,11%).

Análise: Da mesma forma que nos recentes pregões anteriores, DJI navegou no canal de "congestão" entre 11.300 e 11.500 pontos. Acabou formando praticamente um "doji" de indefinição, com a variação de 0,11% entre abertura e fechamento.Assim, abaixo de 11.400 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.360, 11.320 e 11.290 pontos. Acima dos 11.430 pontos encontrará resistência nos 11.454, 11.476, 11.507 e 11.564 pontos. Apesar do "candle" de indefinição,no gráfico diário, os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam tendência de queda, na abertura . Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não) essa tendência para a abertura.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Matérias-primas fazem Bovespa fechar em alta de 1%

por Rodolfo Barbosa
21 de Agosto de 2008 17:48

SÃO PAULO (Reuters) - O avanço dos preços de metais e do petróleo ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo a sustentar alta pelo terceiro dia seguido e flertar com o patamar de 56 mil pontos, apesar da pouca força de Wall Street.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou a quinta-feira com ganhos de 1,01 por cento, a 55.934 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 4,6 bilhões de reais.
"Sem dúvida são as commodities que estão dando a tônica principal do dia", afirmou Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos, ponderando que "a alta foi novamente pontual porque o cenário continua incerto".
"Temos a tensão geopolítica entre a Rússia e o Ocidente, dando rumos de alta para o petróleo, o enfraquecimento do dólar e riscos de novas consequências da crise financeira", listou.
O economista destacou que o patamar de 53 mil pontos, para o qual o Ibovespa chegou a cair esta semana, parece ser um piso do mercado.
"Creio que esse seja mesmo o piso que o mercado estabeleceu, um piso muito baixo", disse.
Os setores petrolífero e siderúrgico mantiveram o Ibovespa no terreno positivo durante toda a sessão, a despeito das bolsas norte-americanas --o Nasdaq caiu 0,4 por cento e o Dow Jones subiu apenas 0,1 por cento no fechamento.
O petróleo fechou em alta de mais de 5 dólares, acima de 121 dólares por barril, e fez com que as ações da Petrobras tivessem a maior contribuição positiva sobre o índice. Esses papéis subiram 3,45 por cento, para 35,39 reais.
As preferenciais da Vale subiram 2,37 por cento, para 38,80 reais, enquanto as da Gerdau avançaram 3,06 por cento, a 29,99 reais.
Entre os destaques negativos, estiveram as ações da TAM e da Gol --que sofrem com o aumento dos combustíveis.
A Vivo cedeu 2,86 por cento, para 7,80 reais, depois que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou os números de novas adesões em julho.
Os dados mostraram que a companhia perdeu participação de mercado, apesar de o ranking de maiores do setor não ter se alterado.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

DJI...após 20/08...indefinido com indicadores pela continuidade da alta...


DJI abriu em 11.346 pontos e ainda com os índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.291 pontos. A partir daí, esboçou forte reação até atingir a máxima em 11.454 pontos (+0,93%). Refluiu desse ponto até encontrar novo suporte em 11.326 pontos. Reagiu, subindo novamente até os 11.422 pontos e finalizando logo após em 11.417 pontos (+ 0,61%).

Análise: DJI estancou a sequência das duas quedas anteriores, recuperando o patamar dos 11.400 pontos. Abaixo de 11.400 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.360, 11.320 e 11.260 pontos. Acima dos 11.415 pontos encontrará resistência nos 11.454, 11.480, 11.520 e 11.600 pontos. Dos principais indicadores do gráfico diário, o IFR e o oscilador de momentos já apontam para a continuidade da alta, o mesmo sucedendo com os indicadores do gráfico de "30 minutos". Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não) a tendência de alta, antes da abertura.

Abaixo de 11.360 suportes em : 11.270, 11.200, 11.150 e 11.120 pontos.
Acima de 11.360 resistências em: 11.380, 11.450 e 11.620 pontos.