segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ibovespa retoma 70 mil pontos pela 1a vez desde junho/2008

04 de Janeiro de 2010 18:39
por Paula Laier de Reuters

São Paulo (Reuters) - O principal índice do mercado acionário brasileiro superou os 70 mil pontos nesta segunda-feira, pela primeira vez desde o início de junho de 2008, acompanhando a alta das bolsas de valores internacionais.

Os ganhos aconteceram em meio a um otimismo renovado sobre a retomada global, após dados sobre atividade manufatureira nos Estados Unidos, China e Europa.

A fraqueza do dólar também abriu espaço para a procura por commodities, com o petróleo sendo impulsionado ainda por tensões geopolíticas, o que reforçou o viés ascendente nos negócios.

O Ibovespa fechou em alta de 2,12 por cento, aos 70.045 pontos. O índice não superava a marca de 70 mil pontos desde o início de junho de 2008.

O volume financeiro da sessão somou 5,25 bilhões de reais.

"O dia começou animado pelos indicadores de China e Europa, mas o volume bem baixo tira um pouco do brilho", disse o estrategista de renda variável de uma importante corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado.

Pesquisas referentes a dezembro mostraram que a atividade fabril da zona do euro cresceu no maior ritmo em 21 meses e que o setor manufatureiro chinês expandiu-se para o maior patamar desde abril de 2004.

No início da tarde, foi divulgado que o setor manufatureiro norte-americano cresceu pelo quinto mês consecutivo em dezembro, com o índice que mede essa atividade atingindo 55,9, o maior nível desde abril de 2006.

O estrategista ponderou, contudo, que há dúvidas sobre o atual patamar em que se encontra o Ibovespa.

"O mercado começa a ficar mais apertado. Se não começarmos a ver revisão de expectativa de lucro das empresas para cima, o mercado pode começar a ficar meio caro. Vamos ter que escolher muito bem os ativos e setores este ano", argumentou.

Em relatório, a equipe do BTG Pactual citou justamente a expectativa de revisões para cima nas estimativas de analistas para os ganhos das empresas como uma das justificativas para sua visão de que as ações brasileiras sustentarão os ganhos.

Já a consultoria Lopes Filho avaliou que o comportamento gráfico do Ibovespa (dolarizado) induz à expectativa de que uma preparação de baixa está em desenvolvimento, mas ponderou que até o rompimento de pontos gráficos não há justificativa para vendas em posições mais longas.

"Existe a possibilidade de que (essa preparação) seja desfeita através de novas e seguidas altas", avaliaram os analistas da consultoria em relatório.

DÓLAR E GEOPOLÍTICA IMPULSIONAM COMMODITIES

O avanço generalizado das commodities deu suporte às bolsas externas e também ao mercado local, uma vez que boa parte do Ibovespa reflete o movimento de ações de empresas ligadas a matérias-primas.

O petróleo destacou-se com alta de 2,7 por cento e acima de 81 dólares o barril, após a Rússia decidir suspender o fornecimento de petróleo às refinarias de Belarus, por fracasso na negociação sobre o preço, segundo operadores. O fornecimento foi retomado.

Petrobras terminou com alta de 1,72 por cento, a 37,32 reais. Vale subiu ainda mais, 3,13 por cento, a 43,52 reais.

As blue chips dividiram o ranking de maiores participações nos ganhos do índice com Itaú Unibanco, que avançou 4,21 por cento, a 40,12 reais.

Notícias na imprensa internacional no fim de semana informavam que a instituição estaria considerando comprar participação em bancos britânicos. Ainda na noite de domingo, o Itaú Unibanco negou as informações.

Nesta segunda-feira passou a vigorar a nova carteira teórica do Ibovespa, quem tem como novidades os papéis de LLX Logística, MRV, OGX Petróleo e PDG Realty.

Entre as estreias, destaque para a queda de 5,48 por cento da PDG, a 16,40 reais, após anúncio de que fará uma oferta pública secundária de ações estimada em 1,94 bilhão de reais.

Notícias do Mercado Financeiro

Ações americanas têm primeiro ganho em dois anos - Valor Econômico - 4/1/2010
As bolsas de valores dos EUA fecharam 2009 com o primeiro ganho anual em dois anos, graças à solidez dos papéis de tecnologia e de recursos naturais que foram ajudados por apostas de que a recuperação econômica ajudará o lucro dessas empresas.
Alguns investidores, no entanto, buscaram embolsar lucros na última sessão do ano, o que levou os índices a fecharem o pregão do dia 31 de dezembro no vermelho. O índice Dow Jones caiu 1,14%, para um fechamento preliminar de 10.428 pontos. O Standard & Poor's 500 caiu 1%, aos 1.115 pontos, o que representa uma alta de 60% em relação à mínima do ano registrada em março. O termômetro de tecnologia Nasdaq perdeu 0,97% no último pregão de 2009, fechando aos 2.269 pontos.O Standard & Poor's 500 encerrou 2009 com ganho de 23,5% - o maior ganho anual do indicador desde 2003. Em 2008, a crise financeira global havia retirado 38,5% do S&P 500. Já o Dow Jones encerrou o ano com valorização de 18,8%, enquanto o Nasdaq fechou 2009 com salto de 43,9%. No Brasil, no dia 30 de dezembro, a Bovespa fechou a última sessão do ano em território positivo. No fechamento da sessão, o Ibovespa, marcou alta de 0,06%, aos 68.338 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,884 bilhões. O dólar fechou a última sessão de negócios do ano estável, marcando R$ 1,741 para compra e R$ 1,743 para venda. O Risco País fechou cotado a 196 pontos (-0,50%).

Cresce poderio dos 'comprados' em dólar - Valor Econômico, Luiz Sérgio Guimarães - 4/1/2010
As forças que se enfrentam no mercado de câmbio podem ganhar este ano mais um "player" de peso: o Tesouro Nacional. O mercado não tem dúvida de que o decreto presidencial que regulamentou as captações e aplicações do FSB, baixado às vésperas do Ano Novo, deu permissão ao Tesouro para adquirir dólares diretamente do mercado para a carteira do FSB. Se for assim, as relações de força ficarão desequilibradas no câmbio em favor dos compradores de dólares. O lado dos vendedores será composto unicamente pelos exportadores e pelo capital estrangeiro (investimento direto e de portfólio). E no lado dos compradores irão se perfilar os importadores, o Banco Central e o Tesouro. Pelo poder de fogo da turma dos compradores, o dólar inicia 2010 com a tendência de alta. O BC vem sendo bem agressivo em sua política de aquisição de moeda no interbancário à vista. Pelos dados oficiais sobre o fluxo cambial de dezembro, até o dia 24, para um superávit de US$ 2,15 bilhões o BC comprou no período US$ 2,93 bilhões. Ou seja, adquiriu US$ 780 milhões a mais do que sobrou nas mesas de câmbio. Com essa operação, ampliou as posições compradas à vista dos bancos. No dia 24 estavam em US$ 2,84 bilhões. O BC poderá pisar no freio de suas intervenções de compra - de 8 de maio de 2009, dia em que voltou a comprar, até 24 de dezembro adquiriu US$ 26,92 bilhões -, se o Banco do Brasil (tradicional operador de câmbio do Tesouro) vier a competir pelos dólares excedentes? Corretores de câmbio acreditam que sim. Já na semana do Natal o BC desacelerou suas atuações. Tanto que, para um saldo positivo na balança cambial de US$ 586 milhões, enxugou US$ 250 milhões. O certo é que as operações de compra do BC e do BB terão de ser muito bem coordenadas para que não haja sobreposição capaz de distorcer preços ou estimular especulações (não se pode esquecer que nos pregões de derivativos cambiais da BM&F os principais comprados, em quase US $ 7 bilhões, são os fundos estrangeiros, por isso os beneficiários de uma onda de valorização da moeda). Ao contrário do BC, que faz leilões formais de compra de moeda, com regras estritas, as atuações do BB são informais, sem aviso e transparência. Como não se saberá se as suas compras seguem ordens do Tesouro ou de terceiros, as operações do Tesouro poderão ser consideradas secretas. Os dados do BC mostram que a oferta de dólares por parte dos exportadores tem diminuído. O fluxo só foi positivo graças aos investidores estrangeiros. O prato comercial foi negativo em US$ 1,211 bilhão. Já o fluxo financeiro foi positivo em US$ 3,362 bilhões. São ingressos atraídos pela recuperação da economia brasileira e pelo pagamento do segundo maior juro real do mundo. Mas o capital de portfólio pode diminuir se crescerem os sinais de aumento dos juros nos EUA. 2010 será um ano de mudanças nas políticas monetárias e fiscais dos países desenvolvidos.

Subir juros deve ser opção, afirma Bernanke - Folha de S.Paulo - 4/1/2010
O presidente do Fed, Ben Bernanke, afirmou ontem que a regulação forte é a melhor estratégia para evitar a repetição de crises, mas que os formuladores da política monetária não devem deixar de lado a opção de elevar a taxa de juros como forma de combater bolhas nos mercados. Em discurso para a "American Economic Association", Bernanke disse que devem ser empregados todos os esforços para fortalecer o sistema regulatório americano. "Entretanto, se as reformas adequadas não forem feitas ou se elas não forem suficientes para prevenir o avanço de riscos financeiros, nós devemos nos manter abertos ao uso da política monetária como ferramenta suplementar", disse.

BC prevê entrada de mais US$ 45 bi em 2010 - Valor Econômico - 4/1/2010
As projeções do Departamento Econômico do BC indicam que o Brasil receberá, em valores líquidos, US$ 45 bilhões de investimentos estrangeiros diretos em 2010. Isso significa retomar o fluxo de IED visto em 2008, que foi recorde e atingiu US$ 45,06 bilhões. Para 2009, a expectativa é de que o ano feche com entrada de US$ 25 bilhões. Em função da crise financeira internacional, a maior desde a Crise de 1929, o ingresso de IED se retraiu no início do ano. No que se refere ao período posterior a 1995, os dados do BC mostram que as privatizações feitas na segunda metade da década de 1990 contribuíram para alavancar o fluxo de investimentos diretos. Dos US$ 159,04 bilhões de ingressos líquidos registrados de 1996 a 2002 nessa modalidade, US$ 30,91 bilhões foram para aquisições de antigas estatais ou para montar empresas novas que passaram a dividir mercado com elas, em função da quebra de monopólios (caso das operadoras "espelho" na telefonia, por exemplo).

O risco Brasil no nível pré-crise - O Estado de S.Paulo - 2/1/2010
O risco Brasil, que mede o grau de interesse dos investidores em papéis de um país, situou-se abaixo dos 200 pontos em dezembro e também abaixo de níveis alcançados no primeiro semestre de 2008, antes da crise global. No último biênio, atingiu o máximo em outubro de 2008 - 688 pontos (que corresponde a juros 6,88 pontos porcentuais ao ano acima dos títulos norte-americanos de mesmo prazo) -, apresentando, a seguir, forte tendência de baixa. Outros países emergentes apresentaram queda ainda mais acentuada do risco: enquanto o risco Brasil caiu cerca de 200 pontos em relação a dezembro de 2008, o dos principais emergentes caiu quase 400 pontos, segundo levantamento da Consultoria Tendências. O que se destaca é que o risco Brasil já havia caído e, na crise, subiu abaixo da média. Hoje já é apenas 30 pontos superior ao do México, cuja classificação de risco é BBB+ (a do Brasil é BBB-).Numa fase de grande cautela dos investidores, o Brasil teve bom acesso ao mercado global, tanto em emissões soberanas como de empresas públicas e privadas, como Petrobrás, que chegou a tomar recursos por 30 anos. Gerdau e Odebrecht lançaram papéis de 10 anos e 5 anos, respectivamente.

Brasil continua a ser porto seguro - Brasil Econômico - 31/12/2009
O ativo Brasil seguirá em alta na conjuntura mundial do pós-crise, atraindo investidores que ainda querem lucrar com o diferencial de juro e as boas expectativas de rentabilidade das empresas de capital aberto. Especialistas apostam que, mesmo se a taxa Selic fosse reduzida a patamares de atratividade quase nulos, apenas uma parte dos recursos ao setor financeiro deixaria de entrar no país. Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, explica que uma queda do juro teria efeito sobre os investidores mais tradicionais, que investem em renda fixa, ou seja, títulos públicos que em grande parte têm a Selic como balizador. Mas aqueles que têm estratégia moderada ou ainda mais arrojada – que optam por aplicar em ações ou títulos corporativos – continuariam aportando em solo brasileiro com força.

Passivo externo tem mudança estrutural - Valor Econômico - 4/1/2010
O Brasil conseguiu, ao longo dos últimos 14 anos, uma expressiva mudança na composição do seu passivo externo. A parcela relativa a empréstimos e financiamentos - e, portanto, a endividamento- caiu drasticamente com a elevação de investimentos diretos e indiretos em participações societárias. Somados investimentos diretos e a compra de ações via mercado de capitais, o dinheiro investido por estrangeiros em empresas sediadas no país já respondia, em novembro deste ano, por 72% do passivo total, naquele momento de US$ 1,026 trilhão. Em dezembro de 1995, essa soma representava apenas 29% do estoque de obrigações externas do país, então de US$ 224,8 bilhões aproximadamente. Em quase uma década e meia, portanto, a participação dos investimentos em empresas no passivo internacional brasileiro mais do que dobrou.

Festa da liquidez deve continuar em 2010 - Valor Econômico - 4/1/2010
Passada a festa da alta de 82,66% do Índice Bovespa no ano passado - a maior desde os 97,3% de 2003 é hora de curar a ressaca e conferir todas as projeções para 2010. E, para os que, como os gregos, acham que o melhor remédio para a ressaca é outro porre, a boa notícia é que o ano pode começar bem para a bolsa, pois o elemento que mais ajudou o mercado no ano passado, a enorme liquidez internacional, continua firme e forte. Isso deve garantir um primeiro trimestre bom para a Bovespa e abrir espaço para uma enxurrada de ofertas públicas de ações, avalia Roseli Machado, responsável pela Fator Administração de Recursos (FAR). Ao longo do ano, porém, alguns fatores podem atrapalhar a festa da bolsa, que será bem mais modesta que a do ano passado. Roseli acredita num Ibovespa em 82 mil pontos neste ano, perto da maioria das projeções do mercado, de 80 mil pontos. Pelo número da FAR, o Ibovespa teria espaço para subir mais 19,55% em relação ao fechamento de quarta-feira, a 68.588 pontos.

Ações lideram os investimentos - Jornal do Commercio - Rio de Janeiro - 4/1/2010
Calcada no aquecimento do consumo interno, a retomada da economia brasileira ao longo do ano conduziu o Ibovespa a uma alta de 82,66% - seu melhor desempenho desde 2003 -, deixando para trás alternativas de renda fixa, como CDI (retorno nominal de 9,84% em 2009), CDB (9,29%) e poupança (6,93%). Considerando o desempenho em dólar, o benchmark do mercado acionário brasileiro conquistou a maior valorização do mundo (144,92%). Já os investimentos atrelados ao câmbio e ouro fecharam o ano no vermelho: enquanto o dólar e euro se mostraram escolhas erradas, acumulando perdas de 25,35% e 24,23% ante o real, respectivamente, a commodity metálica encerrou 2009 com desvalorização de 3,05%. Apesar da boa performance anual das ações brasileiras, na década que se encerra o melhor investimento foram os CDI, que remuneraram 339% no período, contra 301% do Ibovespa. Já quem deixou o dinheiro durante os últimos dez anos na caderneta de poupança, amargou uma pequena perda em relação à inflação - a rentabilidade das cadernetas ficou em 126,75%, contra 127% de elevação dos preços, conforme aferido pelo IGP-M.

Corretoras mantêm sugestões de ações para o início de 2010 - Folha de S.Paulo - 4/1/2010
As corretoras participantes da seção Dicas do FolhaInvest decidiram manter suas indicações de ações para o início de 2010, ano que promete ser mais difícil para a Bolsa brasileira após a forte recuperação dos papéis no ano passado. Ações da Vale e da Petrobras, as duas empresas que lideram os negócios na Bolsa, seguem entre as indicações. Tanto as ações PN da Petrobras quanto as PNA da Vale estão ainda atrás do Ibovespa, que no ano passado subiu 82,66%.Todas as quatro corretoras -Gradual, Geração Futuro, Planner e Alpes- continuam apostando na recuperação das ações PN da Petrobras, que no ano passado subiram 65,93%.Entre as corretoras, a previsão é que os papéis da Petrobras tenham alta de 14,5% (Alpes), 19,9% (Gradual), 28,7% (Geração) e 41,2% (Planner). Das quatro participantes da seção, só a Planner não indica os papéis PNA da Vale, que tiveram alta de 81,94% em 2009. A previsão é que subam até 15,66%, segundo a Geração.Na carteira da Gradual, estão ainda as ações ON da Brookfield, Unit da SulAmérica e as PN da Marcopolo, que subiram 234,2%, 244% e 124,3%, respectivamente, em 2009. Já a Gradual aposta nos papéis ON do Banco do Brasil, PN da Randon e ON da Guararapes, que subiram 117%, 161,1% e 319,8%.Na Planner, as indicações são as ações PN da Gol (alta de 163,2% em 2009) e da Gerdau (95,9%), além dos ON da Natura (101,9%) e da Cyrela (170%). A Alpes tem na carteira as ações PNA da Usiminas (93,4%), as ON da Positivo (230,6%) e as PN das Americanas (149,2%).

Vale volta a brilhar - Valor Econômico - 4/1/2010
Vale e Petrobras. As tradicionais vedetes da bolsa de valores seguem como as principais recomendações para a Carteira Valor da virada do ano. Para este mês, contudo, as ações PNA da Vale despontam na liderança - tirando o lugar que vinha sendo mantido pela Petrobras nos últimos dois meses -, com nada menos que 7 indicações. Este é o maior número de menções já recebido pela mineradora em pelo menos dois anos. Petrobras aparece em seguida, com 4 recomendações. Entre as fornecedores de matérias-primas indicadas, está também a OGX, com 2 recomendações. A perspectiva de recuperação das economias desenvolvidas combinada com a manutenção do ritmo de expansão dos países emergentes é o que faz os analistas ampliarem suas apostas em ações de commodities. O mercado interno continua marcando presença no portfólio com papéis ligados ao consumo, setor financeiro e indústria. Afinal, tudo indica que o Brasil vai crescer pelo menos 5% este ano. No rol das sugestões das corretoras, o destaque fica por conta de Itaú Unibanco, com 3 menções. Com 2 indicações cada, completam a lista das "top 10" Banco do Brasil, BM&FBovespa, BRF, Cyrela Realty, Gol e Iochpe Maxion.

Estrangeiro leva 79% de Anhanguera - Valor Econômico - 4/1/2010
A Anhanguera Educacional publicou o aviso de encerramento de sua oferta pública de ações. A operação somou R$ 750,375 milhões em uma colocação secundária, com a venda de 33,350 milhões de units (recibos de ações), ao preço de R$ 22,50 cada. O valor corresponde a 27,2% do capital da companhia e já inclui a colocação integral do lote suplementar, de 4,350 milhões de ações previsto na oferta. Os acionistas vendedores na oferta foram José Luis Poli, Alex Carbonari, Claudia Maria Fontesi Poli, Erik Carbonari, Giulianna Carbonari Meneghello, e o Fundo de Educação para o Brasil - Fundo de Investimento em Participações (FEBR). A oferta foi coordenada pelos bancos Itaú-BBA (líder), Bank of America Merrill Lynch, Santander e Credit Suisse.

MMX lidera ganho em 2009 do Ibovespa - Folha de S.Paulo - 4/1/2010
As ações da MMX, empresa de mineração do empresário Eike Batista, lideraram em 2009 os ganhos do Ibovespa. No ano, as ações subiram 345,85% e encerraram a R$ 12,35. Apesar do desempenho, a cotação está longe dos R$ 25 do início de 2008, auge do preço do ferro. A crise prejudicou as perspectivas para as commodities e restringiu a oferta de crédito, ponto fundamental para viabilizar os projetos de Batista. Com isso, as ações da MMX despencaram 86,2% em 2008. Em 2009, a recuperação veio com a expectativa da chegada de um parceiro chinês. Batista vendeu 21,52% da MMX para a chinesa Wuhan Steel.

PDG e MRV devem compor Ibovespa - Jornal do Commercio - Rio de Janeiro - 4/1/2010
A terceira prévia da carteira teórica do índice Ibovespa mostra como novidades o ingresso das empresas do setor de construção civil MRV e PDG Realty, além de manter as empresas LLX e OGX, do empresário Eike Batista. O peso da MRV na terceira prévia do principal índice da bolsa brasileira, composta por 63 papéis de 57 empresas e que vale para entre 4 de janeiro e 30 de abril, é de 0,671%. Já a participação da PDG é 0,667%.

Proposta de fundo para o Banco Santos avança - Valor Econômico - 4/1/2010
A CVM autorizou o sócio da Cadence Gestão de Recursos, João Adamo Júnior, a prestar serviços de administrador de carteira de valores mobiliários. A Cadence fez, a credores da massa falida do Banco Santos, uma proposta de criação de um fundo para gerir os créditos recuperados e a recuperar da instituição, que quebrou em 2004.
A autorização da CVM foi dada pelo Ato Declaratório nº 10.770, publicado na edição do dia 30 do Diário Oficial da União (DOU), e permite que Adamo, que já tem registro na autarquia como analista de valores mobiliários desde 2005, possa atuar na prestação de serviços de administração de carteiras como o fundo proposto no caso do Banco Santos.

Fundos de Investimento - Jornal do Commercio - Rio de Janeiro - 4/1/2010
Fundos com portfólios voltados para ações de empresas com menor valor de mercado, que compõem o índice Small Caps foram os que proporcionaram a melhor rentabilidade de 2009, com valorização média das cotas de 113,6%. A seguir, vieram os setoriais da Vale. O que utiliza o FGTS cravou 80,78% de ganhos, enquanto o que faz uso de recursos próprios chegou aos 79,73%. Na quarta colocação do ranking, entre as modalidades de fundos de investimento com maior valorização no ano, vem os lastreados em ações que compõem o principal índice do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa. Estes portfólios renderam, em média, 76,75%.

Petrobras lança dois fundos para financiar fornecedores - Valor Econômico - 4/1/2010
A Petrobras inicia 2010 como cotista em dois novos fundos destinados a financiar a custo mais baixo os fornecedores da estatal, com adiantamentos às empresas que podem chegar a R$ 4 bilhões. O instrumento adotado é o FIDC que antecipa ao fornecedor os recursos a serem recebidos pelas vendas à Petrobras. O primeiro desses FIDC, comandado pelo HSBC, já começou a operar, e, nos últimos dias de 2009 a estatal lançou comunicado oferecendo cotas a grandes investidores. O segundo, com o banco Pactual, deve iniciar operações nesta semana. "Nossos fornecedores, principalmente pequenas e médias empresas, pagam juros muito elevados, que chegam a 200% do CDI", disse ao Valor o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, ao revelar o lançamento dos FIDC com o HSBC e com o Pactual. Segundo o diretor, outros seis fundos do gênero estão em análise pela estatal. Com o FIDC, as empresas fornecedoras podem obter capital de giro a um custo em torno de até 1,3% acima do CDI, segundo Barbassa.

Investidor de alta renda mira título imobiliário - Brasil Econômico - 4/1/2010
Turbulência econômica e queda da taxa de juro colocaram os títulos de renda fixa com lastro imobiliário na mira dos chamados investidores “private”, aqueles com caixa relevante para deixar rendendo no mercado financeiro. “O grande atrativo é que esses títulos são isentos de imposto de renda, por isso têm batido com facilidade o CDB, cujo IR é de 15% a 22,5%”, destaca Arturo Profili, gestor da Capitânia Asset. Por mais que o discurso seja de popularização, títulos como as Letras Hipotecárias (LH), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e CRI continuam concentrados na alta renda porque a aplicação mínima exigida ronda a casa dos milhares. No banco mineiro Intermedium, que obteve licença do Banco Central para atuar como Sociedade de Crédito Imobiliário em dezembro, as LCIs demandam investimento mínimo de R$ 300 mil.

Cresce procura por aplicação de maior risco - Folha de S.Paulo - 4/1/2010
Nos últimos anos, as aplicações dos investidores brasileiros mostram que a aceitação por maior risco aumentou. Isso é demonstrado pelo crescimento da participação dos fundos de ações e multimercados na indústria. A dúvida é saber se o aumento do perfil de risco foi consciente ou se o investidor apenas aplicou em produtos nos quais não tinha muito conhecimento. Os fundos de ações, que fecharam o ano de 2000 com participação de 8,12% do mercado, respondiam em dezembro passado por 11,53% do total. No começo de 2008, antes de a crise derrubar a Bolsa e assustar os investidores, esse percentual superou os 15% do total. No caso dos multimercados, o crescimento é ainda mais expressivo: de 14,95% em 2000, a categoria responde agora por 23,75% do total. Os dados são da Anbima. Já as aplicações em fundos de renda fixa, os mais conservadores do mercado, registraram recuo -tinham 95% do total, no começo da década de 90, e caíram para 26,7% hoje.