segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dow Jones e S&P 500 fecham em baixa modesta

por Agência ESTADO
21 de Setembro de 2009 19:33

Os índices Dow Jones e o S&P-500 da Bolsa de Nova York fecharam em baixa modesta, pressionados pelas perdas dos setores de energia, matérias-primas e financeiro, que lideraram o movimento de alta de seis meses do mercado. Desde a mínima registrada em 9 de março, o S&P-500 acumula um ganho de 58%, o Dow Jones uma valorização de 50% e o Nasdaq uma alta de 68% até o fechamento de sexta-feira, quando os índices fecharam nas máximas do ano.

Segundo analistas, diante dos ganhos significativos dos últimos seis meses, as ações estavam vulneráveis a um recuo. Os setores que lideraram o movimento de alta foram as mais atingidas, enquanto as que tiveram um desempenho mais estável - tais como as firmas de tecnologia - foram pouco afetadas.

"O S&P-500 no curto prazo parece excessivamente comprado, mas ainda estamos em um terreno favorável aos ativos de risco, principalmente as ações", disse Kelli Hill, gerente de carteira da Ashfield Capital Partners. "Continuamos a ter baixa taxa de juro, nenhuma inflação e lento crescimento. Considerando este cenário, é o ambiente ideal para o crescimento das ações", acrescentou.

Entre as blue chips financeiras, American Express caiu 2,90%, Bank of America recuou 2,16% e JPMorgan Chase fechou em baixa de 0,89%. No setor de energia e matérias primas: Alcoa -0,85%, Chevron -0,81% e ExxonMobil -0,60%.

Em outros setores, Coca-Cola caiu 1,41%, McDonald's recuou 1,51% e Caterpillar fechou em baixa de 1,80%.

As perdas de mais cedo foram suavizadas por novos sinais de melhora no mercado de fusões e aquisições. A Dell informou nesta segunda-feira de que concordou em comprar a companhia de serviço de tecnologia de informação Perot Systems por US$ 3,9 bilhões, dentro de sua estratégia de diversificação de atividade. As ações da Dell caíram 4,07%, enquanto as da Perot dispararam 65,05%.

O índice Dow Jones caiu 41,34 pontos (0,42%) e fechou com 9.778,86 pontos. O Nasdaq avançou 5,18 pontos (0,24%) e fechou com 2.138,04 pontos. O S&P-500 caiu 3,64 pontos (0,34%) e fechou com 1.064,66 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 0,37% e atinge maior nível desde 16/7/2008

por Agência ESTADO
21 de Setembro de 2009 17:31

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deu hoje mais uma prova de resistência: abriu em baixa, acompanhando o desempenho das bolsas internacionais, mas, passado o exercício de vencimento de opções sobre ações, no início da tarde, foi devolvendo paulatinamente as perdas, até firmar-se em alta. A melhora das ações em Wall Street favoreceu a manutenção das compras, mas a virada foi patrocinada pelas ações do setor de siderurgia, embora o fôlego do setor tenha diminuído no final.

O índice Bovespa (Ibovespa) subiu 0,37%, aos 60.928,02 pontos, maior nível desde 16 de julho de 2008 (62.056,50 pontos). Na mínima do dia, registrou 60.014 pontos (-1,13%) e, na máxima, 61.066 pontos (+0,60%). No mês, acumula ganhos de 7,86% e, no ano, de 62,26%. O giro financeiro totalizou R$ 8,65 bilhões, dos quais R$ 3,31 bilhões foram do exercício de contratos de opções sobre ações. No exercício anterior, o resultado havia sido de R$ 2,75 bilhões. Os dados são preliminares.

A elevação do dólar ao redor do globo e a queda dos preços das commodities puxaram para baixo as ações no exterior, influenciando a Bolsa doméstica em boa parte da sessão. Mas, no meio da tarde, os índices em Wall Street diminuíram as perdas e abriram espaço para a recuperação no Brasil.

Contribuiu a notícia de que a CSN promoveu aumento de cerca de 10% no aço vendido para o setor de distribuição. Segundo o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, este reajuste começou a ser feito neste mês e será aplicado gradualmente até o final do ano.

Pouco antes da confirmação de Steinbruch, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia dito que o governo poderá voltar atrás da decisão tomada pela Camex, em junho deste ano, que elevou as alíquotas de importação de oito tipos de aço para 15% depois de três anos em que as taxas estavam zeradas. A medida foi adotada justamente para equilibrar o mercado e estabilizar os preços, mas agora pode ser revista diante do anúncio de reajustes. Para Steinbruch, no entanto, zerar a alíquota do imposto sobre o aço poderá comprometer os investimentos de longo prazo do setor siderúrgico.

Fato é que mesmo diante da ameaça de Mantega, e da consumação do aumento, pela CSN, as ações viraram e passaram a subir, dando gás aos outros papéis do segmento. No final, entretanto, CSN. ON voltou a recuar e acabou terminando em baixa de 0,20%. Usiminas PNA subiu 0,13%, Gerdau PN, +0,95%, e Metalúrgica Gerdau, PN, +0,49%.

Ainda no setor siderúrgico, a Associação Mundial de Aço anunciou hoje que a produção de aço bruto global caiu 5,5% em agosto na comparação com igual mês do ano passado, para 106,5 milhões de toneladas.

Vale foi uma das principais forças do índice nesta sessão, em boa parte por causa do vencimento, já que os metais trabalharam em queda na maior parte do tempo e fecharam sem trajetória uniforme. Vale ON subiu 1,73% e Vale, PNA, 1,83%.

Petrobras que trabalhou colada ao petróleo em quase toda a sessão, virou para cima depois que as negociações na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) terminaram. Mas não fechou em sentido único. O contrato do petróleo negociado na Nymex caiu 3,23%, para US$ 69,71 por barril. Petrobras ON avançou 0,15% e Petrobras, PN recuou 0,14%.

O setor bancário também foi destaque na sessão de hoje, mas negativo, depois que o Santander confirmou que pretende captar US$ 7,34 bilhões (5 bilhões de euros) com a oferta de units do Santander Brasil.

Segundo os especialistas do mercado, a operação pode atrair dinheiro novo, mas também pode promover um rearranjo das carteiras, com os investidores se desfazendo de outros papéis do setor para entrar na oferta. Bradesco PN perdeu 0,83%, Itaú Unibanco PN, 0,73%, e BB ON, 1,04%

Além do noticiário corporativo, as boas perspectivas para a economia doméstica continuam atraindo investidores estrangeiros para a Bolsa. Hoje, por exemplo, a pesquisa semanal Focus, divulgada pelo Banco Central, mostrou melhora nas previsões dos economistas para o PIB de 2009, que saiu do campo negativo e agora deve fechar o ano estável.

Nos EUA, o Dow Jones fechou a segunda-feira em queda de 0,42%, aos 9.778,86 pontos, o S&P 500 recuou 0,34%, aos 1.064,66 pontos, influenciados por realização de lucros e queda das empresas ligadas ao setor de matérias-primas. Nasdaq, ao contrário, subiu 0,24%, para 2.138,04 pontos, com a notícia de que a Dell vai comprar a Perot Systems por US$ 3,9 bilhões, em um acordo que oferece prêmio de 68% sobre o valor das ações da Perot de sexta-feira.

O único índice divulgado hoje foi o de indicadores antecedentes da Conference Board, que subiu 0,6% em agosto na comparação com julho, abaixo da alta de 0,7% prevista por analistas. Foi o quinto aumento mensal seguido, e se segue ao ganho de julho, que foi revisado de 0,6% para 0,9%