segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dow Jones fecha no menor nível desde 20 de novembro

por Agência ESTADO
02 de Fevereiro de 2009 20:28

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em baixa e o Nasdaq em alta. O Dow fechou no nível mais baixo desde 20 de novembro. O Nasdaq subiu por causa da percepção dos investidores de que as ações de tecnologia "são um pouco menos afetadas por necessidade de financiamento do que outros setores. Mas elas também dependem de um ambiente cíclico. Ainda é cedo; gostaríamos de ver algum tipo de estabilidade nos índices das ações financeiras. O setor nos colocou nessa confusão e ainda enfrenta problemas", disse o estrategista Steven Goldman, da Weeden & Co.
O índice Dow Jones fechou em queda de 64,11 pontos, ou 0,80%, em 7.936,75 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 18,01 pontos, ou 1,22%, em 1.494,43 pontos. O S&P-500 recuou 0,45 ponto, ou 0,05%, para 825,43 pontos. O NYSE Composite recuou 29,34 pontos, ou 0,56%, para 5.166,45 pontos.
Entre as ações do setor de tecnologia, os destaques foram grandes nomes como Intel (+5,66%) e Microsoft (+4,27%). No setor financeiro, as ações do Bank of America caíram 8,81%, em reação a informes de que acionistas insatisfeitos teriam o plano de pedir o afastamento do executivo-chefe da empresa, Ken Lewis, na próxima assembleia de acionistas.
No setor de comércio varejista, as ações da Macy's caíram 4,02%, depois de a empresa anunciar que demitirá 7 mil funcionários. Várias ações do setor industrial caíram, em reação aos indicadores divulgados pela manhã (o índice de atividade industrial dos gerentes de compras, os dados de renda e gastos do consumidor e os investimentos no setor de construção). Entre os destaques estavam Boeing (-3,57%), 3M (-5,89%) e General Electric (-4,20%). As ações da International Paper caíram 11,29%, depois de rebaixamento de recomendação pelos analistas do Goldman Sachs. As informações são da Dow Jones.

Bolsa termina o pregão em baixa de 1,61%, seguindo NY

por Agência ESTADO
02 de Fevereiro de 2009 18:30


Mudou o calendário, mas a Bovespa manteve em fevereiro o padrão de janeiro: acompanhar as bolsas norte-americanas. E o sinal continuou negativo. Os temores com o setor financeiro voltaram a se agravar hoje, com notícias ruins na Europa. Como os indicadores conhecidos nos Estados Unidos não serviram para injetar ânimo, as perdas se espalharam.
Pela terceira sessão seguida, o Ibovespa fechou em baixa, de 1,61%, aos 38.666,44 pontos. Na mínima, tocou os 38.453 pontos (-2,16%) e, na máxima, os 39.364 pontos (+0,16%). No ano, a Bolsa acumula alta de 2,97%. O giro financeiro neste início de mês foi muito fraco e totalizou R$ 2,618 bilhões.
Na Ásia, as bolsas recuaram seguindo o desempenho visto em Nova York na sexta-feira e também em razão da falta de novidades governamentais no setor financeiro na China, cujas bolsas ficaram uma semana fechadas. Mas foi a Europa que deu os incentivos para as bolsas ocidentais caírem. A agência de classificação de risco Moody's cortou a nota (rating) de crédito a longo prazo do Barclays, o que levou a uma onda de venda das ações. A decisão contaminou os demais ativos do setor financeiro, revigorando os temores sobre corte de ratings de países.
Além disso, o BNP Paribas anunciou que abrirá mão do controle das atividades da seguradora do belga-holandês Fortis e se ofereceu para comprar 10% da unidade por 550 milhões de euros, com os restantes 90% ficando com o Fortis Holding.
Em Londres, o índice FT-100 recuou 1,73%; em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,48%; em Frankfurt, o índice DAX-30 teve queda de 1,55%. Os papéis dos bancos estiveram entre as maiores quedas.
Nos EUA, as notícias externas serviram de justificativa para a abertura fraca, mas alguns indicadores também não foram bons e reforçaram a dose de cautela dos investidores. Os dados de dezembro conhecidos hoje foram a renda pessoal (-0,2%); os gastos com consumo (-1,0%); a renda pessoal disponível (-0,2%); os gastos com bens duráveis (-1,3%); gastos com bens não-duráveis (-3,5%); os gastos com serviços (+0,2%).
No ano passado, os gastos com consumo nos EUA aumentaram 0,3%, o menor aumento desde a alta de 0,2% em 1991; enquanto a renda pessoal cresceu 3,7% em 2008, o menor aumento desde o avanço de 3,2% em 2003. A taxa de poupança pessoal no ano passado ficou em 1,7%, a maior desde a taxa de 2,1% em 2004.
Já o ISM industrial (índice de gerentes de compra sobre a atividade na indústria dos EUA), referente a janeiro, apresentou melhoras ao subir de 32,9 em dezembro para 35,6. O dado, melhor do que os 32,0 esperados pelos economistas, continua, no entanto, abaixo de 50, o que sugere contração da atividade.
Em Nova York, às 18h19 (de Brasília), o índice de ações Dow Jones recuava 0,99%, o S&P perdia 0,37% e o Nasdaq subia 0,80%.
A queda do preço do petróleo diante da estimativa de recuo na demanda também acabou pesando sobre as ações - e, por tabela, nos papéis da Petrobras, que caíram 2,01% os ON e 1,36% os PN. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo fechou em queda de 3,84%, a US$ 40,08 o barril.
Vale voltou a mostrar fôlego e teve um pregão à parte, operando em alta praticamente todo o dia. No final, entretanto, sucumbiu às perdas e fechou em queda de 0,58% a ação ON e de 0,93% a PNA.
No setor bancário, o resultado do Bradesco acabou ficando em segundo plano, já que o motivo para as vendas veio de fora. O segundo maior banco privado do Brasil anunciou lucro líquido recorrente de R$ 7,620 bilhões em 2008, queda de 4,9% em relação a 2007. No quarto trimestre, o banco reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,806 bilhão, queda de 2,6% ante lucro de R$ 1,854 bilhão em igual intervalo de 2007. Bradesco PN caiu 2,64%, Itaú PN perdeu 3%, Unibanco Unit recuou 3,13% e Banco do Brasil ON cedeu 3,10%.