quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Bolsas dos EUA fecham em alta após três dias de queda

por Agência Estado
13 de Novembro de 2008 20:27

O mercado norte-americano de ações fechou em forte alta depois de três dias consecutivos de quedas. O dia de hoje foi marcado por forte volatilidade, com o índice S&P-500 oscilando 38 vezes entre os territórios negativo e positivo. O Dow Jones oscilou em 911 pontos, chegando a cair abaixo da mínima recente de fechamento, de 8.175,77 pontos, de 27 de outubro. Antes de se recuperarem, o S&P-500 e o Nasdaq chegaram a operar brevemente em níveis abaixo dos de 21 de abril de 2003, dia seguinte à invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
O índice Dow Jones fechou em alta de 552,59 pontos (6,67%), em 8.835,25 pontos - a mínima foi em 7.965,42 pontos e a máxima, em 8.876,59 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 97,49 pontos (6,50%), em 1.596,70 pontos (máxima do dia), com mínima em 1.428,54 pontos. O S&P-500 subiu 58,99 pontos (6,92%), para fechar em 911,29 pontos, com mínima em 818,69 pontos e máxima em 913,01 pontos. O NYSE Composite subiu 395,09 pontos (7,43%), para 5.715,79 pontos.
A alta foi liderada pelas ações dos setores de energia e industrial, entre as que mais haviam caído recentemente, apesar dos indicadores econômicos fracos divulgados dos dois lados do Atlântico. "A enorme desalavancagem forçada das últimas oito semanas parece estar chegando ao fim", comentou Mike Blaustein, da Matrix USA.
Das 30 componentes do Dow Jones, 28 ações fecharam em alta - as exceções foram General Motors, em queda de 4,22%, e Citigroup, baixa de 1,97%. No setor de energia, as ações da ExxonMobil subiram 9,40% e as da Chevron avançaram 12,53%. No setor de comércio varejista, as ações da Wal-Mart subiram 4,39%, em reação a seu informe de resultados; as da Home Depot subiram 12,27%.
No setor de tecnologia, as ações da Intel cresceram 6,73%, apesar de a empresa ter feito um alerta de queda nos lucros. Alertas semelhantes foram feitos também por Applied Materials (alta de 14,27%) e National Semiconductor (alta de 9,18%). No setor industrial, os destaques positivos foram Caterpillar (alta de 12,34%), DuPont (alta de 7,64%), Alcoa (alta de 10,13%) e 3M (alta de 8,40%). As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em alta de 4,71% com ajuda de bancos

por Agência ESTADO

13 de Novembro de 2008 18:30

Depois de muita volatilidade e de operar em boa parte do pregão no território negativo, acompanhando as bolsas norte-americanas, a Bovespa conseguiu, da metade para o final da tarde, sustentar-se com sinal positivo e ampliar os ganhos, devolvendo parte das fortes perdas da véspera. A melhora em Nova York e o desempenho dos papéis do setor financeiro conduziram a elevação. No final, Vale e Petrobras e os papéis das siderúrgicas reforçaram o avanço.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 4,71%, aos 35.993,33 pontos. Oscilou entre a mínima de 33.645 pontos (-2,12%) e a máxima de 36.244 (+5,44%). No mês, acumula perdas de 3,39% e, no ano, de 43,66%. O giro financeiro somou R$ 3,958 bilhões.
A última fotografia do Ibovespa nem de longe exibe o que foi o pregão de hoje, quando principalmente as ações de tecnologia pressionaram as bolsas norte-americanas para baixo, segurando também o desempenho no Brasil. E isso ocorreu por causa dos cortes em projeções anunciados por Intel, Applied Material e National Semiconductor, além da migração da Dell para a lista de convicção de venda do Goldman Sachs.
A notícia de que também a Alemanha entrou em recessão - ontem o Reino Unido fez tal anúncio - e a previsão da Wal-Mart, a maior varejista do mundo, de resultado abaixo da estimativa dos analistas para o quarto trimestre também vinham segurando os papéis em baixa.
À tarde, no entanto, os papéis de tecnologia e do setor financeiro viraram para cima e levaram os índices acionários dos EUA a renovarem as máximas, ao redor de 2% de ganhos. Às 18h18 (de Brasília), o Dow Jones subia 1,95%, o S&P, 2,23% e o Nasdaq, 1,88%.
A alta do petróleo no exterior também ajudou a Bovespa, já que Petrobras, com a melhora nos EUA, conseguiu virar para cima e subir mais de 2%. As ações ON avançaram 2,77% e as PN, 2,33%. Vale e as siderúrgicas também deram sua cota de contribuição. Vale ON ganhou 3,33%, PNA, 1,59%, Gerdau PN, 2,88%, Metalúrgica Gerdau PN, 4,6%, CSN ON, 4,59%, Usiminas PNA, 3,95%.
Mas foram os bancos as estrelas do pregão, graças aos balanços de Banco do Brasil e Caixa Econômica e o detalhamento da fusão entre Itaú e Unibanco. Banco do Brasil divulgou lucro líquido recorrente de R$ 2,04 bilhões, acima da previsão de analistas. Já a Nossa Caixa teve lucro líquido de R$ 69,8 milhões no terceiro trimestre de 2008, contra prejuízo líquido de R$ 67,9 milhões em igual período do ano passado. No caso de Itaú e Unibanco, os bancos enviaram ao mercado novo fato relevante com detalhes sobre o processo de união no qual informam, entre outras coisas, que, com base nas relações de troca estabelecidas entre Itaú e Unibanco, a avaliação atribuída para o Unibanco na transação é de R$ 29,4 bilhões, equivalente a 2,3 vezes seu valor patrimonial contábil. Segundo analistas, a união proporcionará impacto positivo em resultados, também beneficiando as ações envolvidas.
Banco do Brasil ON avançou 6,9%, Itaú PN, 9,18%, Unibanco Unit, 10,94%, Bradesco PN, 9,20%, Itaúsa PN, 11,6% e Nossa Caixa ON, 5,16%.
Um consultor de um banco doméstico destacou que a recuperação de hoje segue o comportamento das últimas semanas, com características frágeis. "Quando a Bolsa dá um gap de elevação, surge um número ruim e a fragilidade volta", disse. Ele se referia aos dados fracos da economia real que pipocam no exterior, mas também lembrou que os holofotes estão sobre os emergentes, especificamente o grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), com os problemas na Rússia e o enfraquecimento da economia chinesa.

IBOV...após 12/11...tendência de queda continua...


Ao perder o suporte nos 36.300 pontos, o Ibovespa deu sequência ao triângulo de queda formado, perdendo inclusive o suporte nos 35.400 pontos (mínima da semana anterior),e agora tem objetivo inicial de queda, em 32.280 pontos. O "candle" no gráfico diário, é um "marubozu cheio", mostrando a total predominância da pressão vendedora. Todos indicadores gráficos sinalizam a continuidade da queda, apesar dessa forte queda ter deixado alguns dos indicadores "sobrevendidos". Os índices futuros antes da abertura poderão sinalizar melhor a tendência.

Suportes imediatos: 33.800, 33.500, 33.000, 32.600 e 32.280 pontos.
Resistências imediatas: 34.700, 35.500, 36.500 e 37.000 pontos.

DJI...após 12/11...continuidade da queda...


A perda do suporte em 8.696 pontos fez DJI dar sequência ao triângulo de baixa formado, com objetivo inicial em 8.190 pontos. O gráfico diário sinaliza a continuidade da queda, mas pode haver alguma recuperação por haver relativa sobrevenda em alguns indicadores. Mercados futuros sinalizarão melhor a tendência na abertura do pregão.

Suportes imediatos: 8.200, 8.150 e 8.000 pontos.
Resistências imediatas: 8.300, 8.450, 8.520 e 8.700 pontos.